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Abril 2020
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A atual pandemia de Coronavírus começou em dezembro de 2019, na cidade chinesa de Wuhan, localizada na província de Hubei. Embora o governo da China tenha adotado medidas de isolamento da população, da maneira recomendada por entidades competentes, como a Organização Mundial da Saúde (OMS), os profissionais de saúde, à exemplo do que ocorre no mundo todo, permanecem expostos no combate à doença. Isso somado ao número cada vez maior de casos confirmados e suspeitos, a elevada carga de trabalho, o esgotamento de equipamentos de proteção individual (EPI) e a falta de medicamentos específicos força estes profissionais a enfrentar uma alta carga mental.

O assunto foi abordado no estudo “Fatores associados à saúde mental entre trabalhadores da saúde expostos à Covid-19”, destaque na última edição do Boletim Científico (LINK).

Os autores do trabalho realizaram entrevistas com profissionais de saúde chineses envolvidos no atendimento de pacientes com COVID-19 entre 29 de janeiro e 3 de fevereiro de 2020. Período em que aquele País já havia passado a marca de 10 mil infectados. Foram incluídos na pesquisa 20 hospitais de Wuhan, 7 hospitais em outras regiões da província de Hubei e 7 instituições de 7 outras províncias (uma por província) com alta incidência da doença. Entre os entrevistados, 60,8% eram enfermeiros e 39,2%, médicos; sendo a maioria (76,7%) do sexo feminino; com idade entre 26 anos e 40 anos (64,7%).

No total, 50,4% dos profissionais de saúde ouvidos na pesquisa apresentaram sinais de depressão; 44,6% tinham sinais de ansiedade; 34%, insônia; e, 71,5% relatavam ou indicavam sinais de angústia. A pesquisa também apontou que os trabalhadores na linha de frente apresentam sintomas mais severos em relação aos demais. A prevalência de depressão grave entre enfermeiros, que têm mais contato com os pacientes, foi de 7,1%. Já entre os médicos, 4,9% apresentaram o mesmo problema.

Apesar de os autores não sugerirem medidas de mitigação dos riscos de desenvolvimento de transtornos psiquiátricos nos profissionais de saúde expostos à COVID-19, o estudo deixa claro que juntamente com as medidas de combate à doença, as entidades competentes e os responsáveis pelos centros de atendimento precisam pensar e implementar rapidamente medidas e intervenções especiais para promover o bem-estar mental dos profissionais de saúde, com atenção redobrada em mulheres, enfermeiras e trabalhadores da linha de frente.

Você também tem um artigo científico que pode ajudar no aprimoramento do setor? Aproveite que as inscrições para o X Prêmio IESS de Produção Científica em Saúde Suplementar  já estão abertas. Confira o regulamento e inscreva-se.

Abril 2020
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27ª edição do Boletim Científico IESS, que acabamos de publicar, traz 10 importantes publicações científicas com assuntos que são de interesse para o setor de saúde suplementar. Dentre elas, 3 abordam questões relacionadas à pandemia do Coronavírus: “Implicações macroeconômicas da COVID-19: choques negativos de oferta podem causar escassez de demanda?”; “Fatores associados à saúde mental entre trabalhadores da saúde expostos à COVID-19”; e, “Adesão ao auto-isolamento na era da COVID -19 influenciada por compensação: constatações de uma pesquisa recente em Israel”.

Considerando o momento atual, é natural que tenhamos uma profusão de trabalhos relacionados à COVID-19. Portanto, as 3 análises apresentadas no documento não pretendem exaurir a questão, mas trazer bases sólidas para a melhor avaliação de cenários e fornecer ferramentas para auxiliar pesquisadores acadêmicos e gestores da área de saúde.

A edição mais recente ainda apresenta pesquisas sobre programas de promoção de saúde; efeitos de atividades físicas em idosos, com foco em qualidade do sono; a relação entre hipertensão, etnia e posse de plano; o peso da formação familiar na demanda por serviços de saúde; e muito mais.

Nos próximos dias, vamos analisar estes e outros destaques dessa edição aqui no blog. Não perca!

 Ah, você também tem um estudo científico? Não perca a oportunidade de vê-lo destacado pelo IESS. Inscreva-se já no X Prêmio IESS de Produção Científica em Saúde SuplementarConfira o regulamento.

Abril 2020
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Nas últimas semanas, a telessaúde tem sido um tema recorrente por aqui. Não apenas porque acreditamos que o recurso é fundamental para aumentar o acesso ao serviço de saúde com qualidade em um País continental como o Brasil, mas também porque muitas entidades perceberam a importância desta tecnologia e passaram a empregá-la no combate à pandemia do COVID-19. É o caso, por exemplo, do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) e do Conselho Federal de Medicina (CFM) enviou nota.

Claro, como é nossa missão promover a “sustentabilidade da saúde suplementar pela produção de conhecimento do setor e melhoria da informação sobre a qual se tomam decisões”, procuramos sempre amparar qualquer posição em estudos e nas melhores evidências científicas.

O TD 74 – “A Telemedicina traz benefícios ao sistema de saúde? Evidências internacionais das experiências e impactos” – apresenta experiências internacionais que demonstram a importância deste recurso, tanto para saúde suplementar quanto pública – relembre dois cases já analisados aqui.

Mas decidimos procurar outras referências internacionais que pudessem dar novas evidências e números para este debate. Encontramos um artigo da Kaiser Permanente, umas das seguradoras de saúde mais eficientes do mundo, sobre os resultados da aplicação de recursos de Telessaúde.

De acordo com o artigo “The value of telehealth in a connected system” (O valor da Telessaúde em um sistema conectado, em tradução livre), o recurso tornou o acesso à serviços de saúde mais conveniente para a população, mas os resultados vão muito além.

Não se trata só de conveniência, mas de empoderar os beneficiários, tornando-os parte do processo decisório e incentivando cuidados com a própria saúde. O que tende a reduzir absenteísmo nas empresas e reduzir custos assistenciais – algo que tem potencial para reverter em menores reajustes de contraprestação e melhora na gestão econômico-financeira e assistencial dos sistemas de saúde.

De acordo com estudo da Willis Towers Watson mencionado no artigo da Kaiser, a Telessaúde tem potencial para economizar US$ 6 bilhões por ano às empresas de saúde somente nos Estados Unidos. Outra pesquisa citada pela Kaiser indica 93% dos beneficiários entrevistados afirmam terem reduzido seus custos com saúde por meio do use desse tipo de recurso. Gastos com deslocamento (transporte, estacionamento etc.) e hospedagem também entram na conta.

Por fim, a Kaiser utiliza dados de seus próprios atendimentos para apontar que a telemedicina tornou 2 vezes mais rápido o atendimento de pacientes que sofreram um Acidente Vascular Cerebral (AVC) – popularmente conhecido como Derrame. Resultado particularmente positivo se considerarmos que, em média, 2 milhões de células cerebrais morrem por minuto durante um AVC.

Abril 2020
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No final de março, aqui no Blog, comentamos que o Conselho Federal de Medicina (CFM) enviou nota ao Ministério da Saúde aprovando a utilização de recursos de Telessaúde  em função do avanço da pandemia causada pelo Coronavírus.

Agora, foi a vez do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) se pronunciar sobre o assunto por meio da resolução número 634 da entidade, publicada no Diário Oficial da União (DOU). O documento autoriza e normatiza a teleconsulta entre enfermeiros e pacientes. A publicação destaca que os meios eletrônicos utilizados devem “resguardar, armazenar e preservar” a interação eletrônica entre as partes para constituir registro de atendimento ao paciente. Nesse sentido, também prevê a obrigatoriedade de:

  • Identificação do enfermeiro e da instituição;
  • Termo de consentimento do paciente;
  • Identificação e dados do paciente;
  • Registro da data e hora do início e de encerramento do atendimento;
  • Histórico do paciente;
  • Observação clínica;
  • Diagnóstico de enfermagem;
  • VIII - plano de cuidados; 
  • Avaliação de enfermagem e/ou encaminhamentos.

A medida, assim como a adotada pelo CFM, tem duração “pelo período que durar a pandemia provocada pelo novo Coronavírus”. Nós continuamos acompanhando o cenário e otimistas que a experiência irá demonstrar a relevância e os benefícios de regulamentar a Telessaúde de modo definitivo.

 

Abril 2020
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A COVID-19 tem provocado mudanças e reflexões nos serviços de saúde. Os desafios logísticos, como racionalizar a demanda por respiradores mecânicos e expandir a disponibilidade de UTIs são, certamente, as questões mais visíveis no momento. A utilização de recursos de Telessaúde também tem atraído atenção – como já comentamos.

Agora, quase um mês após a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarar o Coronavírus como pandemia, outras mudanças começam a ser notadas. E as mudanças parecem positivas. 

De acordo com a reportagem “Crise provocará mudança no perfil do profissional de saúde”, da revista Exame, particularidades da doença (como a semelhança com a gripe comum em pacientes que não apresentam estado grave) estão impondo um atendimento mais humanizado e mais atenção à anamnese, a primeira conversa e exame que o médico conduz no paciente.

A importância deste comportamento na triagem correta e em como isso se desdobra para um atendimento mais eficiente, com foco na saúde do paciente e não só na cura da doença, já foi abordada aqui no Blog algumas vezes e também em palestras nos nossos eventos.

O exemplo mais recente é a aula do prof. Chao Lung Wen, da Universidade de São Paulo (USP), no seminário Transformação Digital na Saúde. Quando ele destacou que o atendimento à distância, por meio de novas tecnologias, não representa uma perda na qualidade da atenção assistencial, mas o oposto. Como bem lembrou Wen durante o evento, o uso da Telemedicina não desumaniza a atenção, do mesmo modo que estar face a face com o paciente não significa humanização. Para ele, isso está diretamente relacionado com a postura do profissional e sua formação.

Outro exemplo igualmente importante foi a palestra “Cuidados paliativos e dignidade humana na era da máxima tecnologia na saúde”, apresentada pelo Dr. Daniel Neves Forte, então presidente da Academia Nacional de Cuidados Paliativos. Apesar de o foco central ser outro, ele deixa clara a necessidade de humanizar os atendimentos. Vale rever.

Abril 2020
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O isolamento social, pelo qual praticamente toda população brasileira está passando, é efetivo para conter o avanço do Coronavírus. Está é a conclusão do The effect of human mobility and control measures on the COVID-19 epidemic in China  (O Efeito da mobilidade humana e medidas de controle na epidemia do COVID-19 na China, em tradução livre), publicado na revista Science e assinado por pesquisadores de algumas das mais renomadas instituições de pesquisa do mundo, como as universidades de Harvard (EUA), Oxford (Reino Unido) e Sorbonne (França).

A conclusão faz eco a recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e de órgãos nacionais, como o Ministério da Saúde. Mas tem o importante papel de demonstrar cientificamente que a medida não se trata de “achismo”.

O resultado também indica que foi acertada a decisão de recomendar a suspensão provisória de procedimentos eletivos. Não se trata apenas de apoiar o isolamento. A medida tem o objetivo tanto de reduzir a probabilidade de contágio, quanto de garantir que recursos necessários para o tratamento de pacientes com Coronavírus, como leitos e respiradores mecânicos, não sejam empregados em casos que poderiam esperar algum tempo sem prejuízo da saúde do indivíduo. Além de preservar as equipes clínicas, que têm sido ainda mais exigidas neste momento.

A recente prorrogação dos prazos de atendimento a beneficiários estipulados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) nos parece seguir no mesmo sentido. Não se trata de perda de direitos ou piora do serviço oferecido, mas cuidado com a população.

Março 2020
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Há algum tempo, temos defendido a Telessaúde como um recurso importante no atendimento de pacientes, especialmente como ferramenta capaz de ampliar o acesso aos serviços de saúde. O assunto foi tema de palestra do Dr. Chao Lung Wen, professor da Universidade de São Paulo (USP), no seminário IESS Transformação Digital na Saúde  e tem ganhado força com a proliferação do Coronavírus – como já comentamos aqui.

Agora, com o aumento do iniciativas de enfrentamento ao COVID-19, o Conselho Federal de Medicina (CFM) enviou nota ao Ministério da Saúde reconhecendo a utilização do recurso em três situações: Teleorientação, que permite que médicos realizem a distância a orientação e o encaminhamento de pacientes em isolamento; Telemonitoramento, que possibilita que, sob supervisão ou orientação médicas, sejam monitorados a distância parâmetros de saúde e/ou doença; e, Teleinterconsulta, que permite a troca de informações e opiniões exclusivamente entre médicos, para auxílio diagnóstico ou terapêutico.

A manifestação é importante já que diversas ações neste sentido estavam paradas desde a revogação da Resolução 2.227/2018, em 24 de fevereiro de 2019 – relembre.

Nós vamos acompanhar os desdobramentos e trazer novidades sobre os empregos da telessaúde na saúde suplementar. Esperamos que a prática, ainda que motivada pela situação extrema pela qual estamos passando, ajude a superar barreiras e demonstrar que o setor de saúde (tanto público quanto privado) tem muito a ganhar com o avanço da regulação sobre esta prática e seu uso em maior escala.

Março 2020
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O Webinar “A atuação da saúde suplementar na pandemia do Coronavírus: ações e inovação no cuidado e tratamento”, que seria realizado na segunda-feira (23/03), acaba de ser cancelado em função da aceleração de ações para enfrentar a pandemia do Coronavírus.

Pedimos desculpas a todos que já estavam manifestando interesse por meio das perguntas enviadas aos debatedores e gostaríamos de reforçar que vamos nos empenhar para responder estas questões a cada um dos remetentes. Contudo, muitos dos nossos debatedores estão diretamente envolvidos em ações estratégicas no combate ao COVID-19 em hospitais, Operadoras de Planos de Saúde (OPS) e junto aos governos estaduais e nacional. Como a prioridade, obviamente, é o bem-estar da população, entendemos que a melhor ação é possibilitar que estes profissionais mantenham o foco exclusivo em suas atividades diárias e nas medidas que estão sendo desenvolvidas.

Por também sabermos quão importante é ter informações claras acerca do Coronavírus, nós vamos continuar fazendo nossa parte com posts voltados ao tratamento, emprego de novas tecnologias em resposta à doença e outros assuntos relacionados.

Agradecemos a compreensão de todos.

Março 2020
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Até o fim de segunda-feira (16/3), foram confirmadas mais de 168 mil pessoas com Coronavírus ao redor do mundo de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Informações da Johns Hopkins University, nos Estados Unidos, são um pouco mais negativas e apontam um número superior a 179 mil casos confirmados.

Apesar de o ciclo mais agudo da doença já ter se encerrado na China, onde o COVID-19 começou, ainda há países em que grande parte da população está em quarentena, como a Itália, e outros em que o vírus ainda está começando a se espalhar. Caso do Brasil, que tem mais de 230 pessoas confirmadas com Coronavírus.

A experiencia internacional e a diferença de tempo entre a disseminação da doença no Brasil e em outros países permitiu que nos preparássemos melhor para combater a pandemia? Qual o real risco para população? E quais são as tecnologias que estão se destacando nesse cenário?

Estas e outras perguntas serão respondidas no primeiro Webinar IESS “A atuação da saúde suplementar na pandemia do Coronavírus: ações e inovação no cuidado e tratamento”, que acontece dia 23/03, a partir das 15h, com transmissão ao vivo simultaneamente no FacebookYouTube e aqui no site. Reserve esta data.

Não perca!

 

Ah, se você tiver dúvidas, já pode encaminhar suas perguntas para [email protected] com o assunto WEBINAR.

Março 2020
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Na última semana, a diretoria colegiada da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) aprovou a inclusão de exame para detectar o Coronavírus no Rol de Procedimentos obrigatórios para beneficiários de planos de saúde.

De acordo com a Resolução Normativa (RN) 453, as Operadoras de Planos de Saúde (OPS) devem custear o exame parra beneficiários de planos ambulatoriais, hospitalares ou de referência sempre que houver indicação médica para tanto. A RN também deixa claro que o exame incluído no Rol é o “SARS-CoV-2 (CORONAVÍRUS COVID-19) – pesquisa por RT – PCR (com diretriz de utilização)”.

Acreditamos que a rápida inclusão do procedimento é importante para assegurar a qualidade assistencial às pessoas que têm vínculos com este tipo de plano, mas destacamos que a inserção do teste não significa que todos os beneficiários devam realizá-lo. Como a própria ANS e o Ministério da Saúde alertam, locais com aglomeração devem ser evitados. Desta forma, pessoas sem os sintomas desta ou de outras doenças devem evitar centros de atendimento e unidades de pronto-socorro.

Por fim, recomendamos que aqueles que necessitam do exame entrem em contato com suas operadoras para se informar sobre o melhor local para a realização do teste e lembramos que o tratamento da doença também é coberto pelas OPS.

 

Atualização:

A FenaSaúde publicou uma lista com orientações e esclarecimentos sobre a cobertura de exames e tratamentos do coronavírus. Confira.