Ano passado realizamos, no Blog e nas redes sociais, uma enquete para saber sobre qual tema vocês gostariam de ler um especial aqui do Blog.
Tivemos 283 respostas, entre 28 de novembro e 12 de dezembro, e o tema vencedor, com 43 votos foi “Planos Odontológicos”
Por isso, para a próxima semana, preparamos uma série de posts sobre o segmento de planos exclusivamente odontológicos, apontando seu tamanho no Brasil, os motivos que o estão impulsionando e quais são seus principais desafios. Não perca.
Ao contrário dos planos médico-hospitalares, comentados aqui no Blog na terça, os planos exclusivamente odontológicos continuam atraído cada vez mais pessoas. De acordo com a última edição da NAB, já há 21,9 milhões de vínculos deste tipo no Brasil, um crescimento de 3,7% entre novembro deste ano e o mesmo mês de 2015.
A região Sudeste apresenta maior crescimento de vínculos de planos exclusivamente odontológicos. Nos 12 meses encerrados em novembro, houve adesão de 169,8 mil beneficiários. O que representa alta de 1,4%.
Apenas em São Paulo foram firmados 259,5 mil novos vínculos, alta de 3,6%. O resultado supera o total de novos beneficiários de todas as outras regiões do País somadas. Com isso, o Estado concentra 7,4 milhões de beneficiários de planos exclusivamente odontológicos, o que representa um terço dos 21,9 milhões de beneficiários no País.
O resultado da região Sudeste só não foi mais expressivo porque no Rio de Janeiro foram rompidos 129,1 mil vínculos. Uma queda de 4,4%. Apesar de o Estado ainda concentrar o segundo maior número de beneficiários de planos exclusivamente odontológicos (2,8 milhões), a retração acende uma luz amarela.
A região Nordeste também tem se destacado, apresentando o maior crescimento porcentual desses planos. Foram 111,4 mil novos vínculos no período analisado, um impulso de 2,8%.
Não é o acesso, mas a educação o principal determinante para que as pessoas mantenham cuidados adequados com sua higiene bucal. De acordo com o estudo “Socio-Economic Determinantsof the Need for Dental Care in Adults” (presente na última edição do Boletim Científico com o título “Determinantes socioeconômicos da necessidade de assistência odontológica em adultos”), realizado na França, a necessidade de cuidados dentários chega a ser 55% superior entre pessoas com baixa instrução se comparado com pessoas com mais anos de estudo.
O estudo constatou que, apesar de o acesso aos cuidados com a saúde bucal ser universal na França desde 2004, ainda existe uma elevada concentração de pessoas que não utilizam o serviço com regularidade. O que leva a necessidade de tratamentos odontológicos mais caros e demorados. A pesquisa apontou, ainda, que a necessidade de tratamentos odontológicos é significativamente maior entre pessoas que não fizeram uma visita ao dentista nos últimos dois anos.
Os pesquisadores envolvidos no estudo acompanharam cerca de três mil adultos e sugerem que a vulnerabilidade social pode ser o principal fator para que as pessoas releguem os cuidados com a higiene bucal a um nível mais baixo de prioridade, demonstrando que não basta garantir acesso ao tratamento, mas também é preciso trabalhar em programas de promoção da saúde. Algo que sempre defendemos.