O aumento da expectativa de vida no Brasil, nos últimos anos, reforçou a necessidade do desenvolvimento de ações e políticas de saúde voltadas à parcela idosa da população. Nesse grupo, um dos principais riscos à saúde está relacionado a lesões causadas por quedas, como as fraturas de fêmur. No intervalo entre 2015 e 2019, o número de internações causadas por esse tipo de acidente cresceu 58,5% entre os beneficiários de planos de saúde, segundo a “Análise Especial do Mapa Assistencial da Saúde Suplementar no Brasil entre 2015 e 2020”, produzida pelo IESS com dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
O período analisado mostrou que 13.109 hospitalizações foram necessárias para assistir os pacientes acima dos 60 anos com fratura de fêmur. Em 2019, o número avançou para 20.777. Apesar do salto nesse período, o comparativo entre 2019 e 2020 mostra redução de 17,5% nos casos – nesse período foram realizadas 17.134 internações para cuidar de ocorrências dessa natureza.
A análise do IESS mostrou também que, entre 2015 e 2020, as hospitalizações causadas em decorrência de fratura de fêmur ficou entre as principais na saúde suplementar, atrás apenas de internações para vasectomias (84,6%). Veja a íntegra do estudo aqui.
Especialmente em idosos, uma lesão no fêmur pode trazer uma série de complicações à saúde durante a recuperação da cirurgia para reparar a fratura e até mesmo óbito em casos mais graves. Fatores como idade avançada, osteoporose e doenças que afetam a mobilidade podem elevar os riscos de queda e, consequentemente, ruptura desse osso.
Os desafios do envelhecimento da população é o assunto do 3º episódio do IESSCast, já disponível nas principais plataformas de áudio e no Youtube. Jander Ramon, jornalista e assessor de comunicação do IESS, entrevistou o José Cechin, superintendente executivo do IESS, sobre a temática, que tem ganhado destaque no setor de saúde suplementar conforme o número de idosos aumenta ano a ano.
O bate-papo tratou de tópicos abordados no capítulo escrito por Cechin no livro “Saúde Suplementar: 20 anos de transformações e desafios em um setor de evolução contínua”. Dentre eles, o fim do bônus demográfico, pacto intergeracional, mutualismo e promoção à saúde aliada à qualidade de vida. Outra temática importante da conversa foi o custo médio da atenção à saúde per capita. As dúvidas sobre a precificação dos serviços destinados a esse público foram explicadas pelo superintendente do IESS.
O IESSCast está disponível nas principais plataformas de streaming de áudio, como o Spotify, Deezer, Google Podcasts, Apple Podcasts e Castbox. O conteúdo também pode ser acessado, a qualquer momento, pelo canal do IESS no YouTube em formato de websérie. Os novos episódios vão ao ar sempre às terças e sextas-feiras. Não perca!
Os episódios do IESSCast foram inspirados a partir do livro “Saúde Suplementar: 20 anos de transformações e desafios em um setor de evolução contínua”, uma obra organizada pelo IESS, assinada por 24 autores convidados. Para baixar a publicação, clique AQUI.
Os desafios do envelhecimento da população é o assunto do 3º episódio do IESSCast, já disponível nas principais plataformas de áudio e no Youtube. Jander Ramon, jornalista e assessor de comunicação do IESS, entrevistou o José Cechin, superintendente executivo do IESS, sobre a temática, que tem ganhado destaque no setor de saúde suplementar conforme o número de idosos aumenta ano a ano.
O bate-papo tratou de tópicos abordados no capítulo escrito por Cechin no livro “Saúde Suplementar: 20 anos de transformações e desafios em um setor de evolução contínua”. Dentre eles, o fim do bônus demográfico, pacto intergeracional, mutualismo e promoção à saúde aliada à qualidade de vida. Outra temática importante da conversa foi o custo médio da atenção à saúde per capita. As dúvidas sobre a precificação dos serviços destinados a esse público foram explicadas pelo superintendente do IESS.
O IESSCast está disponível nas principais plataformas de streaming de áudio, como o Spotify, Deezer, Google Podcasts, Apple Podcasts e Castbox. O conteúdo também pode ser acessado, a qualquer momento, pelo canal do IESS no YouTube em formato de websérie. Os novos episódios vão ao ar sempre às terças e sextas-feiras. Não perca!
Os episódios do IESSCast foram inspirados a partir do livro “Saúde Suplementar: 20 anos de transformações e desafios em um setor de evolução contínua”, uma obra organizada pelo IESS, assinada por 24 autores convidados. Para baixar a publicação, clique AQUI.
As pessoas com 60 anos ou mais são as mais vulneráveis ao Coronavírus, como mostra a experiência internacional. A faixa etária é também a que mais cresce entre os beneficiários de planos de saúde. De acordo com o Panorama dos idosos beneficiários de planos de saúde pelo Brasil, que acabamos de publicar, este grupo que já representa 15% do total de beneficiários da saúde suplementar, ou pouco mais de 6,6 milhões. Além disso, é o único que avançou em todo o período pós-crise, desde 2014.
De acordo com o levantamento, a maior parte destes idosos se concentra em São Paulo e no Rio de Janeiro. Estados que registram mais casos confirmados de COVID-19 no País. No total, São Paulo tem 2,5 milhões de beneficiários com 60 anos ou mais e o Rio de Janeiro, 1 milhão. Na sequência, aparecem: Minas Gerais (718,8 mil); Rio Grande do Sul (407,6 mil); Paraná (378,4 mil); e, Bahia (187,5 mil).
Por outro lado, Roraima é a Unidade da Federação com menos beneficiários nesta faixa etária: apenas 3,1 mil. Acre (6,4 mil), Amapá (7,4 mil), Tocantins (8,1 mil) e Rondônia (18,8 mil) completam a lista dos cinco estados com menos idosos nas carteiras das Operadoras de Planos de Saúde (OPS).
No total, há 1,9 milhão de beneficiários com idade entre 60 anos e 64 anos; 1,5 milhão de 65 anos a 69 anos; 1,1 milhão de 70 anos até 74 anos; 821,6 mil na faixa de 75 anos a 79 anos; e, 1,2 milhão com 80 anos ou mais. Sendo que, nos 12 meses encerrados em janeiro de 2020, o total de beneficiários com idade de 65 anos até 69 anos foi o que mais cresceu: foram 34,5 mil novos vínculos. O grupo foi seguido de perto pelos beneficiários que tem de 70 anos até 74 anos, que registrou 33,9 mil novos contratos; e por aqueles com 80 anos ou mais, grupo que firmou 30,9 mil vínculos no período.
De modo geral, o Panorama revela que a maior parte dos idosos é do sexo feminino (59,5%), tem entre 60 anos e 69 anos (52,3%) e mora na região sudeste do País (65,7%).
Fora isso, o trabalho também destaca que a prevalência de multimorbidade, isto é, presença de uma ou mais doenças crônicas, é maior nesta população. O que a torna especialmente vulnerável ao vírus, reforçando a necessidade de seguir as orientações já amplamente divulgadas e manter o isolamento para minimizar a probabilidade de contágio.
O Brasil já ultrapassou a marca de meio milhão de casos de Covid-19, segundo os últimos números do Ministério da Saúde. Agora, o País só fica atrás dos Estados Unidos no número de infectados pelo novo Coronavírus. Conforme as análises mostram, os pacientes mais vulneráveis são aqueles com 60 anos ou mais, grupo que corresponde a 14% do total de beneficiários da saúde suplementar, ou pouco mais de 6,6 milhões, conforme mostra o “Panorama dos idosos beneficiários de planos de saúde no Brasil”, que acabamos de publicar.
A publicação aponta que desde março de 2000, início da base de dados, o número de idosos nos planos de saúde duplicou, passando de 3,3 milhões para 6,6 milhões em março de 2020. Ao analisar por modalidade, as Cooperativas Médicas e as Medicinas de Grupo mais do que dobraram o número de vínculos de pessoas com 60 anos ou mais no período analisado. Na mesma comparação, essa população também quintuplicou entre os planos empresariais e a quantidade de vínculos de indivíduos com 80 anos ou mais triplicou e aqueles de 75 a 79 anos duplicou.
O Panorama também identificou que em março de 2020, 52% dos idosos estavam na faixa etária de 60 a 69 anos, 60% são do sexo feminino, 63% contam com planos coletivos, a maior fatia está nas Cooperativas Médicas e Medicinas de Grupo, com 73% do total.
Os números mostram, claramente, uma significativa mudança na composição etária dos planos de saúde, reflexo de alterações da sociedade. Para se ter ideia, entre os planos da modalidade do tipo autogestão, com beneficiários normalmente mais idosos, o índice de envelhecimento cresceu de forma acelerada a cada ano e atingiu 163,4% em março de 2020. Esse índice é a relação entre o número de idosos (60 ou mais anos de idade) e o número de jovens (menores de 15 anos), vezes 100, ou seja, valores elevados indicam que a transição demográfica está em estágio avançado.
Além de apresentar os dados por região e modalidade de contratação, o “Panorama dos idosos beneficiários de planos de saúde no Brasil” também traz a evolução do número de vinculados aos planos médico-hospitalares, distribuição percentual por faixa etária, índice de envelhecimento, razão de dependência, adesões, cancelamentos e migração entre março de 2000 e o mesmo mês em 2020.
O atual momento ressalta a importância desta publicação pelo cenário inédito no Brasil com a presença do novo Coronavírus (Covid-19). Entre os óbitos confirmados pela doença no País, 69% tinham mais de 60 anos – sendo maior nas pessoas com mais de 80 anos e de 70 a 79 anos.
Veja aqui a publicação na íntegra. Seguiremos apresentando novos detalhes nos próximos dias. Continue acompanhando.
O total de vínculos entre planos médico-hospitalares e pessoas com 80 anos ou mais é o que mais cresceu nos últimos 4 anos e meio. De acordo com análise especial da NAB, o total de beneficiários nesta faixa etária saltou de 1,01 milhão, em dezembro de 2014, para 1,17 milhão em junho de 2019. A alta de 16,1% equivale ao acréscimo de 162,8 mil novos vínculos.
O aumento não é exclusividade dessa faixa etária, mas dos idosos de modo geral. O total de beneficiários com 60 anos ou mais cresceu 10,1% desde dezembro de 2014. O movimento é particularmente interessante porque, nesses 54 meses de lá para cá, o mercado como um todo registrou o rompimento de 3,2 milhões de vínculos com planos. De fato, desconsiderando a contratação por pessoas com 60 anos ou mais, o setor registrou a saída de 3,8 milhões de beneficiários da saúde suplementar no período analisado.
Além disso, se olharmos para um horizonte um pouco mais longe, entre junho de 2000 e o mesmo mês de 2019, o número de vínculos na faixa etária de 80 anos ou mais cresceu mais de três vezes (passou de 391 mil para 1,2 milhão) e na faixa de 75 anos a 79 anos, mais que dobrou (de 404 mil para 822 mil).
Esse envelhecimento da população de beneficiários de planos e seguros de saúde ajuda a explicar por que, mesmo com a redução do total de vínculos, os custos médico-hospitalares per capita permanecem ascendentes, como indica o VCMH/IESS.
Esse crescimento acelerado do número de beneficiários nas faixas etárias mais avançadas simultaneamente ao declínio daqueles mais novos gera um descompasso financeiro crescente no longo prazo, porque desequilibra a proporção de beneficiários idosos em relação a de jovens. Com isso, fica ameaçado o pacto intergeracional, um critério utilizado para a formação de preço e sustentabilidade econômico-financeira dos planos de saúde em que os beneficiários mais novos pagam um pouco a mais do que o custo médio de seu perfil para que os mais idosos possam pagar um pouco menos do que seu custo médio, tornando o benefício mais acessível a essa faixa etária. A questão é bem explicada na nossa Cartilha de Reajuste dos Planos de Saúde.
Além dos beneficiários com mais de 80 anos, outros grupos de idosos também registraram aumento nos 54 meses analisados. Houve aumento de 3,4% (+63,3 mil) no total de beneficiários com idade entre 60 anos e 64anos; de 13,5% (+182,4 mil) na faixa de 65 anos a 69 anos; de 14,3% (+141,3 mil) na faixa de 70 anos a 74 anos; e de 6,9% (+52,9 mil) entre aqueles que têm de 75 anos a 79 anos.
Nesse contexto, é evidente a necessidade de reavaliar e adequar todo o modelo assistencial da saúde suplementar no País, dando mais ênfase a programas de Promoção da Saúde e iniciativas que tragam o paciente e sua qualidade de vida para o centro do debate, como comentamos na última sexta-feira aqui no Blog (LINK).
Apenas dois grupos de beneficiários de planos médico-hospitalares não idosos cresceram entre dezembro de 2014 e junho de 2019: os da faixa de 40 anos a 44 anos tiveram aumento de 4,7% ou 178,7 mil novos beneficiários; e, os da faixa de 35 anos a 39 anos, com aumento de 5,1%, ou mais 241, 2 mil pessoas.
Nesta semana, aconteceu importante debate para o setor de saúde e o País. José Cechin, diretor executivo da FenaSaúde, esteve presente na audiência pública da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa, realizada na Câmara dos Deputados. O encontro tratou da questão “Planos de Saúde e a crescente população idosa no Brasil”.
No evento, foi apresentado o cenário de mudança demográfica da população nacional para os próximos anos. Cechin mostrou dados dos custos por faixa etária e a evolução das internações e atendimentos ambulatoriais. “Seremos uma sociedade de idosos em pouco tempo. Quanto mais velhos, mais se utiliza os serviços de saúde, que ficam cada vez mais complexos. Mas envelhecer é positivo e esperado. Quem envelhece hoje envelhece melhor e as próximas gerações poderão ser ainda mais saudáveis”, afirmou.
A gerente econômico-financeira e atuarial de Produtos da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Daniele Rodrigues Campos, explicou detalhes do setor, como o pacto intergeracional. “Os reajustes são necessários, o papel da entidade é proteger os beneficiários com regras e manter seus canais abertos. O envelhecimento da população, a introdução de novas tecnologias e a judicialização são custos não controláveis. Já o uso adequado dos serviços médicos é um custo controlável, que pode ser aprimorado pelas operadoras”, afirmou.
Não é de hoje que acendemos esse alerta. Segundo nossa “Projeção das despesas assistenciais da saúde suplementar”, as operadoras de planos de saúde devem gastar R$ 383,5 bilhões com assistência de seus beneficiários em 2030. Isso representa um avanço de 157,3% em relação ao registrado em 2017.
De acordo com o levantamento, o efeito do crescimento populacional e a mudança na composição etária da sociedade brasileira, o setor de saúde suplementar deve firmar mais 4,3 milhões de vínculos até 2030. O que elevaria o total de beneficiários para 51,6 milhões.
Um dos pontos fundamentais na busca por frear os crescentes gastos em saúde diz respeito à mudança do modelo da assistência, como de práticas que foquem na Atenção Primária à Saúde. Portanto, é com bons olhos que vemos ações que incentivem essa modalidade. “É necessário mudar a organização do sistema e a melhoria da qualidade com coordenação do atendimento. Sem um sistema integrado, exames são repetidos e, às vezes, desnecessários. Com a coordenação do cuidado, pode-se ter uma atenção melhor com menor custo”, apontou Ana Paula Cavalcante, gerente de Estímulo à Inovação e Avaliação da Qualidade Setorial da ANS.
O debate também contou com a participação de Carlos Augusto Melo Ferraz, secretário de Controle Externo da Saúde do Tribunal de Contas da União (TCU); Ana Carolina Navarrete, advogada do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor; Andrey de Freitas, da Secretaria Nacional de Defesa do Consumidor (Senacom) e Ricardo Dias Holanda, representante da Federação Brasileira de Órgãos de Defesa do Consumidor (Febracon).
O total de beneficiários de planos médico-hospitalares apresentou ligeira variação positiva de 0,2% entre setembro de 2018 e o mesmo mês do ano anterior. Contudo, os 102,2 mil novos vínculos apontados na Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB) podem estar “só no papel”.
Como alertamos periodicamente, como a variação é muito baixa, é possível que na revisão dos números setoriais pela ANS, daqui alguns meses, revele que não houve aumento algum.
O total de beneficiários pode não estar crescendo como um todo, mas há um aumento considerável do total de vínculos com pessoas de 59 anos ou mais. A NAB apontou, novamente, um acréscimo de 2,5% ou cerca de 166,7 mil beneficiários nessa faixa etária. Certamente, parte desse avanço se deve à mudança de categoria de alguns beneficiários, mas parte significativa é de novos vínculos.
De acordo com o boletim do IESS, as regiões Sul, Centro-Oeste e Nordeste também registraram novos vínculos com planos de saúde médico-hospitalares nos 12 meses encerrados em setembro deste ano. No Sul houve aumento de 0,7% ou 46 mil novos vínculos. Mesmo crescimento proporcional observado no Centro-Oeste, que teve 22,9 mil novos vínculos firmados. Já no Nordeste foram 32,9 mil novos beneficiários no período, alta de 0,5%.
No Norte, foram rompidos 9,4 mil vínculos. Retração de 0,5%. Já no Sudeste, região com o maior número de beneficiários do País, foram firmados 7,5 mil vínculos. O que não representa sequer uma alta de 0,1% dos 28,8 milhões de beneficiários na região.
Apresentaremos os dados completos nos próximos dias. Não perca!
Um estudo divulgado pelo Ministério da Saúde nessa segunda-feira, em Brasília, mostrou que 69,3% dos idosos brasileiros sofrem de pelo menos uma doença crônica. Na ordem, os cinco diagnósticos mais frequentes, são hipertensão, dores na coluna, artrite, depressão e diabetes. Essas informações constam no Estudo Longitudinal de Saúde dos Idosos Brasileiros (Elsi). Segundo a publicação, 29,8% da população idosa tem duas ou mais doenças crônicas; 39,5% conta com ao menos uma doença e 30,7% não apresenta doença crônica.
Por meio de uma metodologia comum para permitir comparações internacionais, o trabalho apresenta o perfil da população, traz informações sobre como a população está envelhecendo e os principais determinantes sociais e de saúde. Para fazer o levantamento, foram ouvidas pessoas com 50 anos ou mais, entre 2015 e 2016, em 70 municípios das cinco regiões do país. O objetivo é acompanhar este mesmo grupo de pesquisados ao longo do tempo.
A ideia é que esse estudo traga subsídios para a construção e adequação de novas políticas públicas para fortalecer a saúde do idoso. “Avaliamos que saúde é responsabilidade de todos: educação, mobilidade, saneamento, oportunidade de morar em residência digna”, declarou. “Temos que aproveitar os estudos para fazer uma ampla discussão com outros setores do governo, para que possamos trazer alternativas a essa população que envelhece”, afirmou Gilberto Occhi, ministro da Saúde.
Atualmente, os idosos representam 14,3% dos brasileiros: são 29,3 milhões de pessoas. De acordo com o Ministério da Saúde, em 2030, o número de idosos deve superar o de crianças e adolescentes. Como já mostramos aqui, é fato que a população nacional está em acelerado processo de envelhecimento. Até 2060, o percentual de pessoas acima de 65 anos passará dos atuais 9,2% para 25,5%. A projeção divulgada recentemente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que 1 a cada 4 brasileiros será idoso em 2060.
O envelhecimento populacional é, sem dúvida, um grande avanço das novas gerações e enorme mérito da medicina moderna. Essa dinâmica demográfica tem gerado uma mudança demográfica em todo o mundo, gerando maior prevalência de doenças crônicas (como diabetes e hipertensão arterial) e de comorbidades (existência de duas ou mais doenças em simultâneo na mesma pessoa) que demandam mais atenção.
A pesquisa divulgada esta semana reforça o alerta vermelho que acendemos com a divulgação da “Projeção das despesas assistenciais da saúde suplementar”. Segundo o trabalho, as operadoras de planos de saúde devem gastar R$ 383,5 bilhões com assistência de seus beneficiários em 2030. O montante representa um avanço de 157,3% em relação ao registrado em 2017.
As iniciativas vão em linha com nossa missão de gerar conhecimento para a criação de ferramentas em prol da saúde dos brasileiros. “Nós temos que cuidar da saúde dos brasileiros desde a infância para que eles tenham uma vida cada vez mais saudável. Isso significa voltar nossas ações para uma alimentação saudável, para a promoção de atividades físicas, inibir o consumo do álcool e do tabaco, e ainda para as pessoas com idade acima de 60 anos, oportunizar o diagnóstico de doenças de forma cada vez mais precoce. É dessa maneira que podemos oferecer à nossa população um envelhecimento saudável”, concluiu o Ministro da Saúde, Giberto Occhi.
Confira aqui o Estudo Longitudinal de Saúde dos Idosos Brasileiros (Elsi) na íntegra.