Como falamos recentemente, em 2020 mais de 1,6 milhão de teleconsultas foram realizadas pelas 15 operadoras associadas à Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde). Em 90% delas, o paciente teve seu caso resolvido pelo atendimento virtual, evitando que muitas pessoas saíssem de suas casas à procura de cuidados médicos, lotando ainda mais as instituições de saúde.
No cenário atual de pandemia pelo novo coronavírus, muitos profissionais e pacientes que antes nunca haviam tido contato com a telemedicina passaram a priorizar esse tipo de atendimento, evitando idas desnecessárias aos hospitais. O que chama a atenção para uma demanda antiga: da regulamentação definitiva da telemedicina, para além do período de pandemia.
Por saber dessa necessidade, a entidade lançou a campanha “Telessaúde: Mais Saúde para o Brasil”, iniciativa que conta com uma série de ações. O projeto visa ampliar a discussão sobre a importância da telessaúde e garantir que essa modalidade tenha uma regulamentação definitiva, diminuindo a desigualdade no acesso à saúde.
Em linha com a iniciativa, o artigo de Jamil Cade no Portal Hospitais Brasil também aponta para essa importante questão. Para ele, com a regulamentação da prática, os atendimentos remotos poderão acontecer de forma padronizada e ainda mais segura, com as plataformas corretamente adequadas aos critérios do Conselho Federal de Medicina (CFM) e da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
“Dessa forma, é possível estimar que cada vez mais profissionais de saúde irão aderir à prática, o que contribui para a diminuição de filas de espera em hospitais e centros médicos, além de proporcionar um atendimento humanizado e acessível para pacientes em qualquer lugar do país e até mesmo fora dele”, aponta o especialista. Apesar das barreiras, sobretudo tecnológicas, que precisam ser quebradas, as teleconsultas hoje conseguem alcançar um grau de resolutividade superior a 80%.
Nunca se falou tanto em Telessaúde como no último ano. Até mesmo quem nunca tinha ouvido falar do termo foi impactado de algum modo. E não é por menos. Trazer cada vez mais informações sobre o potencial da tecnologia na medicina é um assunto urgente, que ganha ainda mais relevância em meio à maior crise sanitária da nossa geração.
De nossa parte, temos, constantemente, abordado o tema em diferentes áreas. Você pode acessar aqui o artigo “Telemedicina do presente para o Ecossistema de Saúde Conectada 5.0”, de Chao Lung Wen, professor líder do grupo de pesquisa USP em Telemedicina, Tecnologias Educacionais e eHealth no CNPq/MCTI e um dos maiores especialistas do País no tema.
Ou ainda o nosso Texto para Discussão que mostra a experiência internacional com o uso do recurso em sete países além do Brasil (Albânia, Austrália, Bangladesh, China, Estados Unidos, México e Noruega).
Acesse o artigo de Jamil Cade na íntegra aqui.
“O setor cresce em ritmo acelerado. Dados do IESS apontam que a modalidade saltou de 13,5 milhões de beneficiários em 2010 e saltou para mais de 27 milhões neste ano. Ganhando cada vez mais relevância no cenário brasileiro. Por isso precisamos debater um tema de grande importância para o setor: a desproporcionalidade das multas no segmento”.
O trecho acima foi da fala inicial de Virgínia Rodarte, advogada especializada em saúde suplementar e assessora regulatória do SINOG, em nossa Jornada Jurídica da Saúde Suplementar: “Equilíbrio e equidade na odontologia suplementar - Análise de regras e penalidades”. “Precisamos mesmo revisitar determinadas normas. A ANS tem colaborado com a criação, por exemplo do Grupo de Trabalho do setor em que tentou fazer uma reformulação global do modelo sancionador praticado pela agência”, continuou em sua exposição.
O encontro contou com palestra exclusiva de Floriano de Azevedo Marques Neto, Professor Titular de Direito Administrativo da Faculdade de Direito da USP. Para ele, as sanções têm finalidades de desincentivar condutas indesejadas e reparar a ordem jurídica agredida. “A sanção é uma etapa do sistema regulatório e tem uma série de normas que balizam o comportamento por meio de comando e controle”, reforçou em sua apresentação. “Quando o ticket médio do usuário é, economicamente menor, a baliza do número de beneficiários distorce a proporcionalidade”, apontou o especialista.
O evento ainda teve a participação de Maurício Nunes da Silva, Diretor Substituto de Fiscalização da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e Alice Voronoff, Doutora em Direito Público pela UERJ e procuradora do estado do Rio de Janeiro.
Para ela, as assimetrias de informação no âmbito da saúde suplementar são muito grandes. “Especificamente quando se fala do direito regulatório, temos tipos normativos muito genéricos e, muitas vezes, os agentes regulados têm dificuldade em se conformar a esses normativos”, refletiu.
Para Nunes, o grupo de trabalho da ANS tem ampla participação de diferentes setores da agência e players do setor. “Temos feito o levantamento das multas pagas e selecionamos cinco exercícios para a análise ano a ano”, comentou. “Há regras diferenciadas entre os setores médico-hospitalares e odontológicos com relação ao porte. A odontologia está no marco legal, mas no âmbito infra legal temos uma série de regras apontando diferenças”, continuou.
Iniciando os trabalhos da nossa “Jornada Jurídica da Saúde Suplementar” em 2021 com o importante debate “Equilíbrio e equidade na odontologia suplementar - Análise de regras e penalidades” – que você pode assistir na íntegra aqui no link ou abaixo.
Iniciativa em conjunto com o SINOG – Associação Brasileira de Planos Odontológicos e o Colégio Permanente de Diretores de Escolas Estaduais da Magistratura (Copedem), o evento online e gratuito teve transmissão no site e canal do IESS no YouTube e nas redes sociais. Continuaremos trazendo novos aspectos do encontro. Fique ligado.
Quase 1,28 milhão de novos brasileiros passaram a contar com planos exclusivamente odontológicos nos 12 meses encerrados em janeiro de 2021, conforme aponta a Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB), que acabamos de publicar. Com o avanço de 4,9%, esse tipo de plano passa a atender 27,2 milhões de beneficiários no País. No período, o segmento médico-hospitalar avançou em 1,5%, o que equivale a 707,5 mil novas vidas em 12 meses.
Mesmo com o agravamento da pandemia do novo Coronavírus, os dados mostram que que cada vez mais pessoas têm recorrido ao segmento com o objetivo de contar com a segurança do plano. O comportamento registrado em janeiro dava continuidade à tendência observada no segundo semestre de 2020 e esperada para o ano de 2021, com maior recuperação do total de vínculos médico-hospitalares avançando juntamente com o aquecimento do mercado de emprego. O momento do cenário nacional contudo, impede uma estimativa mais assertiva.
Entre os planos odontológicos, os números de janeiro da NAB foram impulsionados pela contratação de planos na região Norte, que avançou em 6,4% em 12 meses, e por beneficiários com 59 anos ou mais, que cresceu 10,2%. Em números absolutos, a região Sudeste segue como destaque. Os cerca de 880 mil novos vínculos correspondem a um crescimento de 5,7%.
Na modalidade médico-hospitalar, o Tocantins registrou o maior avanço no total de beneficiários: 11,4 mil pessoas passaram a contar com este tipo de plano, alta de 11,2%. O estado de Minas Gerais se destacou novamente pelo crescimento em números, as mais de 212 mil contratações representam um crescimento de 4,2% no período. Apenas Amapá, Bahia, Maranhão e Rio Grande do Sul registraram queda do número de beneficiários em 12 meses.
O boletim pode ser acessado na íntegra em https://bit.ly/NAB_IESS
Você já deve ter ficado sabendo que o segmento de planos exclusivamente odontológicos superou a marca histórica de 27,1 milhões em 2020. A última edição da Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB) traz números animadores conforme mostramos aqui. De acordo com o boletim, o setor cresceu 4,7%% em 12 meses e firmou 1,2 milhão de novos vínculos, sendo 816,8 mil apenas nos últimos três meses do ano.
Agora, acabamos de publicar a Análise Especial da NAB, que apresenta ainda mais dados sobre o segmento. Com o avanço no número de beneficiários, agora representa cerca de 13% da população brasileira.
Embora o crescimento do setor odontológico tenha sido superior ao de planos médico-hospitalares, esse último segmento possuía 47,6 milhões de vínculos em dezembro de 2020, ou seja, um pouco abaixo do dobro do número registrado entre os odontológicos. Essa diferença de 20,5 milhões de beneficiários indica que ainda há bastante espaço para crescimento do número de vínculos odontológicos nos próximos anos.
A análise especial aponta que desde 2000, todas as grandes faixas etárias (de 00 a 18, 19 a 58 e de 59 anos ou mais) apresentaram variações positivas anuais em todos os anos e houve forte crescimento do grupo dos 19 a 58 anos de idade. A publicação mostra que em dezembro de 2020 havia 19,5 milhões de beneficiários exclusivamente odontológicos na faixa etária de 19 a 58 anos, 5,4 milhões na faixa de 00 a 18 anos e 2,3 milhões de 59 anos ou mais.
No que diz respeito ao tipo de contratação, em dezembro de 2020, foram registrados 19,6 milhões de beneficiários em planos coletivos empresariais, 4,5 milhões em plano individual ou familiar e 2,9 milhões entre os coletivos por adesão.
Desde 2000, início da série histórica, os coletivos empresariais foram os que mais cresceram. Essa modalidade representava 29,1% do total de beneficiários em dezembro de 2000 e saltou para 72,6% em dezembro de 2020.
Vale lembrar que o crescimento da contratação de planos coletivos empresariais continuou mesmo em momentos de crise da economia brasileira como nos períodos de 2008-2009, 2014-2016 e durante a pandemia de Covid-19 ao longo do último ano. Como já mostramos aqui, esse tipo de plano também é ofertado para atração e retenção de talentos. Outro dado relevante é que, apesar da predominância do plano coletivo empresarial, os planos individuais/familiares tiveram crescimento contínuo no período.
Acesse aqui e veja o material na íntegra e os gráficos presentes na Análise Especial.
Desde o início da pandemia, segundo balanço do consórcio de veículos de imprensa, o Brasil já contabilizou cerca de 10 milhões de casos e mais de 240 mil óbitos por Covid-19. Nos últimos dias, o aumento expressivo nas médias móveis diárias fez com que o setor tivesse que, novamente, se reinventar e reativar protocolos, rotinas e práticas, que foram criados, ainda no ano passado, para conter os avanços da doença.
Se você já leu nosso “Painel Odontológico entre 2014 e 2019” – disponível aqui – já sabe que em junho de 2020, o Conselho Federal de Odontologia (CFO), por meio da Resolução 226, regulamentou o exercício da profissão a distância e autorizou a prática do telemonitoramento e da teleorientação por um cirurgião-dentista em caráter de exceção.
Por envolver muita proximidade entre o paciente e o dentista, uma consulta odontológica acaba oferecendo alguns riscos à saúde tanto do profissional quanto da pessoa que está sendo atendida. Nesse período, a teleodontologia surge como uma novidade capaz de proporcionar qualidade e segurança, sem perder o foco no paciente e no atendimento a quem precisa.
Na prática, viu-se que essa inovação não deve ser realizada de forma indiscriminada, nem substitui a relação presencial dentista-paciente, mas permite ao profissional ter um primeiro contato; prestar a orientação sobre o que pode estar acontecendo; transmitir acolhimento e confiança; acompanhar o paciente em tratamento no intervalo entre consultas e, se necessário, realizar um questionário pré-clínico para encaminhá-lo no momento certo para o atendimento presencial, já lhe fornecendo os dados da clínica e antecipando a preparação para receber o caso. O novo formato restringe serviços como a realização de diagnósticos, a elaboração de planos de tratamentos e prescrições.
Assim como as já conhecidas consultas por telemedicina, essa ferramenta – algo difícil de imaginar em outros tempos – tem evitado deslocamentos desnecessários e exposição ao risco da contaminação, além de apresentar mais uma possibilidade versátil por meio da tecnologia.
Embora a resolução tenha caráter extraordinário e temporário, acredita-se que muitos profissionais continuem utilizando dessa nova forma de atendimento. Nós continuaremos avaliando os benefícios dessa e de outras inovações, a satisfação do paciente e seus impactos, para que novas práticas surjam como complemento do exercício da odontologia. Por isso, não deixe de nos acompanhar!
Ah, não custa lembrar, acesse aqui o Painel Odontológico entre 2014 e 2019 na íntegra.
Se você tivesse que responder qual o foco dos profissionais de odontologia, o que você diria? Para muitas pessoas, ainda não está claro que a saúde bucal não é a única preocupação desses especialistas, mas também manter o pleno estado de saúde do paciente. Esse é o conceito do que chamamos de odontologia sistêmica e integrativa, que observa de maneira mais profunda os sinais e problemas do paciente, de forma individual e de acordo com suas necessidades, a partir de uma visão multidisciplinar e mais humanizada.
Saúde bucal e saúde do indivíduo como um todo estão fortemente relacionadas. Mas, apesar disso, pouco se discute sobre esta inter-relação. Essa nova modalidade se expandiu e ganhou força após a aprovação da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares pelo Ministério da Saúde, em maio de 2006. Em junho de 2008, o Conselho Federal de Odontologia (CFO) também regulamentou outras práticas integrativas, como acupuntura, fitoterapia, hipnose, homeopatia, terapia floral e laserterapia. Liberando assim, dentistas para incluí-las em seu atendimento.
Algumas doenças sistêmicas aumentam a incidência de lesões na mucosa oral, de cárie e de doença periodontal. Por isso, pacientes portadores de diabetes, osteoporose, doenças autoimunes, síndromes diversas ou deficiências vitamínicas devem ter um cuidado mais especial com sua saúde bucal. Da mesma maneira, pacientes que fazem uso de certos medicamentos, como os quimioterápicos, que possuem hábitos alimentares inadequados ou são tabagistas, necessitam de cuidados que reduzam o risco de desenvolverem alterações na cavidade oral.
Por que integrar medicina e odontologia?
A implementação dessas estratégias integradas em saúde é fundamental para a reordenação do modelo assistencial, priorizando o desenvolvimento de ações de prevenção junto à comunidade e a construção de relações permanentes entre os profissionais da saúde e a população assistida.
Segundo dados da nossa recente publicação “Painel de Odontologia entre 2014 e 2019”, o Brasil é o país com o maior número (330 mil) de dentistas do mundo, o equivalente a 20% da quantidade total desses profissionais. Em 2019, um milhão de pessoas passaram a ter plano odontológico, um crescimento de 4,1% em 12 meses. Ao todo, são 25,8 milhões de beneficiários em todo o país.
Os números acima justificam o porquê a odontologia deve estar associada a esse processo de cuidado coordenado. De outra forma, há o risco de o indivíduo contar com assistência médica, mas descuidar da saúde bucal, comprometendo o plano de cuidado, podendo deflagrar outras doenças e agravar o quadro clínico.
Acesse aqui o Painel Odontológico entre 2014 e 2019 na íntegra.
Você também pode assistir ao nosso webinar sobre o tema abaixo ou acessando aqui.
Recentemente, divulgamos a publicação “Painel Odontológico entre 2014 e 2019”, com o objetivo de contribuir com a disseminação de dados de assistência à saúde, observar o panorama da odontologia suplementar e a evolução dos procedimentos e das despesas assistenciais odontológicas neste período. Você pode ver aqui um pouco mais sobre o relatório.
A partir deste documento é possível criar um panorama do perfil dos beneficiários de planos exclusivamente odontológicos, por meio de análises detalhadas sobre:
- Sexo: o crescimento dos beneficiários segundo sexo foi praticamente igual entre dezembro de 2000 e 2019. Em 2000 havia 1,32 milhão de beneficiários do sexo masculino (50,6% do total de beneficiários) e 1,29 milhão do gênero feminino (49,4%). Em 2019, o número de homens foi de 12,6 milhões (48,9% do total) e de mulheres foi de 13,2 milhões (51,1%).
- Tipo de contratação: os planos coletivos empresariais (aqueles oferecidos como benefício pelas empresas aos seus colaboradores) foram os que mais aumentaram o número de beneficiários entre 2000 e 2019. Nesse período, havia 698,7 mil beneficiários em 2000 e 18,4 milhões em 2019 (aumento de 17,7 milhões de beneficiários ou 26 vezes mais). No mesmo período os planos individuais/familiares passaram de 291 mil para 4,3 milhões beneficiários (crescimento de 4 milhões de vínculos ou 15 vezes mais) e os planos coletivos por adesão foram de 434 mil para 2,4 milhões de vidas (aumento de 1,9 milhão ou 5 vezes mais).
- Faixa etária: verificou-se que entre os anos de 2000 e 2019, a faixa etária de 0 a 19 anos saltou de 725 mil para 5,3 milhões de beneficiários, entre 20 e 59 anos passou de 1,5 milhão para 17,9 milhões e a faixa de 60 anos ou mais foi de 75,1 mil para 1,8 milhão.
- Estado e Região: o estudo demonstra que assim como acontece com os planos médico-hospitalares, a maior parte dos vínculos se concentra no Sudeste do País. Juntos, os três Estados do Sudeste (São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais) possuem 13,8 milhões de beneficiários (ou 56,9%).
- Escolaridade*: 23% dos beneficiários de planos exclusivamente odontológicos tinham o ensino fundamental (completo ou incompleto), 34% contam com ensino médio (completo ou incompleto), 29,9% possuem ensino superior (completo ou incompleto) e 7,4% declararam não ter instrução.
- Raça/cor*: 54,8% dos entrevistados com planos de assistência odontológico se autodeclararam como da cor/raça branca, 34,8% como pardo e 9,1% como preto. Outras cores/raças somavam 1,2%.
- Avaliação do estado de saúde*: 85,6% dos beneficiários de planos exclusivamente odontológicos declararam que sua saúde estava boa ou muito boa, 13,0% como regular e 1,4% como ruim ou muito ruim.
Vale ressaltar que o resultado da análise é especificamente para a saúde suplementar e exclusiva para beneficiários de planos odontológicos entre os anos de 2014 a 2019. A publicação pode ser acessada na íntegra aqui.
O “Painel da Odontologia Suplementar entre 2014 e 2019” também foi destaque no Revista Novo Tempo. José Cechin, superintendente executivo, destacou o crescimento do setor e dos procedimentos realizados nos últimos anos. Assista abaixo.
*Alguns dados do perfil dos beneficiários de planos exclusivamente odontológicos, como da escolaridade, raça/cor e autoavaliação do estado de saúde, são descobertos somente em pesquisas populacionais. Então, extraiu-se os microdados do inquérito populacional mais recente, a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), com dados de 2013, para encontrar essas informações.
O setor de planos privados de assistência exclusivamente odontológica supera seus números a cada ano e isso demonstra a importância da saúde bucal para os brasileiros. Para se ter uma ideia da relevância desse segmento, de acordo com o “Painel da Odontologia Suplementar entre 2014 e 2019”, que acabamos de publicar, em 2019 foram realizados 183 milhões de procedimentos odontológicos, ultrapassando a marca de R$ 3 bilhões com assistência. No período, o setor passou a contar com mais de 25 milhões de beneficiários.
No intervalo entre 2014 a 2019, as ações preventivas foram as que apresentaram o maior crescimento: passaram de 47,2 milhões (32,9% do total) em 2014 para 80,8 milhões (44,2% do total) em 2019. Dentre as principais ações de prevenção estão aplicações tópicas profissionais de flúor por hemi-arcada (35,4 milhões); atividades educativas individuais (15,5 milhões) e selantes por elemento dentário em menores de 12 anos de idade (660,7 mil).
Os resultados positivos são animadores, pois demonstram que o setor prioriza, educa e realiza ações de conscientização dos seus beneficiários sobre a prevenção de doenças. O segmento tem crescido a passos largos nos últimos anos com a ampliação da rede de atendimento, o aumento do interesse dos canais de distribuição (como corretores e consultorias de benefícios) e das empresas em ofertar aos seus colaboradores, além de contar com preços acessíveis.
Nos próximos dias seguiremos apresentando outros dados do “Painel da Odontologia Suplementar entre 2014 e 2019”. Além do volume da produção assistencial e das despesas no período, o relatório apresenta um panorama da assistência odontológica no país e da satisfação dos beneficiários desses planos.
O estudo completo pode ser acessado em http://bit.ly/EspeciaisIESS
Nos últimos dias fizemos a divulgação da Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB) que mostra que o setor de planos de saúde médico-hospitalares encerrou 2020 com mais de 47,5 milhões de beneficiários. O número não era ultrapassado desde o primeiro semestre de 2017. O total de vínculos avançou 1,2% em 12 meses, o que representa aproximadamente 555 mil novas vidas no período. Acesse aqui.
Outra boa notícia veio do segmento de planos exclusivamente odontológicos, que superou a marca histórica de 27,1 milhões em 2020. O relatório mostra que o segmento cresceu 4,7%% em 12 meses e firmou 1,2 milhão de novos vínculos, sendo 816,8 mil apenas nos últimos três meses do ano.
O resultado foi fortemente impulsionado pela contratação de planos coletivos, especialmente no Sudeste do país. Contudo, o setor também apresenta avanço expressivo dos vínculos individuais ou familiares.
A faixa etária de 59 anos ou mais registrou crescimento de 10,3% no período, o que representa mais de 210 mil novas vidas com essa modalidade de assistência. Enquanto os planos médico-hospitalares reduziram muito a venda de planos individuais e familiares por conta de desequilíbrios na regulação, para os planos odontológicos, esse é um mercado que deve continuar crescendo nos próximos anos.
Outros dados chamam a atenção: no período analisado houve forte crescimento das seguradoras, que registraram aumento de 33,7%, das medicinas de grupo, com avanço de 13,8%, e entre os coletivos por adesão, alta de 14,6% no período.
Os resultados são animadores, pois demonstram que o setor tem crescido a passos largos nos últimos anos com a ampliação da rede de atendimento, o aumento do interesse dos canais de distribuição (como corretores e consultorias de benefícios) e desejo das empresas em ofertar aos seus colaboradores, além de contar com preços acessíveis.