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Julho 2020
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Pesquisa mostra que 89% dos profissionais de saúde acreditam em uma segunda onda de infecções pelo novo Coronavírus no Brasil. Na linha de frente, o sentimento predominante é de apreensão. Ansiedade (69,2%), estresse (63,5%) e exaustão física/emocional (49%) são relatados, além de sensação de sobrecarga (50,2%). Os resultados são da terceira edição da do levantamento da Associação Paulista de Medicina (APM) sobre problemas e carências durante a pandemia e eventuais reflexos na assistência aos pacientes infectados. 

Quase metade (48,9%) dos médicos que estão na linha de frente do atendimento aos infectados com Covid-19 afirma que pacientes e familiares têm pressionado por tratamento sem comprovação científica. Para 69,2%, notícias falsas (fake news), informações sensacionalistas ou sem comprovação técnica são inimigos que os médicos enfrentam simultaneamente à doença. 

O levantamento ainda mostra que entre esses profissionais, 76,3% atendem, em média, por dia, até 20 ou mais pacientes com suspeita e/ou confirmação da nova doença. A maioria entre eles, 53%, têm sob sua responsabilidade até 5 doentes. Outro dado chama bastante atenção: quatro em cada dez dos médicos ouvidos já acompanharam pacientes que vieram a falecer com suspeita e/ou confirmação de Covid-19, marca bem expressiva. 

A pesquisa ainda abordou outros importantes temas, como a capacitação para assistência, o temor diário dos profissionais, falta de médicos, diretrizes e insumos, o clima psicológico, subnotificação, o agravamento de outras doenças, inadequação de políticas de saúde, e outros assuntos fundamentais que pretendemos apresentar aqui futuramente. 

A amostragem contou com a participação de 1.984 profissionais de todo o País, respondendo espontaneamente a questionário estruturado on-line. Destes, 60% trabalham em hospitais e/ou unidades de saúde que assistem a pacientes com Covid-19. 

A pesquisa pode ser acessada no portal da entidade. 

Julho 2020
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Nós já mostramos aqui como o segmento de planos médico-hospitalares se comportou nos últimos meses com base na recente edição da NAB. Apresentamos também os números da Análise Especial que trouxe acompanhou e investigou os dados da modalidade de planos coletivos por adesão. Agora, portanto, é a vez de explorar os dados do setor odontológico, um dos destaques do nosso boletim mensal. 

Antes, uma lembrança: o setor médico-hospitalar registrou queda de 0,3% no período de 12 meses encerrado em maio deste ano, o que reflete a queda da atividade econômica causada pela forte crise na saúde em função do novo Coronavírus. 

Esse fator, aliás, é fundamental para entender a performance do segmento exclusivamente odontológico. Mesmo sendo um contraponto aos planos médico-hospitalares com forte ritmo de crescimento no total de beneficiários nos últimos anos, o setor também vem sentindo os impactos do cenário atual. 

A publicação mostra que essa é a segunda queda consecutiva na variação trimestral, de 2,2%. O que significa que esse tipo de plano perdeu mais de 560 mil vínculos entre fevereiro e maio desse ano. Vale lembrar, contudo, que na variação anual, o setor continua com mais beneficiários agora do que há doze meses. A alta de 4% equivale a cerca de 980 mil novos contratos desse tipo. 

Fica, entretanto, o alerta para o setor. Embora no período analisado de 12 meses o setor continue crescendo em todas as regiões, quando analisamos a variação trimestral, houve queda de beneficiários em todas as regiões. A maior redução em três meses foi registrada no Norte, com baixa de 3,4%. Centro-Oeste e Nordeste registraram redução de 2,6% e 2,5%, respectivamente e, por fim, a região Sudeste diminui sua base em 2,1% e a Sul em 1,1%. 

Vale lembrar, contudo, que os números podem sofrer modificações retroativas em função das revisões efetuadas mensalmente pelas operadoras. 

Veja aqui os números completos da NAB. 

Julho 2020
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Sabemos da importância da alimentação e hábitos saudáveis para a saúde e o correto funcionamento do organismo, equilíbrio mental e espiritual. Sabemos, também, que atual cenário de pandemia pelo novo Coronavírus suscita uma série de preocupações, angústias e incertezas. 

É por isso que realizamos recentemente o webinar “Promoção da saúde e qualidade de vida – A importância de hábitos saudáveis” que reuniu importantes especialistas no tema com diferentes experiências. 

Claro que, como todo bom debate com visões amplas e embasadas, não conseguimos abordar todos os aspectos do tema – não que tínhamos essa ambição, já que há muito o que se falar. Cientes disso, reuníamos algumas perguntas enviadas pelo público e as respostas dos especialistas. 

Com mediação de José Cechin, nosso superintendente executivo, o encontro reuniu Alberto Gonzalez, médico autor dos livros “Lugar de Médico é na cozinha” e “Cirurgia Verde”; Almir Neto, presidente da Associação Brasileira para a Promoção da Alimentação Saudável e Sustentável (ABPASS); e Marcos Freire, médico do Centro de Referência em Práticas Integrativas de Saúde da Secretaria da Saúde do DF. 

Veja abaixo. Você também pode assistir ao webinar aqui ou no final desse post

Público – O que pode ser feito para diminuir os agrotóxicos no Brasil? 

Dr. Alberto Gonzalez – Fui ao meu próprio livro “Cirurgia Verde”. No capítulo “Terra” exponho detalhadamente todo o sistema de agricultura e agrotóxicos no Brasil e seu sistema de lobby, assim como todas as medidas que nós, como consumidores e população podemos tomar. 

Lendo este capítulo conclui-se entre tantas, duas coisas que respondem esta pergunta: 

1) Não há como reduzir o consumo de agrotóxicos dentro do atual sistema de gerenciamento, nas esferas federal, estadual e ambiente acadêmico. O uso de substâncias químicas na lavoura vai aumentar e capilarizar até entre pequenos produtores. 

2) A única forma de obter alimentos orgânicos e criar grande demanda por eles através de grupos organizados nas cidades e suas periferias, que por sua vez relacionem-se com outros grupos organizados entre os agricultores familiares e pequenas propriedades rurais, seja nas periferias seja em cinturões verdes já estabelecidos. 

Público – Como está a formação da nova geração de médicos sobre os temas de promoção de saúde e qualidade de vida? 

Marcos Freire – A proposta do Ministério da Saúde para a atenção primária à saúde do SUS é a Estratégia Saúde da Família na qual uma equipe composta por um médico de família e comunidade, um enfermeiro, também especializado em família e comunidade, técnicos em enfermagem e agentes comunitários de saúde ficam responsáveis pela população de um território com até 4 mil pessoas. 

Essa é a Medicina da Família e Comunidade, e os profissionais dentro dessa “nova” especialização estão sendo formados com uma visão bastante ampla e promissora para fazer a diferença na atenção à comunidade, não apenas do ponto de vista de tratar as principais doenças como também ter uma abordagem ampla na promoção da saúde e na coordenação do cuidado em toda a rede de assistência à saúde, bem como, nas reações de intersetorialidade com outras instituições públicas e comunitárias do território de atuação. 

Público – Considera que pós pandemia o tema Promoção de saúde e prevenção de DCNTs terá a devida atenção. Seja nas escolas, ambientes de trabalho, ou comunidades, com acesso, incentivo e empoderamento? 

Almir Neto – Tenho percebido que a pandemia serviu como um gatilho para acelerar tendências que estavam no horizonte. Ainda não vi uma maior ruptura com novas atitudes que surgiram após a pandemia. A tendência em dar mais importância para as doenças crônicas não transmissíveis já vinha acontecendo, mas o Coronavírus chamou a atenção para as repercussões desses problemas, principalmente quanto aos cardiovasculares e obesidade, e o quanto eles fragilizam o indivíduo. 

Vai ser, sem dúvida alguma, acelerada a atenção em prevenir doenças crônicas, um tema que vem sendo debatido no mundo todo há mais de uma década. A ênfase nesse tema em nosso país deve se acelerar ao patamar do que temos observado em outros países. 

 
Webinar IESS - Promoção da saúde e qualidade de vida: a importância de hábitos saudáveis 

Julho 2020
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“Um debate como esse ajuda a criar visões de longo prazo que vai além do tempo político. Precisamos entender que toda solução deve estar baseada em seu impacto na vida das pessoas e das comunidades. Só assim iremos avançar na qualidade da assistência”, comentou Marcelo D'Agostino, Senior Advisor de Sistemas de Informação e Saúde Digital na OPAS / OMS no webinar “A Transformação Digital da Saúde no Brasil”, realizado pelo Wilson Center Brazil Institute em parceria com o IESS.  

Ao mesmo tempo em que gerou demandas urgentes no setor de Saúde no Brasil e no mundo, a pandemia de Covid-19 acelerou o uso de novas tecnologias, incluindo a telessaúde, inteligência artificial e a análise de dados em larga escala. Existe, portanto, um enorme potencial para aproveitar novas soluções para expandir o acesso de pacientes à saúde, melhorar os resultados e reduzir os custos dos serviços de saúde. 

E foi exatamente essa a ideia do painel que contou com a moderação de José Cechin, nosso superintendente executivo. Além de D'Agostino, também participaram Ricardo Zúñiga, Diretor Interino do Brazil Institute; Jacson Venâncio de Barros, diretor do Departamento de Informática do SUS - DATASUS no Ministério da Saúde; Adriana Ventura, Deputada Federal (NOVO - SP); Jac Fressatto, inventor do Robô Laura, fundador e presidente do Instituto Laura Fressatto; e Joel Velasco, vice-presidente sênior de Relações Internacionais do UnitedHealth Group. 

O debate ainda abordou as oportunidades de ampliação da digitalização da saúde e de inteligência artificial no Brasil, experiências de sucesso, desafios do futuro no que diz respeito à infraestrutura, formação dos profissionais, mentalidade das instituições, arcabouço regulatório, possibilidade de integração entre os sistemas público e privado, segurança de dados e outros importantes temas. 

Segundo Adriana Ventura, que atua com temas de saúde no Congresso Nacional, foram feitos mais de 100 mil procedimentos por meio de Telessaúde no Brasil esse ano. “É importante que se supere as resistências por meio do diálogo. Só assim conseguiremos construir um arcabouço regulatório forte”, apontou. Que foi prontamente complementada por Cechin. “A necessidade move as pessoas e o sistema. Mas ainda temos muito espaço para melhorar e ampliar”, disse. 

“Mais do que barreiras estruturais, temos também fortes mudanças de hábitos. Conseguiremos ampliar o acesso e a qualidade depois que essa cultura estiver enraizada e as pessoas perceberem seu valor”, apontou Jacson Venâncio de Barros, que tem a tarefa de garantir a continuidade das ações de informatização e modernização do SUS, de acordo com as orientações e diretrizes definidas pelo Ministério da Saúde.  

O que está em consonância com a visão de Jac Fressatto. Segundo ele, sua ferramenta de Inteligência Artificial, o Robô Laura, tem igual performance em cidades de diferentes regiões e especificidades. “A tecnologia é potencializadora, não substitutiva”, comentou. “Ela não compensa a falta de infraestrutura e a competência dos profissionais de todas as esferas do atendimento, mas permite maior velocidade nos processos e a nossa capacidade de fazer o novo”, conclui. 

Um dos nossos pilares fundamentais é exatamente ampliar o debate e promover o diálogo. Continuaremos nessa missão. Inclusive nosso recente webinar sobre Telessaúde aponta algumas importantes direções nesse tema. Acesse aqui. 

A íntegra do webinar “A Transformação Digital da Saúde no Brasil” pode ser vista abaixo. 

https://www.youtube.com/watch?v=aS_895dr1gQ

Julho 2020
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Cai o número de beneficiários de planos de saúde em todo o País. O total de vínculos de planos médico-hospitalares registrou baixa de 0,3% no período de 12 meses encerrado em maio deste ano. Os números integram a Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB) que acabamos de divulgar. No total, o segmento volta a ficar abaixo dos 47 milhões de beneficiários, alcançado no último ano após sucessivas perdas. 

No comparativo de 12 meses, o setor perdeu pouco mais de 124 mil beneficiários. No entanto, só entre os meses de abril e maio, houve queda de 283 mil vínculos. O que acende uma luz de alerta para o setor. 

Os dados refletem a queda da atividade econômica causada pela forte crise na saúde, provocada pelo novo Coronavírus. É importante ressaltar, entretanto, que os números podem sofrer modificações retroativas em função das complementações e revisões efetuadas pelas operadoras. 

Apesar de o setor estar fortemente relacionado com o mercado de emprego, no período analisado, a perda de beneficiários foi impulsionada pela queda dos planos individuais. Em maio desse ano, a modalidade de contratação tinha 8,95 milhões de clientes. No mesmo mês em 2019 foi registrado 9,04 milhões, ou seja, 53 mil vidas a menos. Entre os coletivos empresariais, o número de beneficiários caiu para 31,6 milhões, o que representa 61 mil vínculos a menos na comparação anual. A única modalidade com crescimento foi de coletivos por adesão. Os 38 mil novos vínculos representam alta de 0,6% na variação de 12 meses. 

O boletim do IESS mostra, ainda, que o mês de maio foi marcado pelo menor número de adesões aos planos médico-hospitalares dos últimos doze meses. Em maio, o total de novas adesões ficou abaixo de 700 mil, muito inferior à média de 1,2 milhão dos meses anteriores. 

Veja aqui os números completos da NAB. 

Julho 2020
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Sabemos que o momento exige cuidados e apreensão. Por isso, em um esforço de auxiliar o sistema de saúde na construção de conhecimento durante a pandemia, publicamos o Estudo Especial “O novo Coronavírus no Brasil e fatores de risco em beneficiários de planos de saúde”. A pesquisa utiliza estatísticas nacionais sobre o tema, mostra a prevalência encontrada em inquéritos de saúde mais recentes disponíveis para estimar a quantidade de beneficiários com risco para a doença em todo o País. 

No período analisado, mais da metade, 54,4%, dos óbitos relacionados com a nova doença foram de homens, 69% de pessoas acima dos 60 anos de idade e 64% apresentaram pelo menos um dos fatores de risco da doença (cardiopatias, obesidade, imunodepressão, doença neurológica, doença renal, pneumopatia, diabetes e asma). Por isso, apresentamos os dados sobre a prevalência desses problemas. Publicado aqui

Vale lembrar também que esses números valem para os cerca de 47 milhões de vidas que contam com a saúde suplementar. Ou seja, entre os mais de 210 milhões de brasileiros o número é muito maior. 

A publicação também apresenta os dados regionais de quantidades de beneficiários com hipertensão arterial, obesidade e diabetes nas capitais de todos os Estados brasileiros extraídos do Vigitel Saúde Suplementar 2017. 

Foi possível detalhar o percentual de beneficiários adultos (acima de 18 anos) com diagnóstico médico de hipertensão arterial, obesidade e diabetes por faixa etária e nas capitais. Nesses três fatores de risco, verificou-se que houve aumento da prevalência com o decorrer da idade e está mais alta nas faixas etárias acima de 55 anos, justamente o grupo com o maior risco de ter uma complicação mais grave da Covid-19. 

No caso dos beneficiários com 65 anos ou mais, mais da metade (57,1%) relataram diagnóstico de hipertensão arterial por exemplo, e quase 1 a cada 5 tiveram o diagnóstico de diabetes (20,0%) ou obesidade (18,6%). Além disso, as estimativas demonstraram que metade dos beneficiários que receberam diagnóstico para hipertensão, obesidade e diabetes residiam nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro. 

Para se ter uma ideia, 6,9% dos beneficiários referiram diagnóstico médico de diabetes. A menor prevalência foi observada em Manaus, com 3,9%, e a maior no Rio de Janeiro, que registrou 8,8%. As estimativas demonstraram que cerca de 1,0 milhão de beneficiários estariam com diabetes em fevereiro desse ano, sendo quase sete em cada dez com idade acima de 55 anos e mais da metade residindo nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro. 

Vale reforçar que essas estimativas do número de beneficiários com fatores de risco são baseadas nas prevalências apontadas em anos anteriores, estando, portanto, sujeitas a variações nos percentuais. No entanto, são os dados mais recentes disponíveis. 

Entendendo a gravidade do momento e a necessidade de atenção, realizamos na última semana o webinar “Promoção da saúde e qualidade de vida – A importância de hábitos saudáveis” para auxiliar na manutenção de uma boa saúde por parte dos brasileiros. Veja abaixo. 

Você também pode acessar o estudo “O novo Coronavírus no Brasil e fatores de risco em beneficiários de planos de saúde”

Junho 2020
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Devido à situação inédita que estamos vivendo, muitos serviços tiveram sua lógica repensada em todos os setores. Desde janeiro desse ano, o Ministério da Economia substituiu o uso do Sistema do Caged pelo Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial) para parte das empresas. Os dados do emprego formal no País ficam por conta do Novo Caged, que é composto por informações captadas dos sistemas eSocial, Caged e Empregador Web.

A Secretaria de Trabalho também deixou de divulgar o emprego por classe CNAE e adotou a classificação utilizada pelo IBGE em suas pesquisas, agrupando em cinco categorias: Comércio, Serviços, Indústria Geral, Construção Civil e Agricultura. Até o momento, isso impossibilita a extração dos dados da cadeia privada da saúde como divulgamos nos últimos anos. 

Portanto, na nova versão do Relatório do Emprego na Cadeia Produtiva da Saúde, a análise do setor privado se restringe aos grupamentos de setores econômicos disponíveis no Novo Caged. As mudanças não impactaram o setor público.

No mês de abril, todos os segmentos econômicos apresentaram saldos negativos. A maior queda foi registrada no de Serviços, com redução de 362 mil vagas formais. Nessa nova metodologia, o setor de saúde privado está contido dentro de um conjunto maior chamado “Saúde humana e serviços sociais”. Nesta categoria, o saldo foi de 2.369 vagas a menos.

O boletim mostra que em abril deste ano havia 436,3 mil pessoas empregadas nos municípios analisados, um crescimento de 23,1% no período de 3 meses. A maior variação ocorreu nos municípios analisados da região Sul, com um crescimento de 54,1%. Na região Norte se observou o menor crescimento, com 7,0%.

Já na análise dos Estados, 353,5 mil era o número de trabalhadores com empregos formais no setor de saúde pública, queda de 0,6% quando comparado a janeiro deste ano. A maior queda foi na região Nordeste, com 4,8% no período de três meses. Mesmo com a redução, a região continua sendo a de maior número de funcionários estaduais na saúde, com 109,2 mil, embora o Sudeste seja mais populoso. A região com maior crescimento foi a Centro-Oeste, com 1,7%, seguida do Sudeste, com 1,5% a mais na comparação trimestral. 

No âmbito federal, o número de empregados na saúde foi de 240,3 mil em abril de 2020, apresentando uma redução de 0,8% em relação a janeiro deste ano. As regiões Sul e Norte foram as únicas que apresentaram crescimento no emprego público federal em saúde nesse período, com 5,8% e 2,4%, respectivamente.

Vale lembrar que os empregos em saúde nesse período podem estar subestimados, já que Estados e municípios têm recorrido à contratação de entidades privadas para gestão de serviços públicos de saúde como de hospitais de campanha, por exemplo. Além disso, o nosso levantamento conta dados de 200 municípios, cuja população representa 52,4% da população nacional. 

A nova edição do boletim ainda mostra que houve queda no emprego como um todo em todas as regiões. Sudeste e Sul apresentaram as maiores reduções, com destaque negativo para os Estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. 

Veja mais no gráfico abaixo e acesse aqui a íntegra da publicação

Traremos mais dados do emprego no Brasil nos próximos dias. Não perca.

 

 

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Junho 2020
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Como os Estados têm administrado as equipes de saúde durante a pandemia? Quais os desafios de se mobilizar estruturas e mão de obra com agilidade diante do atual cenário?  Há possibilidade de integração dos sistemas público e privado? Como superar as dificuldades de financiamento para contratação e adequação da estrutura? Debatemos esses e outros temas no webinar gratuito “Emprego e Gestão de Profissionais da Saúde em Tempos de Pandemia”.

Com mediação de José Cechin, superintendente executivo do IESS, o debate contou com a participação de Alberto Beltrame, secretário de Estado de Saúde Pública do Pará e presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS); Prof. Dr. Gonzalo Vecina Neto, médico e professor da faculdade de saúde pública da USP e da FGV; Rosana Cristina Garcia, diretora da Escola Municipal de Saúde de São Paulo; e Ricardo Burgos, vice-presidente de Capital Humano do UnitedHealth Group Brasil.

“Temos um enorme desafio pela frente, seja na gestão das instituições ou ainda dos profissionais de saúde, que estão na linha de frente dessa luta contra o Coronavírus. Diante dessa nova realidade, é natural que apareça uma série de dúvidas. O importante é gerar conhecimento e fomentar a discussão no setor. O que temos feito em nossos eventos e webinars”, comentou Cechin.

Durante o encontro, pudemos conhecer um pouco mais como as diferentes áreas estão lidando com a pandemia. “Os hospitais de campanha são integrados tanto com a atenção básica quanto com as unidades da autarquia municipal por meio de fluxos, protocolos e pela regulação do município”, apontou Rosana Cristina.

Ricardo Burgos apontou alguns dos problemas vivenciados pelas instituições. “Aqui, não tivemos alteração de jornada, impostos, rendimentos dos colaboradores. Mas a experiência do setor mostrou que há instituições com baixa taxa de utilização, em função do cancelamento de cirurgias eletivas, exames, procedimentos e até o medo de pacientes em frequentarem os hospitais. Agora os hospitais terão o desafio de equilibrar gastos ao mesmo tempo em que criam mecanismos para evitar a propagação do vírus”, comentou.

O desafio do financiamento não é exclusividade nacional e impacta tanto o setor privado, quanto público, como bem reforçou Vecina Neto. “O SUS tem conseguido segurar as pontas na pandemia. Claro que tem regiões mais afetadas, como que vemos no Norte do País. Muita coisa terá de ser revisitada. A Europa, por exemplo, sentiu fortemente o resultado do desfinanciamento dos sistemas de saúde”.

Aqui no Brasil as restrições fiscais do setor público levaram o Governo a estabelecer por Emenda Constitucional, a restrições aos seus gastos, reajustando-os por 20 anos apenas pela inflação. Assim, para que se possa destinar maior volume de recursos para a saúde será necessário reduzir outros gastos.  “E a mesma coisa aqui. De 2016 e para cá, o SUS perdeu 20 bilhões de reais. A emenda constitucional 95, que congela os gastos públicos por 20 anos, fará com o Brasil tenha a maior e pior desigualdade social do mundo”, completa Vecina.

Como tem ficado cada vez mais claro para as diferentes áreas e não só a saúde, haverá profundas mudanças após esse momento de pandemia. Beltrame reforçou que o uso da telessaúde é um que veio para ficar. “Estamos atuando fortemente com nessa área, conectados com centros tecnológicos e de saúde do País. Abre-se, nesse momento, um novo horizonte da telemedicina e uma nova forma de trabalho aos profissionais e instituições”, analisa.

Veja abaixo o webinar na íntegra e fique ligado nos próximos.

 

Junho 2020
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Seguimos com nossa série de webinars para apresentar e debater importantes pautas do setor de saúde. Logo mais teremos a edição com o tema “Telessaúde: a nova era da medicina e do cuidado”.

A ideia do debate é trazer importantes informações sobre como a Telemedicina pode contribuir com esse cenário de pandemia pelo novo Coronavírus e depois dele.

 Para tanto, contaremos com a mediação de nosso superintendente executivo, José Cechin, e a participação de renomados especialistas: Dr. Chao Lung Wen, professor líder do grupo de pesquisa de telemedicina da Universidade de São Paulo (USP); a Dra. Layla Almeida, infectologista que faz parte da equipe de médicos especialistas da plataforma de Telemedicina Conexa Saúde; e Dr. Antonio da Silva Bastos Neto, diretor-executivo médico do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

Ainda dá tempo de se inscrever

Já se inscreveu? Então mande suas dúvidas em nosso WhatsApp que incluiremos no debate: (11) 93352-3355.

Se preferir, veja no vídeo abaixo a partir das 16h. Até lá!

 

Junho 2020
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Em meio à luta contra o Coronavírus, o setor de saúde nacional passou a contar com um reforço: a regulamentação da telemedicina durante a pandemia. O Conselho Federal de Medicina reconheceu o uso dos telesserviços de forma excepcional no momento. E, logo depois, foi a vez do Ministério da Saúde publicar uma portaria regulamentando a orientação médica via internet. Dado a importância atual desse assunto, iremos realizar o webinar “Telessaúde – A nova era da medicina e do cuidado” na próxima semana. Anote em sua agenda: dia 18 de junho, às 16h.

Para isso, convidamos renomados especialistas sobre o tema no País. Dr. Chao Lung Wen, professor líder do grupo de pesquisa de telemedicina da Universidade de São Paulo (USP). Sócio Fundador do Conselho Brasileiro de Telemedicina e Telessaúde (CBTms), em 2002, é médico formado pela Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) em 1985, com doutorado em Informática Médica em 2000 e Livre Docência em Telemedicina 2003. Também contaremos com a participação da Dra. Layla Almeida, infectologista que faz parte da equipe de médicos especialistas da plataforma de Telemedicina Conexa Saúde.

 

Quais as possibilidades e potenciais ganhos clínicos e econômicos da utilização de novas tecnologias para a telemedicina e teleconsultas? Qual o estágio atual de aplicação desses potenciais no Brasil? Quais as barreiras e entraves a superar para sair do ponto atual e atingir todo o potencial das novas tecnologias em saúde?

Esse e outros temas serão tratados na próxima semana. Faça sua inscrição agora e participe.

Para já ir aquecendo e entender um pouco mais sobre o assunto, seu potencial para estender o atendimento assistencial para zonas mais afastadas dos grandes centros urbanos e transformar as relações de pacientes com os serviços de saúde, acesse o nosso TD 74 – “A Telemedicina traz benefícios ao sistema de saúde? Evidências internacionais das experiências e impactos”  –, já comentado aqui.

Você também pode assistir a aula do prof. Chao em nosso Seminário Transformação Digital na Saúde. Na ocasião, ele destacou que o atendimento à distância, por meio de novas tecnologias, não representa uma perda na qualidade da atenção, mas o oposto. Para ele, o uso da Telemedicina não desumaniza a atenção, o que está diretamente relacionada com a formação do profissional.