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Julho 2021
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Já está disponível a edição 29 do Boletim Científico do IESS com uma síntese de publicações científicas veiculadas no 1º semestre de 2021. Essa é a primeira edição do ano e traz artigos relacionados à saúde suplementar que obtiveram destaque em periódicos acadêmicos no Brasil e no mundo com temas ligados à tecnologia, economia e gestão.

O propósito do Boletim Científico é trazer mais clareza a pesquisas e estudos de forma a torná-los mais acessíveis. A linguagem, mais objetiva, busca uma aproximação maior com o cotidiano dos leitores.

O conteúdo é dividido em dois macrotemas. A primeira parte é dedicada aos estudos que relacionam a saúde com economia. Nesta seção, você encontra pesquisas sobre a redução do número de pacientes com síndrome coronariana aguda durante os primeiros meses da pandemia de Covid-19, a previsão de eficácia do prestador de atenção primária, a análise de pesquisa nacional sobre usuários de planos de saúde e programas alemães sobre a segunda opinião médica.

Na segunda parte, dedicada integralmente à saúde, os temas dos estudos são: mortalidade mais alta por Covid-19 em pacientes diabéticos, as mudanças no padrão de uso dos serviços de saúde no Brasil e a promoção de hábitos alimentares saudáveis.

Para acessar o Boletim Científico na íntegra, clique AQUI.

Outubro 2020
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A alimentação do brasileiro perdeu qualidade nutricional. Embora mantenha o básico arroz, feijão e carne, houve diminuição no consumo desses alimentos e alta entre os produtos industrializados. É o que mostram os dados divulgados recentemente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre o consumo alimentar no Brasil – que já apresentamos aqui.

Ao longo de uma década, caiu a ingestão de produtos in natura ou minimamente processados, como frutas e vegetais, e aumentou o consumo de alimentos processados e ultra processados, como pizzas, salgadinhos e adoçante.

A publicação ainda mostra que o brasileiro manteve o hábito de adicionar açúcar em bebidas e alimentos e colocar sal em preparações prontas. Entre os entrevistados, 85,4% da afirmou colocar açúcar para adoçar bebidas e comidas – número inferior ao registrado dez anos antes, quando esse percentual chegou a 90,8%.

O item que teve o maior aumento na frequência diária de consumo foi o adoçante. A presença deste item entre os brasileiros teve alta de 9,1 mil p.p. em dez anos – passou de 0,1% dos domicílios para 9,2% entre 2009 e 2018. No mesmo período, aumentou de 1,6% para 6,1% o percentual da população que afirma não adicionar nem açúcar nem adoçante nos alimentos.

Já o sal foi adicionado em comidas prontas por 13,5% da população. Com isso, o sódio foi ingerido acima do limite por 53,5% dos brasileiros, índice mais elevado em homens adultos (74,2%) e menor em mulheres idosas (25,8%).

Claro que há avanços na qualidade da alimentação do brasileiro, mas a pesquisa mostra que o os níveis de consumo de sódio acima do limite tolerável, levando em considerações as recomendações médicas.

Vale lembrar que o ideal é consumirmos 2 gramas de sódio e não menos do que 500mg diariamente. Ao consumirmos em quantidade elevada, aumenta-se o volume de sangue e, consequentemente, a força sobre os vasos sanguíneos que o transportam, causando elevação da pressão arterial, um dos principais fatores de risco para as doenças do coração. Além da regulação da pressão arterial, o sódio é essencial para a contração muscular e transmissão de impulsos nervosos.

O levantamento foi realizado entre 2017 e 2018 por meio da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF). Foram realizadas entrevistas em 57,9 mil domicílios, sendo que 20,1 mil pessoas foram selecionadas para responder ao bloco de consumo alimentar em duas entrevistas. De acordo com o IBGE, quem respondeu a essa parte do questionário precisou registrar todos os alimentos consumidos, com suas respectivas quantidades, durante 24 horas.

Seguiremos apresentando mais dados da pesquisa nos próximos dias. Você também pode acessar a publicação no site da entidade

Outubro 2020
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Nós já falamos aqui sobre o avanço dos índices de excesso de peso e obesidade no Brasil. A proporção de adultos com sobrepeso aumentou de 46,5% em 2008 para 56,3% em 2018 segundo os dados do Estudo Especial “Evolução dos fatores de risco e proteção para doenças crônicas não transmissíveis entre beneficiários de planos de saúde (2008 – 2018)”.

O dado preocupante agora é outro: o aumento da incidência de diabetes entre os beneficiários de planos de saúde. A publicação baseada nos dados de beneficiários residentes das capitais dos estados brasileiros entre o período assinalado com base no Vigitel Saúde Suplementar 2018, da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), mostrou que o percentual de beneficiários com diabetes passou de 5,8% em 2008 para 6,9% em 2018. O que representa um crescimento médio de 0,15 p.p. ao ano.

Outro dado chama a atenção. Na análise por sexo, apenas os homens apresentaram tendência estatisticamente significativa, passando de 5,2% em 2008 para 6,5% em 2018, aumento de 25,0%.

Vale lembrar que a diabetes tem alta prevalência em todo o mundo. Dados da International Diabetes Federation destacam o crescimento alarmante e mostram que existem 463 milhões de adultos com diabetes em todo o mundo. No Brasil, a Organização Mundial de Saúde (OMS) aponta que 16 milhões de brasileiros sofrem com a doença. Ela atinge homens e mulheres da mesma maneira e seu grande problema é o fato de ser silenciosa.

Claro que nem todos os dados apontados em “Evolução dos fatores de risco e proteção para doenças crônicas não transmissíveis entre beneficiários de planos de saúde (2008 – 2018)” são negativos. Houve melhoras em indicadores relativos aos beneficiários de planos de saúde como a redução da frequência do consumo de refrigerante em cinco ou mais dias da semana, de fumantes e aumento de ativos no tempo livre. Mas são temas para os próximos dias.

Continue acompanhando. Acesse aqui o estudo na íntegra.

Setembro 2020
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Os índices de excesso de peso e obesidade no Brasil são crescentes e alarmantes. É o que mostra o Estudo Especial “Evolução dos fatores de risco e proteção para doenças crônicas não transmissíveis entre beneficiários de planos de saúde (2008 – 2018)”, que acabamos de publicar. A publicação é baseada nos dados de beneficiários residentes das capitais dos estados brasileiros entre o período assinalado com base no Vigitel Saúde Suplementar 2018, da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

A proporção de adultos com excesso de peso aumentou de 46,5% em 2008 para 56,3% em 2018, com variação anual média de 0,85 pp. Isso significa que quase três a cada cinco entrevistados com planos de saúde estavam com excesso de peso em 2018. Em relação à obesidade, o percentual foi de 12,5% para 19,6% no mesmo intervalo de tempo, um aumento de 56,8%. 

Esse aumento dos dois índices está diretamente relacionado com o avanço de doenças crônicas não transmissíveis, como diabetes e hipertensão, além de alguns tipos de câncer, o que afeta diretamente não só a saúde dos brasileiros, mas os sistemas de saúde e as operadoras de planos. 

Para se ter uma ideia, a publicação mostra que os homens possuem uma frequência de sobrepeso maior do que as mulheres. No entanto, a variação anual média tem sido maior nas mulheres (1,04 pp) em relação aos homens (0,63 pp). Para elas, a frequência de excesso de peso saltou de 38,6% em 2008 para 50,8% em 2018.

Já a frequência de adultos obesos com planos de saúde aumentou 56,8% entre 2008 e 2018, de 12,5% para 19,6%. O estudo estima que o número de beneficiários obesos passou de 1,7 milhão em 2008 para 2,9 milhões em 2018 com maior frequência entre os homens. A prevalência, entretanto, está crescendo entre as mulheres de forma mais acentuada. No período analisado foi de 11,2% para 18,9%, um aumento de 68,8% em 10 anos. Enquanto os homens passaram de 14,2% para 20,5% no mesmo período (crescimento de 44,4%).

A extensa pesquisa ainda traz dados sobre os beneficiários fumantes, com diabetes, nível de atividade física, consumo de produtos industrializados, entre outros. Os resultados reforçam a importância de dar prioridade às políticas de promoção da saúde e prevenção de doenças por parte das operadoras de planos de saúde.

Foram realizadas entrevistas com 52.395 adultos acima de 18 anos entre os meses de janeiro e dezembro de 2018 em todas as capitais e no Distrito Federal. O Vigitel Saúde Suplementar 2018 utiliza uma subamostra com 28.611 entrevistados que referiram possuir plano de saúde (ou seja, 55% da população entrevistada). 

Seguiremos apresentando mais dados nos próximos dias. Acesse aqui o estudo na íntegra. 

Setembro 2020
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Embora ainda seja a base da dieta dos brasileiros, o arroz e o feijão estão perdendo espaço no prato da população brasileira. Segundo a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2017-2018: Análise do Consumo Alimentar Pessoal no Brasil, divulgada pelo IBGE recentemente, na análise do percentual de pessoas que consumiram os alimentos nas 24 horas anteriores à entrevista, o consumo do feijão variou de 72,8% para 60% entre 2008 e 2018, enquanto a frequência de consumo do arroz variou de 84% para 76,1% e as preparações à base de arroz variaram de 1,4% para 2,8%.

As famílias com renda mais baixa consomem mais arroz, feijão, pão francês, farinha de mandioca, milho e peixes frescos do que aquelas com renda mais alta. Por outro lado, os produtos industrializados, que têm valor de mercado maior, são mais encontrados nas famílias de rendimento per capita mais alto.

Os mais jovens consomem mais os alimentos ultraprocessados, como os salgadinhos, salsicha e refrigerantes. No recorte por gênero, a POF aponta que as mulheres comem mais verduras, legumes e frutas do que os homens. Bolos, biscoitos, doces, leites e derivados também estão mais presentes na rotina das brasileiras. Ainda segundo a publicação, pessoas do gênero masculino consomem mais quase todos os outros alimentos e bebem o triplo de cerveja do que elas. 

A POF também indica que nos últimos dez anos os brasileiros ingeriram menos gorduras saturadas e consumiram menos fibras. A média do consumo de fibras passou de 20,5g em 2008 para 15,6% em 2018, o que pode corresponder à queda no consumo de feijão.

Apesar da redução na frequência de consumo, o estudo também aponta que o arroz e o feijão seguem entre os alimentos mais consumidos entre os brasileiros – considerando o consumo diário per capita, os destaques são o café (163,2 g/dia), o feijão (142,2 g/dia), o arroz (131,4 g/dia), sucos (124,5 g/dia) e refrigerantes (67,1 g/dia).

A Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2017-2018: Análise do Consumo Alimentar Pessoal no Brasil considera como frequência de consumo o percentual da população com 10 anos ou mais de idade que afirmou ter consumido um determinado alimento nas 24 horas que antecedem a entrevista. Já o consumo médio per capita mede a quantidade de um alimento, em gramas, consumida por uma pessoa por dia.

Seguiremos apresentando mais dados da pesquisa nos próximos dias. Você também pode acessar a publicação no site da entidade

Agosto 2020
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Não é de hoje que falamos sobre promoção de saúde. Sabemos da importância da alimentação e hábitos saudáveis para o correto funcionamento do organismo, equilíbrio mental e espiritual. Sabemos, também, que atual cenário de pandemia pelo novo Coronavírus gera ainda mais preocupações, angústias e incertezas.

Por isso, é muito bom perceber também a movimentação de importantes players do setor para ações desse tipo, ainda mais em função do momento em que atravessamos. E é sempre bom reforçar essas boas práticas.

Na última semana, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) fechou acordo de cooperação com o Serviço Social da Indústria (Sesi) para estimular ações de saúde da população atendida pelos planos coletivos empresariais. A boa notícia também visa assegurar a sustentabilidade do setor.

“A implementação de programas, ações e medidas de promoção da saúde e prevenção de riscos e doenças contribui para a diminuição da sinistralidade, do absenteísmo e, consequentemente, para o aumento da produtividade e qualidade de vida dos colaboradores”, divulgou a Agência.

Uma série de ações está prevista como debates, campanhas educacionais, programas de promoção à saúde no ambiente de trabalho, contribuição técnica na estruturação, divulgação e disseminação de metodologias, monitoramento e desenvolvimento de pesquisas relacionadas com integração assistencial, envelhecimento e fatores psicossociais.

Com vigência inicial de 36 meses, o acordo pode ser prorrogado por até dois períodos de 12 meses. A agência reforça que a intenção é obter melhores resultados em saúde e assegurar a sustentabilidade do setor.

 A importância de programas de promoção de saúde e prevenção de doenças é um dos temas mais tratados por aqui e em todo o nosso portal – confira na Área Temática. O estudo “Exames de saúde da população para a prevenção da progressão de doenças crônicas”, apresentado em recente edição do Boletim Científico, traz novas evidências dos resultados positivos que podem ser alcançados com esse tipo de iniciativa em empresas. Veja mais aqui.

O assunto também foi debatido no webinar “Promoção da saúde e qualidade de vida – A importância de hábitos saudáveis” que reuniu importantes especialistas no tema com diferentes experiências. Veja abaixo.

Alberto Gonzalez - Webinar IESS: A importância de hábitos saudáveis

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Médico formado pela Universidade de Brasília, Dr. Alberto Gonzalez tem título de especialista em Cirurgia Geral, mestrado e doutorado pelo Instituto de Pesquisa Cirúrgica da Universidade Ludwig Maximilian de Munique, Alemanha. Ele dará suas importantes contribuições em nosso webinar nesta quinta-feira (02), às 16h. Veja como participar - https://iess.org.br/eventos​. #WebinarIESS​ #Qualidadedevida​ #Saúde​