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Janeiro 2018
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A cada 6 beneficiários de planos de saúde, 1 é obeso. De acordo com o Vigitel Saúde Suplementar, em 2016, 17,7% dos brasileiros com plano de saúde eram obesos, ou seja, apresentaram índice de massa corporal (IMC) igual ou superior a 30kg/m². A prevalência da condição é maior entre os homens que contam com o benefício do que entre as mulheres. No total, 18,7% dos homens beneficiários de plano de saúde estão obesos enquanto, entre as mulheres, a proporção é de 17%.

Apesar de os números serem alarmantes, a proporção de obesos entre os beneficiários de planos de saúde ainda é menor do que a encontrada no total dos brasileiros. Como já mostramos aqui no Blog, também em 2016, 1 a cada 5 brasileiros tinha IMC igual ou superior a 30 kg/m².

O que mais chama a atenção, contudo, é que, apesar de menor que a média da população brasileira, a prevalência de obesidade entre os beneficiários de planos de saúde tem aumentado consideravelmente. Entre os homens, a prevalência da obesidade subiu de 14,2%, em 2008, para 18,7% em 2016. Um aumento de 4,5 pontos porcentuais (p.p.). Já entre as mulheres, a prevalência avançou ainda mais: 5,8 p.p.. A prevalência da obesidade entre as beneficiárias de planos de saúde avançou de 11,2%, em 2008, para 17% em 2016.

O Vigitel Saúde Suplementar ainda aponta que, entre os beneficiários de planos de saúde, 53,7% estão com sobrepeso, que é caracterizado por IMC maior ou igual a 25 kg/m².

Seguiremos apresentando os dados do Vigitel Saúde Suplementar em nossas próximas publicações. Continue acompanhando e conheça mais o perfil da saúde no país. 

Janeiro 2018
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Como divulgamos aqui, o amplo estudo realizado pelo Ministério da Saúde e a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), publicado nesta semana, reúne informações sobre as diferentes características e hábitos do brasileiro que possui plano de saúde, como consumo de alimentos e bebidas alcoólicas, prática de atividades físicas, obesidade e excesso de peso, exames e diagnósticos médicos, entre outros.

Uma das boas notícias do Vigitel Brasil 2016 – Saúde Suplementar é a variação negativa da taxa de fumantes entre os beneficiários adultos de planos de saúde desde 2008 – ano em que foi realizado o primeiro levantamento – quando comparado com a edição mais recente: a proporção caiu de 12,4% para 7,3%.

A boa notícia vai ao encontro das expectativas dos órgãos mundiais de saúde com o aumento de ações e políticas para o controle do tabagismo em todo o mundo, como proibições de publicidade, implementação de áreas específicas para fumantes e outras medidas.

Segundo relatório recente da Organização Mundial de Saúde (OMS), o tabagismo é responsável pela morte de uma em cada 10 pessoas no mundo. O órgão calcula que aproximadamente 100 milhões de mortes foram causadas pelo tabaco no século XX, representando também o maior fator de risco para o desenvolvimento de outras complicações, como tumores malignos (um terço de todos os casos), doenças pulmonares, cardiovasculares, cerebrais entre outras.

Os novos dados devem ser comemorados, mas sem perder de vista que ainda há muito o que ser feito no combate ao hábito de fumar. A melhora dos números serve exatamente de motivação para se ampliar e intensificar ações em prol da qualidade dos hábitos de vida em todo o país. 

Continuaremos apresentando os dados do Vigitel Brasil 2016 – Saúde Suplementar. Não perca.

Janeiro 2018
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Diversos fatores e hábitos impactam diretamente na saúde da população e preocupam órgãos responsáveis, tomadores de decisões e os variados participantes dos setores de saúde em todo o mundo. Envelhecimento populacional, aumento da incidência e prevalência de doenças crônicas, hábitos de vida e alimentação e outros temas estão na pauta dos interesses e preocupações dos principais atores da área.

É com este objetivo que o Ministério da Saúde e a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) acabam de divulgar a pesquisa Vigitel Brasil 2016 - Saúde Suplementar que traz dados sobre os diferentes hábitos dos beneficiários de planos de saúde. Entre eles, informações sobre consumo de alimentos e bebidas alcoólicas, prática de atividades físicas, obesidade e excesso de peso, exames e diagnósticos médicos, entre outros. 

O dado alarmante desta nova edição é sobre o número de indivíduos com excesso de peso e obesidade entre os beneficiários de planos de saúde. Segundo o levantamento, a proporção de beneficiários adultos com sobrepeso vem aumentando desde 2008, quando foi realizado a primeira pesquisa: passou de 46,5% para 53,7%. O número de obesos também acompanhou a evolução preocupante, passando de 12,5% em 2008 para 17,7% em 2016.

Este é um dos temas mais recorrentes em nosso blog. No Brasil, uma em cada cinco pessoas está acima do peso e a prevalência da obesidade saltou de 11,8%, em 2006, para 18,9%, em 2016, segundo dados do Ministério da Saúde que alertamos aqui.

Claro que nem todos os números são negativos, como a queda no número de fumantes e de pessoas inativas no país. Esses dados serão apresentados aqui nos próximos dias. Como já dissemos em diferentes momentos e temos como objetivo em nossos estudos e divulgações, iniciativas como a publicação do Vigitel e o monitoramento da saúde no país são de fundamental importância para se pensar ações de promoção da saúde e prevenção de doenças, bem como de políticas voltadas para a qualidade de vida dos beneficiários de planos de saúde. 

Continue acompanhando nosso blog para conhecer ainda mais os dados do Vigitel Brasil 2016 - Saúde Suplementar.

Janeiro 2018
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No nosso último texto sobre o papel regulador da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), falamos sobre como a entidade disponibilizou mecanismos para auxiliar cada vez mais o usuário do plano de saúde. Com isso, a agência atingiu seus índices mais elevados na resolução dos processos e ainda conseguiu ampliar sua arrecadação.

No entanto, estudo desenvolvido pelo Grupo de Economia da Infraestrutura e Soluções Ambientais da FGV aponta que, na visão das operadoras, ainda há muito o que se fazer para aprimorar as normas e os processos de fiscalização dos planos de saúde no Brasil.

Como já dissemos, um dos problemas mais latentes é a “presunção de culpa da operadora”, como aponta o estudo, que renuncia ao seu direito à defesa, assumindo a responsabilidade efetiva do auto de infração, já que o mecanismo da agência reguladora oferece desconto no pagamento imediato do auto.

Os especialistas consultados afirmam que o elevado nível de intervenção e as medidas adotadas pelo órgão regulador acaba por onerar o setor como um todo. Segundo eles, os critérios estabelecidos estão sujeitos a interpretação dos fiscais de saúde com legislação pouco clara, o que gera incerteza nas operadoras e afeta diretamente nos investimentos, nas tomadas de decisão e, naturalmente, na melhoria e expansão do serviço oferecido.

Por mais que a Notificação de Intermediação Preliminar (NIP) seja uma medida que busca agilizar os processos em benefício do usuário dos serviços, o dispositivo também estimula a análise superficial dos processos. Portanto, houve aumento nas despesas das operadoras com multas e custos dos processos, reduzindo as margens das empresas que já vinham sofrendo baixas com as sequentes quedas da base de segurados.

No entanto, há alternativas que podem ser colocadas em prática para garantir a sustentabilidade do setor. Não perca nosso próximo texto!

Dezembro 2017
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Já falamos aqui no blog da importância de atualizações e revisões da regulação para diferentes setores, inclusive na Saúde Suplementar. Apesar dos constantes avanços, ainda há muito o que ser feito para enfrentar alguns entraves do mercado de saúde. É neste sentido que o trabalho de estreia da nossa sessão de Publicações Recomendadas foi desenvolvido pelo Grupo de Economia da Infraestrutura e Soluções Ambientais da FGV (Fundação Getulio Vargas) e apresenta alternativas que o setor pode adotar, almejando mudanças na área regulatória.  

Hoje, iniciamos uma série de publicações relacionadas ao trabalho “Qualidade Regulatória da Saúde Suplementar no Brasil” apresentando algumas questões acerca da regulamentação brasileira, possíveis entraves e alternativas para a modernização das práticas da agência reguladora. 

Criada em novembro de 1999, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) tem como um dos principais objetivos defender os beneficiários de serviços dos planos de saúde. De lá pra cá, houve uma série de avanços na fiscalização, processos, sanções e multas aplicadas pela agência. No entanto, exatamente pelo crescimento no número de beneficiários e operadoras de planos de saúde, houve também acréscimo nas notificações e multas, fruto de mudanças nas fiscalizações e na agilidade com que as reclamações de consumidores são apuradas. 

Para se ter uma ideia, em dezembro de 2016, o índice geral de reclamação dos planos de saúde atingiu um patamar de 2,8 reclamações a cada 10.000 beneficiários para operadoras de grande porte; 2,1 para operadoras de médio porte; e 2,3 para operadoras de pequeno porte. Em junho do mesmo ano, maior parte das reclamações estava relacionada à falta de informação ao beneficiário com relação à cobertura dos planos (66%). 

Para lidar com este universo de alto número de queixas, foi necessária uma série de atualizações nos processos da agência reguladora, tema dos nossos próximos posts.  

Quer ter seu trabalho publicado em nosso portal, veja aqui  como fazer. 

Dezembro 2017
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Divulgada pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), a quinta edição do Mapa Assistencial da Saúde Suplementar apresentou um panorama do setor no país com base nos dados referentes ao ano de 2016 encaminhados pelas operadoras de planos privados de assistência à saúde, através do Sistema de Informação de Produtos (SIP).  

Num esforço de colaborar ainda mais com a tomada de decisão e contribuir com a disseminação de informações da saúde suplementar brasileira, fizemos uma análise dos dados assistenciais disponibilizados pela agência reguladora. A “Análise do mapa assistencial da saúde suplementar no Brasil entre 2011 e 2016” observa a assistência à saúde no setor no período destacado e, por meio de alguns indicadores, faz comparações com outros países e com o Sistema Único de Saúde (SUS). 

Por meio de uma extensa análise, o estudo fornece um panorama sobre os beneficiários de planos médico-hospitalares no país e aponta questões relacionadas à assistência, como consultas médicas (ambulatoriais e em pronto-socorro), atendimentos com outros profissionais além do médico, exames, terapias e internações. As despesas assistenciais (em reais correntes) das operadoras de planos médico-hospitalares informadas à ANS por tipo de procedimento de 2011 a 2016 também foram contempladas na análise. 

Ao longo dos próximos dias traremos informações detalhadas da nossa análise. Não perca. 

Julho 2017
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Termina na próxima quarta-feira (26/7), o prazo para participar da consulta pública conduzida pela ANS para determinar os procedimentos, tratamentos e medicamentos que serão incluídos no Rol de cobertura mínima dos planos de saúde em 2018.

Até o momento, das 238 sugestões recebidas, apenas 21 têm recomendação de incorporação. Ou seja, a ANS está indicando que deve considerar a inclusão de apenas 8,8% dos serviços de saúde sugeridos ao Rol de procedimentos. Sendo que a justificativa para negar os outros pedidos, novamente, até o momento (a decisão final só será tomada após o termino da consulta), é manter a sustentabilidade do sistema.

A decisão nos parece razoável. Uma vez que, como já apontamos aqui no Blog, os recursos são finitos e não é possível oferecer tudo, o tempo todo, para todo mundo. 

Contudo, há algumas questões que precisam ser mais profundamente debatidas. A principal delas é a falta de Avaliação de Tecnologia em Saúde (ATS), com critérios claros e uma análise de custo/efetividade capaz de indicar as vantagens e desvantagens de incorporação de procedimentos, como apontamos no seminário “Incorporação de Tecnologias na Saúde Suplementar”, que realizamos no Rio de Janeiro no dia 31 de maio deste ano.

Sem isso, mesmo com as melhores das intenções, não há como ter certeza se a decisão de incluir um procedimento ou vetá-lo é correta ou não. 

Para entender melhor como esses estudos funcionam e qual a importância deles para a sustentabilidade do setor, recomendamos assistir o vídeo da apresentação de Luciano Paladini, da Evidências.

 

Para entender como esses estudos funcionam e como são aplicados, sugerimos o vídeo de Sam Rossolimos, da Accenture África do Sul, explicando como se dá a incorporação de tecnologia em saúde naquele país.

 

 

Claro, os planos de saúde também podem oferecer aos seus beneficiários procedimentos e medicamentos que não estão cobertos no Rol da ANS. O que pode contribuir, do ponto de vista econômico, para atrair mais beneficiários e evitar ações judiciais. Mas, principalmente, com o objetivo de adotar tecnologias com melhor custo efetividade do que aquelas “exigidas” no Rol e, com isso, melhorar o atendimento aos seus beneficiários. Assunto que é explorado na apresentação de Reynaldo Rocha, da Planserv.

 

 

Junho 2017
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A ANS divulgou no último sábado, dia 17, os números de procedimentos realizados por planos em 2016. A publicação traz a quantidade de internações, consultas, terapias e exames realizados pelos planos de saúde de assistência médico-hospitalar e consultas e procedimentos odontológicos no País e os custos assistenciais relativos aos principais procedimentos. 

Segundo a publicação, em 2016, foram realizados 272,9 milhões de consultas médicas e 141,1 milhões de atendimentos ambulatoriais. Também foram realizados 796,7 milhões de exames complementares e 69,9 milhões de terapias. Entre os exames mais realizados, os destaques foram tomografia computadorizada e ressonância magnética. 

Com relação ao número de internações, foram 7,8 milhões de procedimentos em 2016. Nesse item, chama a atenção o crescimento de 20% na taxa de cirurgias bariátricas por mil beneficiários realizadas nos dois últimos anos. Já a proporção de partos cesáreos em relação ao total de partos teve leve queda, passando de 85,6%, em 2014, para 84,1% em 2016.   

Posteriormente analisaremos os dados divulgados pela ANS.

Maio 2017
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A adoção de novas tecnologias é um dos principais fatores que impulsionam os custos de saúde no mundo. Na saúde suplementar brasileira, esse cenário é especialmente grave, uma vez que apesar de haver algumas discussões envolvendo estudos de efetividade e econômicos, a utilização da Avaliação das Tecnologias em Saúde (ATS) ainda é incipiente quando comparada ao setor público e não há qualquer sinal da ANS de que esses estudos devam se tornar obrigatórios no setor privado. “Hoje, infelizmente, no Cosaúde (da ANS), olhamos muito pouco para isso. Fazemos mais a análise de impacto orçamentário, o que não é suficiente", admitiu João Paulo dos Reis Neto, diretor presidente da CAPESESP, durante o seminário “Incorporação de Tecnologias na Saúde Suplementar”, realizado pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), na manhã de hoje (31/5), no Rio de Janeiro.

"Não dá para incorporar um novo medicamento, uma nova tecnologia, sem uma análise técnica que considere a complexidade dessa adoção, contemplando seus custos e benefícios”, afirmou Reis. A posição é corroborada pelo superintendente executivo do IESS, Luiz Augusto Carneiro, que destaca que a adoção de novas tecnologias ao rol da ANS sem uma avaliação criteriosa, claramente, é um fator de expansão dos custos sem, necessariamente, vir acompanhada de ganhos de eficiência ou qualidade assistencial. “Não se trata de rejeitar o avanço tecnológico, mas assegurar que efetivamente ele represente ganhos de eficiência ao sistema e, na prática, nem sempre isso tem se comprovado”, pontuou.

Os especialistas presentes no seminário do IESS concordaram que, sem uma ação do órgão regulador, um dos caminhos para mudar essa situação é informando melhor os pacientes. “O paciente tem sido um pouco alheio a todo o processo de adoção de novas tecnologias na saúde. Hoje, ele é muito mal informado e não sabe qual será o benefício de uma tecnologia em relação à outra. Isso gera uma pressão de custos, que também se transforma em pressão sobre os pagadores (operadoras)”, analisou Luciano Paladini, médico analista da Evidências.

A experiência internacional também fornece bons exemplos para o aperfeiçoamento do mercado local. “Na África do Sul, criamos comitês para aprovação das tecnologias, mecanismos de transparência de preços e seguimos políticas clínicas críveis, transparentes e coerentes, com base na medicina baseada em evidências, bem como a relação custo-benefício e acessibilidade econômica", explicou Sam Rossolimos, diretor da Accenture África do Sul.

As novas tecnologias oferecem inúmeras oportunidades, também para a saúde. Só é preciso garantir que seu custo não comprometa a sustentabilidade do setor.