De acordo com o novo mapa assistencial divulgado pela ANS, a taxa de exames de ressonância magnética realizados por brasileiros com planos de saúde superou países como a Turquia, Estados Unidos e França, que têm a maior taxa entre os países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Os dados são referentes aos anos de 2014 e 2015.
A cada 1.000 beneficiários, 132 fizeram o exame, contra 119 na Turquia e 107 nos EUA. Antes de dar motivos para comemorar a disseminação do exame, os números indicam a superutilização do procedimento; em linha com o que já apontamos no TD 51 – PIB estadual e saúde: riqueza regional relacionada à disponibilidade de equipamentos e serviços de saúde para o setor de saúde suplementar.
Os números reforçam a necessidade de se debater, conforme já temos feito aqui no Blog, o atual modelo de remuneração de "conta aberta" (fee for service) em que o hospital é incentivado a consumir o máximo de insumos possíveis para fazer a conta crescer e, assim, aplicar suas taxas sobre todo o consumo. Esse fator reflete na quantidade de exames, aumentando as despesas assistenciais, que têm crescido acima da inflação.
Outro ponto destacado pela ANS é a quantidade de cesarianas, que justificariam as políticas de incentivo de parto natural adotadas recentemente e também já debatidas aqui no Blog. De acordo com o Mapa, a taxa do procedimento na saúde suplementar é cerca de três vezes maior que a média da OCDE: o Brasil realiza cerca 84,6 cesarianas para cada 100 nascidos vivos. Na Turquia, que apresenta a segunda maior taxa, são realizadas 50 cesarianas para cada grupo de 100 nascidos vivos. A média da ODCE é de 27,6 cesarianas a cada 100 partos bem sucedidos.
Quanto as internações, o Mapa aponta que entre 2014 e 2015, foram registradas 15,5 milhões de internações pelos planos de saúde, com custo informado de cerca de R$ 99 bilhões. Sendo 7,5 milhões de internações em 2014 (R$ 47,2 bilhões) e 7,9 milhões, em 2015 (R$ 51,9 bilhões). Desse total, 9,4% ou 1,4 milhão de internações aconteceram em decorrência de cirurgias cesarianas e de seu processo de recuperação.
O Mapa da ANS ainda traz outros números interessantes, que vamos apresentar nos próximos posts.
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magnética realizados por brasileiros com planos de saúde superou países como a Turquia, Estados Unidos e França, que têm a maior taxa entre os países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Os dados são referentes aos anos de 2014 e 2015.
A cada 1.000 beneficiários, 132 fizeram o exame, contra 119 na Turquia e 107 nos EUA. Antes de dar motivos para comemorar a disseminação do exame, os números indicam a superutilização do procedimento; em linha com o que já apontamos no TD 51 – PIB estadual e saúde: riqueza regional relacionada à disponibilidade de equipamentos e serviços de saúde para o setor de saúde suplementar.
Os números reforçam a necessidade de se debater, conforme já temos feito aqui no Blog, o atual modelo de remuneração de "conta aberta" (fee for service) em que o hospital é incentivado a consumir o máximo de insumos possíveis para fazer a conta crescer e, assim, aplicar suas taxas sobre todo o consumo. Esse fator reflete na quantidade de exames, aumentando as despesas assistenciais, que têm crescido acima da inflação.
Outro ponto destacado pela ANS é a quantidade de cesarianas, que justificariam as políticas de incentivo de parto natural adotadas recentemente e também já debatidas aqui no Blog. De acordo com o Mapa, a taxa do procedimento na saúde suplementar é cerca de três vezes maior que a média da OCDE: o Brasil realiza cerca 84,6 cesarianas para cada 100 nascidos vivos. Na Turquia, que apresenta a segunda maior taxa, são realizadas 50 cesarianas para cada grupo de 100 nascidos vivos. A média da ODCE é de 27,6 cesarianas a cada 100 partos bem sucedidos.
Quanto as internações, o Mapa aponta que entre 2014 e 2015, foram registradas 15,5 milhões de internações pelos planos de saúde, com custo informado de cerca de R$ 99 bilhões. Sendo 7,5 milhões de internações em 2014 (R$ 47,2 bilhões) e 7,9 milhões, em 2015 (R$ 51,9 bilhões). Desse total, 9,4% ou 1,4 milhão de internações aconteceram em decorrência de cirurgias cesarianas e de seu processo de recuperação.
O Mapa da ANS ainda traz outros números interessantes, que vamos apresentar nos próximos posts.
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Um dos assuntos que julgamos mais importantes para aprimorar o setor de saúde suplementar e assegurar sua sustentabilidade é a adoção modelos de pagamento que considerem critérios de qualidade e eficiência ao mesmo tempo em que punam o desperdício. A questão, claro, já foi abordada no Blog.
Com base em um estudo do Institute of Medicine (IOM), órgão que auxilia o governo dos Estados Unidos com pesquisas do setor, a diretora corporativa de Qualidade e Segurança da ACSC - Hospital Santa Catarina, Camila Sardenberg, elencou seis dimensões (listadas abaixo) importantes para medir a qualidade no cuidado com os pacientes em hospitais.
Efetividade – entregar o cuidado baseando-se no conhecimento científico;
Eficiência – uso racional de recursos físicos ou ideais, mudança no sistema que premia a utilização de recursos, que não é eficiente;
Equidade – um sistema que não diferencia por raça, cor, orientação sexual ou condição socioeconômica;
Oportunidade – não ter atraso em tratamentos, diagnósticos, prevenção, diagnóstico, banir estas falhas no sistema;
Centralidade no paciente – prestar o cuidado que respeite as necessidades, desejos e valores das pessoas. Trabalhar com o paciente e não para o paciente;
Segurança do paciente – não causar danos decorrentes do cuidado. Diminuir ao mínimo necessário os danos ao paciente
O IESSdata é uma plataforma dinâmica de dados que reúne, em um só lugar, diversos indicadores relevantes para a compreensão do setor de saúde suplementar no Brasil e o acompanhamento de sua evolução. A ferramenta é, também, importante aliada no desenvolvimento de pesquisas, uma vez que possibilita o cruzamento de dados da Variação do Custo Médico-Hospitalar (VCMH/IESS), total de beneficiários de planos de saúde no país por região e/ou tipo de vínculo, entre outros. Fica a dica para os pesquisadores do setor, inclusive os interessados em se inscrever no Prêmio IESS de Produção Científica em Saúde Suplementar.
É possível, ainda, cruzar informações do setor com dados econômicos importantes, como PIB, renda, inflação, nível de emprego e desemprego e juros. O IESSdata gera dados em gráficos e tabelas, que podem ser analisados online ou baixados no formato Excel. Tudo de forma simples, prática e rápida.
No vídeo, uma apresentação da plataforma e também o passo a passo para aproveitá-la ao máximo:
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Nas últimas semanas, temos apresentado alguns dos trabalhos vencedores da mais importante premiação em saúde suplementar do Brasil: o Prêmio IESS de Produção Científica em Saúde Suplementar (releia os posts sobre os vencedores das categorias Direito, Economia e Promoção da Saúde e Qualidade de Vida). Em comum, os trabalhos têm a capacidade de chamar a atenção de gestores e pesquisadores da cadeia de saúde suplementar, motivando debates e projetos de aperfeiçoamento do setor, o que contribui para o Prêmio crescer a cada ano que passa. Ou, nas palavras do superintendente executivo do IESS, Luiz Augusto Carneiro, “Todo conhecimento que a gente produz alcança uma parcela cada vez maior do mercado e por isso, todo mundo que tem um trabalho bom quer mandá-lo para o Prêmio IESS”.
Mas o que será que podemos esperar da 6° edição do Prêmio IESS? Nos próximos dias vamos entrevistar os avaliadores da premiação deste ano e contar, na visão deles, qual a importância da premiação e quais as expectativas para os trabalhos recebidos.
Se você acredita que pode corresponder, ou superar, essas expectativas, inscreva, gratuitamente, até 15 de setembro, seu trabalho de conclusão de curso de pós-graduação (especialização, MBA, mestrado ou doutorado) com foco em saúde suplementar nas áreas de Economia, Direito e Promoção de Saúde e Qualidade de Vida. Veja o regulamento completo.
Os dois melhores de cada categoria receberão prêmios de R$ 10 mil e R$ 5 mil, respectivamente, além de certificados, que serão entregues em cerimônia de premiação em dezembro.
Para aquecer, vídeo do V Prêmio IESS, realizado em 2015, com a participação dos avaliadores da edição e dos premiados:
Como prometemos, hoje vamos analisar melhor os resultados do estudo especial “Evolução da obesidade no Brasil” publicado na última sexta-feira (1°/7), aqui no blog.
O trabalho destaca que o total de brasileiros com Índice de Massa Corporal (IMC) superior a 30 kg/m², e portanto considerados obesos, subiu de 11,8%, em 2006, para 17,9% em 2014. Sendo que a prevalência da doença é de apenas 8,5% para os brasileiros com idade entre 18 e 25 anos, mas tende a subir com o aumento da idade, chegando a 23,1% para aqueles que têm entre 55 anos e 64 anos.
O estudo também avaliou o avanço da obesidade nas capitais brasileiras e no Distrito Federal, e revelou que Campo Grande (MS) apresenta a maior prevalência da doença: 21,8%. Cuiabá (MT) e Belém (PA) aparecem logo em seguida, com 21,5% e 21,1% de sua população adulta apresentando IMC superior a 30 kg/m². Já Florianópolis (SC) é a capital com a menor proporção de obesos, apenas 14,3%. O vídeo a seguir apresenta a evolução da prevalência de obesidade nas capitais desde 2006 até 2014.O Distrito Federal foi o único local em que houve retração da prevalência de obesidade entre 2006 e 2014, contudo, a proporção de obesos voltou a crescer nos anos seguintes.
O documento analisou também a evolução da obesidade entre os beneficiários de planos de saúde e apontou alguns resultados que demandam mais reflexão. Por exemplo: de modo geral, a prevalência de obesidade é ligeiramente maior entre as mulheres (18,2%) do que entre os homens (17,6%); contudo, entre os beneficiários de planos de saúde, a proporção de homens obesos (18,5%) é maior do que a de mulheres (15,5%).
Há, ainda, outros dados interessantes. De acordo com números da OMS, o Brasil é o quarto país da América do Sul com a maior prevalência de obesos, atrás de Chile (27,8%), Uruguai (26,7%) e Argentina (26,3%). De acordo com a OMS, a prevalência de obesos no Brasil é de 20%. Também com base nos dados da OMS, as Ilhas Cook, na Oceania, são o país com a maior prevalência de obesos no mundo: 50,8%. Já na Índia, a população obesa é de apenas 4,9%.
A obesidade é considerada uma epidemia pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e está relacionada a problemas como hipertensão, intolerância à glicose, elevados níveis de lipídios (colesterol, hipertrigliceridemia isolada, tricliceris etc.), doenças cardiovasculares (como o acidente vascular cerebral), diabetes, osteoartrite e alguns tipos de câncer (endometrial, de mama e cólon). A obesidade pode, ainda, ser agravada por interações multifatoriais como o metabolismo, o meio de convívio, o estilo de vida e a genética.
A doença exige atenção cada vez maior e seu tratamento deve passar por uma reeducação além de poder envolver a utilização de drogas moderadoras de apetite, por exemplo, antes de chegar a realização da cirurgia bariátrica. Um recurso efetivo para combater a doença, mas como última opção, não como primeira. Mas isso já é assunto para um próximo post.
O total de brasileiros considerados obesos, subiu de 11,8%, em 2006, para 17,9%, em 2014. E junto com a prevalência da doença, aumentou também frequência com que são realizadas cirurgias bariátricas, apesar das complicações graves (que podem inclusive levar a óbito) associadas ao procedimento. Hoje, o Brasil já é o segundo País com o maior número dessas intervenções realizadas por ano, atrás apenas dos Estados Unidos. Em 2015, foram realizadas 93,5 mil cirurgias aqui, contra 140 mil, lá.
Os números fazem parte de dois trabalhos que publicamos hoje: o Estudo Especial “Evolução da obesidade no Brasil” e o TD 59 – “Impactos da cirurgia bariátrica”.
A alta procura pelas cirurgias bariátricas preocupa, principalmente, porque não se tem respeitado todos os critérios para determinar quem pode ou não realizar o procedimento. Outro ponto importante é que, apesar de o procedimento deter pontos positivos, como toda operação cirúrgica, há riscos envolvidos que precisam ser melhor avaliados e comunicados aos pacientes e suas famílias. O mais sério deles é que 4,6% das pessoas submetidas à cirurgia bariátrica morrem em até um ano após a operação por decorrência de problemas relacionados a intervenção.
Os estudos, claro, serão mais analisados nas próximas postagens.
Os casos envolvendo Saúde Suplementar representam 30% dos processos em tramitação no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE). A afirmação foi feita pelo presidente do órgão, Vinícius Marques de Carvalho, durante o seminário “A Cadeia de Saúde Suplementar: avaliação de falhas de mercado e propostas de políticas” em seis de maio pelo Insper com apoio do IESS, e revela um dos grandes desafios que o setor precisa enfrentar: coibir condutas anticompetitivas é vital para assegurar a sustentabilidade da saúde suplementar.
Carvalho explica que o CADE não é responsável pela regulação econômica, mas intervém quando há risco à concorrência, o que pode prejudicar o consumidor. “A intervenção ataca a consequência de um evento específico, como o ato de concentração, aquilo que chamamos de carteis”, afirmou.
Outro ponto focal da atuação do CADE é impedir distorções na formação de preços. Carvalho apresenta, como exemplo, o fato do “Conselho Federal de Medicina e sindicatos médicos imporem valores aos procedimentos, ameaçando com processos disciplinares os profissionais que não adotarem os preços mínimos estabelecidos em tabela, além de proibi-los de negociar diretamente com planos de saúde”. Outro exemplo, já tratado aqui no blog e em estudos do IESS, é o mercado de OPMEs.
O presidente do CADE também apontou outros problemas, como a concentração de praticamente todos os médicos em uma única cooperativa em muitos municípios pequenos, o que acaba por configurar monopólio, já que a concentração é tamanha que as prefeituras não conseguem nem abrir licitação; e a exigência de exclusividade de atendimento feita pelas cooperativas aos médicos cooperados (unimilitância) – outro assunto já abordado no blog e foco do trabalho vencedor da categoria Direito do V Prêmio IESS de Produção Científica em Saúde Suplementar.
A apresentação de Carvalho deixa claro que, até pela grande capilaridade da saúde suplementar, há muita margem para condutas nocivas ao mercado, aos profissionais de saúde e, mais grave, aos beneficiários. De fato, uma questão que precisa ser tratada com rigor e urgência.
O índice de Variação do Custo Médico Hospitalar do IESS (VCMH/IESS) expressa a variação do custo das operadoras de planos de saúde com internações, consultas, terapias e exames entre dois períodos consecutivos de 12 meses. Contudo, diferentemente do IPCA e do IPCA Saúde, o VCMH não é calculado apenas com base na variação de preços, mas considera, também, a frequência com que um serviço é utilizado.
Mas o que isso significa? Para indicadores que registram o aumento dos preços de uma determinada cesta de produtos e serviços, se o preço médio das consultas aumentar de R$ 100 para R$ 110, houve variação de 10%. Para o VCMH é importante constatar também quantas consultas foram realizadas no período. Assim, mantendo a variação de preço do modelo acima e considerando que eram realizadas 1000 consultas e passaram a ser realizadas 1100 consultas, o VCMH registraria um avanço de 21%.
Por isso, tanto no Brasil quanto nos demais países que utilizam indicadores com metodologia semelhante, constata-se que o VCMH é sempre superior ao índice de inflação geral, como pode ser constatado no TD 52 “Variação dos custos médicos hospitalares e inflação geral - por que esses índices não são comparáveis no brasil e no mundo?”. Esse descolamento é justificado, principalmente, em virtude da incorporação de novas tecnologias e do processo natural de envelhecimento da sociedade, fatores que aumentam tanto a frequência de utilização quanto o preço dos serviços e, consequentemente, fazem os custos em saúde crescer em ritmo superior ao da inflação geral.
Metodologia do índice VCMH/IESS
A metodologia do índice VCMH/IESS é reconhecida internacionalmente e aplicada na construção de índices de variação de custo em saúde como o S&P Healthcare Economic Composite e Milliman Medical Index. Além disso, o índice considera uma ponderação por padrão de plano (básico, intermediário, superior e executivo), o que possibilita a mensuração mais exata da variação do custo médico hospitalar. Ou seja, se as vendas de um determinado padrão de plano crescerem muito mais o que as de outro padrão, isso pode resultar, no cálculo agregado, em VCMH maior ou menor do que o real, o que subestimaria ou superestimaria a VCMH. A amostra utilizada para o cálculo do índice VCMH representa aproximadamente 10% do total de beneficiários de planos individuais (antigos e novos) distribuídos em todas as regiões do país.
Série histórica
A série histórica completa do VCMH/IESS está disponível aqui, mas para consultas específicas, o melhor é utilizar o IESSdata.
O Conselho Federal de Medicina (CFM) publicou a Resolução 2144/2016, estabelecendo uma norma para que, para garantir a segurança do bebê, exige que partos cesarianos sejam realizados apenas a partir da 39ª semana de gestação. O tema gerou enorme polêmica nos últimos dias, mas trata-se de um debate muito importante.
O conselheiro José Hiran Gallo, relator da Resolução e coordenador da Comissão de Ginecologia e Obstetricia do CFM, defendeu a norma e considerou de extrema importância que a paciente esteja bem informada na hora de optar pela cesárea. “É mister que haja uma orientação prévia à paciente das implicações da decisão. A autonomia da paciente foi um dos norteadores do CFM para a elaboração dessa norma, que considerou também outros parâmetros bioéticos, como a justiça, a beneficência e a não maleficência”, disse.
Para realização de parto cesariano a pedido, passa a ser obrigatória a elaboração de um termo de consentimento livre e esclarecido pelo médico para que seja registrada a decisão da paciente. O documento deve ser escrito em linguagem de fácil compreensão, respeitando as características socioculturais da gestante e o médico deve esclarecê-la e orientá-la tanto sobre a cesariana quanto sobre o parto normal.
No fundo, o que deve prevalecer, a nosso ver, é a decisão da paciente em conjunto com seu médico. E, para tal, informação é o insumo mais importante, junto com a confiança, nesse processo.
Destaque do último Boletim Científico do IESS, o parto cesariano já foi tema aqui no Blog . De acordo com o estudo divulgado no Boletim, o risco de morte materna pós-parto é três vezes maior em cesarianas quando comparado a outras modalidades de parto. Os principais riscos relacionados ao procedimento são morte por hemorragia pós-parto e complicações na anestesia.
Segundo os pesquisadores, as cesárias respondiam, em 2014, por mais da metade dos partos no Brasil, equivalendo a 57% dos casos. Os autores informam que 84% desses procedimentos são realizados antes do início do trabalho de parto, provavelmente, na hipótese por eles apontada, por “razões não médicas”.
O marco de 39 semanas foi adotado, segundo o CFM, por ser o período em que se inicia a gestação a termo. Redefinida em 2013 a partir de estudos analisados pelo Defining "Term" Pregnancy Workgroup, organizado pelo Colégio Americano de Obstetras e Ginecologistas (ACOG), este é o período que vai de 39 semanas a 40 semanas e 6 dias. Antes dessa recomendação, bebês que nasciam entre a 37ª e a 42ª semana eram considerados maduros. No entanto, pesquisas apontaram a incidência recorrente de problemas específicos em grupos de neonatos com idade gestacional inferior a 39 semanas.
Insistimos: o importante, nesse momento, é debater o tema com profundidade e assegurar que as gestantes tenham, em conjunto com seus médicos, todas as condições de adotar as ações mais seguras para o nascimento da criança e redução dos riscos para a mãe.
Começa amanhã (14), o 3º Fórum a Saúde “A saúde em recessão”, uma série de debates promovidos pelo jornal Folha de S. Paulo, que vai reunir especialistas do setor para discutir como a crise econômica pode impactar o sistema de saúde no Brasil. Estaremos presentes, com a participação do nosso superintendente executivo, Luiz Augusto Carneiro, que participa da Mesa 1, que debaterá “A saúde financeira dos planos de saúde”.
Faremos cobertura do evento nas nossas redes sociais. Estaremos no Facebook, Twitter e LinkedIn divulgando fotos, informações e vídeos para que nossos seguidores possam participar da conversa e contribuir com ideias e retóricas em tempo real.
Programação:
9h
Abertura: Alexandre Padilha, secretário municipal da Saúde de São Paulo e ex-ministro da Saúde
9h30
Mesa 1 - A saúde financeira dos planos de saúde
Paulo Furquim, coordenador do Centro de Estudos em Negócios do Insper, especialista em saúde suplementar
Mauricio Ceschin, presidente da Gama Saúde, do Grupo Qualicorp
Luiz Augusto Carneiro, superintendente do Instituto de Estudos da Saúde Suplementar
10h20
Mesa 2 - É preciso repensar o modelo do SUS?
Antônio Britto, presidente-executivo da Interfarma
Lenir Santos, secretária de Gestão Estratégica e Participativa do Ministério da Saúde
Geraldo Biasoto Jr., professor do Instituto de Economia da Unicamp
Stênio Miranda, presidente do Conselho de Secretários Municipais de Saúde do Estado de São Paulo
11h10
Coffee break
11h50
Mesa 3 – A atenção primária à saúde
Eugênio Vilaça Mendes, consultor internacional na área de saúde pública
Gustavo Gusso, professor de clínica geral da Faculdade de Medicina da USP
Edevard José de Araujo, diretor de Marketing e Desenvolvimento da Unimed do Brasil
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15/6 (quarta-feira)
9h
Abertura: David Uip, secretário estadual da Saúde de São Paulo
9h30
Mesa 4 - A judicialização da saúde
Deborah Ciocci, juíza do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo
Solange Mendes, presidente da Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde)
Renata Vilhena Silva, advogada especialista em direito da saúde
10h20
Mesa 5 - Prevenção eficaz reduz custos
Renato Veras, professor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro especializado em gerontologia
Deborah Carvalho Malta, professora da Escola de Enfermagem da UFMG
João Bastos Freire Neto, presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia
11h10 - Coffee break
11h50
Mesa 6 - Os custos de internação em hospitais particulares
Claudio Lottenberg, presidente do Hospital Albert Einstein
José Luiz Setúbal, provedor da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo
Francisco Balestrin, presidente do Conselho de Administração da Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp)
12h40
Mesa 7 - Novos modelos de assistência e remuneração
Gonzalo Vecina Neto, professor da Faculdade de Saúde Pública da USP
Martha Oliveira, diretora de desenvolvimento da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS)
Walter Cintra Ferreira Júnior, coordenador da especialização em administração hospitalar e de sistemas de saúde da FGV-SP
Serviço:
3º Fórum a Saúde do Brasil: a Saúde em Tempo de Recessão
Local: Auditório Tucarena, na PUC-SP (r. Monte Alegre, 1.024, Perdizes, São Paulo)
14/6 (terça-feira)
Inscrições: http://eventos.folha.uol.com.br/