A pesquisa “Efficiency and optimal size of hospitals: results of a systematic search” (“Eficiência e tamanho ótimo dos hospitais: resultados de uma pesquisa sistemática”), publicada no 18º Boletim Científico, analisa a relação entre o tamanho dos hospitais, seus custos e resultados clínicos, numa tentativa de determinar o tamanho produtivo ótimo dos hospitais com base em sua eficiência.
O estudo fez uma revisão sistemática de 45 anos de pesquisas em publicações de revistas cientificas, levando em conta a eficiência de escala e o tamanho ótimo no setor hospitalar para identificar lacunas e propor observações para o futuro.
Os resultados da análise apoiam a política de expansão de hospitais maiores e a restruturação e fechamento de pequenos. A maioria das pesquisas feitas nos Estados Unidos e Reino Unido relata constatações consistentes de economia de escala para hospitais com 200 a 300 leitos.
Outras questões a se levar em conta na busca por mais eficiência nos hospitais são os eventos adversos e a transparência. Questões que já abordamos aqui no Blog.
O estudo “The impact of private hospital insurance on the utilization of hospital care in Australia” (“O impacto do seguro hospitalar privado na utilização de serviços hospitalares na Austrália”), publicado no 18º Boletim Científico, discute o impacto entre a obtenção de seguro privado e a utilização de serviços hospitalares na Austrália.
No final da década de 1990, o governo australiano inseriu uma série de políticas para aumentar a demanda por seguro de saúde privado com o objetivo de reduzir a pressão sobre o sistema de saúde público e ofertar mais opções aos consumidores.
De acordo com o estudo que analisou dados populacionais da National Health Survey de 2004 e 2005, apesar de a maior procura por planos de saúde resultar em menos pressão para o setor público, houve um aumento no total de internações. Em relação a quem não conta com um plano de saúde, a propensão de um beneficiário ser internado é 13 pontos porcentuais maior.
O estudo “Cost-effectiveness of bariatric surgery in adolescents with obesity”, publicado no 18º Boletim Científico com o título “Custo efetividade da cirurgia bariátrica em adolescentes com obesidade”, avaliou o custo-efetividade do tratamento cirúrgico em adolescentes em relação aos que passaram pelo procedimento com os que realizaram um tratamento alternativo. Foram avaliados adolescentes com um IMC acima de 30 nos Estados Unidos.
De acordo com a pesquisa, os autores concluíram que o tratamento dos pacientes que passaram pela cirurgia bariátrica custou US$ 30.747 dólares a mais do que o tratamento daqueles que não passaram pela cirurgia e seguiram outros tratamentos. Considerando o custo e os resultados dos tratamentos, os autores encontraram que a cirurgia não foi custo-efetiva.
Conforme já alertamos aqui no Blog, ao longo da última década a quantidade de cirurgias desse tipo aumentou significativamente e já ultrapassa a marca de 88 mil cirurgias por ano apenas no Brasil. Sendo que o único país a superar o total de procedimentos realizados por aqui é o Estados Unidos.
O estudo “Cost-effectiveness of bariatric surgery in adolescents with obesity”, publicado no 18º Boletim Científico com o título “Custo efetividade da cirurgia bariátrica em adolescentes com obesidade”, avaliou o custo-efetividade do tratamento cirúrgico em adolescentes em relação aos que passaram pelo procedimento com os que realizaram um tratamento alternativo. Foram avaliados adolescentes com um IMC acima de 30 nos Estados Unidos.
De acordo com a pesquisa, os autores concluíram que o tratamento dos pacientes que passaram pela cirurgia bariátrica custou US$ 30.747 dólares a mais do que o tratamento daqueles que não passaram pela cirurgia e seguiram outros tratamentos. Considerando o custo e os resultados dos tratamentos, os autores encontraram que a cirurgia não foi custo-efetiva.
Conforme já alertamos aqui no Blog, ao longo da última década a quantidade de cirurgias desse tipo aumentou significativamente e já ultrapassa a marca de 88 mil cirurgias por ano apenas no Brasil. Sendo que o único país a superar o total de procedimentos realizados por aqui é o Estados Unidos
O estudo “National Health Expenditure Projections, 2016-25: Price Increases, Aging Push Sector to 20 Percent of Economy”, publicado na 18° edição do Boletim Científico com o título “Projeção do gasto em saúde entre 2016 a 2025: aumento dos preços em saúde e envelhecimento da população estão alavancando o gasto em saúde da economia para 20% do PIB”, estima que o crescimento das despesas com saúde será de 1,2 ponto porcentual superior ao crescimento médio do PIB entre 2016 e 2025. Com o avanço, a participação do setor na economia do país deve subir de 17,8%, em 2015, para 19,9% em 2025.
Entre as principais razões para o aumento dos gastos estão questões com a quais também teremos que lidar por aqui. Por exemplo, a inflação médica e a frequência da utilização dos serviços de saúde. Exatamente os pontos medidos pelo VCMH/IESS, que apenas nos 12 meses encerrados em setembro de 2016 registrou alta de 19,4%, como já apontamos aqui no blog.
De acordo com o trabalho, a terceira causa que mais contribuirá para o aumento dos gastos com saúde nos Estados Unidos é outra “velha conhecida”: o envelhecimento da população. Assunto que também já exploramos por aqui.
O estudo “National Health Expenditure Projections, 2016-25: Price Increases, Aging Push Sector to 20 Percent of Economy”, publicado na 18° edição do Boletim Científico com o título “Projeção do gasto em saúde entre 2016 a 2025: aumento dos preços em saúde e envelhecimento da população estão alavancando o gasto em saúde da economia para 20% do PIB”, estima que o crescimento das despesas com saúde será de 1,2 ponto porcentual superior ao crescimento médio do PIB entre 2016 e 2025. Com o avanço, a participação do setor na economia do país deve subir de 17,8%, em 2015, para 19,9% em 2025.
Entre as principais razões para o aumento dos gastos estão questões com a quais também teremos que lidar por aqui. Por exemplo, a inflação médica e a frequência da utilização dos serviços de saúde. Exatamente os pontos medidos pelo VCMH/IESS, que apenas nos 12 meses encerrados em setembro de 2016 registrou alta de 19,4%, como já apontamos aqui no blog.
De acordo com o trabalho, a terceira causa que mais contribuirá para o aumento dos gastos com saúde nos Estados Unidos é outra “velha conhecida”: o envelhecimento da população. Assunto que também já exploramos por aqui.
Acabamos de produzir a nova edição do “Boletim Científico IESS”. Voltado para pesquisadores acadêmicos e gestores da área de saúde, a publicação indica os principais estudos científicos, nacionais e internacionais, publicados no segundo bimestre de 2017 sobre saúde, tecnologia, economia e gestão no setor de saúde suplementar. O objetivo é auxiliar pesquisadores e gestores da saúde suplementar a se manterem atualizados sobre os principais estudos publicados no bimestre.
Os destaques dessa edição são os estudos “Projeção do gasto em saúde entre 2016 a 2025: aumento dos preços em saúde e envelhecimento da população estão alavancando o gasto em saúde da economia para 20% do PIB”, na seção de Economia&Gestão, que analisa os gastos do setor nos Estados Unidos; e, em Saúde&Tecnologia, “Eficiência e tamanho ótimo dos hospitais: resultados de uma pesquisa sistemática”, destaca o efeito que mudanças de tamanho de hospitais podem ter na qualidade do atendimento dos pacientes.
Já está disponível a 34° edição do Boletim “Conjuntura - Saúde Suplementar”. A publicação faz uma análise das variáveis socioeconômicas relevantes ao desempenho do setor de saúde suplementar, consolidando as informações macroeconômicas brasileiras do 1° trimestre de 2017 e analisando seus desdobramentos para esse mercado.
O destaque dessa edição é a análise especial "O desemprego e a variação do número de beneficiários nos estados", que apresenta a relação que existe entre a taxa de desemprego com a queda do número de beneficiários de planos coletivos empresariais por região no Brasil. Dados que, certamente, iremos analisar aqui no Blog nos próximos dias. Não perca!
Uma dieta pouco saudável, além de impactar diretamente a qualidade de vida, é um dos fatores de risco que mais contribui para a prevalência de diversas doenças, como a diabetes, na população mundial.
Aproveitando o Dia Nacional da Saúde e Nutrição, determinado pelo Ministério da Saúde, recomendamos a leitura do estudo “Do the foods advertised in Australian supermarket catalogues reflect national dietary guidelines?”, apresentado na última edição do Boletim Científico com o título “Os alimentos anunciados nos catálogos dos supermercados australianos refletem as diretrizes dietéticas nacionais?”.
O estudo demonstra que mesmo em países com uma política de orientação dietética clara, a promoção de alimentos mais gordurosos do que o indicado supera a de alimentos considerados mais saudáveis. O que tende a estimular, na população, a adoção de hábitos menos saudáveis de consumo. Resultado que indica a necessidade de se debater a regulação de propaganda desses alimentos como uma forma eficaz de melhorar a alimentação da população.
Na França, assim como acontece no Brasil, há a saúde pública e a saúde suplementar, que pode ser adquirida pela população por meio do seguro complementar de saúde (SCS). Com o objetivo de expandir o alcance da saúde suplementar, que hoje abrange 34,7% das população local, o governo francês implementou, no ano passado, o Acordo Interprofissional Nacional (AIN), que obriga todos os empregadores a fornecer o SCS a seus funcionários e mantê-lo por ao menos 12 meses em caso de desligamento.
Como o AIN ainda é muito recente, não há dados concretos para avaliar seus resultados. Contudo, o estudo "The likely efiects of employer-mandated complementary health insurance on health coverage in France", publicado na última edição do Boletim Científico com o título “Os efeitos prováveis do seguro de saúde complementar de oferta obrigatória pelo empregador sobre a cobertura da saúde na França”, estima o potencial da medida e as populações afetadas por ela em dois cenários diferentes. Claro, é preciso ressaltar que o trabalho apresenta uma análise ex-ante, isto é, baseada em projeções, mas em ambos os cenários, os resultados esperados são animadores.
O primeiro cenário considera o impacto do AIN sobre os empregados do setor privado, já o segundo contabiliza a cobertura também para os demitidos durante 12 meses.
O estudo indica que, nos dois casos, a medida beneficiará, principalmente, pessoas mais jovens e com renda inferior a daquelas que já possuíam o SCS antes da lei. Portanto, alcançando seu objetivo.