Em junho de 2021, o número de beneficiários com planos de assistência exclusivamente odontológica no Estado de São Paulo (SP) ultrapassou a marca histórica de 10,2 milhões de vínculos, o que significa taxa de cobertura de 38% (ou cerca de 2 a cada 5 paulistanos). Em termos comparativos, é como se todos os residentes do Estado de Pernambuco tivessem um plano odontológico.
No último mês, o Estádio Municipal do Pacaembu completou oito décadas da sua abertura ao público na Praça Charles Miller, na cidade de São Paulo. Importante palco de celebração da cultura futebolística no País, o espaço também abriga o Museu do Futebol e está na memória dos fãs do esporte, independente do time do coração.
Rebatizado anos depois de Paulo Machado de Carvalho, nome do chefe das delegações do Brasil nas conquistas da Suécia (1958) e do Chile (1962), já sediou eventos culturais marcantes, como jogos na Copa de 1950, as despedidas de ícones da seleção brasileira além de já ter recebido o beatle Paul McCartney e o primeiro show dos Rolling Stones no Brasil.
Hoje, o estádio enfrenta sua maior missão até aqui: salvar vidas. Foi lá o local escolhido pela Prefeitura Municipal de São Paulo para receber o primeiro hospital de campanha da cidade – a seguinte foi montada no Anhembi. O objetivo é ter leitos de baixa e média complexidade para aliviar a rede pública durante a pandemia pelo novo Coronavírus.
O dia a dia das equipes de saúde e dos pacientes internados no Pacaembu foi apresentado em delicada videorreportagem da TV Folha “'VIDAS EM JOGO': um dia no hospital de campanha”. Gerenciado pelo hospital Israelita Albert Einstein, conta com 200 leitos. É uma unidade de portas fechadas e recebe, exclusivamente, pacientes de baixa e média complexidade, transferidos por ambulâncias a partir dos equipamentos de saúde da capital (Hospitais, Pronto Socorros e Unidades de Pronto Atendimento).
“Não há quartos separados [em um hospital como esse]. Por isso, há uma série de cuidados necessários que devem ser tomados para a segurança do paciente, como a correta divisão de quem está confirmado daqueles com suspeita de infecção. Tudo isso para evitar a transmissão no local”, conta Vinicius Ponzio, médico infectologista do hospital.
Os profissionais de saúde estão na linha de frente desta batalha contra a Covid-19. Faça sua parte. Cuide de si e da sua família.
Veja abaixo a reportagem na íntegra.
São Paulo tem liderado o rompimento com planos de saúde nos últimos 5 anos. De acordo com análise especial da NAB 40, de setembro de 2014 até o mesmo mês de 2019, 1,6 milhão de vínculos foram encerrados no Estado. Um recuo de 8,6%, de 18,7 milhões de beneficiários para 17,1 milhões. Isso só é possível, também, por conta da representatividade do Estado na economia nacional e no setor de saúde suplementar: São Paulo responde por aproximadamente um terço do Produto Interno Bruto (PIB) nacional e por 36,2% dos contratos com planos médico-hospitalares.
A análise indica que a maior parte dos vínculos cancelados é de planos coletivos empresariais (aqueles oferecidos pelos empregadores aos contratados), seguido de perto pelos planos coletivos por adesão (firmados por intermédio de entidades de classe, por exemplo). No total, 1,2 milhão de planos coletivos foram desfeitos no período analisado. O que indica uma forte relação entre o cenário econômico negativo, especialmente entre 2015 e 2016, e a saída do plano. Ainda que os beneficiários tentem permanecer pagando o beneficio pelo maior tempo possível, mesmo quando perdem o emprego, como indica a pesquisa IESS/Ibop, comentada ontem aqui.
Outro dado importante apontado na análise especial da NAB é que o rompimento está se dando, principalmente, entre a população mais jovem. 557,1 mil beneficiários que deixaram de contar com o plano tinham até 18 anos. Olhando um pouco mais longe, detectamos que 9 a cada 10 rompimentos foram de beneficiários com até 33 anos.
Por outro lado, houve um aumento expressivo do total de vínculos na última faixa etária, de 59 anos ou mais. Foram 237,5 mil novos contratos no período analisado. A única outra faixa etária que apresentou crescimento entre setembro de 2014 e o mesmo mês de 2019 foi a dos 39 anos a 43 anos, que registrou 48,5 mil novas entradas em carteiras de Operadoras de Planos de Saúde (OPS).
Para entender melhor como se dá o aumento de beneficiários na última faixa etária, recomendamos ver a analise especial da NAB 38 – comentada aqui –, que desconstrói os números entre migração de faixa etária e novas contratações.
Para ver os números mais detalhadamente, você sempre pode contar também com o IESSdata, confira!
Semana passada, aqui no Blog, mostramos que São Paulo foi o Estado com o maior número de novos vínculos com planos exclusivamente odontológicos firmados nos 12 meses encerrados em julho deste ano: foram 728,3 mil, uma alta de 10%. De acordo com a última edição da NAB, contudo, há outros estados que tiveram um crescimento proporcionalmente superior ao de São Paulo.
O Estado com o maior crescimento proporcional de beneficiários destes planos deste tipo de plano foi Roraima, com alta de 24,5% no período analisado. O aumento de quase um quarto no total de beneficiários, entretanto, representa apenas 1,8 mil novos vínculos.
Entre os 12 estados que apresentaram resultado proporcionalmente superior ao de São Paulo, dois merecem destaque por terem registrado mais de 100 mil novos vínculos: Pernambuco e Ceará.
Em Pernambuco, que registrou alta de 14,1%, foram firmados 110,9 mil novos vínculos. Já o Ceará, com aumento de 17,22%, passou a atender 131,2 mil novos beneficiários.
Quer saber porque os planos exclusivamente odontológicos estão conseguindo resultados tão expressivos? Nós fizemos um especial nos dias 7, 8 e 9 de fevereiro explicando as particularidades do setor. Vale a leitura!