Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que pessoas idosas e pacientes com condições de saúde pré-existentes (como doenças cardíacas, doenças pulmonares, pressão alta e outros) parecem desenvolver versões mais graves da doença causada pelo novo Coronavírus, a Covid-19.
Assim, em um esforço de auxiliar o sistema de saúde na construção de conhecimento durante a pandemia, publicamos o Estudo Especial “O novo Coronavírus no Brasil e fatores de risco em beneficiários de planos de saúde”. A pesquisa busca utilizar as estatísticas nacionais divulgadas acerca do número de óbitos e infectados, apontar a prevalência encontrada em inquéritos de saúde mais recentes disponíveis e estimar a quantidade de beneficiários com risco para a doença em todo o País.
No período analisado, mais da metade, 54,4%, dos óbitos foram de homens, 69% de pessoas acima dos 60 anos de idade e 64% apresentaram pelo menos um dos fatores de risco da doença (cardiopatias, obesidade, imunodepressão, doença neurológica, doença renal, pneumopatia, diabetes e asma).
De acordo com os microdados extraídos da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS 2013), inquérito de saúde mais recente disponível, entre os beneficiários de planos de saúde, 23,3% receberam de um médico o diagnóstico de que eram portadores de hipertensão arterial (pressão alta), 18,8% estavam obesos, 7,0% com diabetes, 5,0% com asma (ou bronquite asmática), 2,0% com doença no pulmão ou DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica), 1,6% com insuficiência renal crônica e 1,2% com AVC ou Derrame.
Com o cruzamento dessas informações com os números aferidos pela Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB), estima-se que haja cerca de 11 milhões de beneficiários com hipertensão, 8,8 milhões com obesidade, 3,3 milhões com diabetes, 2,4 milhões com asma, 938,6 mil com doença no pulmão, 753,9 mil com insuficiência renal crônica e 571,0 mil com AVC ou derrame.
No entanto, o número de beneficiários no grupo de risco é muito menor do que a soma desses números pois muitos têm mais de uma dessas doenças. A pessoa pode ser, simultaneamente, obesa, diabética e hipertensa, por exemplo. A simples soma do número de pessoas com cada uma dessas condições acarreta uma tripla contagem.
Lembramos, no entanto, que os números valem para os cerca de 47 milhões de vidas que contam com a saúde suplementar. Ou seja, entre os mais de 210 milhões de brasileiros o número é muito maior.
O estudo ressalta que essas estimativas do número de beneficiários com fatores de risco em fevereiro de 2020 são baseadas nas prevalências apontadas em anos anteriores, estando, portanto, sujeitas a variações nos percentuais. No entanto, são os dados mais recentes disponíveis.
Acesse o Estudo Especial na íntegra.
Continuaremos apresentando os dados nos próximos dias. Não perca.
Conforme divulgamos recentemente, o número de beneficiários de planos de saúde médico-hospitalares registrou ligeiro avanço em 2020. Segundo a mais nova edição da Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB), o total de vínculos nesta modalidade cresceu moderadamente (0,1%) na comparação entre abril de 2020 e o mesmo mês do ano anterior, gerando 53 mil novos contratos. No total, o setor conta com cerca de 47 milhões de beneficiários no Brasil.
Agora, na Análise Especial da NAB buscamos verificar o que aconteceu com a quantidade de beneficiários vinculados aos planos de saúde médico-hospitalares entre os meses de fevereiro e abril de 2020. Os números apontam para pouca variação no período analisado, não passando de um porcento.
A análise especial mostra, no entanto, que houve saldo positivo de 70,9 mil beneficiários em março de 2020 e saldo negativo de 70,8 mil vínculos em abril do mesmo ano. Esse é o maior resultado negativo desde julho do ano passado. Isso porque nesse último mês, o número de cancelamentos de planos de saúde foi maior do que o de adesões em praticamente todas as análises (por tipo de contratação, sexo, época de contratação, modalidade da operadora e titularidade), exceto entre os planos coletivos por adesão.
Vale lembrar, como divulgamos aqui, que houve um ligeiro aumento no primeiro trimestre do ano. Em março, mês de início da pandemia no Brasil, houve o maior saldo líquido positivo dos sete meses anteriores. Isso pode significar uma possível preocupação de ter a saúde afetada, pois houve crescimento trimestral e anual de planos coletivos por adesão e, também, um reflexo do crescimento econômico no início do ano com redução da taxa de desemprego, o que intensificou a busca por planos coletivos empresariais.
No entanto, apesar do desejo de permanência no plano de saúde, em abril a realidade do desemprego e da perda de renda levaram à redução do número de beneficiários. O mês também foi marcado pelo menor número de adesões aos planos médico-hospitalares dos últimos doze meses, o que demonstra uma desaceleração da economia como um todo.
Sabe-se que a maioria (81% ou 37,9 milhões) dos beneficiários de planos médico-hospitalares são vinculados a um plano coletivo. O número de beneficiários segue de perto o emprego formal. Assim, com o aumento do desemprego e da informalidade, o número de vínculos tende a cair.
Veja aqui os números completos da recente Análise Especial.
Ou acesse a Nota de Acompanhamento de Beneficiários na íntegra.
Recentemente divulgamos a última edição da Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB) que mostra que o número de beneficiários de planos de saúde médico-hospitalares registrou ligeiro avanço em 2020. O total de vínculos deste tipo cresceu moderadamente (0,1%) na comparação entre abril de 2020 e o mesmo mês do ano anterior, gerando 53 mil novos vínculos. O crescimento tímido é o início dos reflexos da pandemia e ainda pode se agravar nas próximas análises, com um impacto ainda mais significativo da crise em função do Coronavírus.
Mesmo sendo um contraponto aos planos médico-hospitalares com forte ritmo de crescimento no total de beneficiários nos últimos anos, o setor de exclusivamente odontológicos também sente os impactos do atual momento. É a primeira vez desde o início do nosso boletim que o setor registra queda de beneficiários na análise trimestral.
Dois pontos precisam ser reiterados. O segmento continua com elevado ritmo de crescimento do período de 12 meses encerrado em abril deste ano. Além disso, a variação trimestral pode sofrer modificações retroativas em função das revisões efetuadas mensalmente pelas operadoras.
De um lado, na variação anual, os planos exclusivamente odontológicos tiveram acréscimo de 1,4 milhões de beneficiários, alta de 5,8%. De outro, o resultado só não foi melhor porque entre janeiro e abril de 2020, registrou queda de pouco mais de 160 mil vínculos, ou seja, 0,6% do total.
Os números da NAB mostram que o setor exclusivamente odontológico teve leve redução de beneficiários. Em fevereiro deste ano, havia mais de 26 milhões de vínculos. Já em abril, esse número regrediu para cerca de 25,7 milhões.
Esse resultado pode ser explicado pela queda do número de pessoas com emprego formal em função da pandemia pelo novo Coronavírus. Como mostramos aqui, os dados divulgados recentemente pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) mostram que neste ano será a primeira vez desde que começou a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua) do IBGE, em 2012, que menos da metade da população em idade de trabalhar estará ocupada.
Apesar do desempenho positivo em 12 meses no agregado, em números absolutos, houve queda em alguns Estados, sendo o maior deles em Alagoas, cuja perda foi de 4.059 beneficiários no período de 12 meses encerrado em abril. O Estado de São Paulo apresentou o maior crescimento, com mais de 580 mil novo vínculos no mesmo período.
Veja a publicação na íntegra. Continue acompanhando nossas análises.
O número de beneficiários de planos de saúde médico-hospitalares registrou ligeiro avanço em 2020. O total de vínculos deste tipo cresceu moderadamente (0,1%) na comparação entre abril de 2020 e o mesmo mês do ano anterior, gerando 53 mil novos vínculos. Os números integram a Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB) que acabamos de publicar. No total, o setor conta com cerca de 47 milhões de beneficiários no Brasil.
Mesmo com o resultado positivo, vale lembrar que em abril deste ano, 80,7% dos beneficiários de planos médico-hospitalares eram do tipo coletivo, ou seja, 37,9 milhões. Desses, 83,7% eram coletivos empresariais e 16,3% estavam na modalidade coletivo por adesão. O que demonstra a relação direta do segmento com o mercado de trabalho.
Os dados divulgados recentemente pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) mostram uma realidade preocupante. Segundo a publicação, será a primeira vez desde que começou a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua) do IBGE, em 2012, que menos da metade da população em idade de trabalhar estará ocupada.
O boletim mostra que o mês de abril foi marcado pelo menor número de adesões aos planos médico-hospitalares dos últimos 12 meses. Os dados do mês demonstram, no entanto, a estagnação do mercado por conta da pandemia.
Tanto as cerca de 840 mil novas adesões quanto os 910 mil cancelamentos estão abaixo da média quando comparados com os últimos meses, o que reforça a desaceleração da economia como um todo. Contudo, o saldo negativo de 70 mil vínculos neste mês é o maior desde julho do ano passado.
O IESS alerta, entretanto, que a variação mensal pode sofrer modificações retroativas em função das revisões efetuadas mensalmente pelas operadoras.
Veja a publicação na íntegra. Continuaremos trazendo mais dados nos próximos dias.
Como já apresentamos, a 46ª edição da Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB) mostrou que no período de 12 meses encerrado em março deste ano, os planos de saúde médico-hospitalares voltaram a superar a marca de 47 milhões de beneficiários em todo o País. Em comparação com o mesmo mês do ano anterior, o número aumentou em 233,5 mil vínculos, acréscimo de 0,5%. Ainda é cedo, no entanto, para avaliar os impactos da pandemia de Coronavírus nesse segmento e seguiremos acompanhando e divulgando novidades sobre o tema. Sempre com a cautela necessária.
A Análise Especial da recente edição do boletim mostrou que Centro-Oeste foi a região com maior crescimento no número total de beneficiários médico-hospitalares no período analisado, registrando alta de 1,8%, o que corresponde a 57,6 mil novos vínculos. Para se ter uma ideia, nas demais regiões, o número de beneficiários permaneceu praticamente estável: variação anual de 0,6% no Norte, 0,5% no Sudeste, 0,3% no Nordeste e 0,03% no Sul.
De acordo com a publicação, houve alta de 4,2% no Mato Grosso (MT), 2,4% em Goiás (GO) e 2,3% no Distrito Federal (DF). Apenas o Mato Grosso do Sul (MS) registrou queda no número de beneficiários, com 2,3% a menos.
Um dos motivos do comportamento da região destoar do restante do País foi o aumento de beneficiários em planos individuais/familiares. No Centro-Oeste, esse segmento teve alta de 6%, diferente do observado no Brasil como um todo, que apresentou redução de 0,3% nesse tipo de plano.
A Análise Especial ainda traz alguns destaques da comparação entre o comportamento dos planos individuais ou familiares do Centro-Oeste com o Brasil, sintetizando os motivos do expressivo crescimento. A região teve incremento de 15% nas medicinas de grupo e de 3,4% nas cooperativas médicas, enquanto o País apresentou alta de 1,4% nas medicinas de grupo e redução nos demais segmentos.
Verificou-se, ainda, que o aumento ocorreu principalmente nas três maiores operadoras da região – uma medicina de grupo e duas cooperativas médicas. Se no Brasil como um todo houve queda nos planos individuais ou familiares para ambos os sexos, principalmente no feminino com redução de 0,4% ou 23,3 mil beneficiárias, a região também mostrou comportamento bem distinto: crescimento de 6,1% de beneficiárias do sexo feminino e de 6,0% do gênero masculino.
Ainda sobre os números da modalidade de planos individuais/familiares, dois Estados alavancaram os bons resultados da região: o Mato Grosso registrou expressivo aumento de 12,3% e Goiás teve alta de 7%.
Além disso, os planos individuais/familiares do Centro-Oeste tiveram aumento de vínculos em todas as faixas etárias, principalmente na última, registrando evolução de 10,3% na de 59 anos ou mais. No Brasil como um todo, essa faixa teve alta de 3%, enquanto as demais apresentaram redução no número de beneficiários.
A análise aponta alguns motivos para esse resultado: além da migração de faixa etária dos mais de 4,5 mil beneficiários que completaram 59 anos no período, o boletim mostra que houve aproximadamente 10 mil novas adesões de 59 anos ou mais e o cancelamento de 6,8 mil vínculos nessa última faixa etária. Com isso, registrou-se o expressivo saldo positivo de 3.093 beneficiários com 59 anos ou mais.
O estudo também levantou que o acréscimo de beneficiários em planos individuais e familiares foi influenciado principalmente pelas três maiores operadoras da região (uma medicina de grupo e duas cooperativas médicas).
Você pode acessar a tabela completa com a média mensal de cancelamentos, adesões e migrações e os demais detalhes da Análise Especial da NAB. Veja a publicação na íntegra.
Como mostramos na última semana, pela primeira vez em 2020, os planos de saúde médico-hospitalares voltaram a superar a marca de 47 milhões de beneficiários em todo o País. A Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB) traz os números do período de 12 meses encerrado em março. Com isso, o setor registrou ligeiro avanço de 0,5% no acumulado do ano.
É importante reforçar que devemos ter cautela com o futuro em função do impacto do novo Coronavírus na economia nacional, na oferta de empregos e, consequentemente, de vínculos com planos de saúde.
No entanto, outro dado positivo chama a atenção. A última edição da NAB também mostra que o setor de planos exclusivamente odontológicos segue em forte ritmo de crescimento. Segundo o levantamento, no período entre março do ano passado e o mesmo mês em 2020, o segmento registrou alta de 6,3% no total de vínculos em todo o País, o que representa mais de 1,5 milhão de novas vidas.
A maior parte desses contratos continua sendo do tipo coletivo empresarial. Em março de 2020, 20,1 milhões, ou 83,5%, de beneficiários de planos exclusivamente odontológicos possuíam um plano coletivo. Desse total, 88,5% eram do tipo coletivo empresarial e 11,5% da modalidade coletivo por adesão.
Se por um lado, a faixa etária entre 19 a 58 detém a maior parte dos vínculos no período, registrando crescimento de mais de 1 milhão, a faixa dos 59 ou mais foi a que teve a maior alta proporcional, de 10,7%, com mais de 200 mil novos vínculos.
O Sudeste segue representando a maior fatia em números absolutos, com 963,2 mil novos beneficiários no período de 12 meses, o que equivale a um avanço de 6,7%. A região Norte, no entanto, destaca-se pelo crescimento de 15%, registrado com 156,5 mil novos vínculos.
O único estado a registrar queda foi o Alagoas, a queda de 0,5% representa um 1,4 mil vidas a menos.
Seguiremos apresentando os detalhes da Nota de Acompanhamento de Beneficiários. Não perca nossa Análise Especial nos próximos dias. Confira a nota na íntegra.
Ah, não deixe de acessar o IESSdata, poderosa ferramenta em que reunimos os principais indicadores da saúde suplementar e da economia nacional.
Pela primeira vez neste ano, os planos de saúde médico-hospitalares voltaram a superar a marca de 47 milhões de beneficiários em todo o País. Os dados da Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB) que acabamos de divulgar mostra que o saldo de mais de 233 mil vínculos no período entre março de 2019 e o mesmo mês deste ano fez com o que setor voltasse a ultrapassar o número, algo não registrado desde dezembro. O que representa um ligeiro aumento de 0,5% no acumulado do ano.
Ficamos felizes em saber que mais brasileiros têm alcançado o sonho de contar com plano de saúde. No entanto, devemos ter cautela com o futuro em função do impacto do novo Coronavírus na economia nacional e na oferta de emprego. A análise mostra que alguns indicadores econômicos já mostram que março foi um mês com os primeiros impactos econômicos da pandemia. A Pesquisa Mensal Industrial, divulgada em maio, apontou que a atividade industrial retraiu 9,1% frente a fevereiro de 2020, sendo a maior queda desde 2018.
No período de 12 meses encerrado em março deste ano, houve incremento de beneficiários em todas as faixas etárias analisadas na publicação. O aumento continua sendo puxado pela faixa de 59 anos ou mais, que registrou crescimento de 1,8%. Entretanto, as faixas de 0 a 18 anos e de 19 a 58 anos também tiveram ligeira melhora de 0,2% e 0,3%, respectivamente.
Além disso, nenhuma das regiões do País registrou queda no número de beneficiários de planos médico-hospitalares. Com exceção da região Sul, que permaneceu estável, todas as demais tiveram avanço. O destaque fica para o Centro-Oeste, com 1,8% de aumento, o que representa um total de 57,5 mil novos vínculos. Em números absolutos, a região Sudeste teve a melhor performance, com 141,6 mil beneficiários, crescimento de 0,5%. A região Norte ganhou 10,2 mil novos contratos, ou 0,6%, e o Nordeste registrou um leve crescimento de 0,3%, que corresponde a 19,7 mil novos vínculos.
Importante notar que o mês de março teve o melhor resultado nos últimos 12 meses, com saldo positivo de mais de 111 mil novas vidas. A boa performance se justifica pela queda no rompimento de contratos com planos de saúde no mês na ordem de 100 mil beneficiários em relação aos 4 meses anteriores.
Seguiremos trazendo novos dados da NAB nos próximos dias. Veja aqui a publicação na íntegra e continue acompanhando.
A região Centro-Oeste registrou o maior crescimento proporcional de beneficiários de planos médico-hospitalares nos 12 meses encerrados em fevereiro de 2020. No total, 33,1 mil vínculos novos foram firmados, o que representa um avanço de 1%. Com isso, a região atende 3,2 milhões de beneficiários, segundo a última edição da NAB.
O comportamento destoa das demais regiões do País, que tiveram variação máxima de 0,4% para cima (Sudeste) ou para baixo (Sul). Para entender este resultado, realizamos uma análise especial dos indicadores econômicos e dos números de Operadoras de Planos de Saúde (OPS) no Centro-Oeste – confira a íntegra.
Primeiramente, nota-se que o avanço foi impulsionado pela contratação de planos em Mato Grosso, que firmou 17,8 mil novos vínculos (+3,1%), e Goiás, que passa a atender 22,1 mil novos beneficiários (+2%). Por outro lado, 5,3 mil pessoas deixaram de contar com seus planos em Mato Grosso do Sul (-0,9%), e 1,6 mil fizeram o mesmo no Distrito Federal (-0,2%). Como mostra a tabela abaixo.
O passo seguinte foi entender de onde vieram os novos beneficiários, observando os números por tipo de contratação. O que nos trouxe outra surpresa. Diferentemente do restante do País, onde os números de planos coletivos – especialmente os empresariais (aqueles fornecidos pelas empresas aos seus colaboradores) – são os que mais crescem, o impulso no Centro-Oeste foi motivado pela adesão a plano individuais/familiares.
No período analisado, 26,6 mil novos beneficiários aderiram a planos individuais/familiares. Alta de 5,5%. Já os planos coletivos empresariais tiveram avanço de 0,4%. O que equivale a 7,9 mil novas contratações. Ainda assim, esse continua sendo o tipo de plano com maior número de vínculos na região, como mostra a tabela abaixo.
Como já apontamos em outras oportunidades, o crescimento do mercado de planos de saúde, especialmente o segmento médico-hospitalar, está associado ao comportamento econômico. Sendo fortemente influenciado pela criação de postos de trabalho formal e variação na renda das famílias.
Além disso, como a pesquisa IESS/Ibope indica, o plano de saúde é o 3° bem mais desejado pelo brasileiro. O que significa que é um dos últimos que a população se desfaz em época de crise e um dos primeiros que recontrata quando a situação econômica começa a melhorar. Veja gráficos sobre o assunto.
Assim, o crescimento de 4,9% no volume de vendas do comércio e de 3,3% na produção agrícola em Goiás foi determinante para o bom resultado registrado. Já no Mato Grosso, o grande propulsor econômico foi o comércio com 9% de aumento.
Também é importante notar que houve incremento de vínculos em todas as faixas etárias. Olhando o crescimento proporcional, o total de beneficiários com 59 anos ou mais é o que mais se destaca. Houve aumento de 1,9%, ou 7,2 mil vínculos. Comportamento que também vem sendo notado no restante do Brasil e indica que as pessoas procuram ter um plano de saúde para ter mais tranquilidade esta fase da vida. A tabela a seguir mostra a contratação nas outras faixas etárias.
Os números podem ser vistos detalhadamente por Estado na análise especial da NAB.
Desde a semana passada, temos analisado o crescimento do total de beneficiários de planos de saúde (tanto médico-hospitalar quanto exclusivamente odontológicos) registrado pela NAB nos 12 meses encerrados em fevereiro de 2020. Antes, portanto, de a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificar o Coronavírus como pandemia.
Agora, a Análise Especial da NAB, que acabamos de publicar, apresenta os fatores econômicos que levaram a este resultado positivo. Os números são particularmente importantes para entendermos o comportamento no segmento médico-hospitalar, já que a contratação destes planos está fortemente ligada a geração de empregos formais. Diferentemente do que ocorre com os planos exclusivamente odontológicos que, por seu custo de acesso ser comparativamente menor, continuaram avançando durante todo o período de crise econômica nacional em que mais de 3 milhões de vínculos com planos médico-hospitalares foram rompidos.
No período analisado, a taxa de desocupação caiu de 12,4% para 11,6%. Apesar de haver um volume expressivo de trabalhadores informais, o resultado decorre principalmente do avanço de 2% no total de trabalhadores com carteira assinada. Em fevereiro de 2019 havia 32,9 milhões de postos de trabalho formal e, este ano, 33,6 milhões.
Juntamente com o incremento no emprego, a renda média real das pessoas avançou de R$2.232 para R$2.252, alta de 0,9%. O que significa que além de as empresas contratarem o benefício para seus colaboradores (comportamento notado nos planos médico-hospitalares), também houve aumento na capacidade das pessoas contratarem planos individuais (comportamento notado nos exclusivamente odontológicos).
Confira o avanço no número de vínculos por setor econômico do período de dez/jan/fev de 2019 e dez/jan/fev de 2020.
A Análise Especial da NAB também faz uma avaliação do comportamento registrado no Centro-Oeste do Brasil, região que mais se destacou no crescimento do número total de beneficiários médico-hospitalares durante o período analisado. Vamos apresentar esta análise em um próximo blog.
Na última semana, comentamos que 1,7 milhão de brasileiros passaram a contar com planos exclusivamente odontológicos nos 12 meses encerrados em fevereiro de 2020, conforme aponta a edição mais recente da NAB. Na ocasião, comentamos a contratação por idade, tipo de plano (coletivo ou individual) e destacamos os números do Sudeste, que impulsionaram o crescimento. Mas como se comportou a adesão aos planos no restante do País?
O Nordeste foi a região com o maior número de novos vínculos (após o Sudeste): 197,6 mil. Proporcionalmente, contudo, foi a região com avanço mais modesto, de 4,1%. Além disso, foi a única em que um Estado registrou recuo no total de beneficiários. No Alagoas, 2,2 mil pessoas deixaram de contar com planos exclusivamente odontológicos. Recuo de 0,8%. Por outro lado, Pernambuco teve o segundo maior aumento de vínculos fora do Sudeste, foram 77,5 mil novos contratos firmados no período analisado. Alta de 8,5%.
Proporcionalmente, a região que teve o maior crescimento de beneficiários foi a Norte. O incremento de 14,7% registrado pela NAB significa que 154,3 mil pessoas passaram a contar com estes planos. Mais da metade deles concentram-se no Tocantins. O Estado teve 78,5 mil novas contratações. Avanço de 160,6%. Como é possível notar pela variação porcentual, a base de beneficiários na Unidade Federativa era muito pequena, saltando de 48,9 mil, em fevereiro de 2019, para 127,4 mil em fevereiro deste ano. O comportamento, aparentemente, foi impulsionado pela abertura de empresas e aumento do turismo que movimentaram a economia estadual ao longo do período analisado.
No Sul, o total de beneficiários de planos exclusivamente odontológicos aumentou 6,8%. O que representa 169,8 mil novos vínculos. Nesta região, o Paraná continua sendo o Estado com o maior número de beneficiários, 1,3 milhão, sendo 62,3 mil novos. Santa Catarina tem o menor número: 557,3 mil. Contudo, o total de contratações está crescendo em ritmo superior ao do Rio Grande do Sul, que conta com 799,7 mil vínculos. No período analisado, Santa Catarina teve 67,8 mil novas contratações (+13,9%) enquanto o Rio Grande do Sul teve 39,6 mil (+5,2%).
No Centro-Oeste, 115,6 mil pessoas passaram a contar com este tipo de plano. Alta de 7,6%. Sendo que mais da metade dos novos vínculos, 59,5 mil, foram firmados no Distrito Federal.