Como já mostramos, o total de beneficiários de planos de saúde médico-hospitalares teve a primeira alta na comparação anual desde 2014. Os dados que integram a última edição da Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB) mostram que o segmento encerrou 2018 com 47,4 milhões de beneficiários, alta de 0,4% em relação ao ano anterior. No total, foram firmados 200,2 mil novos vínculos de janeiro a dezembro.
Além disso, os planos de saúde exclusivamente odontológicos fecharam 2018 com 1,4 milhão de vínculos a mais do que em 2017. Avanço de 6,2%. Com isso, o segmento passou a atender 24,2 milhões de beneficiários.
Já a análise especial da NAB abordou a relação do mercado de trabalho com o total de beneficiários de planos médico-hospitalares. Como reforçamos periodicamente, a redução do número de vínculos nessa categoria foi observada entre 2015 e 2017, principalmente, pelo desempenho negativo do mercado de trabalho formal no país, que impacta diretamente no número de beneficiários de planos coletivos empresariais
Como é sabido, a contratação de planos de saúde coletivos empresariais é diretamente influenciada pelo mercado de trabalho com carteira assinada (esse tipo de contratação, representou 67,0% do total de vínculos de planos médico-hospitalares em 2018). Segundo dados da Pnad, do IBGE, a taxa de desocupação no 4º trimestre de 2018 foi de 11,6%, e essa foi a menor taxa desde o 1º trimestre de 2017, que registou 13,7%.
Embora esse seja um resultado positivo para a economia brasileira, esse resultado está atrelado ao crescimento do número de trabalhadores informais. A análise mostra que o número de trabalhadores informais chegou ao maior valor já registrado desde 2012, alcançando os 42,4 milhões.
Levantamentos feitos com economistas e analistas da Tendências, Ibre/FGV, GO Associados, Banco Fator, MB Associados e BTG Pactual apontam que, em 2019, de 590 a 870 mil novas vagas com carteira assinada devem surgir. No entanto, o trabalho informal deve continuar superando o emprego formal, e a taxa de desemprego ainda deve ficar acima de 10%.
A lenta criação de empregos com carteira assinada deve impactar diretamente no setor de saúde suplementar. Espera-se que 2019 apresente indicadores econômicos positivos, mas se isso não acontecer, o segmento pode permanecer estagnado por mais um tempo.
Veja a análise completa na recente edição da NAB.
O total de pessoas empregadas com carteira assinada na cadeia da saúde suplementar continua crescendo e atuando como um motor da economia. De acordo com a última edição do Relatório de Emprego na Cadeia da Saúde Suplementar, que acabamos de divulgar, o número de postos de trabalho formal no setor cresceu 3,4% na comparação entre novembro de 2018 e o mesmo mês do ano anterior. O que significa um aumento de 116,5 mil vagas. No mesmo período, o total de empregos formais no Brasil teve avanço de apenas 1%.
No total, a cadeia de saúde responde por 8,1% da força de trabalho no País ou 3,5 milhões de empregos. Destes, 2,5 milhões concentram-se no segmento de Prestadores de Serviço de Saúde. Uma alta de 3,7% nos 12 meses encerrados em novembro do ano passado. O segmento de Fornecedores, Distribuidores e Medicamentos responde por 842,5 mil postos de trabalho formal (alta de 2,7%) e o de Operadoras de Planos de Saúde (OPS), por 155,9 mil (alta de 2,9%).
Olhando para o saldo de empregados, a diferença entre o total de contratados e o de demitidos, a cadeia da saúde suplementar fechou novembro de 2018 com 12,1 mil novos postos de trabalho. O que corresponde a 20,6% do saldo de empregos registrado no Brasil (58,7 mil).
Regionalmente, a maior parte dos novos empregos (47,4%) se concentra no Sudeste do País. O setor registrou saldo positivo de 5,7 mil empregos no período analisado, ou 16,3% do total registrado pela Economia na Região. É importante notar que mesmo nas regiões Norte e Centro-Oeste, em que a economia registrou saldo negativo de empregos, a cadeia da saúde suplementar teve alta. No Norte, o total da economia fechou novembro de 2018 com saldo negativo de 932 empregos formais, já a cadeia de saúde suplementar teve saldo positivo de 234 novos postos de trabalho. No Centro-Oeste, o saldo foi de 1,5 mil novos empregos para a cadeia de saúde e 7,5 mil empregos fechados na economia como um todo.
Os dados da edição mais recente do boletim já estão presentes no IESSdata, plataforma que fornece os números mais atuais do setor de saúde suplementar e da economia brasileira.