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Outubro 2019
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A incorporação de novas tecnologias é um dos temas mais sensíveis para a saúde, sendo um dos principais impulsionadores dos custos do setor no mundo. Por isso, é um dos assuntos que mais buscamos analisar aqui no Blog e no portal IESS como um todo. O tema já foi abordado 158 posts do blog (159, contando com este), 29 vídeos, 25 estudos, e 21 apresentações em eventos. Todo esse material pode ser acessado facilmente em nossa Área Temática

Claro, como já falamos aqui, a inovação tecnológica é boa e desejada, mas precisamos ponderar bem em que casos ela deve ser empregada e, principalmente, que não há como prover tudo o tempo todo para todos. Para garantir equilíbrio, a Avaliação de Tecnologia em Saúde (ATS), em moldes semelhantes ao que o Conitec faz para o Sistema Único de Saúde (SUS), é fundamental. 

Ou seja, acreditamos que antes de uma nova tecnologia ser incorporada na saúde suplementar é necessário um extenso processo avaliatório com critérios bem claros para indicar em que casos a nova tecnologia é ou não eficiente, bem como sua relevância frente ao uso de outros dispositivos. 

Apenas para ter um exemplo prático e claro: a tomografia computadorizada é um exame reconhecidamente efetivo para diversos casos, especialmente para a detecção de câncer, mas há outros que um simples raio x pode resolver. Quando uma criança bate a cabeça e é levada ao hospital, por exemplo, é mais prático e seguro para a própria criança tirar uma radiografia e colocá-la em observação do que tentar manter a criança imóvel para passar por um tomógrafo que emite uma quantidade maior de radiação. Realizar os dois exames, então, nos parece completamente descabido. 

Claro que há outras questões que podem contribuir para o uso mais eficiente dos recursos de saúde e para que a incorporação de novas tecnologias não tenha um impacto tão elevado nos custos do setor, como a mudança do modelo de remuneração dos prestadores de serviços de saúde, comentada aqui, o emprego de recursos como franquia e coparticipação para trazer o beneficiário mais para perto do processo decisório, como analisamos aqui, e mesmo uma mudança de consciência dos próprios beneficiários, como destacamos recentemente

Entendemos, contudo, que nada disso deve ser empecilho para o setor procurar adotar ações mais claras e avançar na Avaliação de Tecnologias em Saúde. 

Você tem um trabalho sobre esse assunto? Que tal exibir sua ideia para pesquisadores e gestores do setor durante a cerimônia de entrega do IX Prêmio IESS? Confira o regulamento e inscreva seu pôster. Você tem até 15 de outubro! 

Agosto 2019
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Desde que reformulamos completamente o nosso site, em 2014, temos constantemente procurado canais para estar mais próximos dos pesquisadores, gestores e interessados no setor de saúde suplementar de forma geral. 

Foi por isso que, em 2016, criamos este blog, hoje já com quase 800 posts, e entramos no Facebook, que já conta com mais de 66 mil fãs; LinkedIn, com quase 15 mil seguidores; e Twitter, com pouco mais de 500 seguidores. 

Claro, desde 2016 muita coisa mudou nas mídias sociais. Alguns canais ganharam relevância, outros perderam e, também, surgiram espaços novos. É por isso que estamos expandindo nossa presença digital para o Instagram

Para “alimentar” esse canal, vamos postar conteúdos exclusivos: vídeos, infográficos e análises especialmente pensados para esse espaço tão diferente, com foco mais no visual do que no texto. 

Esperamos que a iniciativa agrade e estamos, como sempre, abertos às críticas e sugestões para aprimorarmos nossos meios de contato com você! 

Corre lá conhecer nosso Insta e não deixe de seguir para receber os conteúdos exclusivos que estamos preparando. 

Junho 2019
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No Sistema Online de Busca e Análise de Literatura Médica (Medline, na sigla em inglês) da Biblioteca Nacional de Medicina dos Estados Unidos, a maior parte dos estudos sobre telemedicina está relacionado a “Diabetologia”, o estudo da diabete. Justamente por esse volume, o estudo “Telemedicina e Diabetes”, destaque da seção Saúde & Tecnologia da última edição do Boletim Científico, buscou detectar como esse tipo de assistência tem se desenvolvido e sua aplicabilidade.  

O resultado mostra que a tecnologia é altamente efetiva para o acompanhamento de pacientes com diabetes, mas está longe de ser eficaz para a oferta de assistência direcionada. Ou seja, dados como o nível de glicose são transmitidos para um profissional capaz de interpretá-los, mas não retornam ao paciente ou seu cuidador como medidas que possam ser facilmente aplicáveis ao dia a dia, possibilitando melhora na qualidade de vida do diabético. 

Para que a efetividade da telemedicina não se limite ao telemonitoramento, os pesquisadores recomendam o desenvolvimento de ferramentas especiais que permitam a interação entre todos os envolvidos.  

Nesse sentido, o trabalho também detectou que é fundamental oferecer treinamento aos cuidadores dos dois lados do processo. Especialmente porque muitos deles foram sujeitos a um incremento expressivo de novas tecnologias e suas rotinas de trabalho sem qualquer assistência para se adaptarem a elas. Por outro lado, os pacientes costumam ser o “elo” mais aberto ao uso da tecnologia devido a praticidade e qualidade de vida que ela pode proporcionar.  

Para garantir uma transição mais suave e o melhor aproveitamento da telemedicina, o estudo aponta que as novas soluções deveriam incluir cuidadores ao longo de seu processo de desenvolvimento, o que aumenta sua chance de adoção pelos profissionais de saúde no futuro. 

Continue acompanhando nosso blog par saber mais sobre os demais estudos resumidos na última edição do Boletim Científico. 

Maio 2019
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Esta semana, a Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei de conversão da Medida Provisória 869/18, que determina a criação da Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), entidade que será responsável pela fiscalização dos encarregados pelo tratamento de dados nos setores público e privado. 

A medida ainda deve passar pela apreciação do Senado antes de entrar em vigor, mas é mais um passo na implantação da nova Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), uma mudança importante que entra em vigor no próximo ano e irá afetar, inclusive, o setor de saúde (público e privado), ainda que nem todos tenham se atentado para isso. 

Para ajudar nessa transição e na adaptação do setor, separamos alguns dos pontos que mais nos chamam atenção. 

Um dos maiores desafios proporcionados pela nova Lei é definir quem tem acesso a cada informação e por quanto tempo.  

Primeiro porque a permissão para usar dados deve ser livre, formal, inequívoca, explícita e bem detalhada. Ou seja, nada de pegar dados com um propósito e usar para outro sem receber autorização prévia do dono das informações, a pessoa física. E é fundamental entender: o dono da informação (inclusive aquelas coletadas em prontuários) é o paciente. 

Esse conceito de autorização é conhecido juridicamente como consentimento. Contudo, as bases para afirmar que uma pessoa consentiu também estão gerando insegurança. Na Europa, que já conta com lei similar em exercício, uma multa de € 400 mil Euros foi aplicada porque médicos estavam tendo acessos a todos os dados do paciente e não apenas aos que seriam necessários para o diagnóstico. Apesar de as leis brasileira e europeia não serem exatamente iguais, o mesmo tipo de falha poderia acontecer por aqui. 

Ainda nesse sentido, pode haver problema quanto ao consentimento de uso de dados de beneficiários de planos coletivos empresariais. Isso porque os beneficiários de planos individuais claramente consentem em oferecer informações para contar com o benefício. Já os planos empresariais são contratados em grande parte por empresas por força de acordo coletivo (firmado entre os sindicatos dos trabalhadores e dos empregadores). Ou seja, não há o consentimento de cada indivíduo. 

A questão de “anonimização” dos dados, o que permitiria que eles fossem usados para pesquisas e amostragens como as que nós e outras entidades realizamos, por exemplo, também está cercada de incertezas. Primeiro porque não basta retirar o nome da pessoa para que os dados se tornem anônimos. É necessário garantir que o indivíduo não possa ser identificado.  

Por exemplo, se o setor de RH de uma empresa com poucos funcionários recebesse análises de saúde de seus colaboradores, ainda que os pacientes não sejam nomeados, é possível que certas características possibilitem a identificação de um ou mais indivíduos, o que colocariam a prática em desacordo com a nova lei. 

Por fim, a guarda de dados é outro fator a que as empresas precisarão se atentar. Apesar de a pessoa física ter direito a saber que informações sobre ela a empresa possui e a solicitar que os dados sejam apagados, a legislação que obriga a guarda de dados (o Conselho Federal de Medicina prevê que os documentos do prontuário médico do paciente precisam ser mantidos na instituição por no mínimo 20 anos) e o fato de empresas poderem preservar informações para se proteger em eventuais processos conflitam com essa determinação, criando insegurança jurídica. 

Nós vamos continuar acompanhando os desdobramentos da nova legislação. 

Maio 2019
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A telemedicina deve movimentar até US$ 8 bilhões no Brasil até 2024, segundo levantamento do Healthcare Information and Management Systems Society (HIMMS). Dado que, em nossa opinião, deveria ser suficiente por si só para estimular o setor a avançar na regulação do serviço e retomar o debate da resolução 2.227/2018 – que, como apontamos aqui acreditamos que não deveria ter sido suspensa.  

Claro, “não adianta chorar o leite derramado”. 

Sempre buscamos fomentar debates e apoiar o desenvolvimento de melhores práticas no setor por meio de estudos e disseminação de conhecimento. Então, ao invés de ficarmos lamentando ou esperando, resolvemos fazer nossa parte. 

Por isso, no próximo dia 5 de junho, iremos apresentar o estudo inédito “A Telemedicina traz benefícios ao sistema de saúde? Evidências internacionais das experiências e impactos” durante o Seminário Internacional de Saúde da População, realizado pelo Centro de Estudos em Planejamento e Gestão de Saúde da Fundação Getulio Vargas (FGV EAESP), em São Paulo. 

Se você não conseguir acompanhar o evento, não se preocupe, o estudo será disponibilizado aqui no mesmo dia. 

Não perca! 

Abril 2019
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O que se esperar dos setores de saúde para os próximos anos? A pergunta é complexa e impacta diretamente nas ações e políticas da saúde suplementar desde já. É exatamente buscando auxiliar no desenvolvimento do segmento que realizamos diferentes estudos e publicações que trazem uma luz acerca do futuro. 

Nesse sentido, a “Projeção das despesas assistenciais da saúde suplementar” que divulgamos recentemente mostra que as operadoras de planos de saúde devem gastar R$ 383,5 bilhões com assistência de seus beneficiários em 2030, o que representa um avanço de 157,3% em relação ao registrado em 2017 e acende uma luz de alerta. 

Impacto de novas tecnologias, crescimento populacional e a mudança na composição etária da sociedade brasileira, aumento da incidência e prevalência de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT). São vários os fatores que irão impactar na Variação dos Custos Médico-Hospitalares (VCMH). 

Com isso em mente, temos falado constantemente sobre a necessidade de ampliação da promoção de saúde e prevenção de doenças, seja por meio de programas dentro das próprias empresas (LINK - https://www.iess.org.br/?p=blog&id=887), avanço de ações voltadas para a Atenção Primária à Saúde (APS) ou ainda mudança para melhoria da transparência do setor e combate às fraudes e desperdícios

Artigo publicado recentemente na Época NEGÓCIOS também apresenta essas preocupações. Fabiana Salles, fundadora de uma consultoria de benefícios, mostra que é necessário olhar para o futuro e tomar medidas para frear esses problemas. “Se antecipar aos episódios de doenças (principalmente as crônicas e de alto custo) para promover qualidade de vida e bem-estar por meio da orientação quanto à melhor utilização do plano de saúde e evitar situações extremas”, aponta.  

“A gestão dos custos, então, passa por conhecimento, pela personalização e pela medicina de precisão. Mas, o sucesso do assunto obrigatoriamente precisa contemplar a experiência do paciente, que é o coração da mudança que a inteligência orienta”.  

Para a especialista, a ciência de dados permite maior previsibilidade e gestão dos recursos por meio da personalização do cuidado e pela medicina de precisão. Lembra, portanto que é necessário o acompanhamento da trajetória do paciente para buscar padrões que destoem do movimento natural e orientar beneficiários, empresas contratantes e operadoras de saúde. Para tanto, a tecnologia é, de fato, de grande importância para todo o processo, mas é necessária uma mudança em conjunto para garantir a sustentabilidade dos serviços em saúde. 

Confira o artigo na íntegra

Abril 2019
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No começo do ano trouxemos alguns dos avanços tecnológicos focados no setor de saúde que foram apresentados na Consumer Eletronics Show (CES), a maior feira de tecnologia do mundo – relembre

O crescimento do interesse pela área tem sido crescente também em outros eventos de tecnologia. O South by Southwest (SXSW), um dos maiores festivais do mundo focado em inovação, também virou seus holofotes para o setor ao entregar quatro dos 13 prêmios de inovação concedidos durante o festival para iniciativas focadas em saúde. 

Na categoria Inteligência Artificial e machine learning, o vencedor foi o iN: Cognitive Patient Care Assistant. O dispositivo monitora quartos de hospital e utiliza Inteligência Artificial para detectar e analisar os movimentos dos pacientes, sinais de estresse e a necessidade de intervenção das equipes clínicas. 

O My Special Aflac Duck™ foi o vencedor na categoria Robótica e Hardware. Trata-se de um pato robô com sensores espalhados pela plumagem para permitir a interação com crianças. Seu objetivo é ajudar no tratamento do câncer infantil. Infelizmente, o site do produto não está disponível para acesso fora dos Estados Unidos. 

A utilização de realidade virtual para o treinamento de médicos cirurgiões foi o projeto vencedor da categoria Realidade Virtual, Aumentada e Mista (VR, AR & MR, na sigla em inglês). O Fundamental Surgery (https://www.fundamentalsurgery.com/) espera reduzir o custo de educação dos médicos com o emprego de hardware e software para simular cirurgias completas, inclusive com os sons de um ambiente real. 

Por fim, a categoria Saúde, Medicina e Biotecnologia, a única que efetivamente é voltada para o setor, premiou o Butterfly iQ. Um aparelho de ultrassonografia portátil que exibe os resultados na tela de qualquer smartphone. O aparelho já foi, inclusive, aprovado pelo Food and Drug Administration (FDA) – equivalente da Anvisa nos Estados Unidos – e é comercializado por aproximadamente US$ 2 mil. 

Avanços que, sem dúvida, poderão ser aproveitados por aqui também. 

Fevereiro 2019
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Ainda esta semana falamos sobre o uso da tecnologia em prol da medicina diagnóstica com o caso da China, em que a clínica Ping An Good Doctor realiza diagnósticos em até 1 minuto sem a presença de um único funcionário, apenas contando com inteligência artificial e a consulta a um banco de dados com mais de 2 mil doenças comuns.  

No entanto, os excessos na confiança e substituição da tecnologia pelos métodos tradicionais também pode trazer malefícios para o paciente e o setor. Pesquisa inédita divulgada esta semana em reportagem do jornal O Estado de S. Paulo revelou que 26% dos brasileiros recorrem primeiro para pesquisas no Google ao se depara com um problema de saúde.  

O dado é de um estudo da própria plataforma sobre como os brasileiros pesquisam e consomem conteúdo de saúde no site de buscas e no YouTube, pertencente ao mesmo grupo. O Brasil foi o País em que as buscas referentes à saúde mais cresceram no mundo no último ano. Pesquisas sobre esse tema cresceram 17,3%, enquanto as de cuidados com cabelos aumentaram 3% e as de maquiagem caíram 4%. 

“Na falta de acesso ao sistema de saúde, o brasileiro recorre muito à internet para tentar solucionar seus problemas. A internet acaba sendo um dos únicos recursos para as classes C, D e E”, disse Fabiana Kawahara, gerente de Insights e Analytics do Google Brasil para a reportagem do jornal. Vale lembrar que enquanto a saúde suplementar abrange cerca de 25% dos brasileiros, aproximadamente 79% contam com acesso à internet. 

O hábito, no entanto, traz riscos à saúde. Claro que o empoderamento do paciente é benéfico, mas há grande quantidade de informação incorreta ou exagerada circulando na rede. Isso faz com que mais brasileiros adotem práticas ou tratamentos sem evidência científica. Outro problema alertado pela reportagem é o aparecimento dos chamados cibercondríacos, aqueles que ficam angustiados com a ideia de terem uma grave doença por conta dos conteúdos lidos online. 

Confira a reportagem na íntegra e lembre-se: apenas o profissional de saúde está apto para fornecer diagnósticos precisos. 

Janeiro 2019
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A maior feira de tecnologia do mundo, a Consumer Eletronics Show (CES), acabou de acontecer em Las Vegas (EUA). Celulares, TV, veículos, drones e todo tipo de avanços tecnológicos costumam ser anunciados por lá, mas este ano uma das estrelas foi um segmento bastante conhecido por nós: a saúde. 

Como já falamos aqui, a Internet das Coisas e aplicativos já estão trazendo grandes avanços para saúde das pessoas e a tendência é de que o movimento se aprofunde e as integrações sejam cada vez mais naturais. E a CES 2019 trouxe diversas novidades nesse sentido. 

Além de novos avanços em weareables, como são conhecidos relógios, óculos e outros equipamentos tecnológicos que monitoram desde batimento cardíaco e pressão até a postura ao longo do dia, algumas novidades foram gigantes como investimentos em soluções para pessoas com dificuldade de locomoção. 

Medidores portáteis de poluição, raios ultravioletas e outras variáveis prometem ajudar a monitorar o ambiente e disponibilizar informações por meio de apps de celular, auxiliando pessoas a evitar ambientes nocivos para sua saúde. 

Ainda pensando no avanço feito na indústria de telecomunicações, empresas estão aproveitando os novos designs de fones de ouvidos de celulares para repensar os aparelhos auditivos. Uma solução tanto para reduzir o custo de produção quanto para combater o estigma dos aparelhos tradicionais, umas das principais barreiras para sua utilização. 

Para saber mais novidades, vale ler a reportagem “Indústria da tecnologia investe em soluções para melhorar a saúde”, do jornal O Globo.

Novembro 2018
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Há pouco menos de um ano, em 20 de dezembro de 2017, inauguramos nossa Área Temática. Uma ação com o objetivo de facilitar, ainda mais, a navegação por nosso site e tornar sua experiência mais agradável e produtiva. Afinal, são quase 1.400 publicações em nosso acervo, abrangendo praticamente todas as questões relacionadas ao setor de saúde suplementar.

Apenas nos últimos 11 meses, foram pouco mais de 300 novos estudos, vídeos, artigos, press releases, análises etc. Além da preocupação com a produção desse material, temos um cuidado constante em garantir que nosso site permaneça intuitivo, possibilitando uma navegação ágil com fácil acesso aos conteúdos desejados.

Foi com esse “espírito” que lançamos a Área Temática e que agora julgamos necessário revisá-la e ampliá-la. Os 10 temas originais foram revisitados. Alguns permaneceram, outros mudaram de nome e alguns ainda foram divididos em mais de uma categoria. Além disso, incluímos outros assuntos. No geral, a lista cresceu e passou a contar com 17 entradas, mas transitar entre os assuntos desejados ficou ainda mais fácil. 

Conheça nossa nova lista de temas:

 

Aspectos jurídicos de planos de saúde

O acesso à Justiça é um dos pilares da sociedade e, portanto, judicialização é necessária sempre que o direito de alguém é violado. Contudo, no setor de saúde há excesso de intervenções, muitas vezes com falhas técnicas, por desconhecimento dos juízes da regulação (de fato complexa) do setor, que tem recursos escassos. Exatamente por isso, é necessário entender que é impossível dar tudo o tempo todo para todo mundo. Escolhas precisam ser feitas. Inclusive para garantir a sustentabilidade do setor e priorizar a qualidade assistencial.

 

Aspectos tributários de planos de saúde

Uma das maiores falácias a respeito da saúde suplementar é aquela que prega que os planos de saúde contam com renúncia fiscal para sua existência. O Código Tributário Brasileiro define que o Imposto de Renda incide sobre os acréscimos patrimoniais dos contribuintes, pessoas físicas e jurídicas. Já que a saúde é, pela Constituição, um direito do cidadão e um dever do Estado, toda vez que o contribuinte paga por um serviço de saúde privado, visando suprir suas necessidades básicas de existência, sofre, na prática, um decréscimo patrimonial. Seja via contratação direta, seja via plano de saúde. Logo, a dedução é um direito do cidadão e não uma renúncia do Estado.

 

Avaliação de tecnologias em saúde

A incorporação de novas tecnologias é um dos temas mais sensíveis para a saúde, sendo um dos principais impulsionadores dos custos do setor no mundo. Por isso, é um dos assuntos que mais buscamos analisar aqui no Portal do IESS. 

 

Beneficiários de planos médico-hospitalares

Nos últimos anos, o total de beneficiários de planos médico-hospitalares recuou mais de 3 milhões. Apesar de os últimos meses terem apontado uma redução do ritmo de rompimento de vínculos com esses planos, ainda é cedo para falar em recuperação do mercado, especialmente por que não há sinais econômicos que indiquem uma mudança de rumo em curto prazo, como uma expressiva retomada da criação de empregos.

 

Cirurgia bariátrica e Obesidade

A obesidade é considerada uma epidemia pela OMS. No Brasil, dados do último Vigitel apontam que a prevalência da obesidade saltou de 11,8%, em 2006, para 18,9% em 2016. O que significa que uma a cada cinco pessoas no país está obesa.

 

Envelhecimento

Desde 2012, temos estudado quais serão os impactos do envelhecimento da população no Brasil no sistema de saúde e, de uma forma mais particular, na saúde suplementar. Fica cada vez mais claro que, se houver planejamento e adoção de medidas corretas, o ciclo de mudança demográfica do Brasil vai representar uma imensa oportunidade para a saúde suplementar evoluir. Dito de outra forma, não encarar essa transformação com as devidas reformas estruturais, novas práticas de gestão e um novo jeito de enxergar a assistência à saúde pode, na prática, representar um risco imenso para o futuro desse setor.

 

Falhas de mercado na cadeia produtiva da saúde suplementar

A cada hora, 6 brasileiros morrem por erros e falhas nos hospitais. Contudo, erros de dosagem de medicamento, desatenção durante procedimentos médicos e outros eventos adversos impactaram uma quantidade muito maior de brasileiros. Já que além dos óbitos também podem gerar sequelas, comprometendo o exercício das atividades da vida do paciente e causando sofrimento psíquico.

 

Fraude, abuso e desperdício

Cerca de R$28 bilhões dos gastos das operadoras médico-hospitalares do País com contas hospitalares e exames foram consumidos indevidamente por fraudes e desperdícios com procedimentos desnecessários.

 

Modelos de remuneração de prestadores

Por diversas vezes falamos da necessidade de mudar o modelo de pagamento do fee-for-service (FFS), que privilegia a quantidade de atendimentos, para outro que considere questões como qualidade, eficiência e o melhor desfecho clínico. Nesse processo, o DRG aparece como uma das alternativas mais interessantes, mas não é a única.

 

Novos produtos e soluções para a saúde suplementar

Os planos de saúde com franquia anual (HDHP, da sigla em inglês para high-deductible health plan) são um modelo aplicado com sucesso em outros países desde a década de 1990. Trata-se de um produto com mensalidade (ou prêmio) bem menor em relação aos planos tradicionais, oferecidos hoje no Brasil, mas que, por outro lado, contam com uma franquia. Ou seja, combinada à mensalidade, os beneficiários desse tipo de plano pagam valores por consultas, exames, terapias e internações até um limite pré-estabelecido. A partir desse limite, os gastos passam a ser cobertos pela operadora, integralmente ou em regime de coparticipação (quando o beneficiário paga uma parcela dos gastos). Os custos de consultas, exames e tratamentos preventivos e de promoção da saúde, em geral, são arcados exclusivamente pela operadora, mesmo antes de se atingir o valor da franquia anual, como uma forma de estimular os beneficiários a cuidarem da própria saúde. Casos de doenças crônicas costumam ter um tratamento diferenciado, uma vez que, em virtude da assiduidade da assistência, acaba consumindo mais rapidamente o montante da franquia.

 

OPMEs

Os elevados custos de OPMEs são uma questão que esbarra em problemas sérios do setor de saúde, como assimetria de informação e até mesmo fraudes, atuando como um dos motores da VCMH.

 

Perfil de uso dos serviços de saúde

Ao longo de 2016, o total de beneficiários de planos médico-hospitalares recuou 3,1%. Foram 1,5 milhão de vínculos rompidos. Seria de se esperar, então, que os gastos assistenciais das operadoras também recuassem, diante de uma base menor de beneficiários. Mas não é o que a realidade mostra. No último ano, os gastos assistenciais subiram 12,6%, chegando a R$ 131,9 bilhões, motivados, entre outros fatores, pelo aumento do total de procedimentos médicos.

 

Planos odontológicos

Os planos exclusivamente odontológicos atraem cada vez mais beneficiários, crescendo mesmo quando os planos médico-hospitalares apresentam seguidas quedas. Mas isso não significa que o segmento não tenha desafios pela frente.

 

Promoção à saúde

Não há uma pessoa que nunca tenha ouvido a expressão “é melhor prevenir do que remediar”. Não poderia haver verdade mais inconteste no setor de saúde. Por isso se torna cada vez mais importante empresas, OPS e os próprios pacientes focarem em ações de promoção à saúde.

 

Qualidade assistencial e segurança do paciente

Somados, os hospitais públicos e privados do Brasil registraram, em 2017, seis mortes, a cada hora, decorrentes dos chamados “eventos adversos graves”, ocasionados por erros, falhas assistenciais ou processuais ou infecções, entre outros fatores. Desses, mais de quatro óbitos seriam evitáveis.

 

Regulação em saúde

Em nosso trabalho de buscar caminhos para o aprimoramento da gestão de saúde suplementar é comum buscarmos e apresentarmos as experiências internacionais. Contudo, como costumamos lembrar, nem todas essas experiências poderiam “simplesmente” ser implementadas por aqui. Além de diferenças socioculturais, perfil da população e perfil epidemiológico, entre outros pontos, quase sempre há questões de regulação que precisam ser levadas em conta. 

 

Variação do Custo Médico-Hospitalar (VCMH)

O índice de Variação do Custo Médico-Hospitalar do IESS (VCMH/IESS) expressa a variação do custo das operadoras de planos de saúde com internações, consultas, terapias e exames entre dois períodos consecutivos de 12 meses. Contudo, diferentemente do IPCA e do IPCA Saúde, o VCMH não é calculado apenas com base na variação de preços, mas considera, também, a frequência com que um serviço é utilizado.