Com oito meses consecutivos de crescimento, o setor de saúde suplementar ultrapassou o saldo de mais de 1 milhão de novos vínculos entre julho de 2020 e fevereiro deste ano. Os dados mostram que com a retomada, o setor atingiu a marca de 47,7 milhões de pessoas, avanço de 1,6% no período de 12 meses encerrado em fevereiro de 2021.
Novembro foi o quinto mês consecutivo de crescimento de beneficiários
O setor de saúde suplementar registrou alta de beneficiários pelo quinto mês consecutivo após sucessivas quedas em função da pandemia do novo Coronavírus. Os dados são da Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB), produzida pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS). Com a retomada, o setor atingiu a marca de 47,3 milhões de pessoas, avançando 0,7% no período de 12 meses encerrado em novembro de 2020.
Segundo José Cechin, na avaliação trimestral, entre agosto e novembro de 2020, o crescimento é ainda maior. “Nesse período, os mais de 476 mil novos beneficiários de planos médico-hospitalares significaram um crescimento de 1% no total. O que mostra que o mercado brasileiro pode ter encontrado alternativas de amenizar os impactos da pandemia”, comenta o especialista. “Mesmo com a queda no primeiro semestre de 2020, os números mostram que as famílias e as empresas brasileiras permanecem com seus planos de saúde apesar da crise atual”, acrescenta.
Na análise anual, a faixa etária de 59 ou mais foi a que registrou o crescimento mais expressivo, com avanço de 2,9%. Na trimestral, no entanto, os brasileiros entre 19 e 58 anos foram maioria. Os mais de 334 mil novos beneficiários representam um aumento de 1,2% no período.
Cechin reforça que o mercado de saúde suplementar tem uma relação direta com o número de empregos formais no país e depende de sua recuperação, especialmente nos setores de indústria, comércio e serviços nos grandes centros urbanos. “Seguiremos acompanhando de perto como a economia brasileira irá se comportar nesse ano que se inicia”, aponta Cechin.
Para se ter uma ideia, em novembro de 2020, 38,3 milhões, ou 80,8%, de beneficiários de planos médico-hospitalares possuíam um plano coletivo. Desses, 83,6% eram do tipo coletivo empresarial e 16,4% do tipo coletivo por adesão.
A NAB consolida os mais recentes números de beneficiários de planos de saúde médico-hospitalares e exclusivamente odontológicos, divididos por estados, regiões, faixas etárias, tipo de contratação e modalidade de operadoras.
O boletim pode ser acessado na íntegra em https://bit.ly/NAB_IESS
Quase 1,28 milhão de novos brasileiros passaram a contar com planos exclusivamente odontológicos nos 12 meses encerrados em janeiro de 2021. Com o avanço de 4,9%, esse tipo de plano passa a atender 27,2 milhões de beneficiários no País. No período, o segmento médico-hospitalar avançou em 1,5%, o que equivale a 707,5 mil novas vidas em 12 meses.
Mesmo com a instabilidade em toda a economia nacional, o setor de planos de saúde médico-hospitalares encerrou 2020 com mais de 47,5 milhões de beneficiários em todo o país. Esse número não era ultrapassado desde o primeiro semestre de 2017. O total de vínculos avançou 1,2% em 12 meses, o que representa aproximadamente 555 mil novas vidas no período.