Acabamos de publicar a nova edição do boletim Saúde Suplementar em Números, que mostra o crescimento de 1,8% no total de beneficiários de planos de saúde médico-hospitalares com 59 anos ou mais ao longo dos 12 meses encerrados em junho deste ano.
Por outro lado, no mesmo período, o total de vínculos com pessoas de até 18 anos recuou 2,4%; o grupo de beneficiários com idade entre 19 anos e 23 anos diminuiu 4,5%; e o de beneficiários com idade entre 24 anos e 28 anos caiu 6,3%.
Nos próximos dias, iremos analisar os dados aqui no Blog.
A nova edição da NAB aponta que o mercado de planos exclusivamente odontológicos segue como destaque positivo na saúde suplementar brasileira. Entre agosto deste ano e o mesmo mês do ano passado, houve crescimento de 7,1% no total de beneficiários desse tipo de plano, correspondendo a quase 1,5 milhão de novos vínculos.
O boletim também aponta nova queda no total de beneficiários dos planos médico-hospitalares no mesmo período de 12 meses: 696,2 mil beneficiários saíram dessa modalidade de plano, o que corresponde a uma retração de 1,5% no total.
Nos próximos dias, iremos analisar os resultados desta nova edição da NAB. Não perca.
A pesquisa de “Avaliação dos Planos de Saúde” IESS/Ibope apresenta distintas características de beneficiários e não beneficiários de planos de saúde em relação aos cuidados da saúde, além de destacar a satisfação dos beneficiários com os planos de saúde médico-hospitalares e outras informações.
Um dos dados apontados na pesquisa é de que beneficiários de planos de saúde possuem hábitos mais saudáveis e tendem a cuidar melhor de sua saúde com a realização de consultas e exames com maior frequência do que os demais brasileiros, conforme mostramos aqui no blog.
Ainda sobre esta questão, um dos dados mais surpreendentes da pesquisa diz respeito à saúde do homem. No grupo de beneficiários de planos de saúde, o percentual de homens que realizaram exames de próstata se manteve estável – 61% na pesquisa anterior (2015) e 62% na pesquisa atual, de 2017. Chama a atenção, entretanto, a diminuição da porcentagem de entrevistados, do grupo de não beneficiários, que dizem realizar exames de próstata: enquanto a pesquisa de 2015 apontou que 51% dos homens realizaram esses exames, os números recentes mostraram incidência de 38% dos respondentes, uma queda de 13 pontos porcentuais.
A pesquisa IESS/Ibope aponta que cerca de 42% dos beneficiários afirmaram usar o serviço de saúde para acompanhamento, por rotina ou prevenção, enquanto que essa frequência entre os não beneficiários foi de 25% em 2017. Pelos beneficiários terem uma frequência maior de exames de rotina ou prevenção, eles consequentemente apresentarão maior prevalência de exames de próstata. Segundo levantamento realizado pela SBU (Sociedade Brasileira de Urologia) 51% dos homens com mais de 45 anos não foram ao médico recentemente. Já dados do Ministério da Saúde mostram que as consultas ao urologista são de 3 milhões anualmente, enquanto ao ginecologista chega a 20 milhões.
É importante lembrar que a realização de exames e consultas é fundamental para a prevenção de doenças e, ao mesmo tempo, contribui para a sustentabilidade do setor. Ações de prevenção e promoção da saúde ajudam a identificar enfermidades no seu estágio inicial e reduzem a necessidade de procedimentos mais complexos e emergenciais, muito mais caros e de maior risco para o paciente.
Temos apresentado, aqui no Blog, os níveis de satisfação dos beneficiários com seus planos médico-hospitalares em algumas das principais capitais do País (São Paulo, Recife, Porto Alegre e Rio de Janeiro), de acordo com a pesquisa IESS/Ibope. Hoje é a vez de Belo Horizonte.
Recife é a capital brasileira onde a satisfação dos beneficiários com os planos de saúde mais aumentou,: foram 15 pontos porcentuais (p.p.) entre os anos de 2015 e 2017, mas a capital mineira não fica muito atrás.
Em Belo Horizonte, 84% dos beneficiários de planos de saúde médico-hospitalares declaram estar satisfeitos ou muito satisfeitos com seu plano, o mesmo porcentual registrado na capital pernambucana. Em relação ao resultado de 2015, houve um avanço de 14 p.p., já que antes 70% dos beneficiários locais se declaravam satisfeitos ou muito satisfeitos. Vale lembrar, a média nacional é de 80%.
Respaldando o ótimo resultado, 88% dos beneficiários belo-horizontinos afirmam que recomendariam (“com certeza” ou “provavelmente”) o plano que possuem para um amigo ou parente, resultado 10 p.p. superior ao da pesquisa anterior; e 91% declaram a intenção de (“com certeza” ou “provavelmente”) manter o plano atual, proporção 8 p.p. acima da encontrada em 2015.
As inscrições para a mais importante premiação de trabalhos acadêmicos em saúde suplementar, o VII Prêmio IESS de Produção Científica em Saúde Suplementar, foram prorrogadas até 15 de outubro!
Não perca essa chance e inscreva, gratuitamente, seu trabalho de conclusão de curso de pós-graduação (especialização, MBA, mestrado ou doutorado), com foco em saúde suplementar, nas áreas de Economia, Direito e Promoção de Saúde, Qualidade de Vida e Gestão em Saúde. Veja o regulamento completo.
Os dois melhores trabalhos de cada categoria receberão prêmios de R$ 10 mil e R$ 5 mil, respectivamente, além de certificados, que serão entregues em cerimônia de premiação em dezembro.
Podem ser inscritos os trabalhos aprovados pela instituição de ensino do curso de pós-graduação no período de 1º de janeiro de 2015 a 31 de agosto de 2017 ou, alternativamente, ser uma versão preliminar que será apresentada até 31 de dezembro de 2017.
Faltam apenas 10 dias para encerrarmos as inscrições para a mais importante premiação de trabalhos acadêmicos com foco em saúde suplementar, o VII Prêmio IESS de Produção Científica em Saúde Suplementar.
Mas por que você deve inscrever seu trabalho?
Porque “o Prêmio IESS é um incentivo importante para a divulgação de reflexões teóricas sobre o setor de saúde suplementar, contribuindo para a construção de uma ponte entre a academia e o mercado e visando à qualificação dos profissionais do setor.” A opinião não é nossa, mas de Samir José Caetano Martins, vencedor da categoria Direito do V Prêmio IESS de Produção Científica em Saúde Suplementar (edição de 2015) com o trabalho “Unimilitância médica: A posição do Superior Tribunal de Justiça à luz da regulação da concorrência”, que já apresentamos aqui no Blog.
Além disso, os dois melhores trabalhos de cada categoria receberão prêmios de R$ 10 mil e R$ 5 mil, respectivamente, além de certificados, que serão entregues em cerimônia de premiação que acontece em dezembro na cidade de São Paulo.
Se você também tem um trabalho de conclusão de curso de pós-graduação (especialização, MBA, mestrado ou doutorado), com foco em saúde suplementar, nas áreas de Economia, Direito e Promoção de Saúde e Qualidade de Vida e Gestão em Saúde capaz de ajudar no aperfeiçoamento do setor, não perca tempo. Veja o regulamento completo e inscreva-se, gratuitamente, até 15 de setembro.
O direito a manutenção do plano de saúde pelo colaborador que foi desligado pela empresa é um tema recorrente na saúde suplementar. Aqui no blog, já tratamos deste tema quando apresentamos o exemplo do governo da França, que implementou um acordo para os empregadores manterem o seguro de saúde dos funcionários por um período mínimo de 12 meses em caso de desligamento.
A questão é de grande importância para o sistema brasileiro, ainda mais em tempos de retração da economia nacional e diminuição de postos de trabalho formais. É exatamente por isto que são tão importantes iniciativas como o trabalho "O Modelo de Pós-Pagamento nos Contratos de Plano de Saúde e a Viabilização do Direito de Extensão do Benefício Pós-Emprego", de Luciana Mayumi Sakamoto, vencedora da Categoria Direito do VI Prêmio IESS de Produção Científica em Saúde Suplementar.
A pesquisa propõe alternativas que possibilitem a manutenção do direito do plano de saúde por parte do colaborador desligado, desde que ele assuma algumas responsabilidades. Isto traria uma série de impactos positivos ao setor, como a diminuição da judicialização por parcela destas pessoas que buscam na justiça um meio de se manterem com o benefício, além de garantir acesso cada vez maior da população aos planos de saúde.
Confira, a seguir, nossa conversa com a Luciana sobre a importância do Prêmio IESS e a visibilidade que a premiação deu a seu trabalho, e não deixe de inscrever gratuitamente, até 15 de setembro, seu trabalho de conclusão de curso de pós-graduação (especialização, MBA, mestrado ou doutorado) com foco em saúde suplementar nas áreas de Economia, Direito e Promoção de Saúde, Qualidade de Vida e Gestão em Saúde. Veja o regulamento completo.
Os dois melhores de cada categoria receberão prêmios de R$ 10 mil e R$ 5 mil, respectivamente, além de certificados, que serão entregues em cerimônia de premiação em dezembro deste ano.
Blog do IESS – De onde surgiu a ideia de participar no Prêmio IESS?
Luciana Mayumi Sakamoto – Trabalho na área de saúde suplementar e sempre acompanhei os estudos feitos pelo IESS. Soube do Prêmio IESS pelo website.
Acredito que a visibilidade que o Prêmio IESS é um forte incentivo à pesquisa e desenvolvimento de estudos. Na área de saúde suplementar, esse é o único prêmio que reconhece a qualidade de trabalhos científicos.
Qual a importância da sua pesquisa para o setor?
Meu trabalho é sobre o direito de um empregado demitido sem justa causa ou aposentado permanecer no plano de saúde coletivo empresarial do qual ele era beneficiário enquanto trabalhava para a empresa, desde que assuma o pagamento integral. Ao longo do trabalho, trato de algumas questões polêmicas relacionadas à viabilidade desse direito, dentre elas, o papel do contrato no mercado de plano de saúde privado, o modelo de pós-pagamento desse contrato, o papel do Judiciário e da ANS.
E como foi a reação em sua área após vencer o Prêmio IESS?
A recepção é muito boa. O Prêmio é muito reconhecido. Pessoas bastante renomadas do mercado de saúde suplementar estão em constante contato com o IESS, o que torna o Prêmio (IESS) muito valorizado.
Já apresentamos, aqui no Blog, diversas alternativas para garantir a sustentabilidade da saúde suplementar. Com isso em mente, na última semana, publicamos o TD 65 - "Seguro de Saúde Baseado em Valor: conceitos e evidências no sistema de saúde norteamericano", que apresenta o Seguro de Saúde Baseado em Valor (SSBV) e os resultados que este tipo de produto está obtendo no sistema de saúde dos Estados Unidos.
Assim como os planos de saúde com conta poupança e franquia anual, o SSBV funciona no modelo de coparticipação, em que o beneficiário paga por um percentual do custo gerado por um procedimento para o seu tratamento em saúde. O diferencial do SSBV, contudo, é empregar medicina baseada em evidências para determinar quais procedimentos têm coparticipação e quais não. Além disso, ao incentivar que o paciente realize exames e consultas preventivas com mais frequência, tende a diminuir significativamente as visitas aos serviços de emergência e as hospitalizações.
Essas características podem fazer com que os gastos com consultas e exames preventivos cresçam no primeiro momento, mas os gastos com internações e procedimentos cirúrgicos emergenciais, de custo mais elevado, tendem a diminuir.
O TD 65 ainda destaca que para o SSBV funcionar é necessário um sistema de dados sofisticado, capaz de assegurar a segurança dos dados dos pacientes e determinar com precisão o valor dos serviços prestados.
“Importar” esse produto para o mercado de saúde brasileiro exigiria mudanças e envolveria custos que podem fazê-lo parecer menos atrativo no curto prazo, mas uma rápida olhada para o crescimento dos custos de saúde no Brasil, que giram próximo dos 20% ao ano, mostra que não podemos continuar como estamos.
O aumento da inflação médica continua sendo uma preocupação tanto para os governos quanto para as empresas no mundo todo, conforme mostramos recentemente no TD 64 – Fatores associados ao nível de gasto com saúde: a importância do modelo de pagamento hospitalar.
Para lidar com esse aumento, uma das alternativas é a mudança do modelo de pagamento de conta aberta, adotado hoje no Brasil, para outro que puna os desperdicios e recompense a performance e o desfecho clínico. Como mostramos aqui no blog nos dias 31/7, 1/8, 2/8, 3/8 E 4/8.
Outra solução é pensar em novos produtos para a saúde suplementar, como os que apresentamos ano passado, nos dias 22/8, 23/8, 24/8, 25/8 e 26/8, ou Seguro de Saúde Baseado em Valor (SSBV), que vem apresentando bons resultados nos Estados Unidos, como mostramos no TD 65 - Seguro de Saúde Baseado em Valor: conceitos e evidências no sistema de saúde norteamericano.
Nos próximos dias vamos explicar melhor como funciona o SSBV. Não perca. Fique ligado!
As infecções relacionadas à assistência em saúde (Iras) ainda são um dos mais importantes problemas do setor no mundo. Este tipo de infecção é adquirido durante a prestação dos cuidados de saúde e podem resultar em mortes, além de elevado custo direto e indireto. Exatamente pela importância deste tema na cadeia de saúde - suplementar ou pública – é que novos estudos e iniciativas na área devem ser incentivados.
O estudo “Influência das infecções relacionadas à assistência no tempo de permanência e na mortalidade hospitalar utilizando a classificação do diagnosis related groups como ajuste de risco clínico” rendeu a Maria Aparecida Braga o 2° lugar na categoria “Promoção da Saúde e Qualidade de Vida” na edição 2016 do Prêmio IESS de Produção Científica em Saúde Suplementar. “As Iras são condições passíveis de serem evitadas e acreditamos que o impacto assistencial, social e econômico é imenso, daí a importância do tema”, comenta Maria Aparecida.
Graduada em Medicina pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e doutora pela UFMG, Maria Aparecida conversou conosco sobre seu trabalho, a importância do Prêmio IESS e o que mudou após ter seu trabalho reconhecido.
Leia a entrevista abaixo e não deixe de inscrever gratuitamente, até 15 de setembro, seu trabalho de conclusão de curso de pós-graduação (especialização, MBA, mestrado ou doutorado) com foco em saúde suplementar nas áreas de Economia, Direito e Promoção de Saúde, Qualidade de Vida e Gestão em Saúde. Veja o regulamento completo.
Os dois melhores de cada categoria receberão prêmios de R$ 10 mil e R$ 5 mil, respectivamente, além de certificados, que serão entregues em cerimônia de premiação em dezembro deste ano.
Blog do IESS – Sobre o que é o trabalho?
Maria Aparecida Braga – É sobre a influência da infecção relacionada à assistência à saúde no tempo de permanência hospitalar e sobre a mortalidade. São condições passíveis de serem evitadas e acreditamos que os impactos assistenciais, sociais e econômicos são imensos, daí a importância do tema. É parte de pesquisa do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, Infectologia e Medicina Tropical.
Blog – Como conheceu o Prêmio IESS?
MAB – Por meio do meu orientador, o Dr. Renato Couto, que é um grande pesquisador da área de gestão da saúde.
Blog – E qual sua impressão sobre o Prêmio IESS?
MAB – Foi muito gratificante receber o Prêmio IESS. É um reconhecimento de todo o trabalho. Saber que estamos atuando para modificar alguma coisa para melhoria da sociedade e que isto está sendo levado em consideração, sendo avaliado por um grupo de pesquisadores renomados é recompensador. A participação no evento da premiação foi particularmente importante. A forma como foram apresentados os trabalhos e como foram detalhadamente avaliados me deixou muito bem impressionada.
Blog – Em sua opinião, qual a importância de premiações com esta?
MAB – A premiação é um estímulo ao desenvolvimento da pesquisa séria e conectada à realidade da saúde brasileira. No Prêmio IESS, são avaliados trabalhos que podem realmente fazer a diferença na atuação dos profissionais de saúde e na gestão do setor, melhorando as condições assistenciais, com foco na segurança assistencial e determinando maior responsabilidade e responsabilização com o uso dos recursos, que são limitados.
Blog – O que mudou após receber o Prêmio IESS?
MAB – Recebi diversos telefonemas e a visibilidade do trabalho certamente aumentou. Parabenizo o IESS não apenas por essa iniciativa, mas por todas realizadas em prol da segurança assistencial. A saúde brasileira está muito carente de atitudes como esta.