O setor de saúde global passou a lidar com novos e diferentes situações e impactos desde o início da pandemia de Covid-19, que vão da escassez de produtos, de protocolos, até mesmo à queda no resultado financeiro.
Na 4ª Nota Técnica – Observatório Anahp, a Associação Nacional de Hospitais Privados revela a evolução dos principais indicadores do setor, faz comparativos com os dados de 2019 e apresenta uma pesquisa inédita com as perspectivas dos dirigentes para 2021. O documento completo está disponível para download gratuito aqui.
Na publicação, divulgada em dezembro, a instituição mostra que, embora tenha havido uma retomada, os números ainda estão abaixo dos registrados no passado. A taxa de ocupação de leitos dos hospitais associados, que era de 77,8% de janeiro a outubro de 2019, caiu para 66,5%, no mesmo período de 2020. “A queda representa o adiamento de procedimentos e cirurgias eletivas pelo receio dos pacientes em buscar o cuidado hospitalar e ambulatorial”, explica Ary Ribeiro, editor do Observatório Anahp e CEO do Sabará Hospital Infantil.
Houve aumento de 3,3 p.p. na participação das internações relacionadas a doenças infecciosas– onde está classificada a Covid-19, e a diminuição das internações de pacientes com doenças dos aparelhos respiratório (-2 p.p.), digestivo (-1 p.p.) e circulatório (-0,5 p.p.).
O número de pacientes com suspeita de Covid-19 na urgência e emergência subiu progressivamente de março a junho, quando atingiu a maior taxa registrada até o momento (19,5%). Nos meses seguintes, esse percentual apresentou queda, mas em outubro voltou a aumentar e registrou um crescimento de 1 p.p, em relação ao mês de setembro.
Seguiremos avaliando os dados e divulgações do setor nos próximos dias. A 4ª edição da Nota Técnica – Observatório Anahp pode ser acessada aqui.
Nos últimos dias, publicamos a 28º edição do Boletim Científico IESS, que reúne importantes publicações científicas com foco em saúde suplementar. Os trabalhos analisados foram publicados nas principais revistas científicas do Brasil e do mundo nas áreas de saúde, tecnologia, economia e gestão ao longo do 2º semestre de 2020.
A maior pandemia dos últimos cem anos abalou o curso da história mundial e colocou o setor de saúde em evidência, com sua atuação no combate a um inimigo ainda pouco conhecido, o Sars-Cov-2. A partir da quarta semana de março de 2020, a política oficial do governo do Reino Unido foi uma estratégia de supressão forçada, definida como isolamento de casos e quarentena domiciliar, distanciamento social geral (incluindo proibição de espaços sociais) e fechamento de escolas e universidades.
O estudo “Costing The Covid-19 Pandemic: An Exploratory Economic Evaluation Of Hypothetical Suppression Policy In The United Kingdom” publicado na última edição do Boletim Científico abordou exatamente essa questão com o objetivo de calcular o custo-efetividade relativo das políticas de supressão recomendadas no modelo da Equipe de Resposta COVID-19 do Imperial College para o governo do Reino Unido.
As projeções chaves para a população, como mortes pela doença, dias em unidade de terapia intensiva e dias em unidade de terapia não intensiva relativas a covid19 foram retiradas do relatório da Equipe de Resposta COVID-19 do Imperial College, que influenciou a decisão de introduzir políticas de supressão no Reino Unido.
A perda de anos de vida ajustados pela qualidade individual (QALY) e os dados de uso de recursos orçados foram obtidos de fontes publicadas. As políticas de supressão projetadas pelo modelo do Imperial College reduzem a perda de QALY em mais de 80% em comparação com uma pandemia não mitigada.
Assumindo uma redução máxima na renda nacional de 7,75%, as razões de custo-efetividade incremental para o modelo do Imperial College de supressão versus mitigação estão abaixo de 60.000 por QALY.
Mesmo com resultados condicionados à precisão das projeções do modelo Imperial e sensíveis às estimativas de perda de renda nacional, não se pode afirmar que as políticas de supressão do modelo Imperial são ineficazes em termos de custos em relação às alternativas disponíveis.
Veja outros detalhes desse e de outros estudos na última edição do Boletim Científico.
Ou ainda se quiser conhecer outros resumos de importantes trabalhos nacionais, acesse agora a nossa página com os pôsteres de trabalhos publicados no X Prêmio IESS de Produção Científica em Saúde Suplementar.
Acabamos de publicar a 28º edição do Boletim Científico IESS, que reúne importantes publicações científicas com foco em saúde suplementar. Os trabalhos analisados foram publicados nas principais revistas científicas do Brasil e do mundo nas áreas de saúde, tecnologia, economia e gestão ao longo do 2º semestre de 2020.
A publicação conta, por exemplo, com pesquisas sobre a disseminação do novo Coronavírus, como a “Costing The Covid-19 Pandemic: An Exploratory Economic Evaluation Of Hypothetical Suppression" Policy In The United Kingdom”, que aborda o custo-efetividade relativo das políticas de supressão recomendadas no modelo da Equipe de Resposta COVID-19 do Imperial College para o governo do Reino Unido. A publicação é destaque na seção Economia & Gestão.
Entre os trabalhos abordados na área de Saúde, destacamos a análise “Doenças Crônicas Não Transmissíveis e Fatores de Risco e Proteção em Adultos com ou sem Plano De Saúde”, que analisa as coberturas de planos de saúde no Brasil e compara com a ocorrência de fatores de risco e proteção dessas doenças, morbidade e acesso a exames preventivos na população com e sem planos de saúde.
Voltado para pesquisadores acadêmicos e gestores da área de saúde, o Boletim Científico tem o objetivo de apresentar estudos, atualizações e orientações que forneçam ferramentas para auxiliar na tomada de decisões.
Nos próximos dias, vamos analisar esses e outros destaques dessa edição aqui no blog. Não perca!
Acesse aqui a publicação na íntegra.
O ano de 2020 ficará marcado na história. A pandemia causada pelo novo Coronavírus trouxe uma série de impactos sociais, sanitários e econômicos com profundas mudanças nas relações e nos hábitos. Nas empresas, a preocupação com a saúde dos colaboradores e o equilíbrio produtivo das atividades alterou rotinas, práticas e fez surgir novas ações para atender e superar esse cenário e seus desafios.
Garantir a segurança e promoção da saúde no universo nas companhias são fundamentais para esse momento. E isso passa pela testagem de funcionários, sistema de higienização adequado, apoio ao home office, fornecimento de EPIs e outras ações.
Agora, mais do que nunca, o corpo e a mente pedem uma atenção redobrada. O atual cenário tem gerado, além dos graves problemas da contaminação pelo vírus, diversas inquietações, que se manifestam de diferentes formas.
Mas como lidar com esse tema? Quais práticas os gestores e os profissionais podem aplicar nas empresas para incentivar os colaboradores a manterem esse equilíbrio tão importante?
Esse é o tema do nosso webinar “Promoção de Saúde nas Empresas - Boas práticas durante a pandemia”, que acontece na próxima quinta-feira (19), às 16h. Veja aqui os detalhes e saiba como participar - https://www.iess.org.br/eventos
O setor de saúde suplementar registrou alta de beneficiários pelo segundo mês consecutivo após sucessivas quedas em função da pandemia do novo Coronavírus. Os dados são da Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB) que acabamos de publicar. Com a leve retomada, o segmento passa a contar com 46,911 milhões de pessoas, segundo a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), ainda inferior ao registrado no mês de março desde ano, quando ultrapassou a marca dos 47 milhões.
Entre março e junho de 2020, aproximadamente 364 mil pessoas deixaram de contar com planos de saúde médico-hospitalares, resultado do elevado número de demissões, interrupção de atividades, fechamentos de empresas ou ainda da perda de poder aquisitivo por conta da crise econômica desencadeada pela Covid-19.
O maior número de beneficiários no setor foi em março deste ano, com 47,087 milhões. Notamos, porém, que o mês de julho de 2020 registrou o maior saldo de vínculos, com aproximadamente 110 mil novas vidas. Essa análise mês a mês, entretanto, exige cuidado porque os números são revistos periodicamente pela agência reguladora. O saldo positivo de mais de 187 mil beneficiários entre julho e agosto pode indicar que o mercado brasileiro começa a se estabilizar após o forte impacto da crise.
Na análise anual, o boletim aponta para a estabilidade do setor. A ligeira queda de 0,1% em 12 meses representa 55,9 mil vínculos a menos. Esse mercado passa por um ponto fundamental de estabilidade no intervalo anual. Nos próximos meses saberemos como a gradual retomada da economia deve impactar o setor. A de saúde suplementar tem uma relação direta com o número de empregos formais no País e depende de sua recuperação, especialmente nos setores de indústria, comércio e serviços nos grandes centros urbanos.
Na comparação anual, a principal queda foi registrada pelas autogestões, com redução de 5,6%, e filantropias, com baixa de 0,6%. Os planos coletivos por adesão apresentaram crescimento de 1,6%. Para se ter uma ideia, em agosto de 2020, 37,8 milhões, ou 80,7%, de beneficiários de planos médico-hospitalares possuíam um plano coletivo. Desses, 83,6% eram do tipo coletivo empresarial e 16,4% do tipo coletivo por adesão.
A NAB consolida os mais recentes números de beneficiários de planos de saúde médico-hospitalares e exclusivamente odontológicos, divididos por estados, regiões, faixas etárias, tipo de contratação e modalidade de operadoras.
Acesse o boletim na íntegra - https://bit.ly/NAB_IESS
Em três meses, o mercado brasileiro de planos de saúde médico-hospitalares registrou perda de mais de 250 mil beneficiários, o que equivale a uma queda de 0,5% na variação trimestral, segundo a Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB) que acabamos de publicar. No total, segundo a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), o segmento conta, agora, com 46,8 milhões de beneficiários, uma leve queda de 0,2% em relação a julho do ano passado.
No início da pandemia pelo novo Coronavírus, em fevereiro e março, houve mais adesões do que cancelamentos aos planos médico-hospitalares. A partir de abril, o setor passou a registrar sucessivas baixas, particularmente intensa em maio e menos intensa em junho, resultado do elevado número de demissões, interrupção de atividades, fechamentos de empresas ou ainda da perda de poder aquisitivo
O setor ainda deve ficar alerta nos próximos meses, já que não é possível saber como todo o mercado brasileiro irá se comportar. O que depende diretamente dos rumos que a Covid-19 irá tomar no Brasil, do comportamento das pessoas e das ações dos poderes público e privado.
Apenas no Estado de São Paulo, 50 mil beneficiários deixaram de contar com o plano de saúde médico-hospitalar em 12 meses, o que equivale a quase metade de todos os vínculos rompidos no período.
O pequeno saldo de crescimento em julho aponta para a atenuação do aprofundamento da crise econômica, mas a retomada intensa da atividade econômica só virá após sanada a crise sanitária. Esperamos ter entrado em um momento de estabilidade para que o setor volte a crescer no futuro.
A NAB consolida os mais recentes números de beneficiários de planos de saúde médico-hospitalares e exclusivamente odontológicos, divididos por estados, regiões, faixas etárias, tipo de contratação e modalidade de operadoras.
Já falamos um pouco de como é fundamental que todos façam a sua parte neste delicado momento que atravessamos de pandemia pelo novo Coronavírus. E isso inclui indivíduos, empresas, entidades dos diferentes setores etc. Recentemente apresentamos alguns dados sobre o setor de saúde suplementar no cenário atual com base nos números divulgados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Acesse aqui.
Ainda nesse objetivo, a nossa publicação “O novo Coronavírus no Brasil e fatores de risco em beneficiários de planos de saúde” utiliza estatísticas nacionais para estimar a quantidade de beneficiários de planos de saúde com risco para a doença em todo o País.
O Boletim Covid-19, da ANS, também apresentou informações sobre o fluxo de caixa das operadoras, por meio do movimento de entrada (recebimentos) e saída (pagamentos) de recursos, análise da inadimplência, evolução do índice de sinistralidade de caixa e outros dados.
Verificou-se que em julho houve aumento da sinistralidade, mas ainda abaixo do patamar histórico. Acredita-se que este indicador deve continuar abaixo do nível médio da série por conta do ciclo financeiro do setor (diferença de tempo entre a ocorrência do evento médico e o pagamento dos prestadores). O índice, apurado junto à amostra de 100 operadoras, passou de 60% em junho para 64% em julho.
Os dados relativos sobre inadimplência apontam que em julho, os percentuais continuaram próximos dos níveis históricos: nos planos individuais, foi registrado 11% de inadimplência em julho (no mês anterior foi registrado 10%), enquanto nos coletivos esse percentual ficou em 4% (em junho foi de 5%). Quando são analisadas todas as modalidades de contratação do plano, o percentual de inadimplência manteve-se inalterado de um mês a outro, ficando em 7%. Vale lembrar que esses números da Agência abrangem 101 operadoras.
A ANS também comentou sobre os encontros regionais que tem feito com operadoras de planos de saúde de pequeno e médio porte. De maneira geral, destacam dois fatores: pelo lado dos custos, uma redução observada em todo o mercado devido à baixa procura ou adiamento de atendimentos não relacionados à Covid-19; e, pelo lado da receita, o comportamento do beneficiário no sentido de evitar a inadimplência e preservar a manutenção do seu plano de saúde.
Seguiremos apresentando mais dados do boletim nos próximos dias. Você também pode acessá-lo na íntegra no site da agência.
Nesse delicado momento para os setores de saúde em todo o mundo, é importante que cada um faça sua parte na batalha contra o novo Coronavírus de diferentes formas. Seja no atendimento direto aos pacientes, como os profissionais de saúde na linha de frente ou ainda na criação de pesquisas e dados acerca da doença. Foi com isso em mente que lançamento a publicação “O novo Coronavírus no Brasil e fatores de risco em beneficiários de planos de saúde” que utiliza estatísticas nacionais do número de óbitos e infectados para estimar a quantidade de beneficiários de planos de saúde com risco para a doença em todo o País.
Na última semana, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) divulgou os dados atualizados relativos ao monitoramento do setor de planos de saúde durante a pandemia do novo Coronavírus. A publicação apresenta informações coletadas até julho com uma amostra de operadoras. O objetivo é ter dados para o monitoramento da evolução de indicadores assistenciais e econômico-financeiros durante o período da pandemia e evoluindo na transparência do setor.
Ainda traz informações sobre atendimentos em Serviços de Apoio Diagnóstico Terapêutico (SADT), que permitem uma análise da utilização de procedimentos eletivos fora do ambiente hospitalar. Os indicadores econômico-financeiros analisam a sinistralidade observada através do fluxo de caixa das operadoras - movimento de entrada (recebimentos) e saída (pagamentos) de recursos em um dado período.
Em julho, a taxa geral de ocupação geral de leitos (engloba leitos comuns e UTI) permaneceu estável em relação ao mês anterior (64% de ocupação, ante 62% em junho) e abaixo da taxa verificada no mesmo período do ano passado (74%). A taxa geral de ocupação dos leitos alocados para Covid-19 manteve o percentual de junho de 59%.
Quando comparado com junho, a quantidade de consultas em pronto-socorro que não geraram internações cresceu 20% em julho. O que ainda representa uma retomada ao nível de consultas que se observava em fevereiro, antes do início da pandemia de Covid-19. No entanto, mantém a tendência de recuperação gradativa que vem sendo verificada desde maio. O mesmo comportamento foi observado em relação às autorizações emitidas para realização de SADT, com crescimento de 22% em relação ao mês de junho.
Seguiremos apresentando mais dados do boletim nos próximos dias. Você também pode acessá-lo na íntegra no site da agência.
Esse é um ano de grandes mudanças em diferentes setores e práticas. Desde janeiro, o Ministério da Economia substituiu o uso do Sistema do Caged pelo Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial) para parte das empresas. Os dados do emprego formal no País ficam por conta do Novo Caged, que é composto por informações captadas dos sistemas eSocial, Caged e Empregador Web.
A Secretaria de Trabalho também deixou de divulgar o emprego por classe CNAE e adotou a classificação utilizada pelo IBGE, o que impossibilita a extração dos dados da cadeia privada da saúde como divulgamos nos últimos anos. As mudanças não impactaram o setor público. Entretanto, na nova versão do Relatório do Emprego na Cadeia Produtiva da Saúde, a análise do setor privado se restringe aos grupamentos de setores econômicos disponíveis no Novo Caged.
No setor privado, apenas três tipos de serviços apresentaram saldo positivo, sendo Saúde humana e serviços sociais um deles, com 12.966 admissões no mês de junho. Como se percebe e temos comentado periodicamente, a quantidade de empregos formais no País continua sendo afetada pela crise econômica que acompanha a crise sanitária desencadeada pelo novo Coronavírus. Em junho, o estoque foi de 37.654.521, resultado de uma queda de 0,03% em relação ao mês anterior e de baixa de 3,10% em relação a março deste ano. Apesar de negativo, os números representam um montante menor em relação aos dados de maio, mês que registrou saldo negativo de 331,9 mil.
O boletim mostra que em junho deste ano havia 465,8 mil pessoas profissionais de saúde nos 264 municípios analisados, um crescimento de 11,3% no período de 3 meses. A região Sudeste possui 199,0 mil dos empregos municipais da área, o que corresponde a 43% do total.
Já na análise entre os Estados, havia 377,1 mil pessoas empregadas no mês, o que representa um crescimento de 2,6% em relação a março desse ano. As regiões Norte e Nordeste tiveram os números mais expressivos de crescimento, com 4,6% e 4,3%, respectivamente. Entre os dados do estoque de emprego federal na área, o número de contratados na saúde pública foi de 243,3 mil, tendo apresentado crescimento de 3,4% no período de três meses.
Vale lembrar que os empregos em saúde nesse período podem variar, já que Estados e municípios recorreram à contratação de entidades privadas para gestão de serviços públicos de saúde como de hospitais de campanha, por exemplo. Além disso, o nosso levantamento conta dados de 264 municípios, cuja população representa 53% da população nacional.
Acesse aqui a íntegra da publicação. Traremos mais dados do emprego no Brasil nos próximos dias. Não perca.
Todo o mundo e os mais diversos setores foram impactados pela pandemia do novo Coronavírus. Algumas áreas mais e outras menos. Alguns países mais e outros menos. E por diferentes motivos, circunstâncias, escolhas, características etc. O atual cenário gera muitas dúvidas e ainda é difícil fazer projeções para o futuro dos diferentes segmentos. O de saúde, claro, não poderia ser diferente, sendo diretamente afetado pelo atual momento.
A Covid-19 trouxe grandes mudanças ao setor de saúde e deverá aprofundar ainda mais algumas tendências que já eram observadas. Como mostramos aqui, esse cenário serviu para acelerar em algumas direções como a busca por mais atenção para as doenças crônicas não transmissíveis. Envelhecimento populacional, aumento da incidência e prevalência de doenças, hábitos de vida e alimentação e outros temas estão na pauta dos interesses e preocupações para agora e o pós pandemia.
Além disso, a reorganização da assistência, atualização de protocolos, cuidados com a força de trabalho, imagem da empresa. A parceria entre os setores, privado e público com a união de forças e conhecimentos também podem ser citados.
Ivana Maria Saes Busato, doutora em Odontologia, publicou um artigo recente no jornal Diário de Uberlândia no qual reflete sobre o setor após pandemia e quais os aprendizados deverão ser incorporados na rotina de serviços.
Para ela, é importante entender que a forma como as pessoas irão “consumir” saúde será diferente e os critérios de escolha dos serviços. “O atender tradicional, restrito às paredes dos serviços de saúde, exigirão mudanças na biossegurança, nos processos de trabalho, investimento na estrutura física, espaçamento dos atendimentos, a lógica da produção em escala não fará mais sentindo, por tudo isto, manter as estruturas custará mais caro”, aponta.
A reflexão vale, portanto, para o setor de saúde como um todo, seja ele público ou privado, médico-hospitalar ou odontológico, nos diferentes elos dessa cadeia de serviços. Uma outra questão, no entanto, vem à mente. O setor tem fôlego para se reinventar antes mesmo de chegar o “pós pandemia”? Continue nos acompanhando.