A realização de exames para detectar doenças entre pessoas assintomáticas, o screening (rastreamento), encontra na literatura posicionamentos diferentes acerca de seus benefícios. A prática pode ajudar a detectar um maior número de casos, mas isso não reflete, necessariamente, na redução nas taxas de mortalidade.
A recomendação do screening varia de caso a caso e a decisão de realiza-lo deve ser tomada pelo indivíduo, com base na orientação médica dos benefícios e possíveis malefícios. De acordo com estudos realizados no Canadá e nos Estados Unidos, apenas três tipos de neoplasias em que o rastreamento foi eficaz. Foram eles: colo de útero (Papanicolau), mama (mamografia) e colorretal (pesquisa de sangue oculto nas fezes e retossigmoidoscopia).
Diante disso, o IESS expõe, em novo texto para discussão, os prós e contras da realização desses exames para rastrear dois tipos de cânceres: o de mama e o de próstata. O estudo aponta que alguns exames podem causar efeitos colaterais adversos, entre eles efeitos psicológicos, como ansiedade e sofrimento. Já que muitas vezes, não é possível evitar a morte. Além disso, a realização frequente de alguns exames com radiação pode desencadear outras doenças e alterações no DNA.
O Texto para Discussão (TD) 90: SCREENING – Prós e Contras do Rastreamento de Doenças está disponível para download aqui.
O objetivo do estudo é descrever as características associadas a internações potencialmente preveníveis com quatro CIDs selecionados de doenças crônicas relacionadas a fatores de risco de estilo de vida na saúde suplementar. Os fatores de risco modificáveis considerados foram hábitos alimentares, sedentarismo, tabagismo e abuso de álcool. Veja a íntegra do estudo.
Dos 209,6 milhões de brasileiros em 2019, 26,7 milhões (13%) tinham um plano de saúde de assistência odontológica e 183,0 milhões (87%) não tinha acesso à odontologia suplementar (utilizavam esses serviços por meio do Sistema Único de Saúde - SUS - ou pagavam os serviços do próprio bolso). Veja a íntegra do estudo.
Autor: Bruno Minami
Superintendente executivo: José Cechin
TD 85 - O Parto Adequado: evidências científicas e os seus desdobramentos no Brasil e no Mundo
Autora: Natalia Lara
Superintendente Executivo: José Cechin
Estudo especial do IESS aponta que o número de cesáreas nas operadoras de planos de saúde caiu de 84,5% em 2013 e para 82,7% em 2020 (-1,8%). Nesse período, a maior retração foi registrada entre as operadoras de grande porte (-2,7%). Entre as de pequeno e médio porte, as diminuições nesse tipo de procedimento foram de 2,1% e 0,6%, respectivamente. Acesse na íntegra o Texto de Discussão n° 85 “O Parto Adequado: evidências científicas e os seus desdobramentos no Brasil e no Mundo” e saiba mais.
Nas últimas décadas, o percentual de adultos fumantes no Brasil vem apresentando queda expressiva devido às inúmeras ações desenvolvidas, sobretudo pela Política Nacional de Controle do Tabagismo, do Instituto Nacional de Câncer (INCA). A tendência também se confirmou entre os beneficiários de planos de saúde: o consumo de cigarro teve queda de 8,8% para 7,5% entre 2013 e 2019. Os dados são do “Texto para Discussão 82 – Hábitos alimentares e estilo de vida em beneficiários de planos de saúde médico-hospitalares”, estudo do IESS produzido a partir da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2019.
A prevalência é maior entre os homens (10,3%) e em beneficiários de 21 a 59 anos (8,9%). Entre aqueles que afirmam fumar diariamente, a taxa é maior para pessoas com 60 anos ou mais (7,8%). Apesar da diminuição registrada no intervalo analisado, ainda há espaço para a elaboração de mais estratégias de combate ao hábito, sobretudo devido aos riscos do desenvolvimento de doenças crônicas ligadas ao cigarro.
Um estudo realizado no Canadá mostrou que, entre os homens, o tabagismo foi associado a casos de diabetes, insuficiência cardíaca e acidente vascular cerebral (AVC). Já entre as mulheres, houve correlação com quadros de doença pulmonar crônica, câncer de pulmão, infarto do miocárdio, além de diabetes e AVC.
Consumo de bebidas alcóolicas também caiu
A ingestão de bebidas alcóolicas diminuiu entre os beneficiários de planos de saúde, passando de 8,8% para 8,5% entre 2013 e 2019. O predomínio do consumo regular é entre homens (10,8%) e pessoas com 60 anos ou mais (18,7%). Entre os beneficiários de 18 a 20 anos, a ingestão regular de bebidas seja de apenas 0,9%, um dado chama atenção. Esse grupo afirma tomar 8,6 doses no dia que consomem bebidas alcóolicas. De acordo com o Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos, é considerado como excesso o consumo por ocasião de mais de 4 doses para mulheres e 5 para homens.
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Dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), de 2019, relevaram que 52% dos brasileiros com 18 anos ou mais receberam o diagnóstico de ao menos uma doença crônica. Muitas dessas condições podem ser evitadas com a adoção de hábitos como, por exemplo, atividade física regular. Entre os beneficiários de planos de saúde, houve uma mudança no estilo de vida entre 2013 e 2019. As informações foram apuradas pelo “Texto para Discussão 82 – Hábitos alimentares e estilo de vida em beneficiários de planos de saúde médico-hospitalares”, estudo do IESS produzido a partir da PNS de 2019.
No período, a prática de atividade física em cinco ou mais dias da semana caiu de 30,1% para 29%. Também houve redução de 32,1% para 26,9% dos beneficiários que realizam a pé ou de bicicleta alguma parte do trajeto de ida e volta ao trabalho. O levantamento realizado pelo IESS mostrou ainda que 21,5% dos beneficiários de planos médico-hospitalares passam de 2 a 3 horas por dia vendo TV e 17,1% afirmaram que gastam de 2 a 3 horas por dia no celular, tablet ou computador para momentos de lazer. Em ambos os casos, a maior prevalência foi entre as mulheres.
Como é de amplo conhecimento, exercitar-se de forma regular é uma prática importante por trazer benefícios à saúde. Por isso, a tendência observada nessas variáveis, indicando o aumento do sedentarismo entre os beneficiários, é uma mudança no sentido oposto ao desejado. Além de impactar na qualidade de vida da população, as doenças crônicas são responsáveis por consequências que resultam em custos mais elevados para os sistemas de saúde, inclusive a saúde suplementar.
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