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Agosto 2024
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Levantamento indica necessidade de atenção aos cuidados de saúde de crianças e adolescentes . Variação de custos médico-hospitalares do grupo de 0 a 18 anos foi de 32,7% até setembro/2023, mais de quatro vezes do que a de idosos e 2,5 vezes a da média de todos os beneficiários

São Paulo, 12 de agosto de 2024 – Os custos dos planos de saúde com beneficiários na faixa etária de 0 a 18 anos apresentou um crescimento amplamente superior no período pós-pandemia de Covid em comparação aos valores registrados pela média dos beneficiários e também em relação à população mais idosa (a partir de 59 anos). A constatação é do estudo “Análise dos custos da Variação Médico-Hospitalar de planos individuais na faixa etária de 0 a 18 anos”, elaborado pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), ao utilizar uma base de dados de planos médico-hospitalares individuais.

“Os resultados apontam para a necessidade de se revisar os hábitos de saúde das crianças e adolescentes. Isso envolve temas como alimentação, práticas de atividades físicas, acompanhamento de saúde mental. Se não olharmos com muita atenção a esse problema, teremos uma geração futura com muitos problemas de saúde”, pontua José Cechin, superintendente-executivo do IESS.

Em setembro de 2023, último período disponível, a Variação dos Custos Médico-Hospitalares (VCMH), ou seja, a variação da despesa per capita nos 12 meses até setembro de 2023, foi de 32,7% para o grupo dos mais jovens, de zero a 18 anos. Em comparação, a VCMH dos beneficiários de 59 anos ou mais (última faixa de agrupamento de planos de saúde) foi de 7,8%. Para apurar a VCMH, considera-se a variação de preço unitário em grupos de produtos e serviços de saúde (por exemplo, o comportamento dos preços de exames) e a frequência de utilização (ou seja, o volume consumido). “Desde 2015, o índice VCMH da faixa de 0 a 18 anos sempre ficou acima do que o da média dos beneficiários e o do grupo dos idosos. O que chama a atenção é que, a partir de 2021, no período pós-pandemia, o crescimento dos custos dos mais jovens é maior e mais intenso, proporcionalmente, à média e ao grupo dos idosos”, analisa Cechin.

Nos diversos grupos de despesas de operadoras, destaca-se o crescimento dos custos em Outros Serviços Ambulatoriais (OSA), que engloba atendimentos profissionais de fisioterapeutas, psicólogos e nutricionistas, entre outros de nível superior não-médicos. Em setembro de 2023, foi registrado crescimento de 9% no custo médio dos serviços e de 26,6% na frequência de utilização, comparativamente aos 12 meses anteriores. No grupo Terapias, o custo médio aumentou 3%, enquanto a frequência cresceu 63,8%. Por outro lado, o estudo relata o crescimento menos intenso no grupo Consultas (altas de 7,7% no custo médio e de 4% na frequência de utilização) e no grupo de Exames (aumento de 4,7% na frequência de utilização, enquanto o custo médio teve resultado negativo de 0,9%).

A hipótese levantada pelo trabalho para os aumentos, especialmente nos grupos OSA e Terapias, é de haver relação com as recentes tendências de sobrepeso e obesidade infantil, que podem ter sido potencializadas durante o período da pandemia, por conta do afastamento social. Pesquisas citadas pelo estudo reforçam a hipótese, considerando o sedentarismo (em especial pelo tempo de permanência à frente de telas e redução de atividades esportivas) e a alimentação hipercalórica como fatores a potencializar o problema de saúde.

O IESS também considera que outro fator de potencialização dos custos para a primeira faixa etária está relacionado ao crescimento dos casos diagnosticados do Transtorno do Espectro Autista (TEA) e à elevada demanda por tratamentos. Em julho de 2022, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) revogou o limite de cobertura de quatro categorias profissionais: fonoaudiologia, psicologia, terapia ocupacional e fisioterapia, o que pode ter gerado uma pressão inflacionária na VCMH. Um estudo do IESS identificou, em caráter exemplificativo a partir da análise dos dados de uma operadora de plano de saúde, que as internações psiquiátricas de crianças diagnosticadas com TEA saltaram, entre 2015 e 2022, de 33 pacientes para 391, sendo que o pico foi registrado em 2021, com 592 pacientes. Conforme relata o estudo, o crescimento pode estar relacionado à pandemia, novamente por conta do isolamento social e da interrupção de tratamentos.

Outro dado preocupante desse novo estudo do IESS é o indicativo de tendência de continuidade de alta dos custos para o atendimento à população mais jovem, baseando-se em uma metodologia internacional de projeção de custos (o modelo ARIMA, com linguagem Python). Isso torna o cenário de cuidados à saúde para a população mais jovem bastante desafiador, especialmente se considerado o fato de os planos de saúde estarem baseados no princípio do mutualismo, no qual os beneficiários mais saudáveis e os mais jovens subsidiam parte dos custos dos menos saudáveis e mais idosos.

A íntegra do estudo está disponível aqui

Sobre o IESS
O Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) é uma entidade sem fins lucrativos com o objetivo de promover e realizar estudos sobre saúde suplementar baseados em aspectos conceituais e técnicos que colaboram para a implementação de políticas e para a introdução de melhores práticas. O Instituto busca preparar o Brasil para enfrentar os desafios do financiamento à saúde, como também para aproveitar as imensas oportunidades e avanços no setor em benefício de todos que colaboram com a promoção da saúde e de todos os cidadãos. O IESS é uma referência nacional em estudos de saúde suplementar pela excelência técnica e independência, pela produção de estatísticas, propostas de políticas e a promoção de debates que levem à sustentabilidade da saúde suplementar.

Mais informações
LetraCerta Inteligência em Comunicação

Emerson Oliveira – [email protected]
(11) 98231-8002

Jander Ramon – [email protected]
(11) 98205-2738

Texto para Discussão

TD 105 – Análise dos custos da variação médico-hospitalar de planos individuais na faixa etária de 0 a 18 anos

Agosto 2024

O estudo investiga a Variação dos Custos Médico-Hospitalares (VCMH) na faixa etária de 0 a 18 anos em planos individuais, oferecendo uma previsão para os próximos 12 meses a partir de setembro de 2023. Baixe a íntegra do relatório.

Agosto 2024
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Com convergência de resultados positivos de indicadores, Instituto enxerga primeiros sinais de recuperação depois da crise no período pós-pandemia

São Paulo, 01 de agosto de 2024 - As operadoras de planos de saúde de assistência médico-hospitalar fecharam o primeiro trimestre desse ano com Resultado Operacional (RO) positivo de R$ 1,9 bilhão, o primeiro desempenho “no azul” para os três primeiros meses desde 2021. Além disso, o resultado trimestral apresentou convergência positiva dos três principais indicadores de desempenho econômico-financeiro do setor: RO, Resultado Líquido (RL) e Resultado Financeiro (RF) – algo inédito desde 2020 (até então, pelo menos um dos três indicadores tinha performance negativa no primeiro trimestre). Os dados fazem parte do relatório “Análise econômico-financeira dos planos de assistência médica no Brasil (2018-2024): Impactos da pandemia e perspectivas de recuperação”, produzido pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS).

“A Receita Operacional retrata exatamente todas as entradas e saídas das operadoras especificamente com o negócio do plano de saúde, sem envolver os ganhos financeiros, por exemplo, com aplicações de Tesouraria. Obter um resultado operacional positivo é uma condição elementar para a sobrevivência e sustentabilidade de qualquer negócio e, claro, o mesmo raciocínio vale para uma operadora de plano de saúde”, analisa o superintendente executivo do IESS, José Cechin.

A RO equivale à diferença entre receitas e despesas da operação, ou seja, é o resultado obtido após deduzir despesas assistenciais, administrativas, de comercialização e outras do volume total de receitas obtidas com contraprestações (mensalidades) e outras operacionais. Isso exclui, portanto, os ganhos financeiros das operadoras. Cabe lembrar que, em março de 2024,
os planos de saúde de assistência médico-hospitalar contavam com 50,9 milhões de beneficiários, sendo que 17% possuíam planos individuais ou familiares, enquanto 83% estavam em planos coletivos empresariais ou por adesão, distribuídos entre 673 operadoras.

Segundo Cechin, diante da crise econômica deflagrada no setor desde a pandemia do Covid-19 iniciada em 2020, esse é o primeiro sintoma de um processo de recuperação do sistema de saúde suplementar. Prova disso é que o RO do primeiro trimestre de 2024 representou uma melhora considerável  ante o mesmo período de 2023, quando foi registrado resultado de negativo de R$ 1,7 bilhão. 

O resultado é significativo porque, a partir de 2022, o setor viveu um processo de intensificação de demanda de serviços de saúde, a partir da retomada de procedimentos suspensos durante a pandemia de Covid-19 (2020 e 2021).  “Entre 2022 e 2023, observou-se uma deterioração no resultado operacional, registrando valores negativos de R$ 10,7 bilhões e R$ 5,9 bilhões, respectivamente. Por outro lado, os resultados financeiros apresentaram melhora significativa, impulsionados pelo acelerado crescimento nas taxas de juros, alcançando R$ 9,4 bilhões e R$ 11,2 bilhões, respectivamente. O resultado líquido foi negativo em R$ 529,8 milhões e positivo em R$ 1,9 bilhão, respectivamente”, relata o documento.

A margem de lucro líquido (MLL), que representa a porcentagem do RL em relação ao total de receitas operacionais acumuladas no período, variou consideravelmente ao longo do tempo analisado, oscilando entre -4,7% e 16,2% (início da pandemia). No primeiro trimestre de 2024, a MLL foi, no entanto, de 3,7%, refletindo uma melhoria gradual nas margens das operadoras médico-hospitalares.    

O estudo explica que os primeiros sinais de recuperação advêm de diversas iniciativas deflagradas pelas operadoras, caso de renegociações de contrato com fornecedores e prestadores de serviços, ganhos de eficiência administrativa – sobretudo com uso de tecnologias e melhorias de processos, combate ao desperdício (especialmente no enfrentamento de práticas fraudulentas) e reorientação assistencial, com foco em promoção da saúde, cuidados preventivos e apoio à gestão de saúde de portadores de doenças crônicas.

Todo esse conjunto de iniciativas também refletiu em melhoria da sinistralidade, outro indicador relevante. A proporção das receitas destinadas às despesas assistenciais atingiu o patamar de 91,7% no segundo trimestre de 2022, até chegar ao índice de 82,5%, no primeiro trimestre de 2024, dentro da média histórica. “Observa-se uma tendência de redução da sinistralidade em todos os períodos, indicando uma possível recuperação do setor do ponto de vista econômico-financeiro, com a ressalva de que o primeiro trimestre de cada ano tende a apresentar resultados líquidos mais favoráveis”, informa o documento.

A íntegra do estudo está disponível em www.iess.org.br. Para realizar esse trabalho, o IESS extraiu os dados (em valores nominais) da base da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), integrou e analisou as informações.

Sobre o IESS
O Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) é uma entidade sem fins lucrativos com o objetivo de promover e realizar estudos sobre saúde suplementar baseados em aspectos conceituais e técnicos que colaboram para a implementação de políticas e para a introdução de melhores práticas. O Instituto busca preparar o Brasil para enfrentar os desafios do financiamento à saúde, como também para aproveitar as imensas oportunidades e avanços no setor em benefício de todos que colaboram com a promoção da saúde e de todos os cidadãos. O IESS é uma referência nacional em estudos de saúde suplementar pela excelência técnica e independência, pela produção de estatísticas, propostas de políticas e a promoção de debates que levem à sustentabilidade da saúde suplementar.

Mais informações
LetraCerta Inteligência em Comunicação

Emerson Oliveira – [email protected]
(11) 98231-8002

Jander Ramon – [email protected]
(11) 98205-2738

Agosto 2024
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Pela primeira vez desde 2021, as operadoras de planos de saúde de assistência médico-hospitalar fecharam o primeiro trimestre desse ano com Resultado Operacional (RO) positivo, de R$ 1,9 bilhão. O resultado trimestral apresentou convergência positiva dos três principais indicadores de desempenho econômico-financeiro do setor: RO, Resultado Líquido (RL) e Resultado Financeiro (RF), algo inédito desde 2020 (até então, pelo menos um dos três indicadores tinha performance negativa no primeiro trimestre). Sinais de recuperação? É sobre isso que se trata no “Texto para Discussão 104 – Análise econômico-financeira dos planos de assistência médica no Brasil (2018-2024): Impactos da pandemia e perspectivas de recuperação”, que acabamos de produzir.
 
Para quem não está tão familiarizado, a Receita Operacional retrata exatamente todas as entradas e saídas das operadoras especificamente com o negócio do plano de saúde, sem envolver os ganhos financeiros, por exemplo, com aplicações de Tesouraria. Corresponde à diferença entre receitas e despesas da operação, ou seja, é o resultado obtido após deduzir despesas assistenciais, administrativas, de comercialização e outras do volume total de receitas obtidas com contraprestações (mensalidades) e outras operacionais. Em março de 2024, os planos de saúde de assistência médico-hospitalar contavam com 50,9 milhões de beneficiários, sendo que 17% possuíam planos individuais ou familiares, enquanto 83% estavam em planos coletivos empresariais ou por adesão, distribuídos entre 673 operadoras.
 
Diante da crise econômica deflagrada no setor desde a pandemia do Covid-19 iniciada em 2020, esse é o primeiro sintoma de um processo de recuperação do sistema de saúde suplementar. Significa dizer que o setor está em recuperação? Recomenda-se cautela, mas os sinais são encorajadores.
 
Acesse aqui a íntegra do novo estudo.

Texto para Discussão

TD 104 – Análise econômico-financeira dos planos de assistência médica no Brasil (2018-2024): Impactos da pandemia e perspectivas de recuperação

Agosto 2024

O relatório analisa a evolução econômico-financeira (em valores nominais) dos planos de saúde de assistência médico-hospitalar no Brasil, abrangendo o período do 1º trimestre de 2018 ao 1º trimestre de 2024. Baixe a íntegra do relatório.

Maio 2024
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A oferta e aplicação de tecnologia são os indutores da grande revolução em curso na sociedade e, de forma mais aguda, no sistema de saúde. Muito se fala sobre o uso de recursos tecnológicos como a captação, armazenamento e uso de dados; como dispositivos podem contribuir para gestão da saúde; de que forma os modelos de programação e de algoritmos colaboram para a antecipação de diagnósticos e assertividade para tratamentos. Enfim, o tema é extenso.

E tão extenso que o IESS se viu desafiado a produzir um conteúdo de referência para consultas por quem deseja navegar sobre esse assunto. Esse é o papel do Texto de Discussão 103 (2024) – O que é Saúde 4.0: Desvendando Termos, Oportunidades e Desafios na Saúde Suplementar.

O trabalho contextualiza a evolução tecnológica a partir do ambiente industrial, evolui para as terminologias usadas, passa pela aplicação no sistema de saúde e aponta oportunidades de implementação para a melhoria da saúde suplementar, sem desconsiderar os desafios a serem superados.

Acesse o novo estudo do IESS e abandone o “achismo”. Ah, e se você chegou aqui, então é justo pelo menos saber o que é Saúde 4.0: “Refere-se à integração de tecnologias avançadas, como inteligência artificial, Internet das Coisas (IoT), impressão 3D e blockchain, para melhorar a eficiência, acessibilidade e qualidade dos cuidados de saúde”.

Quer saber mais?   Baixe o estudo na íntegra aqui.


 

Texto para Discussão

TD 103 - O que é "Saúde 4.0": Desvendando termos, oportunidades e desafios na saúde suplementar

Maio 2024

Este Texto para Discussão (TD) apresenta uma visão geral do termo “Saúde 4.0” e seu impacto na área da saúde suplementar. A “Saúde 4.0” refere-se à integração de tecnologias avançadas, como inteligência artificial, Internet das Coisas (IoT), impressão 3D e blockchain, para melhorar a eficiência, acessibilidade e qualidade dos cuidados de saúde.

Março 2024
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No Brasil, o número de internações em decorrência de doenças raras cresceu 20,4% (de 156.507 para 188.447) entre 2021 e 2022. A informação é do Texto para Discussão 101 “Doenças Raras: Panorama dos gastos com internações nos planos de saúde do Brasil (2021 e 2022)”, lançado pelo IESS no dia 29 de fevereiro, no Dia Mundial das Doenças Raras. 

O material analisa internações de um conjunto de 50 tipos de doenças raras com tratamentos específico e com código CID definido com base em dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e aponta que a região Sul do Brasil seguiu a tendência de alta do País e registrou aumento de 12% nos procedimentos entre um ano e outro. Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná somaram, em 2021, 28.556 casos e, em 2022, 31.996. 

O Sul é a segunda região com o maior número de casos de internações no período analisado. Já o Sudeste lidera a lista de casos com 99.537 (2021) e 122.260 (2022). O grande número desses procedimentos nessas regiões pode ser atribuído à oferta de tratamentos e capacidade de diagnóstico que é maior em comparação com o resto do País. 

Já em relação às despesas das operadoras relacionadas às internações em decorrência de doenças raras no Sul, o levantamento apontou que no período analisado houve um crescimento de 19%. O gasto total em 2021 foi de R$ 45,8 milhões e, em 2022, R$ 54,4 milhões.

É importante destacar que doença rara é aquela que coloca em risco a vida do paciente ou é cronicamente debilitante e tem baixa prevalência (65 pessoas em cada 10 mil habitantes). No Brasil, cerca de 13 milhões de pessoas são afetadas por essas condições. O estudo está disponível na íntegra aqui
 

Texto para Discussão

TD 102 - Dia Mundial da Saúde Bucal – Cobertura e práticas sustentáveis para beneficiários de planos odontológicos

Março 2024

20 de março | Dia Mundial da Saúde Bucal: este estudo especial apresenta os números e crescimentos do setor, as coberturas dos planos odontológicos, a importância da prevenção e do cuidado de saúde bucal. Veja a íntegra do estudo. 

Março 2024
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No Brasil, o número de internações em decorrência de doenças raras cresceu 20,4% (de 156.507 para 188.447) entre 2021 e 2022. Este aumento foi observado em todas as regiões do País, com exceção do Norte, que apresentou uma queda de 20%. A informação é do Texto para Discussão 101 “Doenças Raras: Panorama dos gastos com internações nos planos de saúde do Brasil (2021 e 2022)”, lançado pelo IESS no dia 29 de fevereiro, no Dia Mundial das Doenças Raras. 

O estudo aponta que os sete estados da região (Amazonas, Pará, Acre, Roraima, Rondônia, Amapá e Tocantins) registraram, em 2021, 2.379 internações em decorrência de doenças raras, enquanto em 2022, os casos caíram para 1.892. O material analisa internações de um conjunto de 50 tipos de doenças com tratamentos específicos e com código CID definido com base em dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

O Norte foi também a região que apresentou os menores números de internações do País no período. Em contrapartida, o Sudeste liderou a lista de ocorrências com 99.537 (2021) e 122.260 (2022), seguido do Sul que registrou 28.556 casos (2021) e 31.996 (2022). A grande quantidade desses procedimentos nessas regiões pode ser atribuída à oferta de tratamentos e capacidade de diagnóstico que é maior em comparação com o resto do País. 

Já em relação às despesas das operadoras relacionadas às internações em decorrência de doenças raras no Norte, o levantamento apontou que no período analisado houve uma diminuição de 9,7%. O gasto total em 2021 foi de R$ 4,1 milhões e, em 2022, R$ 3,7 milhões.

É importante destacar que doença rara é aquela que coloca em risco a vida do paciente ou é cronicamente debilitante e tem baixa prevalência (65 pessoas em cada 10 mil habitantes). No Brasil, cerca de 13 milhões de pessoas são afetadas por essas condições. O estudo está disponível na íntegra aqui