A pandemia do novo Coronavírus desencadeou uma mudança drástica na vida de todos em âmbito global. O mundo precisou se adaptar a essa nova realidade rapidamente, modificando as relações pessoais e profissionais, com grandes impactos na economia de todos os países.
E, claro, essas alterações refletem diretamente na saúde física e mental das pessoas. Essa nova situação provocou uma pressão muito grande sobre os governos, empresas e população. Assim, os impactos na saúde foram praticamente inevitáveis, com cada vez mais estresse e ansiedade, por exemplo.
Mas como sair do contexto de urgência e promover de maneira regular a saúde mental e física dos colaboradores em meio à pandemia? Esse é o tema do nosso webinar “Promoção de Saúde nas Empresas - Boas práticas durante a pandemia”, que acontece na próxima quinta-feira (19), às 16h.
Com mediação de José Cechin, superintendente executivo do IESS, o debate conta com a participação do Dr. Fernando Akio Mariya, médico graduado na Unifesp, pós-graduado em Medicina do Trabalho pela USP, especialista pela Associação Nacional de Medicina do Trabalho – ANAMT e Gerente Médico da P&G; Hugo Fumian, coordenador de Qualidade, Meio Ambiente, Saúde e Segurança Ocupacional da EDF Norte Fluminense; e Dr. Leonardo Piovesan Mendonça, gestor de Saúde Corporativa no Hospital Alemão Oswaldo Cruz.
Lembre-se: é nesta quinta-feira (19), a partir das 16h em nosso canal do YouTube, aqui no portal e em nossas redes sociais. Veja aqui os detalhes e saiba como participar - https://www.iess.org.br/eventos
Você também pode ativar o lembrete no vídeo abaixo.
O ano de 2020 ficará marcado na história. A pandemia causada pelo novo Coronavírus trouxe uma série de impactos sociais, sanitários e econômicos com profundas mudanças nas relações e nos hábitos. Nas empresas, a preocupação com a saúde dos colaboradores e o equilíbrio produtivo das atividades alterou rotinas, práticas e fez surgir novas ações para atender e superar esse cenário e seus desafios.
Garantir a segurança e promoção da saúde no universo nas companhias são fundamentais para esse momento. E isso passa pela testagem de funcionários, sistema de higienização adequado, apoio ao home office, fornecimento de EPIs e outras ações.
Agora, mais do que nunca, o corpo e a mente pedem uma atenção redobrada. O atual cenário tem gerado, além dos graves problemas da contaminação pelo vírus, diversas inquietações, que se manifestam de diferentes formas.
Mas como lidar com esse tema? Quais práticas os gestores e os profissionais podem aplicar nas empresas para incentivar os colaboradores a manterem esse equilíbrio tão importante?
Esse é o tema do nosso webinar “Promoção de Saúde nas Empresas - Boas práticas durante a pandemia”, que acontece na próxima quinta-feira (19), às 16h. Veja aqui os detalhes e saiba como participar - https://www.iess.org.br/eventos
Atenção e cuidado com a saúde mental durante e pós-pandemia
O setor de saúde suplementar registrou alta de beneficiários pelo segundo mês consecutivo após sucessivas quedas em função da pandemia do novo Coronavírus. Os dados são da Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB) que acabamos de publicar. Com a leve retomada, o segmento passa a contar com 46,911 milhões de pessoas, segundo a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), ainda inferior ao registrado no mês de março desde ano, quando ultrapassou a marca dos 47 milhões.
Entre março e junho de 2020, aproximadamente 364 mil pessoas deixaram de contar com planos de saúde médico-hospitalares, resultado do elevado número de demissões, interrupção de atividades, fechamentos de empresas ou ainda da perda de poder aquisitivo por conta da crise econômica desencadeada pela Covid-19.
O maior número de beneficiários no setor foi em março deste ano, com 47,087 milhões. Notamos, porém, que o mês de julho de 2020 registrou o maior saldo de vínculos, com aproximadamente 110 mil novas vidas. Essa análise mês a mês, entretanto, exige cuidado porque os números são revistos periodicamente pela agência reguladora. O saldo positivo de mais de 187 mil beneficiários entre julho e agosto pode indicar que o mercado brasileiro começa a se estabilizar após o forte impacto da crise.
Na análise anual, o boletim aponta para a estabilidade do setor. A ligeira queda de 0,1% em 12 meses representa 55,9 mil vínculos a menos. Esse mercado passa por um ponto fundamental de estabilidade no intervalo anual. Nos próximos meses saberemos como a gradual retomada da economia deve impactar o setor. A de saúde suplementar tem uma relação direta com o número de empregos formais no País e depende de sua recuperação, especialmente nos setores de indústria, comércio e serviços nos grandes centros urbanos.
Na comparação anual, a principal queda foi registrada pelas autogestões, com redução de 5,6%, e filantropias, com baixa de 0,6%. Os planos coletivos por adesão apresentaram crescimento de 1,6%. Para se ter uma ideia, em agosto de 2020, 37,8 milhões, ou 80,7%, de beneficiários de planos médico-hospitalares possuíam um plano coletivo. Desses, 83,6% eram do tipo coletivo empresarial e 16,4% do tipo coletivo por adesão.
A NAB consolida os mais recentes números de beneficiários de planos de saúde médico-hospitalares e exclusivamente odontológicos, divididos por estados, regiões, faixas etárias, tipo de contratação e modalidade de operadoras.
Acesse o boletim na íntegra - https://bit.ly/NAB_IESS
Nós já mostramos aqui como o segmento de planos médico-hospitalares se comportou nos últimos meses com base na recente edição da NAB. Em três meses, essa modalidade registrou perda de mais de 250 mil beneficiários, o que equivale a uma queda de 0,5%. No total, o setor conta com 46,8 milhões de beneficiários, uma leve queda de 0,2% em relação a julho do ano passado.
Agora é a vez de explorar os dados do setor odontológico, um dos destaques do nosso boletim mensal. Entre 2016 e início de 2020, o setor de exclusivamente odontológicos sempre se manteve à parte da instabilidade nacional, com elevado ritmo de crescimento, ao contrário dos médico-hospitalares que está intimamente ligado às oscilações do mercado de trabalho formal. No entanto, como aprofundamento da crise econômico-sanitária, esse segmento também sente os impactos do atual momento.
Apesar de continuar em alta no período de 12 meses encerrado em julho deste ano, com crescimento de 2,7% (675 mil novos beneficiários), a modalidade registrou sucessivas quedas mensais a partir de março. Só entre abril e julho, o segmento perdeu aproximadamente 320 mil vínculos, ou seja, baixa de 1,2%.
No período de três meses, a maior queda foi registrada entre os planos coletivos. Essa categoria registrou diminuição de 1,3%, o que equivale a 275 mil beneficiários.
Recente publicação da Folha de S. Paulo abordou esse segmento de planos com entrevista de José Cechin, nosso superintendente executivo, e outros especialistas no setor. Diferentemente dos planos de assistência médica, que tiveram redução quase concentrada nos empresariais, a queda nos odontológicos também atingiu planos individuais.
Em entrevista à Folha, Marcos Novais, superintendente do Sindicato Nacional das Empresas de Odontologia de Grupo (Sinog), diz que, apesar de variações, a queda não tem paralelo em outros momentos. Segundo ele, esse tipo de plano tem características diferente dos convênios médicos, com preços menores (de R$ 18 a R$ 25), o que os preservou em momentos anteriores.
"Esses planos não sentiram tanto aquela crise de 2015,2017 [quando os planos de assistência médica perderam 3 milhões de usuários]. Ele até cresceu", afirma. "Mas agora sofremos um efeito diferente. As vendas não aconteceram. Por isso foi uma crise diferente, em que só víamos saída e não víamos entrada."
Em três meses, o mercado brasileiro de planos de saúde médico-hospitalares registrou perda de mais de 250 mil beneficiários, o que equivale a uma queda de 0,5% na variação trimestral, segundo a Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB) que acabamos de publicar. No total, segundo a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), o segmento conta, agora, com 46,8 milhões de beneficiários, uma leve queda de 0,2% em relação a julho do ano passado.
No início da pandemia pelo novo Coronavírus, em fevereiro e março, houve mais adesões do que cancelamentos aos planos médico-hospitalares. A partir de abril, o setor passou a registrar sucessivas baixas, particularmente intensa em maio e menos intensa em junho, resultado do elevado número de demissões, interrupção de atividades, fechamentos de empresas ou ainda da perda de poder aquisitivo
O setor ainda deve ficar alerta nos próximos meses, já que não é possível saber como todo o mercado brasileiro irá se comportar. O que depende diretamente dos rumos que a Covid-19 irá tomar no Brasil, do comportamento das pessoas e das ações dos poderes público e privado.
Apenas no Estado de São Paulo, 50 mil beneficiários deixaram de contar com o plano de saúde médico-hospitalar em 12 meses, o que equivale a quase metade de todos os vínculos rompidos no período.
O pequeno saldo de crescimento em julho aponta para a atenuação do aprofundamento da crise econômica, mas a retomada intensa da atividade econômica só virá após sanada a crise sanitária. Esperamos ter entrado em um momento de estabilidade para que o setor volte a crescer no futuro.
A NAB consolida os mais recentes números de beneficiários de planos de saúde médico-hospitalares e exclusivamente odontológicos, divididos por estados, regiões, faixas etárias, tipo de contratação e modalidade de operadoras.
Já falamos um pouco de como é fundamental que todos façam a sua parte neste delicado momento que atravessamos de pandemia pelo novo Coronavírus. E isso inclui indivíduos, empresas, entidades dos diferentes setores etc. Recentemente apresentamos alguns dados sobre o setor de saúde suplementar no cenário atual com base nos números divulgados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Acesse aqui.
Ainda nesse objetivo, a nossa publicação “O novo Coronavírus no Brasil e fatores de risco em beneficiários de planos de saúde” utiliza estatísticas nacionais para estimar a quantidade de beneficiários de planos de saúde com risco para a doença em todo o País.
O Boletim Covid-19, da ANS, também apresentou informações sobre o fluxo de caixa das operadoras, por meio do movimento de entrada (recebimentos) e saída (pagamentos) de recursos, análise da inadimplência, evolução do índice de sinistralidade de caixa e outros dados.
Verificou-se que em julho houve aumento da sinistralidade, mas ainda abaixo do patamar histórico. Acredita-se que este indicador deve continuar abaixo do nível médio da série por conta do ciclo financeiro do setor (diferença de tempo entre a ocorrência do evento médico e o pagamento dos prestadores). O índice, apurado junto à amostra de 100 operadoras, passou de 60% em junho para 64% em julho.
Os dados relativos sobre inadimplência apontam que em julho, os percentuais continuaram próximos dos níveis históricos: nos planos individuais, foi registrado 11% de inadimplência em julho (no mês anterior foi registrado 10%), enquanto nos coletivos esse percentual ficou em 4% (em junho foi de 5%). Quando são analisadas todas as modalidades de contratação do plano, o percentual de inadimplência manteve-se inalterado de um mês a outro, ficando em 7%. Vale lembrar que esses números da Agência abrangem 101 operadoras.
A ANS também comentou sobre os encontros regionais que tem feito com operadoras de planos de saúde de pequeno e médio porte. De maneira geral, destacam dois fatores: pelo lado dos custos, uma redução observada em todo o mercado devido à baixa procura ou adiamento de atendimentos não relacionados à Covid-19; e, pelo lado da receita, o comportamento do beneficiário no sentido de evitar a inadimplência e preservar a manutenção do seu plano de saúde.
Seguiremos apresentando mais dados do boletim nos próximos dias. Você também pode acessá-lo na íntegra no site da agência.
Todo o mundo e os mais diversos setores foram impactados pela pandemia do novo Coronavírus. Algumas áreas mais e outras menos. Alguns países mais e outros menos. E por diferentes motivos, circunstâncias, escolhas, características etc. O atual cenário gera muitas dúvidas e ainda é difícil fazer projeções para o futuro dos diferentes segmentos. O de saúde, claro, não poderia ser diferente, sendo diretamente afetado pelo atual momento.
A Covid-19 trouxe grandes mudanças ao setor de saúde e deverá aprofundar ainda mais algumas tendências que já eram observadas. Como mostramos aqui, esse cenário serviu para acelerar em algumas direções como a busca por mais atenção para as doenças crônicas não transmissíveis. Envelhecimento populacional, aumento da incidência e prevalência de doenças, hábitos de vida e alimentação e outros temas estão na pauta dos interesses e preocupações para agora e o pós pandemia.
Além disso, a reorganização da assistência, atualização de protocolos, cuidados com a força de trabalho, imagem da empresa. A parceria entre os setores, privado e público com a união de forças e conhecimentos também podem ser citados.
Ivana Maria Saes Busato, doutora em Odontologia, publicou um artigo recente no jornal Diário de Uberlândia no qual reflete sobre o setor após pandemia e quais os aprendizados deverão ser incorporados na rotina de serviços.
Para ela, é importante entender que a forma como as pessoas irão “consumir” saúde será diferente e os critérios de escolha dos serviços. “O atender tradicional, restrito às paredes dos serviços de saúde, exigirão mudanças na biossegurança, nos processos de trabalho, investimento na estrutura física, espaçamento dos atendimentos, a lógica da produção em escala não fará mais sentindo, por tudo isto, manter as estruturas custará mais caro”, aponta.
A reflexão vale, portanto, para o setor de saúde como um todo, seja ele público ou privado, médico-hospitalar ou odontológico, nos diferentes elos dessa cadeia de serviços. Uma outra questão, no entanto, vem à mente. O setor tem fôlego para se reinventar antes mesmo de chegar o “pós pandemia”? Continue nos acompanhando.
No Brasil, as grávidas e puérperas vêm sofrendo mais com o impacto da pandemia do novo Coronavírus. A afirmação vem da pesquisa de especialistas brasileiros publicada no jornal científico International Journal of Gynecology & Obstetrics. O levantamento mostrou que o País concentra 77% das mortes nesse grupo quando comparado com o restante do mundo, o que equivale a 124 mulheres. Ou seja, morreram mais mulheres grávidas ou no pós-parto em função da Covid-19 no Brasil do que em todos os outros países somados.
Em três meses, o Brasil teve 978 grávidas e puérperas com Covid-19. A primeira morte foi registrada em 22 de março. Na análise, as pesquisadoras da UNESP, UFSCAR, FIOCRUZ, IMIP e UFSC apontaram que dos 124 óbitos, 74 dessas mulheres desenvolveram a doença na gestação e 50 no pós-parto.
Com isso, a publicação revela uma taxa de mortalidade de 12,7% na população obstétrica brasileira, número superior às taxas mundiais relatadas até o momento. A maior parte das mortes aconteceram durante o puerpério, ou seja, até 42 dias depois do nascimento do bebê, e não na gestação, alerta a publicação.
Para o grupo formado por pesquisadores enfermeiros e obstetras brasileiros, o risco aumentado pode estar relacionado à imunodeficiência associada com as adaptações fisiológicas da maternidade.
Para reunir as informações, elas consultaram a base de dados do Ministério da Saúde, que aponta os casos de doença por Síndrome Respiratória Gripal. Foi possível checar quantas pessoas estariam com Coronavírus e separar as mães por idade.
Veja aqui a publicação na íntegra aqui.