A atual pandemia de Coronavírus começou em dezembro de 2019, na cidade chinesa de Wuhan, localizada na província de Hubei. Embora o governo da China tenha adotado medidas de isolamento da população, da maneira recomendada por entidades competentes, como a Organização Mundial da Saúde (OMS), os profissionais de saúde, à exemplo do que ocorre no mundo todo, permanecem expostos no combate à doença. Isso somado ao número cada vez maior de casos confirmados e suspeitos, a elevada carga de trabalho, o esgotamento de equipamentos de proteção individual (EPI) e a falta de medicamentos específicos força estes profissionais a enfrentar uma alta carga mental.
O assunto foi abordado no estudo “Fatores associados à saúde mental entre trabalhadores da saúde expostos à Covid-19”, destaque na última edição do Boletim Científico (LINK).
Os autores do trabalho realizaram entrevistas com profissionais de saúde chineses envolvidos no atendimento de pacientes com COVID-19 entre 29 de janeiro e 3 de fevereiro de 2020. Período em que aquele País já havia passado a marca de 10 mil infectados. Foram incluídos na pesquisa 20 hospitais de Wuhan, 7 hospitais em outras regiões da província de Hubei e 7 instituições de 7 outras províncias (uma por província) com alta incidência da doença. Entre os entrevistados, 60,8% eram enfermeiros e 39,2%, médicos; sendo a maioria (76,7%) do sexo feminino; com idade entre 26 anos e 40 anos (64,7%).
No total, 50,4% dos profissionais de saúde ouvidos na pesquisa apresentaram sinais de depressão; 44,6% tinham sinais de ansiedade; 34%, insônia; e, 71,5% relatavam ou indicavam sinais de angústia. A pesquisa também apontou que os trabalhadores na linha de frente apresentam sintomas mais severos em relação aos demais. A prevalência de depressão grave entre enfermeiros, que têm mais contato com os pacientes, foi de 7,1%. Já entre os médicos, 4,9% apresentaram o mesmo problema.
Apesar de os autores não sugerirem medidas de mitigação dos riscos de desenvolvimento de transtornos psiquiátricos nos profissionais de saúde expostos à COVID-19, o estudo deixa claro que juntamente com as medidas de combate à doença, as entidades competentes e os responsáveis pelos centros de atendimento precisam pensar e implementar rapidamente medidas e intervenções especiais para promover o bem-estar mental dos profissionais de saúde, com atenção redobrada em mulheres, enfermeiras e trabalhadores da linha de frente.
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O estresse no trabalho está ligado a 7 das 10 principais causas de morte no mundo. Aumentando, por exemplo, o risco de doenças cardiovasculares. Ele também está associado ao desenvolvimento de transtornos mentais, como ansiedade e depressão, além de custar cerca de US$ 500 bilhões por ano aos empregadores de todo o mundo, conforme mostra estudo do Global Wellness Institute. Absenteísmos, baixa produtividade e mesmo gastos com turnover de pessoal (demissão, processo seletivo, recontratação etc.) são apenas alguns dos pontos que entram nesta conta.
Contudo, alguns estudos conduzidos ao longo desta década apresentam importantes indicativos de que não é o estresse, propriamente dito, o “vilão da história”. De acordo com a psicóloga Kelly McGonigal, da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, o que realmente prejudica a saúde dos indivíduos e favorece o desenvolvimento de diversos problemas é a crença de que o estresse faz mal.
Ou seja, o estresse tem um efeito placebo. Ele irá te causar mal se você acreditar que ele faz isso. Por outro lado, no livro “The Upside of Stress” (O lado positivo do estresse, em tradução livre), Kelly utiliza estudos científicos para demonstrar que também é possível fazer o oposto e utilizar momentos de estresse para benefício próprio, sem prejuízo para o organismo.
Claro, a autora não sugere que as pessoas se coloquem voluntariamente em situações estressantes. Contudo, deixa claro que é mais importante – e saudável – procurar trabalhos e desafios significantes, ainda que acompanhados de uma alta carga de estresse, do que se acomodar com algo mais tranquilo apenas para evitar momentos estressantes.
O conceito é apresentado pela própria psicóloga em vídeo do TEDxTalks. O áudio está disponível apenas no idioma original (inglês), mas há legendas disponíveis em português. Vale conferir.
Nos últimos 2 anos, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) INSS concedeu mais de 74 mil benefícios por afastamento do trabalho a pessoas diagnosticadas com transtorno de ansiedade. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), os principais motivadores de problemas relacionados à saúde mental no trabalho são assédio moral e sexual, bullying, excesso de trabalho, jornadas inflexíveis e ameaças de desemprego – crises econômicas, como a que ainda vivenciamos no Brasil, são um fator potencializador de transtornos.
No mundo, US$ 2,5 trilhões são consumidos anualmente por conta de aposentadorias precoces, tratamentos médicos e queda de produtividade motivadas por doenças mentais, segundo levantamento do Fórum Econômico Mundial. Relatórios de AON Hewitt, Willis Tower Watson e Mercer Marsh indicam que o valor gasto para o tratamento destas doenças deve avançar nos próximos anos e se juntar à lista das enfermidades que mais “consomem” recursos no setor, ao lado de câncer, doenças cardiovasculares e musculoesqueléticas.
Em agosto do ano passado, começamos a destacar com mais frequência a necessidade do brasileiro olhar com mais atenção para estas questões. De lá para cá, pudemos reportar algumas boas notícias, como o avanço de uso de serviços de saúde com este foco, mas ainda há muito o que ser dito e feito.
É por isso que, hoje, recomendamos a leitura e o compartilhamento da coluna “Precisamos falar sobre saúde mental no trabalho”, da psicóloga Edwiges Parra na revista VOCÊ S/A. Afinal, quanto mais desmistificarmos o assunto, maior a chance de avançarmos neste importante tema para o futuro da saúde no Brasil e no mundo.
Nos últimos tempos, temos falado bastante sobre saúde mental. Um movimento, inclusive, em linha com o comportamento dos brasileiros (especialmente os beneficiários de planos de saúde médico-hospitalares), que têm buscado, cada vez mais, serviços de psiquiatras, psicólogos e terapeutas ocupacionais, como apontamos na Análise Especial do Mapa Assistencial e já comentamos aqui.
Os transtornos mentais não são exclusividade do Brasil. Na verdade, são apontadas pelos relatórios de Mercer Marsh, Willis Tower Watson e Aon Hewitt – comentados aqui – como um dos principais impulsionadores de custos de saúde no mundo nos próximos cinco anos.
Agora, o estudo “Mental Health: Trends & Future Outlook”, recém-publicado pelo National Institute for Health Care Management (NIHCM), dá mais evidências de que a saúde mental merece tanta atenção quanto a física. Pela ótica financeira, talvez até mais.
De acordo com o levantamento, que leva em conta a população dos Estados Unidos, 1 a cada 5 adultos apresenta transtornos mentais. Sendo que a taxa tende a aumentar, já que na faixa etária de 18 anos a 25 anos, a proporção é de 1 a cada 4 adultos.
Além dos custos associados ao tratamento destas questões, o estudo aponta que a multimorbidade de transtornos mentais e doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) é bastante comum. Nos EUA, metade dos adultos com transtornos mentais apresenta pelo menos quatro DCNTs. As mais comuns são: hipertensão, diabetes (tipo 2), doenças cardiovasculares e acidente vascular cerebral (AVC).
Ainda de acordo com o estudo, o tratamento dessas pessoas costuma ser de 2 a 3 vezes mais caro do que o de pacientes com as mesmas doenças crônicas, mas sem questões de saúde mental.
Vale lembrar, as doenças crônicas já são um dos principais fatores de custos para o setor de saúde como um todo (público e privado), como destacamos na análise especial “Caracterização dos beneficiários de alto custo assistencial – Um estudo de caso”. Ademais, com a mudança de perfil demográfico pela qual o Brasil está passando, é natural que aumente a prevalência de doenças crônicas. Segundo o Ministério da Saúde, 69,3% dos idosos brasileiros sofrem de pelo menos uma doença crônica e 29,8%, tem duas ou mais. Na ordem, os cinco diagnósticos mais frequentes são hipertensão, dores na coluna, artrite, depressão e diabetes – saiba mais.
Nesse sentido, programas de promoção da saúde se fazem cada vez mais importantes. E nunca é tarde para começar.
Os beneficiários de planos de saúde médico-hospitalares estão realizando cada vez mais procedimentos de assistência à saúde. Entre 2013 e 2018, o setor perdeu 1,5 milhão de vínculos, mas a somatória de serviços de saúde per capita passou de 22,8 para 29,7. No total, em 2018, foram realizados 1,40 bilhão de procedimentos de assistência médico-hospitalar, 5,4% a mais do que em 2013; o que elevou as despesas assistenciais (os gastos das operadoras de planos de saúde com os pacientes em suas carteiras) de R$ 92 bilhões, em 2013, para R$ 160 bilhões no ano passado. Alta de 74%. Os números integram a análise especial do Mapa Assistencial, que acabamos de publicar.
Parte significativa deste aumento se deve a maior preocupação do brasileiro com sua saúde mental. Nos últimos cinco anos, o número de consultas com psiquiatras passou de 3,4 milhões para 4,9 milhões, um crescimento de 44,5%, destacando-se entre as consultas médicas ambulatoriais por especialidades. Em “outros atendimentos ambulatoriais”, o total de sessões com psicólogos quase dobrou no mesmo período, indo de 9,1 milhões para 17,6 milhões – uma diferença de 93,8%. E as consultas com terapeutas ocupacionais avançaram de 818,6 mil para 1,9 milhão – alta de 137,8%.
Essa mudança acompanha um agravamento do quadro de saúde mental nos últimos anos. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é o País com o maior número de pessoas ansiosas no mundo (9,3% da população) e 5,8% dos brasileiros sofrem de depressão.
Acreditamos que é fundamental acabar com os preconceitos que ainda existem acerca deste tema para reverter este cenário e o aumento da procura por serviços de saúde suplementar relacionados à saúde mental indica que estamos dando um importante passo na desmistificação do assunto.
Nos próximos dias, iremos analisar outros números revelados no documento. Não perca.
A saúde mental é um tema que tem ganhado visibilidade e está lentamente se afastando de uma série de preconceitos. Contudo, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), entre 35% e 50% das pessoas com transtornos mentais em países de alta renda não recebem tratamento adequado e, nos países de baixa e média renda, o porcentual é ainda maior, ficando entre 76% e 85%.
Ainda de acordo com a OMS, a cada 45 minutos, uma pessoa comete suicídio no Brasil e 90% das vezes o caso está associado a algum distúrbio mental. Na saúde suplementar brasileira, o cuidado e o debate sobre a questão estão avançando, mas ainda há um longo caminho pela frente. Desde 2011, o total de iniciativas em saúde mental inscritas no programa de Promoção da Saúde e Prevenção de Riscos de Doenças (Promoprev), da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), avançou de 3 para 42, atendendo cerca de 29,5 mil beneficiários. Os números, entretanto, estão longe do total de 1,9 mil programas inscritos no Promoprev e das 2,3 milhões de vidas assistidas por eles.
Se ainda há muito o que avançar nessa frente, ao menos podemos afirmar que os tratamentos estão cobertos pelo Rol de procedimentos, que prevê consultas psiquiátricas em número ilimitado, internação hospitalar, atendimento e acompanhamento em hospital-dia psiquiátrico, consulta com psicólogo e com terapeuta ocupacional, além de sessões de psicoterapia.
E os dados do Mapa Assistencial indicam que esses serviços têm sido cada vez mais utilizados. O total de consultas psiquiátricas cresceu 63% entre 2011 e 2018, saindo de 3 milhões para 4,9 milhões. No mesmo período, as sessões com psicólogos tiveram um avanço ainda mais expressivo, de 7,1 milhões para 17,5 milhões. Alta de 146%. Enquanto isso, o total de consultas com terapeutas ocupacionais chegou a 1,9 milhão; a quantidade de internações psiquiátricas, a 196,3 mil; e, a de internações em hospital-dia, a 99,9 mil.
Mesmo se considerarmos que a quantidade de vínculos com planos médico-hospitalares cresceu entre os anos analisados, passando de 46 milhões para 47,3 milhões, o incremento no uso desses serviços é considerável e indica o começo de uma mudança de raciocínio e o reconhecimento, inclusive por parte da sociedade, de que a saúde mental não é motivo para vergonha, mas exige cuidados como o restante do corpo. Talvez até mais.
A dieta alimentar pode estar ligada à depressão? De acordo com uma nova pesquisa conduzida na Universidade do Alabama, sim. Mas antes de entrarmos no assunto, um lembrete muito importante:
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De volta para o nosso tema de hoje: como já apontamos aqui no blog, a incidência de doenças mentais está crescendo no mundo todo, ou talvez seja o nosso entendimento sobre essas doenças e nossa capacidade de detectá-las que esteja avançando. Talvez seja uma soma de todos os fatores. O fato é que a depressão e a ansiedade geram, atualmente, US$ 1 bilhão em perda de produtividade por ano à economia global e o montante tende a avançar. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a depressão deve se tornar a segunda doença mais incapacitante no mundo já em 2020, ficando atrás apenas de problemas cardiovasculares.
Por isso, pesquisas como esta, da Universidade de Alabama, são fundamentais. De acordo com os pesquisadores responsáveis pelo estudo, altas concentrações de sódio no sangue, advindas do consumo de fast-food e alimentos ultraprocessados, podem levar a uma tendência maior à depressão. Em contrapartida, pessoas que ingerem mais potássio, normalmente encontrado em verduras e legumes, têm uma chance menor de desenvolver a doença.
Os pesquisadores alertam, entretanto, que os resultados do estudo ainda não são conclusivos e indicam principalmente uma alta chance de o desenvolvimento ou não da doença estar relacionado ao nível de sódio, sem uma relação de causa e efeito estabelecida. Para avançar nesse sentido, ainda é necessário expandir a pesquisa que analisou apenas 84 pessoas.
Há, contudo, outros estudos que indicam resultados semelhantes. O trabalho “Fast-food and commercial baked goods consumption and the risk of depression”, por exemplo, acompanhou quase 9 mil pessoas ao longo de seis anos e constatou que pessoas que consomem mais alimentos processados têm um risco 48% de apresentar depressão.
Resultados que reforçam nossa percepção de que as Operadoras de Planos de Saúde, as empresas e a sociedade de modo geral precisam pensar em campanhas de Promoção de Saúde com foco em uma alimentação mais saudável. Um bom início seria dar mais atenção para o Guia Alimentar para a População Brasileira, que já comentamos aqui no Blog.
A saúde mental é um assunto importantíssimo e, felizmente, cada vez mais debatido. A confusão acerca da inclusão da Síndrome de Burnout – doença ocupacional caracterizada por exaustão ou esgotamento mental, usualmente acompanhada de sentimentos negativos ou cinismo relacionados ao próprio trabalho e perda de efetividade nas tarefas diárias – no Código Internacional de Doenças (CID 10) teve, ao menos, o efeito positivo de estimular debates sobre essa e outras doenças mentais.
Mesmo assim, ainda há muito a ser debatido para que a questão ganhe a relevância que merece, ao menos em nossa opinião. É preciso desmistificar o termo “doenças mentais”. Aliás, usado para classificar problemas de saúde muito diversos, que vão desde a demência até depressão, passando por transtorno bipolar, transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), autismo, síndrome de Down, dislexia e muitos outros.
O assunto é especialmente importante se considerarmos que o Brasil é o País com a maior proporção de ansiosos no mundo. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), 9,3% da população no País têm algum nível de transtorno de ansiedade. Além disso, ainda de acordo com a entidade, 5,8% dos brasileiros sofrem de depressão. O que nos coloca como o quinto País com maior taxa de depressivos no mundo.
É fundamental entender que esses distúrbios não estão relacionados apenas ao indivíduo e suas faculdades mentais ou herança genética, mas também a questões socioculturais, cenário político-econômico, fatores ambientais e, inclusive, condições de trabalho.
Questões que ainda precisam ser melhor compreendidas em todo o mundo. Um levantamento da OMS indica que entre 35% e 50% das pessoas com transtornos mentais em países de alta renda não recebem tratamento adequado. Já nos países de baixa e média renda, o porcentual é ainda maior, ficando entre 76% e 85%.
Outro indicativo da relevância do assunto é o destaque dado ao tema nos relatórios de tendências para o setor de saúde da AON Hewitt, Willis Tower Watson e Mercer Marsh – já comentados aqui. Parece consenso que o valor gasto para o tratamento dessas doenças deve avançar nos próximos anos e se juntar à lista das enfermidades que mais “consomem” recursos no setor, ao lado de câncer, doenças cardiovasculares e musculoesqueléticas.
Se você quer contribuir para esse debate e tem um estudo sobre o assunto, não perca essa oportunidade de colaborar para o aperfeiçoamento do setor de saúde no Brasil e inscreva-se já no IX Prêmio IESS de Produção Científica em Saúde Suplementar. Confira o regulamento.
Ah, se você quer saber um pouco mais sobre a história do tratamento de doenças mentais no Brasil e no mundo, recomendamos a leitura da entrevista do Dr. Valentim Gentil, psiquiatra responsável pelo Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP), no site do Dr. Drauzio Varella.
Não é de hoje que falamos sobre a importância de programas de promoção de saúde nas empresas. Sejam voltados para a prevenção de doenças cardiovasculares, focados em mudança de estilo de vida ou mesmo para a “descompressão” do estresse, esses programas são fundamentais tanto do ponto de vista econômico e produtivo quanto (mais importante) para a qualidade de vida dos indivíduos – o que, em última análise, se reflete nos indicadores econômicos.
Para ser mais claro, o estresse no trabalho está ligado a 7 das 10 principais causas de morte no mundo. Além disso, dados do Global Wellness Institute indicam que problemas emocionais dos trabalhadores, como estresse, custam US$ 500 bilhões por ano aos contratantes em âmbito mundial. Absenteísmos, baixa produtividade e mesmo gastos com turnover de pessoal (demissão, processo seletivo, recontratação etc.) são apenas alguns dos pontos que entram nessa conta.
Seja pela questão da qualidade de vida ou pelo viés econômico, empresas do mundo todo estão percebendo a necessidade de investir no bem-estar de seus colaboradores. O Global Wellness Economy Monitor, publicado pelo Global Wellness Institute, detectou que o mercado de bem-estar no trabalho movimenta apenas uma fração desse montante: US$ 48 bilhões. Menos de 10% do que é perdido pela falta de políticas de promoção da saúde nas empresas. O que pode se justificar pelo fato de menos de 10% dos trabalhadores no mundo terem acesso a esses programas.
Não é preciso ir longe ou fazer algo mirabolante para ter programas de promoção de saúde efetivos para seus colaboradores. Como já apontamos aqui no Blog, ações simples como o incentivo a uma alimentação mais saudável pode salvar vidas e garantir melhores resultados na empresa.
O Dr. Alberto Ogata, diretor da Associação Brasileira de Qualidade de Vida (ABQV) e avaliador do Prêmio IESS de Produção Científica em Saúde Suplementar, explica como implementar programas realmente efetivos.
https://www.youtube.com/watch?v=0AiZKW8nZ4E
Aproveite para ver, também, nossos estudos e análises sobre o assunto, na Área Temática.
As despesas com terapias foram as que mais cresceram no setor de saúde suplementar em 2018. A alta foi de 31,3% segundo o Índice de Variação de Custos Médico-Hospitalares (VCMH), que divulgamos na última semana. O grupo de procedimentos engloba serviços como hemoterapia, litotripsia extracorpórea, quimioterapia, radiologia intervencionista, radioterapia, terapia renal, fisioterapia etc.
Grande parte deste aumento está relacionado à incorporação de novas tecnologias, ou seja, medicamentos, procedimentos e aparelhos para os tratamentos. Contudo, o superintendente executivo do IESS, José Cechin, afirma que esse não é necessariamente um processo negativo. Confira no vídeo abaixo.
https://www.youtube.com/watch?v=9smWTeeO018&t=1s
Claro, é fundamental combater aumentos de despesas desnecessárias porque, em última análise, elas pesam na conta para os beneficiários, tornando o acesso aos planos de saúde mais caro. O que não é positivo para ninguém, como destaca Cechin.
Além dos custos de Terapias, o VCMH/IESS também registrou avanço nas despesas com Serviços Ambulatoriais (+19,7%), Internações (+16,5%), Consultas (12,3%) e Exames (+9,9%).
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