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Maio 2017
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Ontem, apresentamos o seminário "Incorporação de Tecnologias na Saúde Suplementar” no Rio de Janeiro. O evento contou com grandes palestrantes que analisaram o uso de ferramentas de Avaliação de Tecnologias em Saúde (ATS), analisaram a situação do mercado brasileiro e apresentaram algumas práticas internacionais que podem proporcionar ganhos de eficiência ao setor. 

Se você não pôde participar, mas se interessa pelo assunto, não deixe de ver as apresentações dos palestrantes no evento:

Apresentação - Luiz Augusto Carneiro, Superintendente executivo do IESS

Apresentação - João Paulo dos Reis Neto, diretor presidente da CAPESESP

Apresentação - Luciano Paladini, médico analista da Evidências

Apresentação - Sam Rossolimos, diretor da Accenture África do Sul 

Apresentação - Rynaldo Rocha, coordenador de Gestão e Projetos em Saúde do Planserv

Em breve, disponibilizaremos também os vídeos com as apresentações do evento. 

Maio 2017
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A adoção de novas tecnologias é um dos principais fatores que impulsionam os custos de saúde no mundo. Na saúde suplementar brasileira, esse cenário é especialmente grave, uma vez que apesar de haver algumas discussões envolvendo estudos de efetividade e econômicos, a utilização da Avaliação das Tecnologias em Saúde (ATS) ainda é incipiente quando comparada ao setor público e não há qualquer sinal da ANS de que esses estudos devam se tornar obrigatórios no setor privado. “Hoje, infelizmente, no Cosaúde (da ANS), olhamos muito pouco para isso. Fazemos mais a análise de impacto orçamentário, o que não é suficiente", admitiu João Paulo dos Reis Neto, diretor presidente da CAPESESP, durante o seminário “Incorporação de Tecnologias na Saúde Suplementar”, realizado pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), na manhã de hoje (31/5), no Rio de Janeiro.

"Não dá para incorporar um novo medicamento, uma nova tecnologia, sem uma análise técnica que considere a complexidade dessa adoção, contemplando seus custos e benefícios”, afirmou Reis. A posição é corroborada pelo superintendente executivo do IESS, Luiz Augusto Carneiro, que destaca que a adoção de novas tecnologias ao rol da ANS sem uma avaliação criteriosa, claramente, é um fator de expansão dos custos sem, necessariamente, vir acompanhada de ganhos de eficiência ou qualidade assistencial. “Não se trata de rejeitar o avanço tecnológico, mas assegurar que efetivamente ele represente ganhos de eficiência ao sistema e, na prática, nem sempre isso tem se comprovado”, pontuou.

Os especialistas presentes no seminário do IESS concordaram que, sem uma ação do órgão regulador, um dos caminhos para mudar essa situação é informando melhor os pacientes. “O paciente tem sido um pouco alheio a todo o processo de adoção de novas tecnologias na saúde. Hoje, ele é muito mal informado e não sabe qual será o benefício de uma tecnologia em relação à outra. Isso gera uma pressão de custos, que também se transforma em pressão sobre os pagadores (operadoras)”, analisou Luciano Paladini, médico analista da Evidências.

A experiência internacional também fornece bons exemplos para o aperfeiçoamento do mercado local. “Na África do Sul, criamos comitês para aprovação das tecnologias, mecanismos de transparência de preços e seguimos políticas clínicas críveis, transparentes e coerentes, com base na medicina baseada em evidências, bem como a relação custo-benefício e acessibilidade econômica", explicou Sam Rossolimos, diretor da Accenture África do Sul.

As novas tecnologias oferecem inúmeras oportunidades, também para a saúde. Só é preciso garantir que seu custo não comprometa a sustentabilidade do setor. 

Maio 2017
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O seminário Incorporação de Tecnologias na Saúde Suplementar vai contar com um conjunto de especialistas renomados para analisar esse tema tão sensível para a sustentabilidade da saúde suplementar do Brasil. São profissionais com grande conhecimento e experiência, que podem apontar soluções para esse fator de grande impacto nos custos e na eficiência da saúde. Traremos também uma visão internacional, para que possamos aprender com as experiências externas. Participe desse importante encontro que envolve a saúde suplementar do Brasil.

Palestrantes

Otávio Clark, CEO e Chefe de Equipe da Evidências

Nome reconhecido no Brasil em assuntos relacionados a medicina baseada em evidências, farmacoeconomia, avaliação tecnológica de saúde e acesso ao mercado. Com cerca de 20 anos de experiência na área, publicou vários trabalhos em revistas médicas. 

Luciano Paladini, Médico Analista da Evidências

Médico, desenvolve Avaliações de Tecnologias em Saúde (ATS), também fornecendo dados epidemiológicos para a alimentação de modelos de patient forecast. É coautor de vários artigos publicados em revistas médicas indexadas, nacionais e internacionais. 

Reynaldo Rocha do Nascimento Júnior, Coordenador de Gestão e Projetos em Saúde do Planserv

Cirurgião geral e mastologista e diretor da DUOMED (Auditoria e Consultoria em Saúde), coordenador de Gestão e Projetos em Saúde do Planserv – BA e gerente-médico-executivo do Hospital Santa Isabel (Santa Casa de Misericórdia da Bahia).

Sam Rossolimos, Diretor da Accenture na África do Sul

Médico, pertence ao American College of Healthcare Executives, foi executivo e membro de conselhos de administração de diversas organizações de saúde na África do Sul.

Debatedoras

Karla Coelho, Diretora de Normas e Habilitação dos Produtos da ANS

Solange Beatriz Mendes, Presidente da Fenasaúde 

Confira a programação completa e inscreva-se agora

Maio 2017
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O IESS realiza, no próximo dia 31, um debate fundamental para analisar os impactos positivos e negativos das novas tecnologias sobre a saúde suplementar. Será uma grande jornada para analisar o uso de ferramentas de Avaliação de Tecnologias em Saúde (ATS), avaliar a situação do mercado brasileiro e conhecer algumas práticas internacionais que geraram ganhos e eficiência ao setor. Buscaremos respostas para os enormes desafios de sustentabilidade da saúde suplementar do Brasil e você é parte fundamental desse debate. 

Serão debatidos assuntos como:

- Rol de cobertura da ANS e suas limitações;

- Processos de incorporação e desincorporação no Brasil e em outros países;

- Inflação médica;

-A sustentabilidade do Sistema de Saúde e o papel da tecnologia neste contexto;

- Passos para um processo de Incorporação de tecnologia inteligente;

- Modelo de decisão em Ambiente Multicritério;

- Como é o processo de ATS;

- Principais desenhos de estudo usados em ATS;

- Como um processo formal de ATS pode ajudar o mercado privado brasileiro

Confira a programação completa do “Seminário Incorporação de Tecnologias na Saúde Suplementar”, que iremos realizar no dia 31 de maio, a partir das 8h, no Hotel Hilton Rio de Janeiro (Av. Atlântica, 1020). Inscreva-se gratuitamente, mas atenção, as vagas estão acabando! 

Maio 2017
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Por Luiz Augusto Carneiro*

 

Temos defendido ao longo dos anos, com ênfase maior desde 2015, a necessidade de o Brasil avançar em uma lei de transparência para as relações entre agentes de mercado na área de saúde. Temos um vasto conteúdo de estudos e análises sobre esse tema, mas, um resumo de forma bastante condensada e bem objetiva está disponível nos conteúdos ligados ao Seminário Internacional "OPMEs: Análise setorial e adoção de boas práticas" que realizamos em 20 de outubro de 2015, em São Paulo.

Na semana passada, representantes das indústrias de produtos de saúde (especialmente materiais e medicamentos) e do Conselho Federal de Medicina (CFM) manifestaram apoio à adoção de uma lei de transparência na área de saúde no País. Durante a Feira Hospitalar, em São Paulo, disseram ser favoráveis que todos os pagamentos e benefícios a fornecedores (jantares, eventos, honorários por palestras, viagens etc.). O reconhecimento a essa necessidade chega em boa hora. E seria bom sair do papel.

Conforme demonstramos no TD 55, o Physician Payments Sunshine Act (PPSA) dos Estados Unidos, também conhecido como seção 6002 do Affordable Care Act (ACA), foi um importante avanço regulatório naquele país. Qual cidadão não gostaria de saber e questionar ao seu médico sobre benefícios recebidos de fornecedores e, assim, identificar se há algum conflito de interesses? Não se trata de nenhuma iniciativa de suspeição aos médicos e outros profissionais, mas a favor da transparência das relações. Todos ganham com isso. Quem quer conhecer bem essa prática, pode acessar o site Open Payments Data

E essa é uma tendência mundial. Como bem demonstrou em sua palestra o Dr. Sam Rossolimos, médico sul-africano e especialista no tema, ao demonstrar que França também avançou nessa linha.

Isoladamente, a iniciativa de transparência é um avanço, mas é claro que não resolverá tudo sozinha. É necessário que se modernizem os modelos de pagamento para serviços prestados na área de saúde, ao substituir o modelo de contas abertas por outros que considerem diagnóstico, qualidade assistencial e desfecho clínico; que se uniformize os padrões de qualidade de materiais e dispositivos implantáveis, de modo a garantir a competição e comparação entre os agentes; e que sejam combatidas práticas anticoncorrenciais, caso de cartéis e ações de corrupção, entre outras frentes. Mas, sem dúvida, prover o paciente e o mercado de informações, com a transparência e que se tornem públicas todas os valores transferidos entre os agentes do mercado, principalmente de indústrias, importadores e distribuidores desses materiais para médicos, é um avanço gigantesco e confere poder aos pacientes.

É preciso uma lei para isso? Não necessariamente. Se o mercado quer avançar nessa frente, é possível voluntariamente acertar, entre as empresas do setor e os profissionais da área, meios de tornar a informação pública e acessível. Só em caso de resistência a esse avanço seria efetivamente necessária a força da lei. Se todos os agentes acreditam que a transparência é um avanço, então é hora de evoluir nessa agenda de forma acelerada. 

 

*Luiz Augusto Carneiro é superintendente executivo do IESS

Maio 2017
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Estudos internacionais estimam que, desde a década de 1960, a adoção de novas tecnologias representa até 48% do crescimento de custos na saúde dos Estados Unidos. No Brasil, essa situação pode ser mais grave, provocada, entre outros fatores, pela ausência de critérios técnicos que considerem os impactos econômicos na incorporação de novas tecnologias.

Nesse contexto, o uso de instrumentos de Avaliação de Tecnologia em Saúde (ATS) se torna um fator essencial na saúde brasileira. 

É para analisar as consequências provocadas pela ausência de ATS no Brasil, entender como esse instrumento pode ser adotado e conhecer os benefícios obtidos internacionalmente que o IESS realiza um evento inédito com alguns dos mais importantes especialistas nesse tema. Um debate fundamental para garantir a sustentabilidade do setor. 

Confira a programação completa e inscreva-se gratuitamente, mas atenção, as vagas estão acabando! 

Maio 2017
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A adoção de novas tecnologias é um dos principais fatores de expansão de custos da saúde, em todo o mundo, em patamares amplamente superiores aos índices médios de inflação dos países. Claro, as inovações tecnológicas representam, em boa parte das ocasiões, avanços importantes para aplicações em diagnósticos e tratamentos. Da mesma forma, podem significar também ganhos de qualidade assistencial e de vida para os pacientes. Entretanto, nem toda nova tecnologia representa ganhos de eficiência nas internações, exames e terapias dos pacientes, especialmente para o desfecho clínico. 

Além disso, é preciso considerar, também, critérios de custo-efetividade para analisar a viabilidade de incorporação de novas tecnologias nos sistemas de saúde (tanto público quanto privado). Afinal, como já temos apontado, os recursos são limitados e não é possível oferecer tudo, o tempo todo para todo mundo.

São justamente essas questões que queremos debater com você no “Seminário Incorporação de Tecnologias na Saúde Suplementar”, que iremos realizar no dia 31 de maio, a partir das 8h, no Hotel Hilton Rio de Janeiro (Av. Atlântica, 1020). Confira a programação completa e inscreva-se gratuitamente, mas atenção, as vagas são limitadas! 

Novembro 2016
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Um evento adverso em saúde não significa, necessariamente, que houve um erro, negligência ou baixa qualidade no serviço ou atendimento, como podemos observar no estudo “Erros acontecem: a força da transparência no enfretamento dos eventos adversos assistenciais em pacientes hospitalizados”, que aponta o número de mortes em hospitais brasileiros, público ou privado, como consequência desses eventos. Mas o que fazer para evita-los e melhorar a transparência do serviço de saúde no País? 

As diretrizes para construir um sistema de saúde mais seguro no Brasil e, como consequência, controlar a “epidemia” desses eventos adversos assistenciais depende do comprometimento de todas as partes envolvidas. Fizemos uma lista com 11 tópicos sobre o que é necessário para construir um sistema de saúde seguro no Brasil:

1. Haver uma concertação entre todas as partes envolvidas do setor saúde tendo como centralidade o paciente, como prioridade a sua segurança e como base de decisão a melhor ciência disponível;

2. Haver liderança e criação de uma cultura de segurança não punitiva frente ao erro, envolvendo todos os segmentos do sistema de saúde brasileiro. Um evento adverso não significa necessariamente que houve um erro, negligência ou baixa qualidade;

3. Qualificar a rede hospitalar garantindo a melhor ciência e tecnologia para melhorar a segurança do paciente incluindo a gestão baseada em normas certificáveis. 

4. Mudar o modelo de pagamento dos serviços assistenciais, alinhando estímulos econômicos aos interesses dos pacientes: qualificação da rede, resultados e segurança assistencial baseada em indicadores (pagamento por resultado e qualidade);

5. Aprofundar os mecanismos apontados pela legislação, avançar dentro das recomendações da ciência, reforçar a articulação dos esforços dos diversos agentes do estado e verificar a correta aplicação do requisito legal na rede de prestadores;

6. Construir um conjunto de indicadores comum a todo o sistema de saúde e estabelecer requisitos de segurança de alta relevância a serem aplicado nos hospitais;

7. Implementar mecanismos de transparência que permitam o empoderamento do cliente (usuários, operadoras, compradores de planos de saúde) e uma escolha consciente baseada em qualidade, custos, desempenhos assistências com foco na segurança, os tratamentos disponíveis baseados em evidências científicas e a satisfação dos usuários com os serviços disponibilizados;

8. Intervir no modelo de rede assistencial brasileira, reduzindo a ociosidade hospitalar evitando o custo desta ociosidade e a baixa qualidade pela falta de escala assistencial. Esta ação se faz necessariamente acompanhada da mudança da cultura organizacional da atenção hospitalar à saúde;

9. Aumentar a produtividade do leito hospitalar pela modificação de processos do hospital, das operadoras, e do sistema público garantindo uma assistência ao paciente contínua, com integração de processos e informações;

10. Mudar, de forma imprescindível, a cultura e o comportamento do paciente e sua família frente a doença, o cuidado, a segurança assistencial e os eventos adversos; e,

11. Capacitar os trabalhadores em métodos para segurança do paciente dentro do melhor da ciência que vem sendo usada com sucesso em diversos sistemas de saúde mundiais.

O estudo produzido pela UFMG, a pedido do IESS, foi apresentado no seminário internacional "Indicadores de qualidade e segurança do paciente na prestação de serviços na saúde”