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Estudo Especial

Erros acontecem: a força da transparência no enfrentamento dos eventos adversos assistenciais em pacientes hospitalizados

Outubro 2016

Estudo produzido pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), a pedido do IESS, para ser apresentado no seminário internacional "Indicadores de qualidade e segurança do paciente na prestação de serviços na saúde". Aponta que, a cada três minutos, mais de dois brasileiros (2,47, exatamente) morrem em um hospital do público ou privado como consequência de um "erro” ou de “evento adverso", determinando um resultado assistencial indesejado relacionado aos cuidados prestados ao paciente – por exemplo, erros de dosagem de medicamento, ou de aplicação, uso incorreto de equipamentos e infecção hospitalar, entre inúmeros outros casos.

Autores: Renato Couto, Tania Grillo Moreira Pedrosa e Mario Borges Rosa.

Julho 2016
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Desde a divulgação dos novos estudos do IESS (o Estudo Especial “Evolução da obesidade no Brasil” e o TD 59 “Impactos da cirurgia bariátrica”), que relatam o crescimento da população obesa e do número de cirurgias bariátricas no Brasil, temos alertado sobre o uso excessivo desse procedimento cirúrgico. Claro que ele é efetivo para o combate da doença, classificada como epidemia pela OMS, mas muitas vezes tem sido realizado à revelia dos critérios para determinar quem pode ou não ser operado. Em grande parte pela falta de respeito a esses critérios, hoje, o Brasil já é o segundo País com o maior número dessas intervenções realizadas por ano, atrás apenas dos Estados Unidos. Em 2015, foram realizadas 93,5 mil cirurgias aqui, contra 140 mil, lá.

O procedimento não pode ser encarado simplesmente como estético. Antes de se submeter à cirurgia, de acordo com as normas do Ministério da Saúde, o paciente deve se enquadrar em uma das seguintes condições:

  • IMC superior a 50 kg/m²;
  • IMC superior a 40 kg/m² sem sucesso em tratamento clínico por ao menos 2 anos; ou
  • IMC superior a 35 kg/m² com comorbidades como alto risco cardiovascular, Diabetes Mellitus, Hipertensão Arterial Sistêmica etc. que não tenham obtido sucesso em tratamento clínico por ao menos 2 anos.

Além disso, não é recomendado fazer a cirurgia nos seguintes casos:

  • Limitação intelectual significativa em pacientes sem suporte familiar adequado;
  • Quadro de transtorno psiquiátrico não controlado, incluindo uso de álcool ou drogas ilícitas; no entanto, quadros psiquiátricos graves sob controle não são contra indicativos obrigatórios à cirurgia;
  • Doença cardiopulmonar grave e descompensada que influenciem a relação risco-benefício;
  • Hipertensão portal, com varizes esofagogástricas; doenças imunológicas ou inflamatórias do trato digestivo superior que venham a predispor o indivíduo a sangramento digestivo ou outras condições de risco; e
  • Síndrome de Cushing (hipercortisolismo) decorrente de hiperplasia na suprarrenal não tratada e tumores endócrinos.

Claro que o procedimento tem pontos positivos, mas a falta de respeito a esses critérios tem posto em risco a vida de pacientes. Além de uma série de complicações associadas ao procedimento, 4,6% das pessoas submetidas à cirurgia bariátrica morrem em até um ano após a operação por decorrência de problemas relacionados a intervenção.

Os riscos relacionados à cirurgia bariátrica são, também, o foco do estudo Vencedor da categoria Promoção da Saúde e Qualidade de Vida do IV Prêmio IESS de Produção Científica em Saúde Suplementar (edição 2014): “Impacto da Cirurgia Bariátrica, em médio prazo, na utilização de serviços de saúde, morbi-mortalidade e custo com atenção médica”,  que constata que metade dos casos de óbito pós-cirurgia bariátrica estão relacionados à cirurgia. A autora, Silvana Kelles, acompanhou mais de 4 mil pacientes em Minas Gerais e identificou que as admissões hospitalares aumentaram consistentemente após a cirurgia, saltando de 9,74 admissões hospitalares por 1.000 pacientes-ano antes da cirurgia para 16,21 admissões hospitalares por 1.000 pacientes-ano após a cirurgia. Ou seja, a incidência de reinternações hospitalares cresce significativamente entre os pacientes que passam por cirurgia bariátrica. Logo, é muito importante que a cirurgia só seja feita pelos pacientes que realmente necessitam dessa intervenção.

Ainda de acordo com a pesquisa de Silvana, os custos hospitalares e a utilização de serviços de saúde, como internação e consultas ao pronto-atendimento são mais elevados no período pós-operatório, mantendo-se assim por pelo menos quatro anos, o que segundo a autora deve ser visto com atenção devido ao crescimento de demandas e custos no procedimento.

O TD 59 também identifica complicações cirúrgicas nos pacientes, como insuficiência renal, infecção no trato urinário, hemorragia, trombose etc. que se manifestam em 3,5% a 5,1% das operados. A Síndrome de Dumping, ou esvaziamento gástrico, atinge 44% dos operados – há, contudo, estudos que apontam 80% de prevalência desta síndrome em alguns tipos de cirurgia. E distúrbios nutricionais também são comuns: estima-se que apenas 57% das proteínas ingeridas são absorvidas após a cirurgia; e a deficiência de vitaminas B12, D, C e K é outro problema normalmente observado em pacientes que passaram por esse procedimento.

Estudo aponta a evolução da prevalência da obesidade no Brasil e na América do Sul desde 2006 até 2014. Apenas no Brasil, o total de pessoas com Índice de Massa Corporal (IMC) superior a 30 kg/m² e, portanto, considerados obesos, subiu de 11,8%, em 2006, para 17,9%, em 2014.

Estudo Especial

Estudo técnico: impacto econômico-financeiro sobre os planos de saúde da prescrição em 1, 3, 5 ou 10 anos

Maio 2016

O estudo avalia o impacto econômico-financeiro da discussão sobre o prazo prescricional para que os beneficiários de planos de saúde possam requerer a repetição do indébito, quando declarada a nulidade da cláusula contratual de reajuste pelo Poder Judiciário.

Estudo Especial

A cadeia de Saúde Suplementar no Brasil: avaliação de falhas no mercado e propostas de políticas

Maio 2016

Estudo produzido pelo Insper com apoio do IESS, tem o objetivo de mapear o funcionamento da Saúde Suplementar e identificar as principais falhas de mercado do sistema, bem como propor políticas para mitigar tais problemas.

Autores: Luiz Augusto Carneiro, Amanda Reis, Natalia Lara, Bruno Minami, Paulo Furquim de Azevedo, Silvia Fága de Almeida, Nobuiuki Costa Ito, Vanessa Boarati, Caroline Raiz Moron e Fernanda Rousset.

Estudo Especial

O financiamento da saúde no Brasil e a valorização da Saúde Suplementar

Novembro 2015

Estudo liderado pelo ex-ministro da Fazenda e professor emérido da Faculdade de  Economia e Administração da Universidade de São Paulo (FEA/USP), Delfim Netto, com o objetivo de lançar um olhar sobre como a saúde suplementar tem colaborado para aliviar a demanda assistencial do SUS e tornar-se um elemento relevante de arrecadação tributária, indução a investimentos e promoção de emprego e renda no Brasil.

Autores: Antônio Delfim Netto, Fabio pina, Amanda Reis, Natalia Lara, Elene Nardi e Luiz Augusto Carneiro.

Estudo Especial

Estudo econômico sobre os desafios do setor de Saúde Suplementar no Brasil

Setembro 2015

As operadoras de planos de saúde registram, nos últimos anos, elevações em seus custos significativamente superiores à inflação geral, o que ajuda a explicar os reajustes nas mensalidades dos contratantes dos planos. Esse ambiente de alta inflacionária na saúde tem conduzido diversas organizações e legisladores a proporem que os preços e os reajustes de todos os planos de saúde passem a ser controlados pelo governo. Tal lógica seria, entretanto, um equívoco e tenderia a comprometer a cadeia de saúde suplementar e a oferta de produtos, agravando os problemas atuais. Essa é a síntese do estudo da Tendências Consultoria liderado pelo economista e ex-ministro da Fazenda Maílson da Nóbrega, que propõe, como solução, ajustes na cadeia por meio de incentivos à competição e provendo maior transparência, como forma de estimular o equilíbrio dos custos e de reajustes nesse mercado.

Autor: Maílson da Nóbrega.

Estudo Especial

Análise do mapa assistencial da Saúde Suplementar (2012 - 2013)

Fevereiro 2015

Análise do Mapa Assistencial da Saúde Suplementar, realizada pelo IESS com base na publicação da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), registra aumento de 14,6% no total de exames realizados por beneficiários de planos de saúde entre 2012 e 2013. No mesmo período, as consultas cresceram 7,3%, as internações  aumentaram 8,1% e os atendimentos ambulatoriais subiram 8,5%.

Estudo realizado pelos pesquisadores Alberto José N. Ogata, Coordenador do Laboratório de Inovação e Regional (América Latína) da OPAS e ANS, e Michael P. O´Donell, Presidente e editor-chefe do American Journal of Health Promotion, sobre programas de promoção da saúde no ambiente do trabalho.

Autores: Alberto José N. Ogata e Michel P. O' Donell