Sorry, you need to enable JavaScript to visit this website.

Maio 2020
Salvar aos favoritos Compartilhar

Quem já passou dos 60 anos ou convive com pessoas idosas já deve ter observado que a incidência de problemas relacionados ao sono é maior nessa fase da vida. Um estudo realizado pelo Instituto Nacional do Envelhecimento dos Estados Unidos com mais de 9 mil americanos acima dos 65 anos mostrou que mais da metade disse ter dificuldade para dormir ou permanecer dormindo. Entre aqueles que acreditam dormir o suficiente, muitos reclamaram que não se sentem descansados no dia seguinte.

No geral, diversos estudos apontam que aproximadamente 50% dos idosos apresentam dificuldades para dormir, 30% sofrem de insônia e 20% de apneia do sono. Se não bastasse, a insônia crônica é mais do que simplesmente exaustiva. Ela também está relacionada ao aumento do risco de desenvolver hipertensão, diabetes tipo 2, problemas cardíacos, depressão, ansiedade e morte prematura. Pode ser também um fator de risco para a demência, especialmente o mal de Alzheimer.

Embora as opções de tratamento medicamentoso sejam frequentemente prescritas para os idosos, elas podem causar efeitos colaterais e nem sempre são eficazes ou seguras no longo prazo. Por isso, uma ótima alternativa são os exercícios físicos. Esse é exatamente o objeto de análise do estudo “Effects of physical activity programs on sleep outcomes in older adults: a systematic review” (Efeitos de programas de atividade física no sono em idosos: uma revisão sistemática), publicado na última edição do Boletim Científico.

Para tanto, os autores fizeram uma revisão sistemática da literatura atual sobre os efeitos de programas de atividade física sobre o sono em idosos. Identificou-se uma base inicial de 8.402 estudos por meio de pesquisas nos bancos de dados. Após uma série de etapas de triagem, chegaram ao total de 14 estudos realizados nos diferentes continentes para a análise.

Para três resultados do sono (dificuldades em retomar o sono ao acordar no meio da noite, sono com movimentos oculares não rápidos (NREM) e quantidade subjetiva de sono), 100% dos estudos encontraram efeitos positivos significativos.

Cinco estudos (40%) mostraram redução significativa no uso de remédios para dormir. A eficiência do sono foi medida em oito estudos e melhorada significativamente em três (38%). Já a qualidade do sono foi medida em oito estudos e foi significativamente melhorada em dois (25%).

Por fim, os autores concluem que programas de exercícios com intensidade moderada, frequência de três vezes por semana e duração de 12 semanas a 6 meses, trouxeram maior número de efeitos significativos e positivos no sono de idosos.

Veja outros detalhes desse e de outros estudos na última edição do Boletim Científico.

Se você está concluindo uma artigo científico que vai apresentar até 31 de agosto, aproveite que o X Prêmio IESS de Produção Científica em Saúde Suplementar está com inscrições abertas, confira o regulamento  e participe.

Maio 2020
Salvar aos favoritos Compartilhar

Já pontuamos em diferentes momentos sobre a importância de se incluir e manter hábitos saudáveis no dia a dia. A obesidade, por exemplo, é um dos grandes perigos da atualidade e já é considerada uma epidemia pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Ao mesmo tempo em que observamos o avanço da longevidade da população em geral e dos tratamentos para doenças que desafiam a medicina, como o câncer, há a incidência de outros problemas em decorrência de maus hábitos de saúde. Dados da OMS mostram que epidemia de sobrepeso e obesidade já afeta 39% da população adulta e 18% das crianças e adolescentes entre 5 e 18 anos em todo o mundo.

Segundo o estudo “Beyond weight loss: Impact of a weight management programme for mid-older Australians in private health insurance” (Além da perda de peso: impacto de um programa de controle de peso para australianos de meia-idade num seguro de saúde privado) publicado na última edição do Boletim Científico, aproximadamente dois terços dos adultos australianos estão em situação de sobrepeso ou obesidade. O trabalho reforça que a preocupação com a saúde da população também deve vir por parte do setor privado. Por lá, metade dos habitantes possui seguros de saúde.

O estudo investigou o impacto de programas de perda de peso na vida dos australianos com planos de saúde. O programa Healthy Weight for Life (HWFL), é um intensivo de 18 semanas para perda de peso e modificação do estilo de vida de modo remoto (portal online, telefone, SMS, e-mail e correio) em que a própria operadora convida o beneficiário e o encaminha ao médico. Para a análise, os pesquisadores utilizaram dados de antes e depois do programa para 490 participantes e um grupo de controle de 110 pessoas que não realizaram mudanças na rotina.

A maioria dos participantes inicialmente (na avaliação de 3 meses) perdeu de 5% a 9,9% de peso, correspondendo a uma perda média de 9,1 kg. A manutenção da perda de peso foi alcançada por 76% dos participantes em 3 meses e 62% em 6 meses, estabilizando em 55% e 56% em 9 e 12 meses, respectivamente.

Desse modo, os autores concluíram a necessidade de programas de apoio com essa e outras finalidades que visam garantir o bem-estar e a saúde dos beneficiários no longo prazo.

Veja esse e outros estudos na última edição do Boletim Científico.

Se você está concluindo uma artigo científico que vai apresentar até 31 de agosto, aproveite que o X Prêmio IESS de Produção Científica em Saúde Suplementar está com inscrições abertas, confira o regulamento  e participe.

Analisamos trabalhos publicados nas principais revistas científicas do Brasil e do mundo nas áreas de saúde, tecnologia, economia e gestão ao longo do 2º semestre de 2019. 

Abril 2019
Salvar aos favoritos Compartilhar

De tempos em tempos, o tema do ressarcimento ao Sistema Único de Saúde (SUS) volta ao debate entre especialistas do setor. No último ano, por exemplo, a Ministra Cármem Lúcia, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) à época, colocou na pauta de julgamento sobre a constitucionalidade ou não da cobrança, por parte da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), das Operadoras de Planos de Saúde (OPS) pelos beneficiários que são atendidos no SUS. 

A exigência do ressarcimento, descrita no artigo 32 da Lei nº 9.656/98 (Lei dos Planos de Saúde), é um dos temas mais polêmicos do setor e vem sendo questionada na Justiça desde 1998, por meio de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) apresentada pela Confederação Nacional da Saúde (CNS). 

Explicamos. O artigo 32 da Lei 9.656/98 determina que "Serão ressarcidos pelas operadoras dos produtos de que tratam o inciso I e o § 1º do art. 1º desta Lei, de acordo com normas a serem definidas pela ANS, os serviços de atendimento à saúde previstos nos respectivos contratos, prestados a seus consumidores e respectivos dependentes, em instituições públicas ou privadas, conveniadas ou contratadas, integrantes do Sistema único de Saúde - SUS". Ou seja, a regulamentação do ressarcimento é clara. 

No entanto, a Constituição diz que "a saúde é direito de todos e dever do Estado". Qualquer indivíduo (não necessariamente brasileiro) tem direito de ser atendido pelo SUS, sendo que "as instituições privadas poderão participar de forma complementar do sistema único de saúde". portanto, o sistema suplementar, como o nome sugere, é adicional ao serviço público – complementar, não substitutivo.  

Mas voltando ao factual. A ANS divulgou ontem (25) novo recordo no repasse dos planos de saúde ao SUS, registrando R$ 783,38 milhões em 2018. Esse foi o maior valor anual pago no ressarcimento desde o ano 2000, data da criação da agência e do primeiro repasse para o Fundo Nacional de Saúde. Os dados completos podem ser consultados na 7ª edição do Boletim Informativo – Utilização do Sistema Único de Saúde por Beneficiários de Planos de Saúde e Ressarcimento ao SUS. 

O debate sobre o tema tem muito sentido. Ao contratar um plano de saúde, o beneficiário não deixa de pagar os tributos que financiam a saúde pública. Portanto, não perde o direito de usufruir de um direito garantido na Constituição. Essa lógica, inclusive, resulta em aumento dos custos dos planos de saúde para a população. 

O assunto certamente continuará rendendo muito debate e nós seguiremos acompanhando. Enquanto isso, vale lembrar que, no Brasil, não há efetiva renúncia fiscal do plano de saúde, como já mostramos com o artigo “O fim do mito da desoneração fiscal da saúde suplementar” e o TD 58 – "Deduções fiscais das despesas com saúde do Imposto de Renda: análise focada nos planos de saúde”. 

Tem alguma dúvida? Entre em contato conosco. Também disponibilizamos uma série de publicações sobre os aspectos tributários dos planos de saúde em nossa Área Temática. Confira. 

A primeira edição do Boletim Científico IESS de 2019 resume importantes estudos, nacionais e internacionais, sobre a aplicabilidade de avaliação de custo-efetividade para incorporação de novas tecnologias, comportamento econômico-financeiro de operadoras de grande porte e prevalência de cesárea no Brasil, entre outros trabalhos publicados na literatura científica no 1º quadrimestre do ano. 

Nesta edição, os destaques são a análise “Planos de Saúde com franquia anual  e Prevenção”, na seção Economia & Gestão, que reforça a necessidade de mecanismos com foco em promoção de saúde neste tipo de plano; e, em Saúde & Tecnologia, para “Telemedicina e Diabetes”, estudo que destaca a efetividade deste tipo de ação desde que a telemedicina não se limite ao telemonitoramento.

Março 2019
Salvar aos favoritos Compartilhar

Acabamos de publicar a última edição do boletim Conjuntura Saúde Suplementar. A publicação traz os dados consolidados do mercado de saúde em 2018 e os compara aos principais indicadores econômicos, traçando um paralelo para explicar, por exemplo, a alta de beneficiários de planos de saúde, especialmente nos planos coletivos. Um movimento que está intrinsicamente ligado à geração de empregos no País, especialmente aos postos de trabalho com carteira assinada. https://apps.facebook.com/candycrush/?fb_source=bookmark&ref=bookmarks&count=0&fb_bmpos=_0 

De acordo com o Conjuntura a taxa de desocupação encerrou o ano passado em 11,6%, com tendência de queda. O que é positivo para o setor de saúde e para a economia como um todo.  

Infelizmente, o resultado foi impulsionado, principalmente, por empregos informais e por isso teve sua influência do mercado de planos de saúde dissipada. Como o boletim explica, isso acontece porque esses trabalhos oferecem uma remuneração menor e sem benefícios, como plano médico-hospitalar, plano odontológico, ou mesmo outras contrapartidas ainda mais comuns, como vale transporte e alimentação. 

Além de possuir esses benefícios, a remuneração média de uma pessoa com carteira assinada no setor privado no País é de R$ 2.129. Por outro lado, um colaborador no mercado informal recebe em média R$ 1.371 e os trabalhadores por conta própria, R$ 1.670. O que compromete a capacidade dos indivíduos e das famílias de contar com um plano de saúde, por mais que o desejem -  como já mostramos aqui e em outras oportunidades que tivemos de comentar a pesquisa IESS/Ibope

A última edição do Boletim Científico IESS de 2018 resume 10 importantes estudos, nacionais e internacionais, publicados na literatura científica no 3º quadrimestre do ano. O destaque na seção de Economia & Gestão é o estudo "Examinando os beneficiários que mais usam os recursos hospitalares: implicações de um perfil desenvolvido a partir de dados de planos de saúde da Austrália "; e em Saúde & Tecnologia, "Tendências de fatores de risco e proteção de doenças crônicas não transmissíveis na população com planos de saúde no Brasil de 2008 a 2015”

Dezembro 2018
Salvar aos favoritos Compartilhar

O mercado de planos de saúde médico-hospitalares segue registrando tímido crescimento. O total de beneficiários desta modalidade apresentou ligeira variação positiva de 0,1% no comparativo entre outubro de 2018 e o mesmo mês do ano anterior, o que representa saldo de 34,6 mil vínculos no período. Os dados integram a Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB).

Desde a última edição do boletim, adicionamos novos itens em nossa análise para mostrar um retrato ainda mais fiel do setor. Em outubro do ano passado, a quantidade de cancelamentos na variação anual estava acima dos 1,1 milhão. Os novos dados mostram que esse número está próximo de 945 mil. Mais do que voltar a firmar novos contratos nessa modalidade da assistência, o setor tem conseguido diminuir a saída de beneficiários.

Seguindo como uma tendência recente, o total de vínculos com pessoas de 59 anos ou mais continua crescendo. Essa é a única faixa etária a apresentar crescimento no período de 12 meses encerrado em outubro passado. O aumento de 167,3 mil beneficiários nesta faixa etária corresponde a um avanço de 2,5%. Esse fenômeno acontece tanto pela mudança de idade quanto por novos vínculos firmados.

A análise completa da NAB você poderá ver aqui nos próximos dias. Seguiremos trazendo novos números. Não perca.

Novembro 2018
Salvar aos favoritos Compartilhar

Como divulgamos na última semana, o total de beneficiários de planos médico-hospitalares apresentou ligeira variação positiva de 0,2% entre setembro de 2018 e o mesmo mês do ano anterior segundo a na Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB). Importante reforçar, contudo, que os 102,2 mil novos vínculos apontados no boletim podem estar “só no papel”. 

Como alertamos periodicamente, é preciso analisar as variações próximas de zero com cautela. Como a variação é muito baixa, é possível que na revisão dos números setoriais pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), daqui alguns meses, revele que não houve, necessariamente, esse aumento real.

A nova publicação traz, ainda, uma análise especial que verifica como o número de beneficiários de planos médico-hospitalares variou segundo modalidade da operadora no mesmo período. A nota mostra que a leve variação positiva foi puxada, exclusivamente, pela medicina de grupo. 

Essa modalidade registrou crescimento de 476,5 mil vínculos entre setembro de 2017 e o mesmo mês desse ano, o que representa avanço de 2,7%. Esse setor passou a atender a maior proporção dos beneficiários de planos médico-hospitalares, representando 38,3%, um total de 18,1 milhões de beneficiários. 

No mesmo período, todas as outras modalidades tiveram retração. O segmento de autogestão perdeu 164,3 mil beneficiários, ou seja, 3,3%; nas cooperativas médicas, a redução foi de 0,9%, o que representa 152,1 mil beneficiários; as seguradoras tiveram perda de 48,3 mil, ou 0,8%; e as filantropias registraram decréscimo de 48,3 mil, um total de 0,8%. 

Como alertamos periodicamente, é preciso analisar as variações próximas de zero com cautela. Como a variação é muito baixa, é possível que na revisão dos números setoriais pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), daqui alguns meses, revele que não houve, necessariamente, esse aumento real.

Seguiremos apresentando detalhes da Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB) nos próximos dias.

Outubro 2018
Salvar aos favoritos Compartilhar

Acabamos de divulgar a 23º edição do “Boletim Científico IESS” que resume publicações científicas de interesse para a saúde suplementar lançadas no 2º quadrimestre de 2018. Voltado para pesquisadores acadêmicos e gestores da área de saúde, a publicação apresenta trabalhos lançados nas principais revistas científicas do Brasil e do mundo nas áreas de saúde, tecnologia, economia e gestão.

O objetivo é apresentar casos, informações, atualizações e orientações que forneçam ferramentas e subsídios para pesquisadores e gestores da saúde suplementar na melhor tomada de decisão em todo o país. A edição mais recente apresenta pesquisas que abordam judicialização, dados de reinternação, cobertura dos planos, uso dos serviços médicos e odontológicos, entre outros temas. 

Entre eles, os destaques são “Análise do desempenho da taxa de reinternação hospitalar em 30 dias para pacientes com insuficiência cardíaca e sobrevida a longo prazo: conclusões da base de dados do ‘Get With the guidelines-heart failure’” que aborda a relação do desempenho de hospitais e a sobrevida do paciente nos casos da doença crônica na seção de Economia&Gestão. O destaque em Saúde&Tecnologia ficou para “Estimando o gasto futuro com saúde e cuidados com idosos na Austrália com mudanças na morbidade”, que busca estimar o efeito do envelhecimento na saúde total e no gasto com cuidados aos idosos na Austrália entre 2015 e 2035. 

Continue acompanhando a nossas publicações aqui no blog. Nos próximos dias, vamos publicar posts analisando esses e outros destaques dessa edição.