Os desafios do envelhecimento da população é o assunto do 3º episódio do IESSCast, já disponível nas principais plataformas de áudio e no Youtube. Jander Ramon, jornalista e assessor de comunicação do IESS, entrevistou o José Cechin, superintendente executivo do IESS, sobre a temática, que tem ganhado destaque no setor de saúde suplementar conforme o número de idosos aumenta ano a ano.
O bate-papo tratou de tópicos abordados no capítulo escrito por Cechin no livro “Saúde Suplementar: 20 anos de transformações e desafios em um setor de evolução contínua”. Dentre eles, o fim do bônus demográfico, pacto intergeracional, mutualismo e promoção à saúde aliada à qualidade de vida. Outra temática importante da conversa foi o custo médio da atenção à saúde per capita. As dúvidas sobre a precificação dos serviços destinados a esse público foram explicadas pelo superintendente do IESS.
O IESSCast está disponível nas principais plataformas de streaming de áudio, como o Spotify, Deezer, Google Podcasts, Apple Podcasts e Castbox. O conteúdo também pode ser acessado, a qualquer momento, pelo canal do IESS no YouTube em formato de websérie. Os novos episódios vão ao ar sempre às terças e sextas-feiras. Não perca!
Os episódios do IESSCast foram inspirados a partir do livro “Saúde Suplementar: 20 anos de transformações e desafios em um setor de evolução contínua”, uma obra organizada pelo IESS, assinada por 24 autores convidados. Para baixar a publicação, clique AQUI.
Conforme apontamos aqui, nossa projeção mostra que o envelhecimento e crescimento da economia irão impactar o mutualismo nos planos de saúde médico-hospitalares. A pesquisa “Impacto do envelhecimento sobre as despesas assistenciais da Saúde Suplementar” traz três diferentes cenários para estimar as implicações da mudança demográfica e do crescimento da economia na saúde suplementar.
Para debater ainda mais o tema, José Cechin, superintendente executivo do IESS, participou do Cidadania, da TV Senado. Ele alertou que o crescimento da população de idosos no Brasil gera a necessidade de programas e políticas que favoreçam o envelhecimento mais saudável aos brasileiros. “É um processo muito rápido e isso traz uma série de desafios. Claro que a maior longevidade deve ser celebrada, mas ela traz o aumento da incidência de doenças crônicas e, consequente, alta das despesas com a assistência”, comenta. “O envelhecimento da população brasileira sozinho irá gerar um crescimento de 11% da despesa assistencial per capita nos próximos dez anos”, completa.
A pesquisa mostra que apenas o envelhecimento populacional é responsável por um crescimento de 20,5% das despesas assistenciais da saúde suplementar até 2031. Mesmo considerando a despesa per capita há um crescimento relevante. Nessa projeção, a despesa per capita do total de beneficiários passa de R$ 3.721 em 2020 para R$ 4.137 em 2031, crescimento de 11,2%.
Nos cenários 2 e 3, o crescimento da economia implica os efeitos positivos do mercado de trabalho e da renda sobre o número de beneficiários projetado. Na perspectiva do cenário 2, com crescimento do PIB per capita de 1,6% a.a., as despesas assistenciais aumentam em 50,0%. Já no cenário 3, a economia cresce 2,9% a.a. até 2031 e o número de beneficiários evolui em 42,1%, atingindo 67,6 milhões.
“Não me esqueço de uma frase que ouvi em um evento do setor. ‘Os empresários reclamam do aumento do benefício saúde ofertado aos colaboradores. Mas esquecem que eles estão produzindo a doença nos refeitórios das empresas com alimentação gordurosa, pouco nutritiva, altamente calórica e que favorece o aparecimento de doenças crônicas’”, lembrou Cechin. Para ele, são necessárias cada vez mais campanhas para uma alimentação de melhor qualidade e políticas de saúde preventiva desde a adolescência e no ambiente de trabalho.
Continuaremos apresentando mais números da nossa projeção “Impacto do envelhecimento sobre as despesas assistenciais da Saúde Suplementar”. Acesse aqui o material na íntegra.
Você também pode conferir abaixo como foi a entrevista de José Cechin na íntegra. Assista e continue ligado em nossos próximos conteúdos.
Conforme apontamos aqui, nossa projeção mostra que o envelhecimento e crescimento da economia irão impactar o mutualismo nos planos de saúde médico-hospitalares. A pesquisa “Impacto do envelhecimento sobre as despesas assistenciais da Saúde Suplementar” traz três diferentes cenários para estimar as implicações da mudança demográfica e do crescimento da economia na saúde suplementar e mostra que apenas o envelhecimento da população brasileira isolado irá gerar um crescimento de 11% da despesa assistencial per capita nos próximos dez anos.
No primeiro, foi avaliado o impacto isolado do envelhecimento, mantendo-se constantes as taxas de cobertura na população projetada pelo IBGE para cada ano. Nesse cenário, o crescimento estimado do número de beneficiários foi de 8,6% até 2031, chegando a 50,9 milhões.
A pesquisa mostra que apenas o envelhecimento populacional é responsável por um crescimento de 20,5% das despesas assistenciais da saúde suplementar até 2031. Mesmo considerando a despesa per capita há um crescimento relevante. Nessa projeção, a despesa per capita do total de beneficiários passa de R$ 3.721 em 2020 para R$ 4.137 em 2031, crescimento de 11,2%.
Nos cenários 2 e 3, o crescimento da economia implica os efeitos positivos do mercado de trabalho e da renda sobre o número de beneficiários projetado. Na perspectiva do cenário 2, com crescimento do PIB per capita de 1,6% a.a., as despesas assistenciais aumentam em 50,0%. Já no cenário 3, a economia cresce 2,9% a.a. até 2031 e o número de beneficiários evolui em 42,1%, atingindo 67,6 milhões.
Com isso, as despesas assistenciais crescerão 55,1%. No cenário 3, o maior crescimento econômico aumenta a cobertura de pessoas em idade de trabalhar mais do que em pessoas com 59 anos ou mais, que em geral possuem um custo médio superior aos primeiros. Dessa forma o crescimento das despesas assistenciais do Cenário 3 ficou inferior ao do Cenário 2. Isso se refletiu na despesa per capita desses cenários. No cenário o crescimento da despesa per capita ficou superior ao do Cenário 3.
Acesse aqui o material na íntegra - http://bit.ly/TD_IESS. Continuaremos apresentando mais números da publicação nos próximos dias. Não perca!
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O envelhecimento da população brasileira sozinho irá gerar um crescimento de 11% da despesa assistencial per capita nos próximos dez anos. É o que mostra o estudo “Impacto do envelhecimento sobre as despesas assistenciais da Saúde Suplementar”, realizado pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS). A publicação traz três diferentes cenários para estimar as implicações da mudança demográfica e do crescimento da economia na saúde suplementar.
No primeiro, foi avaliado o impacto isolado do envelhecimento, mantendo-se constantes as taxas de cobertura na população projetada pelo IBGE para cada ano. Nesse cenário, o crescimento estimado do número de beneficiários foi de 8,6% até 2031, chegando a 50,9 milhões. No total, a faixa etária de 60 anos ou mais crescerá 47,1%.
Esse cenário mostra que apenas o envelhecimento populacional é responsável por um crescimento de 20,5% das despesas assistenciais da saúde suplementar até 2031. “Mesmo considerando a despesa per capita há um crescimento relevante”, aponta José Cechin, superintendente executivo do IESS. “Nessa projeção, a despesa per capita do total de beneficiários passa de R$ 3.721 em 2020 para R$ 4.137 em 2031, crescimento de 11,2%”, reforça.
Nos demais cenários, mais realistas, além do envelhecimento, é levado em consideração o crescimento do PIB per capita. “Vale lembrar que o número de beneficiários de planos de saúde tem relação estreita com o desempenho da economia, o que se reflete na taxa de cobertura em todo o país. A forma como a economia evolui influencia o mercado de trabalho e a renda da população, que são fatores importantes na determinação da demanda por planos de saúde”, complementa o especialista.
No cenário 2, o PIB per capita cresce a 1,6% a.a. e o número de beneficiários projetado é de 62,0 milhões em 2031; no Cenário 3, a taxa do PIB per capita é 2,9% a.a. e o número de beneficiários vai a 67,6 milhões em 2031. As taxas para o PIB per capita são provenientes da Estratégia Federal de Desenvolvimento para o Brasil no período de 2020 a 2031, estabelecida por decreto em 2020.
Nos cenários 2 e 3, o crescimento da economia implica os efeitos positivos do mercado de trabalho e da renda sobre o número de beneficiários projetado. Na perspectiva do cenário 2, com crescimento do PIB per capita de 1,6% a.a., as despesas assistenciais aumentam em 50,0%. Já no cenário 3, a economia cresce 2,9% a.a. até 2031 e o número de beneficiários evolui em 42,1%, atingindo 67,6 milhões. Com isso, as despesas assistenciais crescerão 55,1%.
No cenário 3, o maior crescimento econômico aumenta a cobertura de pessoas em idade de trabalhar mais do que em pessoas com 59 anos ou mais, que em geral possuem um custo médio superior aos primeiros. Dessa forma o crescimento das despesas assistenciais do Cenário 3 ficou inferior ao do Cenário 2. Isso se refletiu na despesa per capita das projeções.
Em todos os cenários há aumento da participação da faixa etária de 60 anos ou mais nos gastos assistenciais. Em 2020, as despesas assistenciais dos beneficiários com 60 anos ou mais representavam 36,5% do total. No cenário demográfico puro elas passam a representar 45,2%, enquanto no cenário 2, passam a representar 49,1%. Já no cenário 3, a representatividade das despesas assistenciais da faixa de 60 anos ou mais foi de 45%. “Isso porque com maior crescimento econômico há ampliação da cobertura de faixas etárias mais jovens, que passam a ter maior representatividade nas despesas assistenciais”, explica o superintendente executivo do IESS.
Despesa assistencial de jovens e idosos
Em 2020, a relação entre a despesa per capita da faixa de 60 anos ou mais e da faixa dos jovens de 0 a 19 anos era de 5,9. No cenário 1, que considera apenas o efeito demográfico, essa relação passa a ser de 6,1 e nos cenários que consideram o crescimento econômico, a relação passa a ser de 6,3. Embora haja normas que regulem a diferença das mensalidades de planos de saúde entre as faixas etárias, o distanciamento da despesa dos mais idosos em relação aos mais jovens é um desafio para a sustentabilidade do setor no longo prazo.
Para José Cechin, o setor precisa estar atento para o desafio a que a saúde suplementar estará submetida nos próximos anos frente à mudança trazida pelo envelhecimento populacional no Brasil. “Será preciso um esforço grande de investimentos e desenvolvimentos para manter esse equilíbrio assistencial”, analisa. “É fundamental olharmos essa projeção com atenção e repensarmos o sistema de saúde suplementar atual”, pontua.
Ele ainda reforça que a publicação é bastante conservadora, sem levar em conta outros fatores que também pesam no aumento das despesas, questões como o avanço tecnológico ou pioras na situação de saúde da população. Parece um contrassenso considerar possíveis pioras na saúde, mas pode ser uma tendência em função de diferentes hábitos atuais: padrão alimentar baseado em produtos ultraprocessados, aumento do sedentarismo e outros.
Os cenários apontados no estudo não consideram a incorporação de novas tecnologias, a necessidade de cuidados inéditos ou ainda períodos de pandemia como da Covid-19, por exemplo. Por outro lado, igualmente não são projetadas alterações que possam reduzir os custos, como ganhos de escala ou eficiência.
De todo modo, o estudo reforça a necessidade de buscar mecanismos de aprimoramento da cadeia da saúde como um todo, modernização de modelos de pagamento de prestadores de serviços e outros aspectos. “Focar em ações de promoção da saúde é uma mudança necessária não só do ponto de vista da sustentabilidade do setor, mas principalmente para possibilitar melhor qualidade de vida para cada brasileiro e para toda a população idosa”, conclui Cechin.
Impacto do envelhecimento sobre as despesas assistenciais da saúde suplementar (2020 - 2031)
Autora: Amanda Reis
Superintendente executivo: José Cechin
O envelhecimento da população brasileira sozinho irá gerar um crescimento de 11% da despesa assistencial per capita nos próximos dez anos.
Publicação traz três diferentes cenários para estimar as implicações da mudança demográfica e do crescimento da economia na saúde suplementar.
O envelhecimento da população brasileira sozinho irá gerar um crescimento de 11% da despesa assistencial per capita nos próximos dez anos. É o que mostra o estudo “Impacto do envelhecimento sobre as despesas assistenciais da Saúde Suplementar”, que acabamos de publicar. A pesquisa traz três diferentes cenários para estimar as implicações da mudança demográfica e do crescimento da economia na saúde suplementar.
No primeiro, foi avaliado o impacto isolado do envelhecimento, mantendo-se constantes as taxas de cobertura na população projetada pelo IBGE para cada ano. Nesse cenário, o crescimento estimado do número de beneficiários foi de 8,6% até 2031, chegando a 50,9 milhões.
O infográfico 2 mostra que o número de beneficiários nas faixas acima de 59 anos cresce durante todo o período projetado, enquanto o número de beneficiários com menos de 59 anos se reduzirá no mesmo período, refletindo a mudança demográfica da população brasileira. No total, a faixa etária de 60 anos ou mais crescerá 47,1%.
Nos demais cenários, mais realistas, além do envelhecimento, é levado em consideração o crescimento do PIB per capita. Vale lembrar que o número de beneficiários de planos de saúde tem relação estreita com o desempenho da economia, o que se reflete na taxa de cobertura em todo o país. A forma como a economia evolui influencia o mercado de trabalho e a renda da população, que são fatores importantes na determinação da demanda por planos de saúde.
No cenário 2, o PIB per capita cresce a 1,6% a.a. e o número de beneficiários projetado é de 62,0 milhões em 2031; no Cenário 3, a taxa do PIB per capita é 2,9% a.a. e o número de beneficiários vai a 67,6 milhões em 2031. As taxas para o PIB per capita são provenientes da Estratégia Federal de Desenvolvimento para o Brasil no período de 2020 a 2031, estabelecida por decreto em 2020.
Infográfico 1 – Projeção do número de beneficiários de planos de saúde médico-hospitalares, 2020 a 2031.
Infográfico 2: Projeção do número de beneficiários por faixa etária para 2020 a 2031.
Continuaremos apresentando mais números da nossa projeção “Impacto do envelhecimento sobre as despesas assistenciais da Saúde Suplementar”. Acesse aqui o material na íntegra - http://bit.ly/TD_IESS
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TD 79 - Impacto do envelhecimento sobre as despesas assistenciais da saúde suplementar
O envelhecimento da população brasileira sozinho i...O Brasil passa por um fenômeno de transição demográfica e envelhecimento populacional. Claro que é um avanço da sociedade e da medicina, mas isso traz um aumento das despesas médicas e acende um alerta sobre a necessidade de se pensar mecanismos para garantir equilíbrio econômico-financeiro, satisfação e qualidade para todos os envolvidos na cadeia, sejam beneficiários, operadoras e prestadores de serviços.
Além disso, os pacientes mais vulneráveis são aqueles com 60 anos ou mais, grupo que corresponde a 14% do total de beneficiários da saúde suplementar, ou pouco mais de 6,6 milhões, conforme mostra o “Panorama dos idosos beneficiários de planos de saúde no Brasil”, que acabamos de publicar. A nossa publicação mostrou que desde março de 2000, início da base de dados, o número de idosos nos planos de saúde duplicou, passando de 3,3 milhões para 6,6 milhões em março de 2020.
E esse foi um tema abordado em recente publicação do site da Editora Roncarati, trazendo apontamentos de Ricardo Sant´Ana, diretor de Benefícios da Lockton Brasil. Para ele com a longevidade, desenvolvimento tecnológico e o avanço da medicina, é indiscutível que as pessoas estão tendo uma maior sobrevida e boa parte delas com o amparo dos planos de saúde privados.
Ele, portanto, elenca alguns pontos:
- Aumento dos preços dos planos corporativos - como a sinistralidade é mensurada de forma conjunta, a tendência de uma maior sinistralidade é mais evidente quando a população mais idosa vai crescendo (maior utilização), influenciando os custos totais de ativos e inativos.
- Aumento dos valores de passivo atuarial - as projeções de valores a serem consideradas em balanço (quando indicado pelas normas contábeis internacionais), acabam por aumentar à medida que a população mais idosa cresce, pois o compromisso futuro, embora diminua o prazo, tem seu valor agravado.
- Escassez de planos individuais - de acordo com a legislação em vigor, os critérios de aceitação, formas de reajuste, condições de cancelamento etc. desestimulam as operadoras a oferecer esse tipo de solução.
- Maior nível de sinistros em função da COVID-19 - as pessoas mais idosas são as que mais estão suscetíveis ao agravamento de intercorrências da COVID-19.
O especialista ainda traz outros pontos para a reflexão do setor. Acesse aqui a publicação.
Além de apresentar os dados por região e modalidade de contratação, o “Panorama dos idosos beneficiários de planos de saúde no Brasil” também traz a evolução do número de vinculados aos planos médico-hospitalares, distribuição percentual por faixa etária, índice de envelhecimento, razão de dependência, adesões, cancelamentos e migração entre março de 2000 e o mesmo mês em 2020.
Gisele Gonçalves de Brito conquistou o primeiro lugar do IX Prêmio IESS de Produção Científica em Saúde Suplementar, na categoria Economia, com o trabalho “Tendências e fatores associados ao custo da saúde privada no Brasil: uma análise via modelo Getzen expandido para o envelhecimento da população”, que fez para a conclusão de seu mestrado na Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL-MG).
O estudo analisa os fatores associados ao crescente custo da saúde privada no País, especialmente frente ao envelhecimento populacional e ao fim do bônus demográfico, destacando também o valor das novas tecnologias nesse cenário. A melhor pessoa para explicar os objetivos deste trabalho é a própria autora.
Como temos apontado há algum tempo, o trabalho indica que uma vez que os reajustes das mensalidades da saúde privada visam refletir os custos do setor e há tendência de crescimento destes custos acima do incremento da renda real e da inflação. No longo prazo, se nada for feito, este comportamento pode pôr em risco a sustentabilidade do setor e inviabilizar a realização de um dos maiores desejos dos brasileiros: a aquisição de um plano de saúde, como mostra a pesquisa IESS/Ibope – leia mais.
É para aprimorar a gestão do setor e incentivar melhores práticas que elaboramos constantemente novos estudos e indicadores, bem como mantemos o Prêmio IESS. Fato reconhecido e destacado por Gisele.
Você também tem um estudo capaz de ajudar no desenvolvimento da saúde suplementar ou está fazendo um trabalho de conclusão de curso de pós-graduação com foco no setor? Fique atento para a abertura das inscrições da edição 2020. Teremos novidades em breve.
Enquanto isso, confira por que a premiação é tão relevante na opinião da vencedora do último ano.
Todo mundo sabe que para envelhecer com saúde é preciso ter uma série de cuidados, como realizar exames preventivos, manter uma dieta balanceada e, principalmente, praticar exercícios físicos. Hoje, já há uma série de estudos que apontam a necessidade dessas práticas e a importância de programas de promoção de saúde nesse sentido.
Nenhum deles, contudo, tão amplo quanto o que foi recentemente conduzido pelo departamento de Ciências Biomédicas da Universidade Nacional de Seul, na Coreia do Sul. O estudo “Changes in exercise frequency and cardiovascular outcomes in older adults”, publicado pelo European Heart Journal, analisou dados de 1,2 milhão de homens e mulheres com mais de 60 anos entre 2009 e 2016.
A equipe de pesquisadores, liderada pelo prof. Kyuwoong Kim, detectou que os idosos que reduziram seus níveis de atividade física ao longo do período analisado tiveram uma probabilidade 27% maior de desenvolver problemas cardíacos do que aqueles que mantiveram um ritmo regular de atividades ao longo dos anos. Já entre os que ampliaram a quantidade/intensidade de exercícios, o risco de ter problemas cardiovasculares diminuiu 11%. É importante lembrar que também estão nesse segundo grupo os idosos que não praticavam nenhuma atividade física e passaram a se exercitar.
Apesar de os próprios pesquisadores indicarem que os dados não podem ser automaticamente aplicados para populações em outros países, por conta de fatores como nível poluição e diferentes hábitos alimentares, entre outros, a pesquisa dá uma importante contribuição ao demonstrar a importância de combater o sedentarismo, principalmente na população idosa.
Especialmente porque a população global está envelhecendo. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o mundo contava com 900 milhões de pessoas com mais de 60 anos em 2015 e o montante deve ultrapassar a marca de 2 bilhões até 2050. O movimento de envelhecimento da população e fim do bônus demográfico – já comentado aqui – pelo qual estamos passando no Brasil faz parte desse cálculo.
O assunto também foi foco de apresentação de nosso superintendente executivo, José Cechin, em evento do Correio Braziliense, relembre. Quer saber mais sobre o impacto do envelhecimento na saúde? Confira nossa Área Temática.