Análise do IESS mostra que prevalência da doença é ligeiramente maior entre homens
Considerada uma doença silenciosa por não apresentar sinais frequentes ou sintomas de alerta, a hipertensão afetou 25,8% dos beneficiários de planos de saúde, moradores das capitais do País e Distrito Federal, em 2023. O número corresponde a cerca de 3,9 milhões de pessoas que utilizam o sistema de saúde suplementar, revela o novo estudo especial “Prevalência e fatores associados à hipertensão entre beneficiários de planos de saúde”, desenvolvido pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS).
A análise, baseada em dados da pesquisa Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico de 2023 (Vigitel), revela que a prevalência da doença foi ligeiramente maior entre os homens, impactando 26,8% dos beneficiários – 1,8 ponto percentual superior às mulheres.
Em relação à cor da pele, o maior percentual registrado (27,1%) corresponde as pessoas pretas, seguido por pardos (26,8%), amarela/indígena (24,2%) e brancas (23,7%). Os beneficiários com 60 anos ou mais foram os mais afetados pela doença (58,9%), o dobro do registrado entre a faixa de 40 a 59 anos (29,8%). Entre os mais jovens, com idades entre 18 a 39 anos, a prevalência foi bem menor, de 6,8%.
O estudo revela ainda diferenças significativas em relação ao fator escolaridade. Isso porque os beneficiários com menor grau de estudos apresentaram taxa bastante significativa de hipertensão (70,1%), índice bem mais elevado que os com maior grau de estudos – 12 anos ou mais (19,3%) e 8 a 11 anos (26,1%), respectivamente.
Para o superintendente executivo de IESS, José Cechin, os dados apresentados precisam ser tratados com atenção, já que a hipertensão é uma doença bastante traiçoeira e perigosa, que na maioria das vezes age de forma silenciosa. “É uma doença que, se não for tratada de forma adequada, pode trazer sérios problemas à saúde, como por exemplo, doenças cardíacas, acidente vascular cerebral e insuficiência renal, podendo, inclusive, ser fatal”, observa, acrescentando que a prevenção, por meio da adoção de estilos de vida saudáveis e de exames de rotina, são os melhores caminhos a ser seguido.
Dia Mundial da Hipertensão – Celebrado em 17 de maio, a data é uma ocasião importante no processo de conscientização das pessoas sobre os perigos e as precauções relacionadas à doença. Além disso, alerta para alguns cuidados, tais como monitorar regularmente a pressão arterial, adotar um estilo de vida saudável e a busca por tratamento adequado.
Clique aqui para acessar o estudo especial na integra.
Sobre o IESS
O Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) é uma entidade sem fins lucrativos com o objetivo de promover e realizar estudos sobre saúde suplementar baseados em aspectos conceituais e técnicos que colaboram para a implementação de políticas e para a introdução de melhores práticas. O Instituto busca preparar o Brasil para enfrentar os desafios do financiamento à saúde, como também para aproveitar as imensas oportunidades e avanços no setor em benefício de todos que colaboram com a promoção da saúde e de todos os cidadãos. O IESS é uma referência nacional em estudos de saúde suplementar pela excelência técnica e independência, pela produção de estatísticas, propostas de políticas e a promoção de debates que levem à sustentabilidade da saúde suplementar.
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Destaques da Semana: 06 a 10 de maio
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Regiões Norte e Nordeste se destacam em relação ao peso da cadeia no mercado total de trabalho, aponta estudo do IESS
As oportunidades de empregos geradas na cadeia produtiva da saúde fecharam os últimos três meses encerrados em janeiro deste ano com alta de 1,6% e totalizaram 4 milhões e 942 mil vínculos no País. As informações são do Relatório do Emprego na Cadeia Produtiva da Saúde nº 69, publicação do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS).
O estudo considera os setores público, privado e empregos diretos e indiretos sendo que, as regiões Norte e Nordeste se destacam com 14,5% e 12,4%, respectivamente, considerando o peso da cadeia no mercado de trabalho total.
Praticamente metade dos vínculos (2,4 milhões) pertencem ao Sudeste, no entanto, a região que registrou o maior crescimento no trimestre (18,3%) foi o Norte, seguido do Sudeste (1,5%), Centro-Oeste (0,5%) e Nordeste (0,4%). O Sul apresentou variação negativa (-1,9%) no período.
De acordo com a análise, 4 milhões de empregos (81,1%) pertencem ao setor privado com carteira assinada e, levando-se em conta a mesma comparação trimestral, o mercado de trabalho da economia teve leve retração de -0,3%.
Para o superintendente executivo do IESS, José Cechin, o grande número de casos de dengue no Brasil, que em janeiro de 2024 foi três vezes maior que o ano anterior tem influência direta no volume de contratações na saúde. “Nota-se que no fechamento trimestral, o setor cresceu bem acima (1,6%) dos registros anteriores, indicador que, em parte, pode ser justificado por contratações de agentes de saúde ocorrida em vários estados”, afirma.
Já o saldo mensal de oportunidades, registrado em janeiro, foi de 33,9 mil empregos no setor. No acumulado do ano, considerando os subsetores, o que mais gerou empregos formais na cadeia foi o de prestadores (114,5 mil), seguido por fornecedores (43,4 mil). Já operadoras tiveram saldo de 4,4 mil postos de trabalho. No total, o saldo do setor privado (162,4 mil) representa 11,6% do volume gerado pela economia (1,4 milhão).
Para acessar o relatório na íntegra, clique aqui.
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IESSNews #43 | Planos de saúde registram alta de 1,9% em 12 meses
Destaques da Semana: 22 a 26 de abril
IESSNews #42 | Rio Grande do Norte: marca histórica recorde de beneficiários com planos de saúde
Taxa de cobertura da saúde suplementar cobre 19% da população no estado
Seguindo a tendência de alta de adesões a planos médico-hospitalares no País, o Rio Grande do Norte apresentou boa evolução na região Nordeste. Em fevereiro deste ano, o estado contabilizou 615 mil beneficiários, marca histórica recorde desde o início da série histórica da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), em 2000. As informações são da Análise Especial da Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB) nº 92, desenvolvida pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS).
O estudo mostra que, apenas nos últimos 12 meses, houve crescimento de 2,8% em novos contratos no estado Potiguar, índice acima da média nacional (1,9%), com acréscimo de 17 mil vínculos no período, que refletiu em todas as faixas etárias. No Brasil, atualmente o número de beneficiários é de 50,9 milhões.
De uns anos pra cá, o estado registrou oscilações em relação ao número de beneficiários. Em dezembro de 2013 alcançou seu primeiro pico com 538 mil contratos. Depois disso, até junho de 2017, houve queda de 40 mil, passando para 498 mil, e logo na sequência, permaneceu estável até o início da pandemia de Covid-19, em março de 2020. Posteriormente, o número de beneficiários voltou a crescer até atingir a marca atual, em fevereiro (615 mil).
De acordo com o superintendente executivo do IESS, José Cechin, as informações e dados apresentados no estudo refletem a preocupação e busca para os devidos cuidados com a assistência à saúde no estado. “Nota-se uma evolução significativa da população do Rio Grande do Norte no acesso aos serviços da saúde suplementar em uma região historicamente desafiadora em termos de infraestrutura desse segmento tão importante”, afirma.
Outro ponto importante diz respeito à taxa de cobertura de pessoas com o benefício. De acordo com dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o estado possui cerca de 3,3 milhões de habitantes. Assim, levando-se em conta o número total de beneficiários, entende-se que 19% da população tem acesso a planos de assistência médico-hospitalar.
Vale ressaltar que, do total de planos no estado, a maior parte (355,8 mil) são do tipo coletivo empresarial, que entre fevereiro de 2023 e 2024 teve alta de 4,8% com acréscimo de 16,1 mil beneficiários. A modalidade tende a acompanhar o número de trabalhadores formais com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que durante os 12 meses cresceu de 5% no volume de empregos, totalizando 24 mil postos no estado.
Clique aqui para ver a Análise Especial da NAB 92 na íntegra.
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