Acabamos de publicar a 28º edição do Boletim Científico IESS, que reúne importantes publicações científicas com foco em saúde suplementar. Os trabalhos analisados foram publicados nas principais revistas científicas do Brasil e do mundo nas áreas de saúde, tecnologia, economia e gestão ao longo do 2º semestre de 2020.
A publicação conta, por exemplo, com pesquisas sobre a disseminação do novo Coronavírus, como a “Costing The Covid-19 Pandemic: An Exploratory Economic Evaluation Of Hypothetical Suppression" Policy In The United Kingdom”, que aborda o custo-efetividade relativo das políticas de supressão recomendadas no modelo da Equipe de Resposta COVID-19 do Imperial College para o governo do Reino Unido. A publicação é destaque na seção Economia & Gestão.
Entre os trabalhos abordados na área de Saúde, destacamos a análise “Doenças Crônicas Não Transmissíveis e Fatores de Risco e Proteção em Adultos com ou sem Plano De Saúde”, que analisa as coberturas de planos de saúde no Brasil e compara com a ocorrência de fatores de risco e proteção dessas doenças, morbidade e acesso a exames preventivos na população com e sem planos de saúde.
Voltado para pesquisadores acadêmicos e gestores da área de saúde, o Boletim Científico tem o objetivo de apresentar estudos, atualizações e orientações que forneçam ferramentas para auxiliar na tomada de decisões.
Nos próximos dias, vamos analisar esses e outros destaques dessa edição aqui no blog. Não perca!
Acesse aqui a publicação na íntegra.
Você deve ter visto aqui que o setor de saúde suplementar registrou alta de beneficiários pelo quinto mês consecutivo e atingiu a marca de 47,3 milhões de pessoas, avançando 0,7% no período de 12 meses encerrado em novembro de 2020. O tema de hoje é o segmento odontológico.
Segundo a Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB), entre novembro de 2020 e o mesmo mês do ano anterior, mais de 1 milhão dos novos contratos foram firmados, o que representou um avanço de 4,2% em 12 meses.
Com isso, o segmento de planos exclusivamente odontológicos atingiu 26,6 milhões de beneficiários. Em novembro do último ano, 21,2 milhões (83,3%) de beneficiários de planos desta modalidade possuíam um plano coletivo. Desses, 88,3% eram do tipo coletivo empresarial e 11,6% do tipo coletivo por adesão.
O número positivo é explicado porque todas as regiões apresentaram crescimento de beneficiários no período de 12 meses. A região Norte foi que teve o melhor desempenho, avançando 7,2% em um ano. Em números absolutos, no entanto, o Sudeste se destaca por mais de 733 mil novos beneficiários, o que equivale a um crescimento de 4,8% no mesmo período.
Esse avanço foi alavancado pelo estado de São Paulo, que apresentou o maior crescimento, com mais de 655 mil beneficiários no intervalo de 12 meses encerrado em novembro. Alta de 7,3%.
Interessante notar que entre novembro de 2020 e o mesmo mês do ano anterior, o crescimento foi puxado pela boa performance das medicinas de grupo, entre os coletivos por adesão e pelos idosos, tanto na comparação trimestral quanto anual. No período de 12 meses encerrado em novembro, os vínculos com medicina de grupo aumentaram em 13,8%, com mais de 970 mil novos contratos. Os coletivos por adesão tiveram aumento de 14,5%, com 358 mil vidas e, por fim, a faixa etária de 59 anos ou mais registrou crescimento de 220 mil beneficiários, o que representa 11,0% a mais.
Entre 2016 e início de 2020, o setor se comportou de modo distinto aos da modalidade de médico-hospitalares durante os períodos de instabilidade nacional, registrando elevado ritmo de crescimento. Com o aprofundamento da crise econômico-sanitária do novo Coronavírus, passou a registrar sucessivas quedas mensais a partir de março de 202 e voltou a acelerar seu ritmo de crescimento em agosto do mesmo ano.
Você pode acessar o boletim completo aqui.
A primeira edição do Boletim Científico IESS de 2021 resume importantes estudos, nacionais e internacionais publicados nas principais revistas científicas nas áreas de saúde e economia em saúde ao longo do 2º semestre de 2020.
Nesta edição, os destaques são a análise do custo-efetividade relativo das políticas de supressão recomendadas no modelo da Equipe de Resposta COVID-19 e sobre Doenças Crônicas Não Transmissíveis e Fatores de Risco e Proteção em Adultos com ou sem Plano De Saúde.
Conforme falamos recentemente, o mês de setembro confirmou a tendência de crescimento dos planos de saúde médico-hospitalares verificada nos meses anteriores. Os números da Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB) mostram que com o avanço de 0,3% no período de 12 meses o setor voltou a ultrapassar o total de 47 milhões de vínculos, o que não acontecia desde abril.
No intervalo de três meses, entre junho e setembro, o setor cresceu 0,8%, o que representa aproximadamente 380 mil novos contratos. Esse crescimento foi alavancado pelo resultado dos coletivos empresariais, o que mostra que as empresas voltaram a admitir novos colaboradores e contratar novos planos.
Agora, a Análise Especial da NAB aponta que Minas Gerais foi o Estado com o maior número absoluto de novos vínculos aos planos médico-hospitalares no período de 12 meses encerrado em setembro deste ano. Os mais de 118 mil novos beneficiários representam um avanço de 2,4% no intervalo analisado.
No período, o mercado mineiro de planos coletivos de assistência médica avançou 3,2%, com quase 140 mil novos vínculos. O resultado só não foi melhor porque o estado registrou queda de 18,5 mil beneficiários na categoria individual ou familiar, um recuo de 2,7.
Esse crescimento ocorreu em virtude do aumento de 93,3 mil vínculos em planos coletivos empresariais, o que representa 2,6%. Os coletivos por adesão também registraram um importante avanço de 5,8%, ou 46,3 mil novos contratos.
Por faixa etária e modalidade da operadora, a Análise Especial mostra que houve adesão de 88,2 mil beneficiários, um aumento de 2,9%, na faixa etária de 20 a 59 anos. Já o expressivo avanço de 13,9% entre as medicinas de grupo equivale a mais de 136 mil novos vínculos nesta categoria.
De acordo com dados da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), o Estado de Minas Gerais o mercado mineiro está aquecido e batendo recordes na receita de exportações do agronegócio. Por ser um grande produtor de commodities agrícolas e de minério, o estado também se beneficia com a desvalorização do real e de alguns efeitos impostos pela pandemia sobre o mercado mundial, como maior demanda internacional por produtos agrícolas.
Em setembro, foi confirmada a tendência de crescimento dos planos de saúde médico-hospitalares verificada nos meses anteriores. De acordo com os dados da Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB), que acabamos de divulgar, com o avanço de 0,3% no período de 12 meses o setor voltou a ultrapassar o total de 47 milhões de vínculos, o que não acontecia desde abril.
Entre setembro de 2019 e o mesmo mês desse ano, o segmento de planos médico-hospitalares registrou mais de 124 mil novos beneficiários. O número reforça a tendência de crescimento, ainda em ritmo lento, registrada a partir de julho. No intervalo de três meses, entre junho e setembro, o setor cresceu 0,8%, o que representa aproximadamente 380 mil novos contratos. Esse crescimento foi alavancado pelo resultado dos coletivos empresariais, o que mostra que as empresas voltaram a admitir novos colaboradores e, consequentemente, contratar novos planos.
Em setembro de 2020, 38,0 milhões (80,7%) de beneficiários médico-hospitalares possuíam um plano coletivo. Desse total, 83,6% eram do tipo coletivo empresarial e 16,4% do tipo coletivo por adesão.
Entre os estados, no período de 12 meses encerrado em setembro, foi registrado aumento de beneficiários em planos de assistência médica em 17 unidades federativas. Piauí e Goiás lideram o crescimento, com 4,3% e 2,8%, respectivamente. Em números absolutos, Minas Gerais, Goiás e Distrito Federal foram os que tiveram o maior ganho de beneficiários. Só em Minas Gerais foram registrados mais de 118 mil novos vínculos em 12 meses, crescimento de 2,4%.
Na análise anual, a faixa etária de 59 ou mais foi a que registrou o aumento mais expressivo, com avanço de 2,0%. Na trimestral, aqueles entre 19 e 58 anos foram maioria. O que mostra duas tendências: que os idosos brasileiros têm se preocupado em contar com um plano de assistência médica e, ao mesmo, tempo, a economia brasileira volta a admitir trabalhadores com a gradual retomada das atividades.
A NAB consolida os mais recentes números de beneficiários de planos de saúde médico-hospitalares e exclusivamente odontológicos, divididos por estados, regiões, faixas etárias, tipo de contratação e modalidade de operadoras.
Acesse o boletim completo em https://iess.org.br/?p=publicacoes&id_tipo=18
Já falamos um pouco de como é fundamental que todos façam a sua parte neste delicado momento que atravessamos de pandemia pelo novo Coronavírus. E isso inclui indivíduos, empresas, entidades dos diferentes setores etc. Recentemente apresentamos alguns dados sobre o setor de saúde suplementar no cenário atual com base nos números divulgados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Acesse aqui.
Ainda nesse objetivo, a nossa publicação “O novo Coronavírus no Brasil e fatores de risco em beneficiários de planos de saúde” utiliza estatísticas nacionais para estimar a quantidade de beneficiários de planos de saúde com risco para a doença em todo o País.
O Boletim Covid-19, da ANS, também apresentou informações sobre o fluxo de caixa das operadoras, por meio do movimento de entrada (recebimentos) e saída (pagamentos) de recursos, análise da inadimplência, evolução do índice de sinistralidade de caixa e outros dados.
Verificou-se que em julho houve aumento da sinistralidade, mas ainda abaixo do patamar histórico. Acredita-se que este indicador deve continuar abaixo do nível médio da série por conta do ciclo financeiro do setor (diferença de tempo entre a ocorrência do evento médico e o pagamento dos prestadores). O índice, apurado junto à amostra de 100 operadoras, passou de 60% em junho para 64% em julho.
Os dados relativos sobre inadimplência apontam que em julho, os percentuais continuaram próximos dos níveis históricos: nos planos individuais, foi registrado 11% de inadimplência em julho (no mês anterior foi registrado 10%), enquanto nos coletivos esse percentual ficou em 4% (em junho foi de 5%). Quando são analisadas todas as modalidades de contratação do plano, o percentual de inadimplência manteve-se inalterado de um mês a outro, ficando em 7%. Vale lembrar que esses números da Agência abrangem 101 operadoras.
A ANS também comentou sobre os encontros regionais que tem feito com operadoras de planos de saúde de pequeno e médio porte. De maneira geral, destacam dois fatores: pelo lado dos custos, uma redução observada em todo o mercado devido à baixa procura ou adiamento de atendimentos não relacionados à Covid-19; e, pelo lado da receita, o comportamento do beneficiário no sentido de evitar a inadimplência e preservar a manutenção do seu plano de saúde.
Seguiremos apresentando mais dados do boletim nos próximos dias. Você também pode acessá-lo na íntegra no site da agência.
Nesse delicado momento para os setores de saúde em todo o mundo, é importante que cada um faça sua parte na batalha contra o novo Coronavírus de diferentes formas. Seja no atendimento direto aos pacientes, como os profissionais de saúde na linha de frente ou ainda na criação de pesquisas e dados acerca da doença. Foi com isso em mente que lançamento a publicação “O novo Coronavírus no Brasil e fatores de risco em beneficiários de planos de saúde” que utiliza estatísticas nacionais do número de óbitos e infectados para estimar a quantidade de beneficiários de planos de saúde com risco para a doença em todo o País.
Na última semana, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) divulgou os dados atualizados relativos ao monitoramento do setor de planos de saúde durante a pandemia do novo Coronavírus. A publicação apresenta informações coletadas até julho com uma amostra de operadoras. O objetivo é ter dados para o monitoramento da evolução de indicadores assistenciais e econômico-financeiros durante o período da pandemia e evoluindo na transparência do setor.
Ainda traz informações sobre atendimentos em Serviços de Apoio Diagnóstico Terapêutico (SADT), que permitem uma análise da utilização de procedimentos eletivos fora do ambiente hospitalar. Os indicadores econômico-financeiros analisam a sinistralidade observada através do fluxo de caixa das operadoras - movimento de entrada (recebimentos) e saída (pagamentos) de recursos em um dado período.
Em julho, a taxa geral de ocupação geral de leitos (engloba leitos comuns e UTI) permaneceu estável em relação ao mês anterior (64% de ocupação, ante 62% em junho) e abaixo da taxa verificada no mesmo período do ano passado (74%). A taxa geral de ocupação dos leitos alocados para Covid-19 manteve o percentual de junho de 59%.
Quando comparado com junho, a quantidade de consultas em pronto-socorro que não geraram internações cresceu 20% em julho. O que ainda representa uma retomada ao nível de consultas que se observava em fevereiro, antes do início da pandemia de Covid-19. No entanto, mantém a tendência de recuperação gradativa que vem sendo verificada desde maio. O mesmo comportamento foi observado em relação às autorizações emitidas para realização de SADT, com crescimento de 22% em relação ao mês de junho.
Seguiremos apresentando mais dados do boletim nos próximos dias. Você também pode acessá-lo na íntegra no site da agência.
Posse, prevalência, características e os diferentes impactos das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) sempre voltam ao debate dos diversos setores de saúde. Periodicamente, a Organização Mundial da Saúde (OMS) divulga quais são as prioridades em sua agenda futura e, há um tempo, destaca-se o controle desse problema. Para conter seu avanço, o órgão propõe atuar junto aos governos a fim de atingir a meta global de redução em 15% da inatividade física até 2030, o que pode ser feito por meio de implantações de políticas públicas que incentivem a prática de exercícios diários.
Para se ter uma ideia, a entidade estima que as DCNT sejam responsáveis por cerca de 38 milhões de mortes anuais, sendo que 16 milhões corresponderiam às mortes prematuras, antes dos 70 anos de idade, constituindo o maior problema de saúde em todo o mundo. Sedentarismo, tabagismo, consumo excessivo de bebidas alcoólicas, má alimentação e poluição do ar são os fatores de risco que impulsionam o crescimento da incidência das doenças crônicas – também segundo a entidade.
Mas e a saúde suplementar? No Estados Unidos, a manutenção de um seguro saúde é frequentemente associada com melhores resultados em relação ao controle dessas doenças pela maior oferta dos serviços ambulatoriais, incluindo detecção e monitoramento de doenças, terapias e medicamentos.
O estudo “Is insurance instability associated with hypertension outcomes and does this vary by race/ ethnicity?” (A instabilidade em relação à posse de seguro saúde está associada aos resultados de hipertensão e varia de acordo com a raça / etnia?) publicado na última edição do Boletim Científico pretendeu avaliar se a instabilidade na posse do seguro de saúde está associada aos resultados de pressão arterial. Também verificou se essa associação varia de acordo com raça e etnia dos pacientes.
A estabilidade na posse do seguro de saúde (aqueles que não ficaram sem cobertura durante o período analisado) foi positivamente associada com melhores resultados da pressão arterial no caso dos negros. Perder ou contratar o benefício ou estar sem ele em um intervalo de 6 meses foram relacionados com maiores chances de pressão arterial elevada, em comparação com aqueles com seguro privado estável.
No entanto, os pacientes negros também apresentaram taxas significativamente mais altas de pressão arterial mesmo quando passaram a contar com o seguro de saúde. Além disso, estar sem o benefício não foi significativamente associado à condição da pressão arterial para hispânicos, asiáticos ou brancos.
Os pesquisadores concluíram que a estabilidade na posse de seguro de saúde por si só não é suficiente para controlar a pressão arterial em todas as pessoas, pois a interação entre essa variável e raça não foi significativa para todas as raças. No caso dos negros, no entanto, o artigo conclui que as políticas que possibilitem a estabilidade do seguro de saúde possam ser benéficas para o controle da doença.
Veja outros detalhes desse e de outros estudos na última edição do Boletim Científico.
Se você está concluindo uma artigo científico que vai apresentar até 31 de agosto, aproveite que o X Prêmio IESS de Produção Científica em Saúde Suplementar está com inscrições abertas, confira o regulamento e participe.
Há uma série de fatores que impactam na posse ou não de um plano de saúde privado, como trabalho, renda, região, composição da família, entre outros. Vale lembrar, inclusive, que este é o terceiro maior desejo do brasileiro, atrás apenas de educação e casa própria, segundo pesquisa do IBOPE/IESS.
O desejo de ter filhos e a realização dessa vontade, no entanto, podem ter resultados bem diferentes no que diz respeito à posse de um plano de saúde. O estudo “Family formation and the demand for health insurance” (Formação familiar e demanda por seguro de saúde) publicado na última edição do Boletim Científico abordou exatamente essa questão.
Assim como no Brasil, na Austrália – País estudado pelos autores – a população pode receber tratamento hospitalar gratuito em hospitais públicos por meio de um sistema de assistência universal à saúde. Os principais benefícios de se ter um plano de saúde privado são de poder optar pelos médicos de preferência ou ainda o menor tempo de espera para diferentes procedimentos.
Por meio da análise dos dados da Pesquisa Longitudinal Australiana – Coorte Saúde de Mulheres Jovens, com 14.247 participantes na 1ª onda, os autores estimaram um modelo empírico de demanda pelo seguro de saúde e concluíram que a formação da família afeta a demanda de plano entre as mulheres jovens. Aquelas que desejam mais filhos do que já possuem são 6% mais propensas a contar com assistência particular.
A presença de crianças, no entanto, reduz a chance de ter um plano. Segundo a análise, em média, cada criança adicional numa família reduz a probabilidade de cobertura do seguro saúde privado em 13%. Segundo os pesquisadores, as despesas relacionadas com as crianças acabam por impactar e substituir o que seria direcionado ao seguro saúde.
No geral, os resultados mostram um padrão no qual as mulheres passam a contar com um plano privado de assistência à saúde na preparação da gravidez e deixam o seguro quando terminam a construção da família e outros despesas surgem para competir pelo orçamento.
Veja outros detalhes desse e de outros estudos na última edição do Boletim Científico.
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