Os empregos na área da saúde mantiveram tendência de alta no Brasil entre os meses de fevereiro e maio deste ano. De acordo com o “Relatório de Emprego na Cadeia Produtiva da Saúde”, produzido pelo IESS, o setor teve aumento de 2,5% no número de contratações, totalizando 4.558.895 profissionais empregados somando os setores público e privado.
Esse número se mostra bastante expressivo quando comparado à geração de empregos na soma de todos os setores da economia. O Brasil registrou, neste mesmo intervalo, crescimento de 1,5% no número de admissões de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Os valores ganham ainda mais relevância quando o percentual de crescimento no país é analisado excluindo a cadeia da saúde. Sem ela, o crescimento percentual total de empregados no Brasil fica em 1,3%.
Do total de 4,5 milhões de empregados na cadeia da saúde até maio desse ano, 3,6 milhões estavam no setor privado com carteira assinada, o que representa 79% do total, um ponto percentual acima dos dados de fevereiro. No setor público, são e 979 mil (21%) considerando todas suas modalidades (estatutários, CLT, cargos comissionados, entre outros).
Sudeste e Centro Oeste foram as regiões onde os empregos na cadeia da saúde mais cresceram: 2,8% nos últimos três meses. Esta última reflete em uma elevação tão expressiva que, excluindo o setor da soma de todas as esferas da economia, a variação fica negativa, com decréscimo de 1,8%. Essas mesmas regiões foram as duas únicas, inclusive, que o setor público empregou mais que demitiu. Na soma das esferas público e privada, somente o Norte apresentou variação negativa (-2,1%), número puxado pelos contratos públicos, uma vez que a rede privada se manteve em alta (2,8).
Foi o setor privado, inclusive, responsável pelo resultado positivo total. Dentro dessa divisão, o que mais gerou empregos na cadeia de saúde foi o de Prestadores, com 128.617 novos postos. O subsetor de Fornecedores gerou novos 37.912 contratações. Neste mesmo período, as operadoras registraram 5.072. No total, o saldo do setor privado foi de 171.601 novas vagas, ou 13,8% do total acumulado pela economia brasileira.
O relatório pode ser acessado na íntegra em LINK
O estoque de emprego na cadeia privada de saúde registrou o maior número do ano em novembro de 2020. Dos 4,3 milhões empregados no setor de saúde, 3,4 milhões eram vínculos do setor privado com carteira assinada, o que representa 78% do total. É o que aponta o “Relatório de Emprego na Cadeia Produtiva da Saúde”, que acabamos de publicar.
Na comparação de 3 meses, entre agosto e novembro de 2020, o segmento de saúde privado cresceu 1,1%, enquanto o público teve redução de 1,1%. A maior queda na saúde pública ocorreu na região Norte, com baixa de 2,6%.
Os números reforçam a importância que a cadeia da saúde suplementar tem sobre o mercado de trabalho brasileiro. O setor privado de saúde tem apresentado desempenho positivo consistente no segundo semestre de 2020, com saldo de emprego positivo desde maio do ano passado. No acumulado do ano, até novembro, acrescentou aproximadamente 130 mil postos de trabalho formal à economia nacional. O que equivale a 37% do saldo acumulado em todos os setores.
De janeiro a novembro de 2020, o subsetor que mais gerou empregos na cadeia da saúde privada foi o de Prestadores, com saldo acumulado de mais de 105 mil postos formais, enquanto o de Fornecedores registrou saldo positivo de mais de 22 mil vagas. As Operadoras tiveram saldo acumulado de 1,1 mil, sendo o primeiro positivo desde março/20, o que pode ser indicativo de retomada do emprego nesse subsetor.
No intervalo de três meses, entre agosto e novembro de 2020, o mercado de trabalho total cresceu 2,8%, mas se excluir os empregos gerados na cadeia da saúde, a alta foi de 3,1%. Isso porque o setor público tem registrado sucessivas quedas. Ainda assim, o setor privado tem compensado as baixas, tornando o saldo da cadeia da saúde positivo como um todo.
Para se ter uma ideia, a região Sudeste perdeu, em novembro, 6,7 mil vagas na esfera pública, contrastando com o desempenho do setor privado nessa região, com saldo positivo de 13 mil postos de trabalho.
Falaremos melhor do setor público em um próximo post. Acesse aqui o boletim na íntegra.
Emprego e Gestão de Profissionais da Saúde em Tempos de Pandemia
Já comentamos, aqui no Blog, que quase 5 milhões de brasileiros são empregados pela cadeia da saúde no Brasil e, destes, cerca de 3,6 milhões (73,3%) são trabalhadores do setor privado. Mas como se comportou a relação entre admitidos e demitidos neste segmento ao longo do período analisado?
De acordo com a última edição do Relatório de Emprego da Cadeia Produtiva da Saúde, nos 12 meses encerrados em julho de 2019, o total de empregos formais na cadeia de saúde privada aumentou 3,4%, passando de 3.481.223 para 3.598.044. O que equivale a 116,8 mil novos postos de trabalho. Destes, 80,3 mil foram criados em 2019.
Vamos olhar os números com uma lupa para ter uma ideia mais precisa do que o setor representa para a economia nacional? Em julho de 2019, o saldo de empregos formais na economia como um todo é de 38,5 mil postos de trabalho. Destes, 5,4 mil (13,9%) foram criados pela cadeia de saúde privada.
A região com o maior saldo de novos postos de trabalho em julho deste ano foi a Centro-Oeste. Foram 105 empregos nas Operadoras de Planos de Saúde (OPS), 418 entre Fornecedores, Distribuidores e Medicamentos, e 1.474 Prestadores de Serviços. No total, 1.997. Por outro lado, a região Norte foi a que registrou o menor saldo, de 307 novos empregos com carteira assinada.
Os dados da região Sul merecem destaque especial não apenas pelo saldo positivo de 1.275 novos postos, mas porque o setor de saúde privada registrou mais contratações do que demissões enquanto o restante da economia apresentou comportamento contrário. Sem considerar o saldo da cadeia de saúde, a região perdeu um total de 919 empregos formais em julho.
Acompanhe o quadro resumo do comportamento por região do País em julho.
A cadeia de valor da saúde gerou 123,1 mil novas vagas privadas formais de trabalho entre maio de 2019 e o mesmo mês de 2018, alta de 3,6%. Neste período, descontando os empregos com carteira assinada do setor de saúde, a economia nacional gerou 279,2 mil postos de trabalho formais. O resultado representa quase um terço (30,6%) do saldo de 402,4 mil empregos registrados na economia como um todo.
Os dados estão na última edição do Relatório de Emprego, que acabamos de publicar e que, a partir de agora, passa a se chamar “Relatório de Emprego com Carteira Assinada na Cadeia Produtiva da Saúde” para explicitar que os empregos computados no setor são aqueles feitos de acordo com as normas da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), sem considerar os funcionários públicos estatutários que atuam na saúde pública (funcionários públicos CLT estão contabilizados). Além disso, ao considerar o setor de Saúde como um todo, enfatiza-se que outras atividades, como fornecedores, servem tanto à saúde suplementar quando à saúde pública.
De fevereiro a maio deste ano, a saúde gerou 38 mil novos postos privados de trabalho com carteira assinada, correspondendo a um avanço de 1,1%. Enquanto isso, a economia (descontando o resultado do setor) teve crescimento de 0,2%, com um saldo de 80,8 mil empregos formais.
Números que, em nossa opinião, indicam a importância do setor para a recuperação da economia nacional e geração de emprego formal.
Comentaremos mais sobre os dados nos próximos dias.
Em abril, foram criados 129,6 mil postos de trabalho formal no País. De acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), este é o melhor resultado para o mês desde 2013. O que surpreendeu analistas de mercado, mesmo os que esperavam que o mês tivesse um resultado positivo frente ao registrado em março, inclusive por fatores sazonais.
Para o mercado de planos de saúde a notícia é ainda melhor, pois os números foram impulsionados pela contratação de 66,3 mil colaboradores formais no setor de serviços e 20,5 mil na indústria de transformação. Setores que, tradicionalmente, oferecem o benefício de plano de saúde aos seus colaboradores – até por questões definidas nas negociações coletivas entre os sindicatos dos trabalhadores e os patronais.
De acordo com o Caged, os segmentos de serviços médicos, odontológicos e veterinários lideraram a criação de empregos dentro do setor de serviços, com a abertura de 20,6 mil postos de trabalhos formais. O movimento deixa claro que, apesar de a contratação no setor ter desacelerado recentemente, como comentamos aqui, a cadeia de saúde segue como um importante motor do mercado de trabalho no Brasil.
Ainda no setor de serviços, o segmento de comércio e administração de imóveis também merece destaque pela criação de 13 mil postos de trabalho. O que pode apontar o reaquecimento, ou ao menos a continuidade do processo de recuperação de outro importante mercado no País, o de construção civil – que gerou 14 mil novos empregos formais em abril.
Sabemos que ainda é cedo para precisar como isso irá influenciar o total de beneficiários, mas a expectativa é claramente positiva. Vamos ficar de olho. Não deixe de acompanhar as novidades no Relatório de Emprego que atualizaremos em breve e, se quiser analisar os números mais intensamente, não deixe de consultar o IESSdata, que já está atualizado com os números mais novos.
O setor de saúde suplementar e o mercado de trabalho formal estão vivendo uma relação dicotômica extremamente positiva. Como mostramos aqui, a partir dos dados do último Relatório de Emprego na Cadeia da Saúde Suplementar, o setor tem impulsionado a criação de postos de trabalho com carteira assinada no Brasil. Acontece que, ao mesmo tempo, a geração de empregos formais tem motivado a contratação de planos de saúde.
De acordo com a última edição da NAB, o total de beneficiários de planos médico-hospitalares cresceu 0,5% entre fevereiro de 2019 e o mesmo mês do ano anterior, um aumento de 220,3 mil vínculos. No mesmo período, foram criados 173,1 mil novos postos com carteira assinada.
Mesmo que o ritmo de retomada do mercado de trabalho formal esteja abaixo daquele previsto no início de 2018, o avanço constante desse indicador tem uma influência muito positiva sobre a economia como um todo. Por exemplo, gerando incremento na renda das famílias, na capacidade de consumo e de acessar crédito além de influenciar na confiança da população. Com isso, é natural que as pessoas que se viram obrigadas a deixar o plano ao longo dos últimos quatro anos comecem a recontratar o serviço. Especialmente porque este é um dos três maiores desejos do brasileiro, após educação e casa própria, conforme mostra a pesquisa IESS/Ibope.
O resultado foi impulsionado pelos números do Estado de São Paulo, que teve 136,9 mil novos vínculos firmados nos 12 meses encerrados em fevereiro deste ano. Alta de 0,8%. O Estado conta com 17,3 milhões de beneficiários de planos médico-hospitalares, o que representa mais de um terço (36,4%) do total do País.
Por outro lado, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Minas Gerais continuam enfrentando resultados negativos. Juntos, os três Estados registraram o rompimento de 81,9 mil vínculos. São, justamente, aqueles apontados com a pior situação fiscal por um relatório recente da Tendências Consultorias publicado pelo G1 e pelo IG. O que reforça a ligação entre a economia local e a contratação de planos de saúde.
Iremos analisar mais números da NAB nos próximos dias.
A cadeia de saúde suplementar criou 125,9 mil postos de trabalhos formais entre fevereiro de 2019 e o mesmo mês do ano anterior. Um aumento de 3,7%, de acordo com a última edição do Relatório de Emprego na Cadeia da Saúde Suplementar que acabamos de publicar. Com o avanço, o segmento já representa 8,2% dos 43,4 milhões de empregos formais no País. O que equivale a 3,5 milhões de empregos.
No mesmo período, o total de empregos com carteira assinada criados no Brasil avançou apenas 1,1%. O que equivale a geração de aproximadamente 450 mil novos postos de trabalho. Claro que a economia gera mais empregos do que o setor, mas o ritmo de geração de postos de trabalho formal no segmento é mais de 3 vezes superior ao da economia. Ou seja, é notório que a cadeia de saúde suplementar é um dos motores que contribuem efetivamente para o avanço do mercado de trabalho formal
O resultado é especialmente positivo por acontecer antes do início de um processo expressivo de retomada das contratações de planos médico-hospitalares. Como já mostramos aqui no Blog, de acordo com a Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB), o mercado de planos de saúde começou 2019 com crescimento de 226,7 mil vínculos. Alta de 0,5% na comparação entre janeiro de 2019 e o mesmo mês de 2018. Apesar do resultado positivo, os 47,4 milhões de beneficiários atuais ainda estão longe dos mais de 50 milhões que o setor atendia em dezembro de 2014.
O que, acreditamos, é um indicativo de que a saúde suplementar está empenhada em manter a boa qualidade assistencial ao longo de todo esse processo de recuperação de beneficiários.
Além da criação de postos de trabalho com carteira assinada, nossa publicação indica que o fluxo de empregos na cadeia (a diferença entre contratação e demissão) quase dobrou em fevereiro desse ano quando comparado com o mesmo mês em 2018. Em fevereiro do último ano, o saldo líquido de empregos formais na cadeia da saúde suplementar foi de 6,4 mil. Já no mesmo mês de 2019, subiu para 12,4 mil.
Continue acompanhando esses e outros dados por aqui.
Semana passada, aqui no Blog, revelamos que o total de empregos na cadeia de saúde suplementar cresceu três vezes mais que no conjunto da economia em 2018. Em relação ao ano anterior, o setor gerou 114,1 mil postos de trabalho, 3,4% a mais do que havia em 2017. No mesmo período, o total de empregos no país cresceu 1% – o que equivale a 421,1 mil postos.
Claro que, como já pontuamos algumas vezes, a diferença entre o crescimento proporcional e o número absoluto pode gerar análises completamente diferentes. Ao mesmo tempo em que é verdade que os empregos no setor cresceram em ritmo 3 vezes superior ao da economia geral, também é verdade que o total de postos criados na economia é quase 4 vezes maior que o total de empregos na cadeia da saúde em 2018.
Independentemente de como você queira ler os resultados, é interessante e importante notar que o setor responde por mais de 25% dos empregos gerados ano passado. Essa percepção nos motivou a olhar um pouco mais longe e tentar entender esse comportamento ao longo do tempo.
Analisando os dados desde 2009, ano-base para nosso índice de estoque de emprego, notamos que a cadeia de saúde suplementar tem criado empregos em ritmo constantemente superior ao da economia como um todo. De janeiro de 2009 a dezembro de 2018 (10 anos, portanto), o total de postos de trabalho formal no setor avançou 40,7%, saltando de 2,5 milhões para 3,5 milhões. Enquanto isso, o País passou de 39,3 milhões de trabalhadores registrados para 43,2 milhões, alta de 9,8%. Ou seja, a representatividade do setor no estoque de empregos tem subido progressivamente: em 2009, a cadeia da saúde respondia por 6,4% dos postos de trabalho formal no Brasil e hoje, por 8,1%.
Outro fato que chamou nossa atenção foi o comportamento das contratações nos segmentos que compõem a cadeia de saúde. Apesar de os Prestadores de Serviços terem apresentado o crescimento mais expressivo ao longo de 2018, com alta de 3,6% ante 2,8% das Operadoras e 2,7% dos Fornecedores, o segmento nem sempre liderou a criação de empregos no setor. Na análise dos 10 anos (jan/2009 a dez/2018), o estoque de postos formais nas Operadoras foi o que avançou em ritmo mais rápido (49%), seguido por Fornecedores (40,6%) e Prestadores (40,3%). Claro, estamos considerando aqui o ritmo de criação de postos formais de trabalho. Se observarmos o total de empregos, os Prestadores lideram o “ranking” por uma ampla margem desde o começo.
Em janeiro de 2009, os Prestadores empregavam 1,8 milhões de pessoas. Já em dezembro de 2018 o montante avançou para 2,5 milhões. No mesmo período, o total de empregados pelo segmento dos Fornecedores avançou de 599,9 mil para 843,6 mil; já as Operadoras respondiam por 104,5 mil postos de trabalho formal e passaram a responder por 155,8 mil.