O uso dos produtos com contas de poupança de saúde e franquias anuais na US Roche
Debate do Seminário Internacional "Novos produtos para saúde suplementar"
Se você não pode acompanhar o seminário internacional "Novos produtos para saúde suplementar", que realizamos em 31 de agosto no Hotel Windsor Atlântica, no Rio de Janeiro, mas gostaria de ver as palestras do evento, essa é sua chance.
Além de fotos, palestras e do estudo divulgado na ocasião, agora acrescentamos os vídeos com as apresentações dos palestrantes e do debate à página do evento. Se preferir, você também pode acessar diretamente pela lista abaixo:
Abertura - Luiz Augusto Carneiro, superintendente executivo do IESS
Entre os idosos, a diabete Mellitus e as doenças cardiovasculares causam mais gastos catastróficos em saúde (aqueles que correspondem a mais de 10% da renda anual do indivíduo) do que o câncer. Essa é a conclusão da pesquisa “Catastrophic Health Care Expenditure among Older People with Chronic Diseases in 15 European Countries” (apresentada na última edição do Boletim Científico com o título “Gastos catastróficos com saúde entre idosos com doenças crônicas em 15 países europeus”).
O estudo analisou a prevalência de doenças crônicas em indivíduos com mais de 50 anos de 15 países da União Europeia (Áustria, Bélgica, República Checa, Dinamarca, França, Alemanha, Hungria, Itália, Holanda, Polônia, Portugal, Espanha, Eslovênia, Suécia e Suíça) e apontou que mesmo para os planos de saúde com conta de poupança e franquia anual (já apresentados aqui no Blog), que tendem a entregar resultados melhores para os beneficiários (muito em decorrência da liberdade de escolha desses a partir dos indicadores de custo-efetividade a que têm acesso), o impacto econômico-financeiro dessas doenças é muito elevado.
O estudo indica, ainda, que o comprometimento de recursos com gastos catastróficos em saúde não é negativo apenas para o beneficiário, mas para as operadoras e, em última análise, para a economia desses países que já têm maior prevalência de população idosa. Para evitar essa situação, o estudo recomenda a adoção de mecanismos de amortização de gastos out-of-pocket (quando é o beneficiário que paga pelo tratamento), como a adoção de subsídios ou mesmo a inclusão de alguns tratamentos na lista de procedimentos que o beneficiário não precisa pagar mesmo antes de atingir a franquia do plano; modelo adotado para consultas e exames preventivos.
Outra solução, não apontada pelo estudo, mas que, em nossa opinião, pode ser até mais efetiva é apostar em programas de promoção da saúde. Especialmente porque, com a expectativa de vida cada vez maior, a tendência é que esses eventos se tornem ainda mais frequentes. Afinal, prevenir é sempre melhor que remediar. Principalmente quando o assunto é saúde.