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Fevereiro 2024
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Regiões Sudeste e Sul concentram os maiores volumes de casos. Doença, de baixa prevalência, afeta 13 milhões de pessoas no Brasil, aponta estudo do IESS

O número de internações de beneficiários com planos de saúde médico-hospitalares com doenças raras cresceu 20,4% na saúde suplementar entre 2021 e 2022. Durante o período, a frequência desse tipo de procedimento passou de 156,5 mil para 188,4 mil, respectivamente. No Brasil, estima-se que cerca de 13 milhões de pessoas sejam afetadas, conforme mostra o Texto para Discussão nº 101, do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), intitulado Doenças Raras: panorama dos gastos com internações nos planos de saúde do Brasil. Mais de 95% dessas doenças ainda não têm tratamentos específicos.

O estudo levantou as internações de um conjunto de 50 tipos de doenças raras com tratamentos específico e com código CID definido. Baseado em dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), mostra-se que a maior concentração de casos ocorreu no Sudeste, que de um ano para o outro subiu de 99,5 mil para 122,2 mil internações, alta de 22,8%. Na sequência, aparece o Sul, que passou de 28,5 mil para 31,9 mil, no período, crescimento de 12%. Vale ressaltar que ambas as regiões se destacam pela capacidade de diagnóstico e tratamento específico oferecidos.

Observa-se, também, que o Nordeste registrou a maior alta (30%) em termos percentuais entre 2021 e 2022, passando de 16,7 mil para 21,7 mil casos. O Centro-Oeste teve um crescimento mais tímido (13,3%) e somou 10,5 mil internações em 2022. Já na região Norte, o número de internações caiu 20% – retraiu de 2,3 mil para 1,8 mil.

Despesas

Consequentemente, o aumento no número de internações por doenças raras ocasionou um crescimento das despesas das operadoras com esse tipo de procedimento. Para se ter uma ideia, em 2021, foram destinados R$ 347,1 milhões e, no ano seguinte, R$ 437,2 milhões (alta de 26%). As operadoras de grande porte registraram as despesas mais altas. O valor foi de R$ 276,2 milhões para R$ 353,9 milhões de um ano para o outro.

As regiões com mais registros de internações também contabilizaram despesas de R$ 349,5 milhões. Juntas, representando, aproximadamente, 80% do total no Brasil.

Do total, as despesas associadas aos atendimentos de urgência foram superiores aos de procedimentos eletivos, R$ 259,5 e R$ 177,7 milhões, respectivamente, em 2022, em razão do maior número de ocorrências (68% do total). No entanto, o estudo mostra que o custo médio por atendimento de urgência é inferior ao custo médio por procedimento eletivo – R$ 2 mil e R$ 2,9 mil.

De acordo com José Cechin, superintendente executivo do IESS, o assunto é sensível e delicado, e precisa ser acompanhado com bastante cautela por conta dos impactos no sistema de saúde. “O tema é socialmente muito demandante, haja vista a grande quantidade de doenças ainda sem tratamento específico. Por outro lado, geralmente, os tratamentos de doenças raras exigem uma atenção especial e, naturalmente, acabam sendo muito mais custosos. Ainda assim, as despesas com internações para esses 50 tipo de doenças representam porcentagem inferior a 1% do total de despesas assistenciais na saúde suplementar. No entanto, é importante estarmos atentos ao ritmo de crescimento dos gastos com procedimentos e priorizar a adoção de regulação eficiente para prevenir gastos descontrolados no sistema de saúde, visando a sustentabilidade do sistema como um todo”, afirma.

Clique aqui para acessar na íntegra o TD 101 sobre doenças raras.

Sobre o IESS
O Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) é uma entidade sem fins lucrativos com o objetivo de promover e realizar estudos sobre saúde suplementar baseados em aspectos conceituais e técnicos que colaboram para a implementação de políticas e para a introdução de melhores práticas. O Instituto busca preparar o Brasil para enfrentar os desafios do financiamento à saúde, como também para aproveitar as imensas oportunidades e avanços no setor em benefício de todos que colaboram com a promoção da saúde e de todos os cidadãos. O IESS é uma referência nacional em estudos de saúde suplementar pela excelência técnica e independência, pela produção de estatísticas, propostas de políticas e a promoção de debates que levem à sustentabilidade da saúde suplementar.

Mais informações
LetraCerta Inteligência em Comunicação

Emerson Oliveira – [email protected]
(11) 98231-8002

IESSNews #36 | Taxa de cobertura de beneficiários de planos de saúde cresce no Brasil

Nome Ana Sobrenome Borges
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O Brasil encerrou o ano de 2023 com o registro histórico de 51,1 milhões de beneficiários de planos médico-hospitalares. A partir da análise desta informação, o IESS produziu um estudo com objetivo de analisar a evolução e a representatividade dos planos médico-hospitalares no País e nos estados
Fevereiro 2024
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Estado subiu 11,5 pontos percentuais entre 2003 e 2023 e ocupa quarta melhor marca nacional, revela estudo do IESS

O Espírito Santo deu um salto representativo referente à taxa de cobertura de beneficiários que possuem planos de saúde médico-hospitalares. Entre 2003 e 2023, o estado ampliou o acesso a saúde suplementar, passou de 21,5% para 33% da população, alta expressiva de 11,5 pontos percentuais (p.p.), a maior do País no período. Os dados são da Análise Especial da Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB) nº 90, desenvolvida pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS).

Com o bom índice registrado em 20 anos, o estado ocupa a quarta melhor marca do País em taxa de cobertura (33%) – acima, inclusive, da média nacional (24,9%) – atrás apenas de São Paulo (40,8%), Rio de Janeiro (34,9%) e praticamente empatado com o Distrito Federal (33,2%).

De acordo com dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população total do Espírito Santo é de cerca de 3,8 milhões de habitantes. Assim, um a cada três moradores contam com assistência da saúde suplementar. O estado capixaba encerrou dezembro de 2023 com 1,3 milhão de beneficiários de planos médicos. Em um ano, houve acréscimo de 48 mil novos vínculos (alta de 3,9%). 

Diferentemente de alguns estados, que também tiveram variações positivas em pontos percentuais na taxa de cobertura, entre eles Goiás (11,1 p.p.), Paraná (11 p.p.) e Amazonas (10,2 p.p.), o cenário se comportou de forma mais tímida em outras localidades. O Amapá, por exemplo, teve o menor registro de crescimento do País (1,4 p.p.) em 20 anos, seguido por Acre (1,7 p.p.) e Roraima (1,8 p.p.).   

De acordo com José Cechin, superintendente executivo do IESS, é importante entender os motivos da grande diferença nas taxas de cobertura de planos médico-hospitalares e de sua variação neste período de pouco mais de duas décadas. “As taxas de cobertura tendem a ser mais altas nas cidades/estados/regiões que mostram maiores níveis de desenvolvimento, que por sua vez estão associados a maiores níveis de educação e renda. Da mesma forma, os maiores aumentos nessas taxas tendem a acontecer nas regiões que tiveram os maiores desenvolvimentos econômico-sociais nesse período”, afirma. 

Cechin ressalta ainda que, variações nas taxas de cobertura podem influenciar na dinâmica do sistema de saúde como um todo e impactar em demandas dos serviços púbicos e privados. Além disso, pontua que fatores como melhorias econômicas, alterações nas políticas de saúde, bem como crescimento da infraestrutura de serviços de assistência à saúde são possíveis contribuintes para essas variações.     

Clique aqui para ver a Análise Especial da NAB 90 na íntegra.

Sobre o IESS
O Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) é uma entidade sem fins lucrativos com o objetivo de promover e realizar estudos sobre saúde suplementar baseados em aspectos conceituais e técnicos que colaboram para a implementação de políticas e para a introdução de melhores práticas. O Instituto busca preparar o Brasil para enfrentar os desafios do financiamento à saúde, como também para aproveitar as imensas oportunidades e avanços no setor em benefício de todos que colaboram com a promoção da saúde e de todos os cidadãos. O IESS é uma referência nacional em estudos de saúde suplementar pela excelência técnica e independência, pela produção de estatísticas, propostas de políticas e a promoção de debates que levem à sustentabilidade da saúde suplementar.

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Emerson Oliveira – [email protected]
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IESSNews #35 | Brasil encerra 2023 com recorde de beneficiários de planos de saúde

Nome Ana Sobrenome Borges
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A Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB) N° 90 do IESS está disponível. O levantamento deste mês destaca que a saúde suplementar brasileira chegou ao final de 2023 com o maior número de beneficiários de planos médico-hospitalares desde o início da série histórica contabilizada pela ANS: 51,1 milhões.