A adoção de novas tecnologias é um dos principais temas dos setores de saúde em todo o mundo. E na saúde suplementar brasileira não é diferente, uma vez que ainda há a necessidade cada vez maior de se debater a efetividade e os impactos econômicos de novos métodos e terapias. É por saber da importância da questão que o Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) irá reunir especialistas com diferentes experiências no webinar “Avaliação de Tecnologia em Saúde – Boas práticas internacionais e lições para o Brasil”, que acontece na próxima quinta-feira, 01 de abril, às 16h. O evento é gratuito com transmissão ao vivo no YouTube e nas redes sociais da entidade.
Segundo José Cechin, superintendente executivo do IESS, a adoção de novas tecnologias precisa ser precedida de uma avaliação criteriosa para se assegurar que atenda a diversos aspectos. Primeiro, que não faça mal (princípio adotado desde Hipócrates) e que tenha boa chance de fazer o bem – avaliação necessária para a saúde de todos. Segundo, é preciso se certificar de que a tecnologia é eficiente (faz uso menor possível de recursos), eficaz (resolva o problema que a motivou em ambiente controlado) e efetivas (solucione a demanda da população, isto é, em ambiente não controlado). Terceiro, as novas tecnologias tendem a ser muito dispendiosas nos anos iniciais de sua adoção, encarecendo os serviços de assistência médica. Precisam, portanto, terem uma avaliação do custo-efetividade e impacto orçamentário.
“Não se trata de rejeitar o avanço tecnológico, mas assegurar que efetivamente ele represente ganhos para a saúde das pessoas e de eficiência ao sistema”, reflete. “Não dá para incorporar um novo medicamento, uma nova tecnologia, sem uma análise técnica que considere a complexidade dessa adoção e a efetividade, contemplando seus custos e benefícios”, completa.
Com mediação de José Cechin, o encontro conta com a participação de Carisi Anne Polanczyk, médica do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, do Hospital Moinhos de Vento e coordenadora-geral do Instituto de Avaliação de Tecnologia em Saúde (IATS); Rogério Scarabel Barbosa, Diretor-Presidente Substituto da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS); Luciano Paladini, oncologista clínico da Oncoclínicas do Brasil e da Universidade Federal de Uberlândia. Atua como consultor em ATS pela Evidências/Kantar; e João Paulo dos Reis Neto, médico e Diretor-Presidente da CAPESESP.
Na ocasião, serão debatidos os resultados do relatório “Experiências Internacionais em Avaliação de Tecnologias em Saúde: Implicações para o Brasil”, elaborado pelo Instituto de Avaliação de Tecnologia em Saúde (IATS) a pedido do IESS. A publicação apresenta um histórico do tema, experiências nacionais e estrangeiras, o funcionamento da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), do Comitê Permanente de Regulação da Atenção à Saúde (COSAÚDE), os desafios para a saúde suplementar brasileira e outros aspectos.
A série de encontros aborda importantes temas para o desenvolvimento do setor de saúde suplementar nacional com transmissão ao vivo. Os interessados podem ver mais detalhes no site da entidade (https://iess.org.br/eventos). Todos os webinars anteriores estão disponíveis no canal do IESS no YouTube (https://www.youtube.com/IESSbr).
Webinar IESS – Avaliação de Tecnologia em Saúde: Boas práticas internacionais e lições para o Brasil
Data: 01/04 (quinta-feira)
Horário: 16h
Inscrição e transmissão no https://www.iess.org.br/eventos
A cadeia de saúde suplementar tem impulsionado a economia e a criação de empregos no Brasil. Dos 4,4 milhões de empregados na cadeia da saúde em janeiro desse ano, 3,4 milhões estão no setor privado com carteira assinada. De acordo com o Relatório de Emprego na Cadeia Produtiva da Saúde, aferido pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), esse número corresponde a 78% do total dos empregos na saúde brasileira.
Segundo José Cechin, superintendente executivo do IESS, o montante é resultado do crescimento de 3,0% em relação a outubro de 2020. “No mesmo intervalo de tempo, o total da economia teve avanço de 2,6%, o que reforça que o setor tem crescido constantemente acima da média do país”, aponta o especialista.
“As regiões onde a saúde mais cresceu foram Nordeste e Sul, com altas de 3,7% e 3,4% em 3 meses, respectivamente. Nessas duas regiões o aumento foi puxado pelo setor privado, sendo que no Nordeste o crescimento dos empregos privados foi 5,2%, contra 3,1% na média brasileira”, acrescenta Cechin. No Sudeste o aumento foi puxado pelo setor público, que registrou avanço de 3,5%. A região, entretanto, detém a maior parte dos empregos em saúde, com 2,2 milhões no total, somados público e privado.
Uma tendência verificada pelo relatório foi de aumento do emprego público em saúde, movimento que tem se intensificado desde o início da pandemia, embora tenha havido redução nos âmbitos federal e estadual em alguns períodos. Na comparação de 3 meses, houve baixa do emprego nessas duas esferas: queda de 0,6% entre os estados e de 1,9% na federação.
Já os dados das secretarias de saúde dos municípios coletados até o momento contabilizam mais de 515 mil empregos na saúde, resultado de um crescimento de 5,6% em relação a outubro de 2020, quando se compara com a mesma base de municípios. “É possível que, com a intensificação da pandemia em fevereiro e março de 2021, as esferas federal e estadual voltem a aumentar o número de funcionários na saúde. Veremos nos próximos relatórios”, conclui José Cechin.
Vale lembrar que não existe no Brasil uma base de dados que disponibiliza o total de pessoas empregadas no serviço público municipal na área de saúde. O IESS está levantando informações do emprego na saúde nos sites de cada prefeitura. Até o momento o Instituto conseguiu dados de 292 municípios, cuja população representa 55,8% da população nacional.
A íntegra do boletim pode ser acessada por meio do link aqui.
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