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Julho 2020
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“Um debate como esse ajuda a criar visões de longo prazo que vai além do tempo político. Precisamos entender que toda solução deve estar baseada em seu impacto na vida das pessoas e das comunidades. Só assim iremos avançar na qualidade da assistência”, comentou Marcelo D'Agostino, Senior Advisor de Sistemas de Informação e Saúde Digital na OPAS / OMS no webinar “A Transformação Digital da Saúde no Brasil”, realizado pelo Wilson Center Brazil Institute em parceria com o IESS.  

Ao mesmo tempo em que gerou demandas urgentes no setor de Saúde no Brasil e no mundo, a pandemia de Covid-19 acelerou o uso de novas tecnologias, incluindo a telessaúde, inteligência artificial e a análise de dados em larga escala. Existe, portanto, um enorme potencial para aproveitar novas soluções para expandir o acesso de pacientes à saúde, melhorar os resultados e reduzir os custos dos serviços de saúde. 

E foi exatamente essa a ideia do painel que contou com a moderação de José Cechin, nosso superintendente executivo. Além de D'Agostino, também participaram Ricardo Zúñiga, Diretor Interino do Brazil Institute; Jacson Venâncio de Barros, diretor do Departamento de Informática do SUS - DATASUS no Ministério da Saúde; Adriana Ventura, Deputada Federal (NOVO - SP); Jac Fressatto, inventor do Robô Laura, fundador e presidente do Instituto Laura Fressatto; e Joel Velasco, vice-presidente sênior de Relações Internacionais do UnitedHealth Group. 

O debate ainda abordou as oportunidades de ampliação da digitalização da saúde e de inteligência artificial no Brasil, experiências de sucesso, desafios do futuro no que diz respeito à infraestrutura, formação dos profissionais, mentalidade das instituições, arcabouço regulatório, possibilidade de integração entre os sistemas público e privado, segurança de dados e outros importantes temas. 

Segundo Adriana Ventura, que atua com temas de saúde no Congresso Nacional, foram feitos mais de 100 mil procedimentos por meio de Telessaúde no Brasil esse ano. “É importante que se supere as resistências por meio do diálogo. Só assim conseguiremos construir um arcabouço regulatório forte”, apontou. Que foi prontamente complementada por Cechin. “A necessidade move as pessoas e o sistema. Mas ainda temos muito espaço para melhorar e ampliar”, disse. 

“Mais do que barreiras estruturais, temos também fortes mudanças de hábitos. Conseguiremos ampliar o acesso e a qualidade depois que essa cultura estiver enraizada e as pessoas perceberem seu valor”, apontou Jacson Venâncio de Barros, que tem a tarefa de garantir a continuidade das ações de informatização e modernização do SUS, de acordo com as orientações e diretrizes definidas pelo Ministério da Saúde.  

O que está em consonância com a visão de Jac Fressatto. Segundo ele, sua ferramenta de Inteligência Artificial, o Robô Laura, tem igual performance em cidades de diferentes regiões e especificidades. “A tecnologia é potencializadora, não substitutiva”, comentou. “Ela não compensa a falta de infraestrutura e a competência dos profissionais de todas as esferas do atendimento, mas permite maior velocidade nos processos e a nossa capacidade de fazer o novo”, conclui. 

Um dos nossos pilares fundamentais é exatamente ampliar o debate e promover o diálogo. Continuaremos nessa missão. Inclusive nosso recente webinar sobre Telessaúde aponta algumas importantes direções nesse tema. Acesse aqui. 

A íntegra do webinar “A Transformação Digital da Saúde no Brasil” pode ser vista abaixo. 

https://www.youtube.com/watch?v=aS_895dr1gQ

Março 2020
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Gisele Gonçalves de Brito conquistou o primeiro lugar do IX Prêmio IESS de Produção Científica em Saúde Suplementar, na categoria Economia, com o trabalho “Tendências e fatores associados ao custo da saúde privada no Brasil: uma análise via modelo Getzen expandido para o envelhecimento da população”, que fez para a conclusão de seu mestrado na Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL-MG).

O estudo analisa os fatores associados ao crescente custo da saúde privada no País, especialmente frente ao envelhecimento populacional e ao fim do bônus demográfico, destacando também o valor das novas tecnologias nesse cenário.  A melhor pessoa para explicar os objetivos deste trabalho é a própria autora.

Como temos apontado há algum tempo, o trabalho indica que uma vez que os reajustes das mensalidades da saúde privada visam refletir os custos do setor e há tendência de crescimento destes custos acima do incremento da renda real e da inflação. No longo prazo, se nada for feito, este comportamento pode pôr em risco a sustentabilidade do setor e inviabilizar a realização de um dos maiores desejos dos brasileiros: a aquisição de um plano de saúde, como mostra a pesquisa IESS/Ibope – leia mais.

É para aprimorar a gestão do setor e incentivar melhores práticas que elaboramos constantemente novos estudos e indicadores, bem como mantemos o Prêmio IESS. Fato reconhecido e destacado por Gisele.

Você também tem um estudo capaz de ajudar no desenvolvimento da saúde suplementar ou está fazendo um trabalho de conclusão de curso de pós-graduação com foco no setor? Fique atento para a abertura das inscrições da edição 2020. Teremos novidades em breve.

Enquanto isso, confira por que a premiação é tão relevante na opinião da vencedora do último ano.

Janeiro 2020
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A aplicação de novas tecnologias em soluções disruptivas com foco na saúde populacional tem crescido exponencialmente. Uma das maiores provas é o destaque que essas novidades têm recebido durante a Consumer Electronics Show (CES), a maior feira de tecnologia do mundo.

Novos aparelhos celulares, TV e “automóveis” que voam ainda são as maiores estrelas do evento, mas mesmo estes equipamentos têm sido apresentados com uma quantidade crescente de recursos relacionados à qualidade de vida e bem-estar. Além disso, o total de expositores de soluções de saúde cresceu quase 25% na comparação entre a edição 2020 e a de 2019.

Um exemplo que deve chegar ao mercado consumidor rapidamente é a nova escova de dentes da Procter & Gamble, que promete usar machine learning e inteligência artificial para ajudar o usuário a melhorar seu processo de escovação, prevenindo o surgimento de cáries e outros problemas de saúde bucal. O que pode ajudar bastante o brasileiro, já que o País conta com Índice de Dentes Cariados, Perdidos ou Obturados (CPO-D) bastante superior ao considerado ideal pela Organização Mundial de Saúde (OMS) – como já comentamos

Na frente de wearables também há inovações interessantes. Além das novidades em relógios e óculos, desenvolvedores estão trabalhando em roupas inteligentes. A Xenoma, por exemplo, conta com um pijama capaz de analisar padrões de sono e prever quedas, entre outras funções. A empresa também tem uma camiseta que monitora sinais vitais e movimentos para alertar motoristas distraídos ou com risco de dormir ao volante, evitando acidentes de trânsito.

Para saber um pouco mais sobre o evento e conhecer outras soluções, recomendamos a leitura da reportagem “A tecnologia a serviço da saúde e do bem-estar é um dos principais destaques do CES 2020”, da Época Negócios.

 

Janeiro 2020
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No fim do ano passado, o seminário “Transformação Digital na Saúde” trouxe novos pontos de vista e reflexões importantes sobre questões que o setor de saúde como um todo tem debatido cada vez mais. Entre eles, o papel das novas tecnologias na oferta de serviços de saúde do futuro e como a crescente interação com inteligências digitais já está modificando a execução de atividades diárias nos sistemas de saúde do Brasil e do mundo.

Neste sentido, a palestra “Telessaúde telemedicina: desafios para uma nova era de cuidados”, do Dr. Chao Lung Wen, professor líder do grupo de pesquisa de telemedicina da Universidade de São Paulo (USP), nos mostra que a transformação está acontecendo em ritmo bastante intenso – segundo ele, já estamos na era da saúde 5.0 – e revela possibilidades animadoras para o futuro. Não só sobre os impactos tecnológicos propriamente ditos, mas também a respeito dos aspectos éticos relacionados a estas mudanças. Por exemplo, o Professor Wen é categórico ao afirmar que “a telemedicina não desumaniza (o atendimento)”.

Claro, temos nossa própria avaliação sobre as informações apresentadas e vamos compartilhar com você, leitor deste blog. Mas, hoje, gostaríamos de te convidar para ver esta “aula” e refletir. Aproveite.

 

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Dezembro 2019
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No dia 11 de dezembro, realizamos o seminário “Transformação Digital na Saúde”  e a cerimônia de entrega do IX Prêmio IESS de Produção Científica em Saúde Suplementar

Depois, publicamos os trabalhos vencedores e também a apresentação do Dr. Chao Lung Wen, professor líder do grupo de pesquisa de telemedicina da Universidade de São Paulo (USP), sobre telessaúde e os desafios para uma nova era de cuidados

Agora, antes de pararmos para o recesso de fim de ano, queremos aproveitar para publicar os vídeos do evento: 

Vídeo resumo com depoimento dos vencedores do IX Prêmio IESS

Abertura do seminário Transformação Digital na Saúde

Palestra – Telessaúde e telemedicina: desafios para uma nova era de cuidados

Debate – Uma visão integrada dos desafios da transformação digital na saúde

O Blog do IESS irá fazer uma pequena parada neste fim de ano. Voltamos a publicar nossas análises e conteúdos exclusivos a partir de 6 de janeiro de 2020.  

Boas festas e um próspero ano novo! 

 

Outubro 2019
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A incorporação de novas tecnologias é um dos temas mais sensíveis para a saúde, sendo um dos principais impulsionadores dos custos do setor no mundo. Por isso, é um dos assuntos que mais buscamos analisar aqui no Blog e no portal IESS como um todo. O tema já foi abordado 158 posts do blog (159, contando com este), 29 vídeos, 25 estudos, e 21 apresentações em eventos. Todo esse material pode ser acessado facilmente em nossa Área Temática

Claro, como já falamos aqui, a inovação tecnológica é boa e desejada, mas precisamos ponderar bem em que casos ela deve ser empregada e, principalmente, que não há como prover tudo o tempo todo para todos. Para garantir equilíbrio, a Avaliação de Tecnologia em Saúde (ATS), em moldes semelhantes ao que o Conitec faz para o Sistema Único de Saúde (SUS), é fundamental. 

Ou seja, acreditamos que antes de uma nova tecnologia ser incorporada na saúde suplementar é necessário um extenso processo avaliatório com critérios bem claros para indicar em que casos a nova tecnologia é ou não eficiente, bem como sua relevância frente ao uso de outros dispositivos. 

Apenas para ter um exemplo prático e claro: a tomografia computadorizada é um exame reconhecidamente efetivo para diversos casos, especialmente para a detecção de câncer, mas há outros que um simples raio x pode resolver. Quando uma criança bate a cabeça e é levada ao hospital, por exemplo, é mais prático e seguro para a própria criança tirar uma radiografia e colocá-la em observação do que tentar manter a criança imóvel para passar por um tomógrafo que emite uma quantidade maior de radiação. Realizar os dois exames, então, nos parece completamente descabido. 

Claro que há outras questões que podem contribuir para o uso mais eficiente dos recursos de saúde e para que a incorporação de novas tecnologias não tenha um impacto tão elevado nos custos do setor, como a mudança do modelo de remuneração dos prestadores de serviços de saúde, comentada aqui, o emprego de recursos como franquia e coparticipação para trazer o beneficiário mais para perto do processo decisório, como analisamos aqui, e mesmo uma mudança de consciência dos próprios beneficiários, como destacamos recentemente

Entendemos, contudo, que nada disso deve ser empecilho para o setor procurar adotar ações mais claras e avançar na Avaliação de Tecnologias em Saúde. 

Você tem um trabalho sobre esse assunto? Que tal exibir sua ideia para pesquisadores e gestores do setor durante a cerimônia de entrega do IX Prêmio IESS? Confira o regulamento e inscreva seu pôster. Você tem até 15 de outubro! 

Maio 2019
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Desde o começo do ano, temos mostrado iniciativas na saúde suplementar em que a aplicação de novas tecnologias está possibilitando mudanças no cenário atual ou, ao menos, projetando possibilidades muito interessantes para o desenvolvimento do setor no futuro. É o caso, por exemplo, dos novos aplicativos apresentados na Consumer Eletronics Show (CES); dos avanços de Google, Apple, Amazon e Microsoft com smartspeakers; da clínica Ping An Good Doctor, que realiza 50 milhões de atendimentos diagnósticos por mês apenas por meio de inteligência artificial; e das inovações apresentadas na South by Southwest (SXSW), entre outros. 

Claro, não somos os únicos a acompanhar os últimos avanços tecnológicos e o potencial que eles têm para mudar o mercado. Recentemente, Michael Reddy, presidente da Healthcare Weekly – revista dos Estados Unidos focada em inovações na saúde –, escreveu um artigo elencando as 9 tecnologias com as quais todo executivo do setor deveria estar animado. 

A primeira delas? Inteligência artificial (IA). Além dos empregos já explorados para a tecnologia, como o diagnóstico na Ping An Good Doctor ou a viabilidade de agendar consultas e muito mais por meio dos smartspeakers, Reddy aponta três que a IA será fundamental para o futuro do segmento – especialmente por sua capacidade de mitigar e prevenir riscos. Três formas de fazer isso seriam:  

• Lembretes automáticos. Solução ideal para monitorar e garantir que os remédios corretos sejam tomados no tempo certo. 

• Identificar perfis de risco. Descobrir pessoas que precisam de atenção médica e alertar equipes especializadas para atuar de forma personalizada. O IBM Watson está sendo testado, por exemplo, para atuar em casos de pessoas com vício em opioides (morfina, codeína, metadona etc.).  

• Possibilitar o uso personalizado de medicamentos de acordo com características fisioquímicas de cada indivíduo. 

• Para conhecer as outras oito tecnologias apontadas por Reddy, sugerimos ler o artigo original (infelizmente disponível apenas em inglês). 

Abril 2019
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Pela complexidade do sistema de saúde, a maturidade para uso dos dados dos pacientes de forma eficiente ainda é um desafio em diferentes aspectos. E não é algo específico do caso brasileiro. Lembrar de como a tecnologia e as diversas inovações digitais mudaram as relações e transformaram a rotina de diversas áreas já não é novidade. Tampouco falar do ganho de eficiência trazido por meio dessas inovações.  

Um aspecto, no entanto, sempre foi fundamental e necessita ainda de debate: a maior disseminação e melhor uso de diversas ferramentas está totalmente relacionado com a segurança dos dados. Como já mostramos aqui, no último ano foi aprovada a nova Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) em território nacional.  

Em debate há anos, o projeto ganhou maior visibilidade recentemente por conta de diversos escândalos envolvendo vazamento de dados de redes sociais e sua influência direta em eleições de diversos países, como no Brasil. Além dessas questões, a regulação europeia quanto ao tema gerou um movimento em diversas nações para adaptação e atualização de seus marcos regulatórios.  

Sendo assim, o texto nacional traz regras claras para empresas e entidades utilizarem e coletarem dados pessoais (seja em ambiente online ou offline), estabelece punição para as que fizerem uso indevido e a criação da Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), autarquia a ser vinculada ao Ministério da Justiça, para fiscalizar e aplicar sanções, entre outros aspectos. 

Mas voltando ao início, como lidar com essa delicada questão no ambiente da saúde, seja pública ou privada? O tema tem gerado diferentes discussões em eventos e publicações da área e algumas questões têm ganhado mais clareza e aprofundamento. 

Um desses esforços para entender a aplicação na saúde veio de artigo publicado no jornal O Estado de S. Paulo. De autoria de Ana Paula Oriola De Raeffray, doutora em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP), a publicação joga luz sobre algumas importantes questões. “O dado pessoal referente à saúde, o dado genético e o dado biométrico são qualificados como sensíveis na LGPD podendo ser tratado, sem consentimento do titular apenas na hipótese em que for indispensável, na área de saúde, para a proteção da vida ou da incolumidade física do titular do dado ou de terceiro ou na tutela da saúde, em procedimento realizado por profissionais da área da saúde ou por entidades sanitárias”, diz a especialista. “É claro que todas estas questões serão debatidas no processo de implantação da LGPD, que deverá ocorrer até agosto de 2020”. 

Segundo a advogada, em 1997 foram desenvolvidos os princípios para a segurança das informações e dados pessoais na área médica, estabelecidos no Relatório Caldicott, apresentados no artigo: 

1) Justificar propósito para a utilização da informação confidencial;  

2) Não usar o dado pessoal confidencial a não ser que seja absolutamente necessário;  

3) Utilizar o dado pessoal confidencial o mínimo necessário;  

4) O acesso ao dado pessoal confidencial deve ser restrito àquelas pessoas que necessitam conhecê-lo;  

5) Toda pessoa com acesso ao dado pessoal confidencial deve estar ciente de suas responsabilidades;  

6) O acesso ao dado pessoal confidencial deve estar de acordo com a legislação;  

7) A obrigação de compartilhamento do dado confidencial pode ser tão importante quanto a obrigação de proteger a confidencialidade dos dados do paciente. 

  

Muito ainda será debatido e aprofundado pelo setor devido à sensibilidade do tema. Seguiremos acompanhando. Confira o artigo na íntegra. 

Abril 2019
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No início deste ano, falamos um pouco sobre como novas tecnologias estão transformando nosso dia a dia, não apenas na saúde, mas também na forma como “consumimos” notícias, música, etc. Especialmente com a crescente popularização de smart speakers (alto falante inteligente). Um cenário que abre inúmeras possibilidades também para o campo de monitoramento da saúde, programas de promoção e muitos outros, como já abordamos aqui no blog

Agora, duas gigantes do mercado de tecnologia estão avançando no mercado de testes clínicos: a Apple e a Alphabet (empresa “mãe” do Google e seus outros braços do grupo, como Calico e Verily), que estão buscando empregar sua capacidade de captação e análise de dados, inclusive por meio de wearables (tecnologias para usar no corpo, como smartwatches). Um movimento que pretendemos acompanhar de perto. Especialmente pelo potencial que o uso de novas tecnologias tem para reduzir o tempo médio consumido para cada teste e seu custo. O que poderia tornar todo o processo mais simples e acessível. 

O movimento pode beneficiar, no futuro, o trabalho da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) e possibilitar que outras empresas desenvolvam testes semelhantes para incorporação de tecnologias ou procedimentos terapêuticos no mercado privado. Vale lembrar que a saúde suplementar, diferentemente da pública, não conta com uma Conitec para analisar custo efetividade de novas tecnologias e sua incorporação no sistema, sendo obrigada a fazê-los quando listadas no Rol de Procedimentos Mínimos da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). No entanto, o setor também tem o benefício de incorporar por iniciativa própria tecnologias que possam proporcionar melhor custo efetividade e auxiliar na qualidade assistencial aos beneficiários.  

Para entender porque a Análise de Tecnologia na Saúde (ATS) é vital para sustentabilidade econômico-financeira da saúde suplementar, recomendamos rever as apresentações do nosso seminário “Incorporação de Tecnologias na Saúde Suplementar”. Principalmente a palestra de Reynaldo Rocha, da Planserv, exatamente sobre a incorporação de tecnologias não listadas no Rol da ANS. 

https://youtu.be/PIMOWot0CRM

Continuaremos acompanhando a movimentação do setor quanto ao tema.  

Abril 2019
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Falar em regulação é, quase sempre, algo complicado. Principalmente porque é difícil achar um equilíbrio para que o setor em questão, seja ele qual for, se torne atrativo tanto do ponto de vista dos demandantes quanto dos investidores. Muitas vezes, o melhor é deixar o mercado balizar essa relação. Contudo, há outras em que o desiquilíbrio entre as partes é evidente e a regulação por terceiros é necessária.

No setor de saúde, sem entrar no mérito de qual deveria ser o nível de regulação ou não, parece claro que há excessos. A redução na oferta e contratação de planos individuais é um sintoma evidente disso.

Ao nosso ver, uma alternativa para evitar que isso volte a acontecer em outras frentes do setor de saúde suplementar, que é extremante dinâmico, seria a autorregulação.

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) determina um rol mínimo de procedimentos para serem atendidos pelas Operadoras de Planos de Saúde (OPS). Mas nada impede que elas aumentem esse rol ou mesmo elaborem ferramentas de autorregulação para a incorporação de novas tecnologias. Não há dispositivo legal que proíba, por exemplo, a criação de um Conitec da Saúde Suplementar. Nesse caso, ao invés de esperar a ANS decretar a incorporação de um medicamento, exame ou outro procedimento, o setor se anteciparia e estabeleceria critérios claros para sua adoção. Inclusive divulgando-os aos prestadores de serviço, beneficiários e sociedade de modo geral.

Mas há outros casos em que a autorregulação pode ser altamente efetiva e positiva para o setor. Um deles diz respeito às práticas determinadas pela Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Ao invés de esperar a efetiva criação da Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) para normatizar a questão, as OPS e os prestadores de serviço de saúde têm a chance de adotar, por conta própria, boas práticas que podem, inclusive, servir de exemplo para outros setores.

A questão foi bem explorada no artigo “LGPD: desafios e oportunidades para o setor da saúde”, de Juliana Pereira, integrante do Comitê das Nações Unidas para Proteção ao Consumidor e membro do Conselho de Autorregulação e Relações com Cliente da Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN). Vale a leitura.

Ah, se você se interessa por esse tema, não deixe de participar do seminário “Transformação Digital na Saúde”, que realizaremos dia 11 de dezembro, no hotel Tivoli Mofarrej (Al. Santos, 1.437), em São Paulo. Inscreva-se agora!