A região Sul foi a única que registrou recuo do total de beneficiários de planos médico-hospitalares de acordo com a última edição da NAB, que divulgamos esta semana. No total, a região teve 19,7 mil vínculos rompidos entre junho de 2019 e o mesmo mês do ano anterior, retração de 0,3%. No Brasil, como já mostramos aqui, o total de beneficiários destes planos cresceu 0,2%, o que equivale a 108,1 mil novos vínculos.
O resultado negativo da região Sul foi puxado pelos números do Rio Grande do Sul, que teve 30,1 mil vínculos rompidos no período analisado, a maior retração no País. Com a redução de 1,1%, o Estado passa a contar com 2,6 milhões de beneficiários. Santa Catarina também registrou queda. Foram 1,3 mil beneficiários que deixaram os planos médico-hospitalares, um recuo de 0,1%. No total 1,5 milhão de beneficiários são atendidos pelas Operadoras de Planos de Saúde (OPS) no Estado. Já o Paraná seguiu em outra direção e teve incremento de 0,4% no total de vínculos, o que equivale a 11,6 mil novos beneficiários.
No Sudeste do Brasil, o mercado permaneceu praticamente estável, com ligeira alta de 0,1% ou acréscimo de 37,2 mil vínculos. Sendo que São Paulo e Espírito Santo tiveram resultados positivos, com incremento de 64,6 mil e 11,9 mil beneficiários, respectivamente. Já Rio de Janeiro e Minas Gerais registraram rompimento de 33,7 mil e 5,5 mil vínculos, também respectivamente.
Nas demais regiões do País, o aumento de beneficiários foi de 11,7 mil no Nordeste (+0,2%); mais 6,9 mil, no Norte (+0,4%); e outros 69,7 mil, no Centro-Oeste (2,2%).
Dentro da região Centro-Oeste, que teve o incremento mais expressivo de beneficiários em termos de variação porcentual, os números do Distrito Federal e de Goiás se destacam. No Distrito Federal, 27,5 mil novos vínculos foram firmados. O que fez o total de beneficiários avançar de 873,1 mil, em junho de 2018, para 900,6 mil em junho de 2019. Alta de 3,2%.
Já em Goiás, a alta foi proporcionalmente menor, de 2,8%, mas em números absolutos o resultado é mais expressivo. O total de vínculos no Estado subiu de 1,11 milhão para 1,14 milhão no período. Ou seja, 30,7 mil novos beneficiários. Isso significa que essas pessoas realizaram o sonho de ter um plano se saúde, que, conforme mostramos na Pesquisa IESS/Ibope, já analisada aqui, é o terceiro maior desejo de consumo da população sem plano de saúde.
Os dados sobre total de beneficiários de planos de saúde médico-hospitalares e exclusivamente odontológicos (que não abordamos hoje) podem ser vistos em detalhes no IESSdata.
Há algum tempo, aqui no Blog, comentamos a importância de ter números para avaliar o setor e traçar caminhos para avançar. Na ocasião, apresentamos nossa Análise Especial dos dados do Mapa Assistencial 2018, da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), com foco nos procedimentos realizados para atender aos beneficiários de planos médico-hospitalares.
Logo, era justo que fizéssemos também uma Análise Especial com foco nos números de planos exclusivamente odontológicos apresentados pelo Mapa Assistencial. O que vamos apresentar agora.
De acordo com nossa análise, em 2018, foram realizados mais de 176 milhões de procedimentos odontológicos. Desses, 71,8 milhões (40,8%) foram ações preventivas, seguidas de 29,2 milhões (16,6%) de raspagem supra-gengival por hemi-arcada em maiores de 12 anos, 15,3 milhões (8,7%) de consultas odontológicas iniciais e 15 milhões (8,5%) de exames radiográficos. Números que demonstram claramente a relevância dos procedimentos preventivos na odontologia suplementar.
A prevalência desse tipo de procedimento, com foco em prevenção ao invés de recuperação, é justamente o que temos proposto também para os planos médico-hospitalares. Cada vez mais os sistemas de saúde precisam trazer o foco para promoção de saúde – tratamento da pessoa e não da doença. O que tende a garantir mais qualidade de vida aos beneficiários. Exatamente como o setor exclusivamente odontológico tem feito.
Além de apresentar números importantes nesse sentido, o segmento de planos e seguros odontológicos também tem avançando em inovações e investido cada vez mais em mecanismos de Inteligência Artificial para auxiliar a identificar lesões em radiografias, diagnosticar antecipadamente doenças bucais e melhorar o conhecimento do perfil dos beneficiários. Com isso, aprimorando a qualidade do atendimento.
Por fim, nossa análise ainda detectou que essa modalidade tem investido pesadamente em instrumentos para captar e apurar fraudes, desperdícios e abusos, como tratamentos excessivos e desnecessários ou com baixa qualidade assistencial.
Tudo isso é revertido em satisfação dos beneficiários. De acordo com a pesquisa IESS/Ibope, de 2017, 79% dos beneficiários de planos odontológicos estavam satisfeitos ou muito satisfeitos com seus planos, 87% afirmaram pretender “com certeza” ou “provavelmente” permanecer com o plano já contratado e 81% recomendariam “com certeza” ou “provavelmente” o plano odontológico que possuem para um parente ou amigo.
Além dos números de procedimentos apontados nesse novo estudo, você também pode conferir dados do mercado de planos exclusivamente odontológicos no IESSdata.
Como já abordamos em diferentes momentos e, recentemente, na última edição da Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB) e em nosso “Painel da Odontologia Suplementar (2011 a 2017)”, o segmento de planos exclusivamente odontológicos tem evoluído a passos largos no País.
Por meio dessas publicações, mostramos a maior profissionalização e a oferta cada vez maior desta modalidade por parte das empresas aos seus colaboradores com o objetivo de atrair e reter talentos. Importante ressaltar que enquanto os planos médico-hospitalares registraram o rompimento de mais de três milhões de vínculos desde 2014, o os exclusivamente odontológicos passaram a atender quatro milhões de novos beneficiários. Movimentos completamente antagônicos.
Importante, portanto, iniciativas que colaborem ainda mais com o desenvolvimento desse setor, como a nova edição do SIMPLO, realização do Sindicato Nacional das Empresas de Odontologia de Grupo (SINOG) e da Universidade Corporativa ABRAMGE (UCA), que acontece essa semana em São Paulo. Desde 2006, o evento apresenta conteúdos e discussões que fazem parte da rotina das operadoras de planos odontológicos, como novas tecnologias, métodos e processos para o aperfeiçoamento desse mercado.
Inspirado no tema Resiliência e adaptação: os caminhos para a sobrevivência da Odontologia Suplementar, a 14ª edição acontecerá nos dias 9 e 10 de maio, no Centro Fecomércio de Eventos, em São Paulo.
A programação completa pode ser vista no site oficial do evento. Nós estaremos por lá e traremos novidades sobre esse setor. Fique ligado.
Como já mostramos, o total de beneficiários de planos de saúde médico-hospitalares teve a primeira alta na comparação anual desde 2014. Os dados que integram a última edição da Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB) mostram que o segmento encerrou 2018 com 47,4 milhões de beneficiários, alta de 0,4% em relação ao ano anterior. No total, foram firmados 200,2 mil novos vínculos de janeiro a dezembro.
Além disso, os planos de saúde exclusivamente odontológicos fecharam 2018 com 1,4 milhão de vínculos a mais do que em 2017. Avanço de 6,2%. Com isso, o segmento passou a atender 24,2 milhões de beneficiários.
Já a análise especial da NAB abordou a relação do mercado de trabalho com o total de beneficiários de planos médico-hospitalares. Como reforçamos periodicamente, a redução do número de vínculos nessa categoria foi observada entre 2015 e 2017, principalmente, pelo desempenho negativo do mercado de trabalho formal no país, que impacta diretamente no número de beneficiários de planos coletivos empresariais
Como é sabido, a contratação de planos de saúde coletivos empresariais é diretamente influenciada pelo mercado de trabalho com carteira assinada (esse tipo de contratação, representou 67,0% do total de vínculos de planos médico-hospitalares em 2018). Segundo dados da Pnad, do IBGE, a taxa de desocupação no 4º trimestre de 2018 foi de 11,6%, e essa foi a menor taxa desde o 1º trimestre de 2017, que registou 13,7%.
Embora esse seja um resultado positivo para a economia brasileira, esse resultado está atrelado ao crescimento do número de trabalhadores informais. A análise mostra que o número de trabalhadores informais chegou ao maior valor já registrado desde 2012, alcançando os 42,4 milhões.
Levantamentos feitos com economistas e analistas da Tendências, Ibre/FGV, GO Associados, Banco Fator, MB Associados e BTG Pactual apontam que, em 2019, de 590 a 870 mil novas vagas com carteira assinada devem surgir. No entanto, o trabalho informal deve continuar superando o emprego formal, e a taxa de desemprego ainda deve ficar acima de 10%.
A lenta criação de empregos com carteira assinada deve impactar diretamente no setor de saúde suplementar. Espera-se que 2019 apresente indicadores econômicos positivos, mas se isso não acontecer, o segmento pode permanecer estagnado por mais um tempo.
Veja a análise completa na recente edição da NAB.
As operadoras de planos de saúde (OPS) médico-hospitalares da modalidade medicina de grupo registraram 488,8 mil novos vínculos entre dezembro de 2018 e o mesmo mês do ano anterior, equivalendo a um crescimento de 2,7%. O segmento foi o único em que houve aumento no total de beneficiários de acordo com a Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB).
O boletim mostra que, em 2018, as medicinas de grupo registraram 488,8 mil novos beneficiários enquanto as operadoras de autogestão perderam 159,9 mil vínculos; as cooperativas médicas, 87,1 mil; as filantrópicas, 21,4 mil; e as seguradoras especializadas, 20,1 mil. No total, o setor fechou o ano passado com 200,2 mil beneficiários, registrando alta de 0,4%, a primeira na comparação anual desde 2014.
Analisando individualmente as 10 operadoras que mais firmaram novos vínculos ao longo do ano passado, 8 são medicinas de grupo. As outras duas são uma seguradora e uma cooperativa.
Problemas econômicos em importantes estados brasileiros (em termos de mercado de saúde suplementar) influenciaram negativamente os resultados de diversas operadoras. Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Rio de Janeiro, que juntos concentram mais de 13 milhões de beneficiários, lideram o ranking de crise fiscal da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (FIRJAN). A NAB aponta que os três estados registraram, juntos, a perda de mais de 75 mil vínculos.
Continuaremos apresentando informações sobre o setor nos próximos dias. Não perca.
Um quarto dos estados brasileiros apresentou crescimento no total de beneficiários de planos médico-hospitalares entre julho de 2017 e o mesmo mês do ano passado, de acordo com a última edição da NAB.
Contudo, acreditamos que ainda é cedo para falar em recuperação do mercado. Especialmente por que a retração dos últimos anos foi bastante significativa – desde 2015 são mais de três milhões de vínculos a planos médico-hospitalares rompidos – e não há sinais econômicos que indiquem uma mudança de rumo em curto prazo, como uma expressiva retomada da criação de empregos no setor de comércio e serviços.
Entre os Estados que registraram aumento no total de vínculos, destacam-se o Ceará e o Amazonas. No Estado do Nordeste brasileiro, foram firmados 47,8 mil novos vínculos nos 12 meses encerrados em julho deste ano. Alta de 3,8%. Já no Amazonas, o avanço foi de 9,1%. O que significa que 45,2 mil novos beneficiários passaram a contar com um plano de saúde médico-hospitalar.
O resultado mineiro, proporcionalmente mais tímido, também foi bastante positivo. O Estado registrou 20,5 mil novos vínculos no período analisado. Apesar de o resultado representar um crescimento de apenas 0,4%, é importante notar que o Estado tem o terceiro maior volume de beneficiários do País, atrás apenas do Rio de Janeiro e São Paulo.
Nos próximos dias apresentaremos o comportamento do mercado em cada uma das grandes regiões e os resultados dos planos exclusivamente odontológicos
Enquanto os planos médico-hospitalares continuam a enfrentar dificuldades, como apresentamos na última sexta-feira (18/8) aqui no Blog, os planos exclusivamente odontológicos prosseguem crescendo.
Nos 12 meses encerrados em julho deste ano, o setor avançou 7,6%. O que significa 1,6 milhão de novos vínculos. Com isso, o total de beneficiários de planos exclusivamente odontológicos chegou a 22,6 milhões, de acordo com a última edição da NAB.
Considerando esses planos, São Paulo é o Estado com o maior número de novos vínculos: 728,3 mil. Alta de 10%. Proporcionalmente, contudo, há estados que apresentaram resultados ainda melhores, como Pernambuco, que registrou alta de 14,1% no total de vínculos com planos exclusivamente odontológicos. O que representa 110,9 mil novos beneficiários.
Mas esses e outros números regionais são assunto para os posts dos próximos dias.
Os planos de saúde médico-hospitalares perderam 61,7 mil beneficiários no Sul do Brasil nos 12 meses encerrados em junho de 2017. Queda de 0,9%, de acordo com a última edição da NAB. No total, a região conta com 6,9 milhões de vínculos com planos médico-hospitalares.
O Rio Grande do Sul, com 2,6 milhões de beneficiários, é o estado do Sul onde mais vínculos foram rompidos. Foram 40,6 mil vínculos rompidos entre junho de 2017 e o mesmo mês de 2016. Queda de 1,5%. No Paraná, foram 22,6 mil vínculos rompidos no mesmo período. Retração de 0,8%.
Já Santa Catarina seguiu na direção contrária. O Estado registrou 1,5 mil novos vínculos nos 12 meses encerrados em junho de 2017. O que representa uma leve alta de 0,1%.
Nós próximos dias apresentaremos o resultado das demais regiões do Brasil.