Ter números e informações precisas são a base para poder detectar erros e acertos, possibilitando a evolução. Seja do atendimento, da qualidade assistencial, do tratamento de doenças etc. Sem saber exatamente onde estamos, é muito difícil – talvez impossível – definir o melhor caminho para seguir em frente.
Precisamos de exames para um diagnóstico preciso. Acompanhamento para determinar se o tratamento está alcançando os resultados esperados. E mesmo quando tudo dá errado, é necessário apuração para conhecer os problemas e evitar que eles voltem a acontecer. Resumindo, precisamos de indicadores.
Por tudo isso, não podíamos deixar de reconhecer quando entidades do setor fornecem indicadores importantes para fundamentar análises e apoiar decisões dos gestores e pesquisadores do setor de saúde suplementar. Exatamente o que a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) acaba de fazer com a publicação do Mapa Assistencial 2018.
Com as informações divulgadas no dia de ontem (11/07), produzimos um Sumário Executivo analisando a publicação e comparando com os dados do ano passado. Foi possível destacar a realização de 1,4 bilhão de procedimentos de assistência médico-hospitalar pelos beneficiários de planos de saúde em 2018 (aumento de 5,4% em relação a 2017). Observamos que nesse último ano, foram 274,4 milhões de consultas, 164,2 milhões de outros atendimentos ambulatoriais (o que inclui consultas e sessões com nutricionista, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional, psicólogo e outros procedimentos ambulatoriais), 861,5 milhões de exames, 93,4 milhões de terapias e 8,1 milhões de internações. Na comparação com o ano de 2017, houve aumento na quantidade de todos esses grandes grupos de assistência, principalmente no número de Terapias (crescimento de 21%).
Ao dividir os grupos de assistência pelo número de beneficiários, verificou-se que em 2018 cada beneficiário realizou, em média, 4,6 consultas ambulatoriais, 1,2 consulta em pronto-socorro, 3,5 consultas de outros atendimento ambulatoriais, 18,2 exames e 2 terapias. De cada 100 beneficiários 17,2 foram internados nesse período, taxa de 17,2%. Em relação ao ano anterior, houve aumento no número médio de procedimentos por beneficiário de todos esses grandes grupos de assistência, exceto de consultas médicas em pronto-socorro que se manteve constante.
Além disso, em 2018, as despesas assistenciais de planos médico-hospitalares somaram R$ 160,1 bilhões (valores nominais), valor 10,5% maior em relação ao ano anterior. De 2017 a 2018, todos os grupos de procedimentos assistenciais apresentaram aumento de despesas - o maior crescimento ocorreu em atendimentos ambulatoriais realizados com profissionais não médicos (24,9%), seguido de terapias (23,1%) e consultas médicas em pronto-socorro (19,1%).
Esse Sumário Executivo ofertou um panorama do que virá da Série de Análises Especiais que realizaremos nos próximos meses, detalhando esses números, com informações sobre doenças crônicas, causas de internação, saúde da mulher e muitos outros indicadores.
Trabalhamos continuamente no intuito de divulgar dados do setor. Seja por meio de nossas publicações periódicas como a Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB), o Relatório de Emprego ou o VCMH; seja por meio de análises pontuais como as apresentadas no Boletim Científico, nos Textos para Discussão ou nos Estudos Especiais. Além, é claro, de iniciativas como o Prêmio IESS e o IESSdata, entre tantas outras.
Continue nos acompanhando para saber de tudo!
O brasileiro está mais preocupado com a saúde bucal. É o que consta na pesquisa inédita “Painel da Odontologia Suplementar (2011 a 2017)” que acabamos de publicar. De acordo com o levantamento, as ações preventivas nessa área foram as que mais aumentaram no intervalo analisado, passando de 27,8 milhões de procedimentos em 2011 para 71,4 milhões em 2017.
O aumento do número de vínculos em planos coletivos empresariais de assistência exclusivamente odontológica mostra que cada vez mais empresas têm oferecido esse benefício aos seus colaboradores. Além disso, a quantidade de procedimentos preventivos reforça que o brasileiro tem cuidado cada vez mais de sua saúde bucal, já que o total de ações de prevenção mais do que dobraram no período analisado.
No intervalo em destaque, o número de beneficiários de Odontologia Suplementar aumentou quase 9 vezes em 17 anos, passando de 2,6 milhões de vínculos em 2000 para 22,6 milhões em 2017, crescimento majoritariamente superior ao dos planos de assistência médico-hospitalar.
Os números da recente Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB) pontuam que o mercado de trabalho tem oferecido esse benefício com mais frequência. A representatividade de planos coletivos empresariais (aqueles oferecidos pelas empresas aos seus colaboradores) no total do mercado saltou de 29,1%, em 2000, para 73,3% em dezembro de 2018, como mostramos aqui. A ação busca atrair e reter talentos, combater absenteísmo e, consequentemente, melhorar a produtividade da empresa.
Com o aumento do número de beneficiários, a taxa de cobertura dos planos exclusivamente odontológicos cresceu 10,1 pontos porcentuais nos últimos dez anos, totalizando 11,6% da população brasileira em dezembro de 2017. Nesse último ano analisado no painel, R$ 1,5 bilhão foram gastos com assistência odontológica dos beneficiários nesta modalidade, um aumento de 6,8% quando comparado com 2011.
Desse total, R$ 421 milhões, ou 27,4%, foram gastos com procedimentos preventivos; R$ 189 milhões, 12,3%, com consultas odontológicas iniciais; R$ 140 milhões, o que representou 9,1% com próteses odontológicas; e o restante, ou seja, 51,1% foram para exodontias simples de permanentes, próteses odontológicas e demais procedimentos.
Traremos mais detalhes sobre o levantamento nos próximos dias. Não perca!
Entre os temas fundamentais para o futuro do setor de saúde e para a qualidade de vida do paciente, a importância dos cuidados paliativos é, provavelmente, o assunto que menos tratamos em nossas análises. Dos mais de 650 posts em nosso blog, apenas um trata especificamente deste assunto: “A importância de cuidados paliativos para o futuro do setor de saúde”, publicado em 27 de novembro de 2018.
Contudo, sabemos quão vital é o tema para a sustentabilidade econômico-financeira e assistencial da saúde suplementar e, justamente por isso, fizemos deste um foco central de nosso último evento, o seminário “Decisões na Saúde - Cuidados Paliativos e Nat-Jus: Iniciativas da Medicina e do Direito que geram segurança ao paciente e sustentabilidade ao sistema”
A palestra “Cuidados paliativos e dignidade humana na era da máxima tecnologia na saúde”, do Dr. Daniel Neves Forte, presidente da Academia Nacional de Cuidados Paliativos, foi uma das melhores já ministradas em nossos seminários – e considerando o orgulho que temos na qualidade do conteúdo que apresentamos em nossos eventos, isso não é pouco.
Por isso, ao invés de nos estendermos no assunto, hoje, gostaríamos apenas de convidar a todos para assistir ao vídeo da palestra. Aproveitem, é uma aula.
Nesta semana, divulgamos nossa “Análise do mapa assistencial da saúde suplementar no Brasil entre 2011 e 2017”, que traz importantes informações acerca da utilização dos diferentes procedimentos de assistência à saúde no período destacado.
Por meio de dados, como de consultas médicas (ambulatoriais e em pronto-socorro), exames, terapias e internações, o estudo fornece um panorama sobre os beneficiários e o perfil de utilização entre os planos médico-hospitalares em todo o país com o objetivo de colaborar ainda mais com a tomada de decisão e a disseminação de informações da saúde suplementar brasileira.
A publicação mostra que foram realizadas 270,3 milhões de consultas médicas em 2017, redução de 1,0% quando comparado ao ano anterior. Ao separar o total de consultas médicas, verifica-se que no último ano houve 214,3 milhões de consultas em ambulatórios e 55,3 milhões de consultas em pronto-socorro, redução de 1,0% e 2,3%, respectivamente.
Importante reforçar que a ligeira queda do número de consultas está diretamente relacionada com a redução do número de beneficiários no período. Entre 2016 e 2017 houve redução de 385,7 mil pessoas nos planos médico-hospitalares. Portanto, ao levar em consideração a redução de 0,8% no número de beneficiários nesta modalidade, observa-se que o número médio de consultas por beneficiário permaneceu praticamente estável.
Nos dois últimos anos, a média de consultas ambulatoriais por beneficiário foi de 4,5 e de consultas em pronto-socorro foi de 1,2, totalizando uma média de 5,7 consultas médicas por beneficiário no ano. A média é superior àquela observada entre 2011 e 2015.
O número de consultas ambulatoriais por beneficiário da saúde suplementar brasileira é semelhante a países como Reino Unido, com 5,0, Noruega, que está em 4,5, Dinamarca, com 4,3, entre outros. A título de informação, no sistema público de saúde brasileiro como um todo, a média de consultas foi de 2,8 por usuário em 2013 – dado mais recente disponível.
Importante ressaltar, no entanto, que comparações como essas são meramente ilustrativas, pois não é ideal comparar um país com um grupo de pessoas - no caso, os beneficiários de planos de saúde.
Seguiremos apresentando os dados da “Análise do mapa assistencial da saúde suplementar no Brasil entre 2011 e 2017”. Continue acompanhando.
Divulgada pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) em julho, a sexta edição do Mapa Assistencial da Saúde Suplementar apresentou um panorama do setor no país com base nos dados referentes ao ano de 2017 encaminhados pelas operadoras de planos privados de assistência à saúde, através do Sistema de Informação de Produtos (SIP).
O documento apresentou dados agregados dos procedimentos e eventos assistenciais (tais como consultas, exames, terapias, internações e procedimentos odontológicos) realizados pelos beneficiários de planos de saúde e as respectivas despesas assistenciais líquidas registradas pelas operadoras.
A sexta edição da publicação mostrou que o setor atingiu mais de 1,51 bilhão de procedimentos em 2017, sendo cerca de 1,3 bilhão na assistência médico-hospitalar e 186,1 mil procedimentos odontológicos. Os dados representam um avanço de 3,4% em relação aos resultados do ano de 2016, que atingiu 1,46 bilhão de procedimentos quando somadas as duas modalidades de assistência.
Num esforço de colaborar ainda mais com a tomada de decisão e contribuir com a disseminação de informações da saúde suplementar brasileira, fizemos uma análise dos dados assistenciais disponibilizados pela agência reguladora. A “Análise do mapa assistencial da saúde suplementar no Brasil entre 2011 e 2017” observa a assistência à saúde no setor no período destacado e, por meio de alguns indicadores, faz comparações com outros países e com o Sistema Único de Saúde (SUS).
Por meio de uma extensa análise, o estudo fornece um panorama sobre os beneficiários e o perfil de utilização entre os planos médico-hospitalares em todo o país e aponta questões relacionadas à assistência, como consultas médicas (ambulatoriais e em pronto-socorro), atendimentos com outros profissionais além do médico, exames, terapias e internações. As despesas assistenciais (em reais correntes) das operadoras de planos médico-hospitalares informadas à ANS por tipo de procedimento de 2011 a 2017 também foram contempladas na análise.
Ao longo dos próximos dias traremos informações detalhadas da nossa análise. Não perca.
Acabamos de divulgar nosso estudo especial “Análise da utilização e dos gastos com serviços de assistência à saúde segundo o perfil do usuário – Um estudo de caso”, desenvolvido com base nos dados de uma operadora de autogestão entre os anos de 2008 e 2015. O trabalho traz diferentes dados, como de internações, consultas, exames ambulatoriais e outros procedimentos assistenciais ao longo do período.
O estudo mostra um importante alerta dos setores de saúde em âmbito global. No caso brasileiro, mesmo com a queda do total de beneficiários nos últimos anos, as despesas com a assistência não param de subir. Esse crescimento foi puxado principalmente pelo envelhecimento dos beneficiários, o que tem se refletido em especial nos gastos com internação. Para se ter ideia, o valor médio de uma internação dessa autogestão aumentou quase três vezes em oito anos, de R$ 8,0 mil em 2008 para R$ 23,9 mil em 2015.
A pesquisa mostra que, em valores reais, as despesas assistenciais médico-hospitalares dessa operadora aumentaram 52,7% no período analisado, de R$ 475,3 milhões em 2008 para R$ 725,6 milhões em 2015. Apenas os gastos com internação cresceram 76,9% no período e chegaram a representar 53,0% do total de gastos assistenciais em 2015. Vale lembrar que estudo recente do IESS mostrou que as operadoras de planos de saúde devem gastar R$ 383,5 bilhões com assistência à saúde de seus beneficiários em 2030. O montante representa um avanço de 157,3% em relação ao registrado em 2017.
Na análise, notou-se que a única faixa etária que apresentou crescimento foi a de idosos (60 anos ou mais), que passou de 26 mil em 2008 para 33 mil em 2015, ou seja, aumento de 27,1%. As demais faixas etárias, de até 18 anos e de 19 anos a 59 anos, apresentaram queda de 52,5% e de 41,3%, respectivamente. Proporcionalmente, os idosos representavam 26% do total de beneficiários em 2008. Número que saltou para 44% em 2015.
Importante reforçar que o estudo de caso utilizou dados de uma operadora de plano de saúde da modalidade de autogestão. O universo estudado não representa a totalidade do mercado de saúde suplementar no País, mas é um esforço para se pensar as especificidades das populações, suas características epidemiológicas e necessidades.
Continuaremos apresentando dados do estudo especial “Análise da utilização e dos gastos com serviços de assistência à saúde segundo o perfil do usuário – Um estudo de caso” nos próximos dias. Não perca!
Hoje, os hospitais são a principal porta de entrada dos brasileiros para o sistema de saúde em função dos serviços de pronto-socorro, tanto no setor público quanto privado. Exatamente pelos números representativos de utilização desses estabelecimentos no país é que acabamos de lançar a Análise Especial “Despesas com internações de operadora de autogestão segundo o porte hospitalar”.
A publicação apresenta dados acerca dos gastos com a assistência de uma operadora de autogestão do Estado de São Paulo por porte do hospital no período de 2015. Mesmo se tratando de um universo específico, a análise auxilia na compreensão do cenário da saúde suplementar no país e apresenta subsídios para a elaboração de propostas em prol de sua sustentabilidade.
No período analisado, a autogestão possuía 383 hospitais privados distribuídos em 180 municípios brasileiros, sendo que 98,8% localizados no Estado de São Paulo. Esses estabelecimentos estão divididos em 78 hospitais de pequeno porte, que corresponde a 28,1%; 148 de médio porte, ou 53,2%; e 52 de grande porte, o que representa 18,7% do total. Para a análise, foram considerados hospitais de pequeno porte aqueles que detém até 50 leitos, médio porte os que possuem entre 51 a 150 leitos e entre 151 a 500 leitos foram considerados de grande porte.
A pesquisa mostra que os hospitais de grande porte são os que apresentaram maior número de internações e um maior gasto médio por internação, sendo 5.013 e R$30.729, respectivamente. Os hospitais de médio porte somaram 4.284 internações e valor médio de R$24.406. Já os de pequeno porte representaram 1.158 internações com média de R$11.641 por internação.
A análise por CID (Classificação Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde) mostra que os maiores dispêndios para a operadora foram de “pneumonia para microrganismo não especificado” para os hospitais de pequeno porte, representando R$66.800,92; “infecção de trato urinário de localização não especificado” entre aqueles de médio porte, somando R$56.393,18, e “acidente vascular cerebral não especificado” para os de grande porte, com gasto médio de R$65.262,58.
Já a doença mais recorrente entre os três portes dos hospitais foi a “Dengue (Dengue Clássico)”. Mesmo com variações do custo médio, a internação por esse problema foi a que representou o gasto mais baixo para a operadora. A variação de custos médios para os hospitais foi de R$ 1.208,92 para os hospitais de pequeno até R$ 4.954,67 para os de grande porte. Já os de médio porte gastaram, em média, R$ 3.367,61 com as internações por dengue.
Embora a análise tenha a limitação de não levar em consideração o perfil dos pacientes que foram internados, como gênero, idade, comorbidade e entre outras coisas, ela auxilia na avaliação de características do sistema de saúde nacional.
Talvez uma das mais importantes seja a disparidade encontrada entre os custos de internação nos diferentes portes de hospital. O trabalho aponta que a falta de padronização das práticas clínicas gera diferenças no uso de recursos e tem impacto direto nas contas dos prestadores de serviços e operadoras de planos de saúde.
É necessário, portanto, a revisão tanto da estrutura do sistema de saúde – para uma que vise a promoção da saúde e prevenção de doenças – quanto no que se refere à eficiência dos padrões e processos das instituições de saúde sobre o melhor desfecho dos pacientes.
Neste sentido, a implementação de novos modelos de pagamento, como o DRG, pode ser uma eficaz alternativa. Desse modo, o sistema consegue ter maior previsibilidade dos custos com internações por diferentes doenças e aplicar práticas mais homogêneas quanto à assistência.
Continuaremos apresentando dados da Análise Especial “Despesas com internações de operadora de autogestão segundo o porte hospitalar”. Acompanhe.
Como já vimos aqui, especialistas das operadoras de planos de saúde afirmam que o elevado nível de intervenção por parte da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) acaba onerando demasiadamente o setor como um todo, já que os critérios estabelecidos estão sujeitos à interpretação dos fiscais de saúde afetando diretamente nas tomadas de decisão, melhoria e expansão do serviço oferecido.
Sendo assim, estudo do Grupo de Economia da Infraestrutura e Soluções Ambientais da FGV apontou que o processo de sanção deve ser melhor revisado para que se atinja seu objetivo primordial de melhorar a qualidade dos serviços prestados aos beneficiários sem comprometer a sustentabilidade e capacidade financeira das operadoras.
A sugestão do estudo é pautada na dosimetria das multas, baseando-se nas melhores práticas hoje existentes no Brasil de delimitação mais clara quanto à vinculação da multa sobre a gravidade das infrações, o que já acontece na regulação de outros órgãos, como dos setores de Defesa da Concorrência (Cade) e Elétrico (Aneel).
O estudo aponta que a abrangência e a vantagem levada pela operadora devem ser incluídas nos quesitos, que atualmente contam apenas com a gravidade, consequência e porte da operadora. Esta prática traria maior previsibilidade sobre os critérios e aumentaria a transparência e a divulgação nos processos de fiscalização.
Aprimoramentos na dosimetria das sanções podem contribuir para melhorar os incentivos para o bom funcionamento do mercado, garantindo a livre concorrência e sustentabilidade do setor.
Gostou do trabalho “Qualidade Regulatória da Saúde Suplementar no Brasil” e quer mais visibilidade para a sua pesquisa? Saiba aqui como ser publicado em nosso portal.
Acabamos de disponibilizar a 20º edição do “Boletim Científico IESS”, publicação periódica voltada para pesquisadores, acadêmicos, gestores e outros profissionais da área de saúde. A nova publicação traz os principais estudos científicos, nacionais e internacionais, publicadas no quarto bimestre deste ano sobre saúde, tecnologia, economia e gestão no setor de saúde suplementar.
O boletim traz atualizações, casos e ferramentas para auxiliar pesquisadores e gestores da saúde suplementar sobre os principais estudos publicados no bimestre. A nova edição apresenta trabalhos relacionados a cuidados de baixo valor e cuidados inadequados, aos modelos de pagamento, obesidade e sobrepeso, medicamentos e outros temas.
Entre eles, os destaques são “Intervenções para reduzir o uso de serviços de saúde de baixo valor: uma revisão sistemática”, que repercute a eficácia das intervenções para reduzir os cuidados de baixo valor, na seção de Economia&Gestão; e, em Saúde&Tecnologia, o estudo “Efeitos do sobrepeso e da obesidade na saúde em 195 países durante 25 anos” aponta que a prevalência de sobrepeso e obesidade está aumentando em todo o mundo.
Nos próximos dias, aqui no blog, vamos analisar esses e outros destaques dessa edição.
A análise “Does paid versus unpaid supplementary caregiving matter in preventable readmissions?” (“Cuidadores pagos e não pagos são importantes em readmissões preveníveis”) publicada no 18º Boletim Científico discute impactos desse tipo de assistência em relação às readmissões evitáveis de pacientes com diabetes do Medicare.
Nos Estados Unidos, cerca de 3,4 milhões de beneficiários de saúde do Medicare recebem serviços profissionais de home care financiados pelo governo. Estudos com base em pesquisas de larga escala constataram que 83,4% dos beneficiários recebem cuidados extras por cuidadores informais, que podem ser pagos por (desembolso direto ou por programas governamentais como o Medicaid) ou não remunerados (como membros da família, parentes e/ou amigos).
A análise chegou à conclusão de que os beneficiários com diabetes e cuidadores informais remunerados tinham risco 68% maior de readmissão por conta de infecções do trato urinário do que os com cuidadores informais não pagos.
Um dos processos que vem sendo implementados no programa Medicare é a compra baseada em valor, com penalização das agências com má qualidade nos serviços de cuidados domiciliares. As políticas que apoiam os cuidadores não remunerados são fundamentais para ajudá-los a cuidarem dos seus entes queridos e impedir que usem recursos hospitalares caros.