A gestação é um momento especial para a mulher, é um processo fisiológico que inspira cuidados e atenção para garantir a saúde da mãe e do bebê. Nessa jornada, não há dúvidas que o pré-natal deve ser conduzido com as melhores práticas de assistência à saúde, visando a prevenção de doenças maternas e no feto.
Em alguns países europeus como Noruega, Finlândia, Dinamarca, Suécia, além do Reino Unido e Austrália, o acompanhamento durante a gestação é realizado a partir de um modelo colaborativo. Isso significa que, além do médico, a gestante é assistida por uma enfermeira obstétrica, chamada de mifwife, que dão suporte na questão fisiológica e emocional durante os noves meses e no pós-parto.
Um estudo conduzido na Austrália, Canadá, Irlanda e Inglaterra demonstrou que, no modelo colaborativo, os riscos de complicações e intervenções durante o parto são menores. Além disso, esse tipo de assistência incorre em uma baixa taxa de mortalidade materna. Nos países que adotam o modelo - como Canadá, Noruega, Austrália, etc. - essas taxas variam de 2 a 10 mulheres a cada 100 mil nascimentos. No Brasil, cujo modelo predominante se concentra no atendimento com obstetra, essa taxa sobe para 59.
Portanto, o modelo colaborativo permite um cuidado mais próximo, personalizado e envolve um número maior de profissionais. A assistência multidisciplinar na gestação favorece o protagonismo da mulher, uma jornada mais tranquila e com menos riscos.
O IESS realizou, no mês de maio, um webinar especial sobre a jornada da gestante baseado em sua Cartilha de Boas Práticas do Pré-Natal ao Parto. Para assistir o evento na íntegra, clique aqui e para fazer o download da cartilha acesse aqui.
Sabe-se que o pré-natal, conduzido de forma adequada, é a principal ferramenta para evitar riscos durante a gestação e no parto. O acompanhamento durante a gravidez tem o objetivo de prevenir doenças maternas como hipertensão, pré-eclâmpsia e diabetes; e no feto como más formações, ganho de peso e posicionamento da placenta. Condições que podem trazer prejuízos para a saúde da mãe e do bebê e acarretar em complicações durante o parto.
Pensando na jornada adequada da gestante, o IESS publica a Cartilha Boas Práticas do Pré-Natal ao Parto, que pode ser baixada de forma gratuita. O documento reúne as melhores condutas para a assistência à mulher de acordo com diretrizes da OMS, Ministério da Saúde e Agência Nacional de Saúde Suplementar.
A gestante deve estar sempre no centro das atenções e participar de todas as decisões referentes à sua saúde e a de seu bebê. Nesse sentido, a cartilha traz informações referentes ao pré-natal, os exames indicados e um mapa com as consultas mínimas para o acompanhamento adequado e seguro da gestante. Além disso, apresenta os benefícios do parto vaginal, as condições e circunstâncias em que a cirurgia cesariana se faz necessária e os cuidados no pós-parto.
A jornada adequada da gestante será tema do webinar IESS. O evento Mães em foco: Boas práticas do pré-natal ao parto reunirá especialistas do setor da saúde e será transmitido, ao vivo, nos canais do IESS no YouTube, Twitter e no site, na quinta-feira, dia 12 de maio, a partir das 16h30.
O documento está disponível para download de forma gratuita – clique aqui.
O câncer do colo do útero é causado por uma infecção persistente por alguns tipos do papilomavirus humano (HPV), sendo o terceiro tumor que mais incide sobre a população feminina – atrás apenas do câncer de mama e do colorretal – a quarta maior causa de óbitos de mulheres por câncer no Brasil, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA). Quando diagnosticado em estágios iniciais, a chance de cura é de 100%. Entretanto, o principal procedimento para a detecção precoce da doença foi impactado pelos efeitos da pandemia.
Segundo a “Análise da Assistência à Saúde da Mulher na Saúde Suplementar Brasileira entre 2015 e 2020”, do IESS, a realização do exame de Papanicolau caiu 24,4% no intervalo de 2019 a 2020. O estudo levou em consideração o número de procedimentos em beneficiárias de planos de saúde de 25 a 59 anos. Cabe destacar que, entre 2015 e 2020, houve uma redução de 30,4% na procura pelo teste.
Dentro dessa faixa etária, em 2015, a cada 100 beneficiárias de planos de saúde, 47,9 realizaram o teste. Em 2019, essa proporção diminuiu para 44,7, e chegou a 34,4 em 2020. Os dados reforçam o sinal de alerta para a criação de políticas e ações com objetivo de melhorar o controle da doença, sobretudo porque a queda do acompanhamento pode facilitar o avanço dessa neoplasia maligna, dificultando o tratamento.
De acordo com o INCA, em 2020, foram diagnosticados 16.710 novos casos da doença. No intervalo entre 2015 e 2020, o número de óbitos causados pelo câncer do colo do útero cresceu entre quase todas as faixas etárias, especialmente entre mulheres de 20 a 29 anos (27,2%) e de 40 a 49 anos (21,5%).
Para encerrar o mês de conscientização sobre a prevenção e diagnóstico precoce do câncer de mama, o IESS realiza hoje o webinar: “Outubro Rosa: A saúde da mulher no centro do cuidado”, das 16h às 17h30. Devido a importância do tema, o IESS propõe um encontro com especialistas para discutir a responsabilidade e o papel da sociedade com o bem-estar da população feminina.
Recentemente, o IESS lançou a “Análise da Assistência à Saúde da Mulher na Saúde Suplementar Brasileira entre 2015 e 2020”, que traça um panorama da assistência prestada a essa parcela da população – veja a íntegra aqui. Dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA) mostram que a doença ocupa a primeira posição em mortalidade por câncer entre as mulheres no Brasil.
O webinar pode ser acompanhado pelo site do IESS.
Mediador
José Cechin, superintendente executivo do IESS
Convidadas
Dra. Fernanda Perez, médica mestre em Oncologia e especialista em Cancerologia Cirúrgica no A.C. Camargo Cancer Center
Gláucia Albertoni, nutricionista especialista em Nutrição Ortomolecular e Nutracêutica
Dra. Paola Smanio, cardiologista do Grupo Fleury
Natalia Lara, pesquisadora do IESS
Participe!
Webinar Outubro Rosa – A saúde da mulher no centro do cuidado
28/10, das 16h às 17h30
IESS – Site e YouTube
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que a cesariana é uma das operações cirúrgicas mais realizadas no planeta. O Brasil é o segundo país que mais realiza o procedimento no mundo: 55,6% dos partos são realizados com essa prática. Na saúde suplementar, 82,7% dos nascimentos foram via cesariana em 2020. Em 12 meses, a realização do procedimento teve queda de 2,5%, segundo a Análise da Assistência à Saúde da Mulher na Saúde Suplementar Brasileira entre 2015 e 2020, do IESS.
Nos últimos anos, houve um esforço da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e outras instituições de saúde, para incentivar a adoção de práticas que reduzam o percentual de cesarianas desnecessárias – como o projeto Parto Adequado.
Iniciativas como essa começam a indicar uma mudança no setor: entre 2015 e 2020, a proporção em relação ao total de partos cesarianas caiu de 84,6% para 82,7%, segundo a análise do IESS. Além disso, o número de partos normais na saúde suplementar cresceu 2% entre 2019 e 2020. Vale destacar que a cesariana é necessária quando há riscos à saúde da gestante e ao bebê. Inclusive, a decisão pela forma do parto deve ser avaliada caso a caso pela mãe e a equipe médica de sua confiança.
De forma geral, a saúde suplementar tem buscado melhorar a qualidade dos serviços assistenciais desde o pré-natal até o pós-parto, além, claro, de facilitar o acesso a informações direcionadas às gestantes para que elas possam escolher a melhor forma de parto.
A versão completa da “Análise da Assistência à Saúde da Mulher na Saúde Suplementar Brasileira entre 2015 e 2020” pode ser acessada aqui.
Os avanços médicos conquistados nas últimas décadas possibilitaram o acesso a medicamentos, técnicas e procedimentos mais seguros e modernos para garantir a manutenção a saúde e bem-estar. Essas conquistas também proporcionaram métodos contraceptivos mais eficientes e que passaram a ser amplamente utilizados pelas beneficiárias de planos de saúde, sobretudo no período pré-pandemia. É o que aponta a Análise da Assistência à Saúde da Mulher na Saúde Suplementar Brasileira entre 2015 e 2020, do IESS.
De 2015 a 2019, a quantidade de laqueaduras tubárias subiu de 10.993 para 17.201 – o método é um procedimento de anticoncepção definitivo. Além disso, no mesmo intervalo, o número de implantes de dispositivos intrauterinos (DIU) cresceu de 61.307 para 205.268, valor que representa alta de 187,4%.
Entretanto, a chega da pandemia de Covid-19 impactou a realização desses procedimentos na saúde suplementar. Entre 2019 e 2020, as laqueaduras tiveram retração de 22,6% e o implante de DIU reduziu 14,2% no intervalo. A tendência, porém, é que com a flexibilização das medidas restritivas, haja um aumento na procura por esse tipo de assistência entre as beneficiárias de planos de saúde.
A versão completa da “Análise da Assistência à Saúde da Mulher na Saúde Suplementar Brasileira entre 2015 e 2020” pode ser acessada aqui.
Entre 2019 e 2020, o número de mamografias preventivas entre beneficiárias de planos de saúde caiu 28,3%, com redução de 5.089.151 para 3.647.957 procedimentos. No recorte etário de 50 a 69 anos, a redução foi um pouco maior: 29,5% no período analisado. Os dados são da “Análise da Assistência à Saúde da Mulher na Saúde Suplementar Brasileira entre 2015 e 2020”, do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS).
A pandemia de Covid-19 certamente fez com que fosse postergado o atendimento médico aos casos não emergenciais por conta do medo de contágio pela Covid-19, porém o estudo do IESS mostra que a realização do procedimento estava diminuindo mesmo antes das medidas sanitárias para conter o avanço do coronavírus. Houve redução de 29,1% na realização de mamografias de rastreamento entre 2015 e 2019.
“A tendência de queda na realização de mamografias nos últimos anos acende um sinal de alerta preocupante, sobretudo porque, em paralelo, houve crescimento do número de óbitos em decorrência de complicações causadas pelo câncer de mama em praticamente todas as faixas etárias”, avalia José Cechin, superintendente executivo do IESS. Na população feminina, a faixa etária que mais registrou óbitos foi a das mulheres acima dos 80 anos (27,3%) e entre 60 e 69 anos (20,9%). A única redução de óbitos no período foi entre o recorte de 20 a 29 anos (-18,9%).
Cabe destacar também que, em 2020, foram realizadas 921 mil consultas com mastologistas, valor que representa queda de 24,4% em comparação ao ano anterior. Neste ano também houve diminuição do número geral de consultas médicas entre os beneficiários de planos de saúde. Em 2019, 86% dos beneficiários utilizaram esse tipo de serviço, percentual esse que caiu para 71% em 2021, de acordo com a pesquisa Vox Populi realizada a pedido do IESS. Acesse a integra aqui.
Para encerrar o mês da campanha Outubro Rosa, no dia 28/10, das 16h às 17h30, o IESS vai realizar um webinar sobre medidas de prevenção e saúde da mulher, com a presença de especialistas no setor. Mais informações em breve.
Veja a íntegra da análise aqui.
Sobre o IESS
O Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) é uma entidade sem fins lucrativos com o objetivo de promover e realizar estudos sobre saúde suplementar baseados em aspectos conceituais e técnicos que colaboram para a implementação de políticas e para a introdução de melhores práticas. O Instituto busca preparar o Brasil para enfrentar os desafios do financiamento à saúde, como também para aproveitar as imensas oportunidades e avanços no setor em benefício de todos que colaboram com a promoção da saúde e de todos os cidadãos. O IESS é uma referência nacional em estudos de saúde suplementar pela excelência técnica e independência, pela produção de estatísticas, propostas de políticas e a promoção de debates que levem à sustentabilidade da saúde suplementar.
Mais informações
LetraCerta Inteligência em Comunicação
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(11) 3812-6956
Análise da Assistência à Saúde da Mulher na Saúde Suplementar Brasileira entre 2015 e 2020
Esta análise acompanhou os procedimentos de assistência à saúde realizados pelas mulheres da Saúde Suplementar brasileira entre 2015 e 2020. A análise foi realizada em dois blocos 2015 a 2019 e 2019 e 2020. A opção por esta análise se dá devido à atipicidade de 2020 em decorrência da COVID-19.
O destaque do sumário executivo será para os anos de 2019 e 2020, período da pandemia. No relatório será analisado o período 2015 a 2019.
Autora: Natalia Lara
Superintendente executivo: José Cechin
Devido a grande importância do tema para a saúde da população brasileira, o IESS apoia, anualmente, a campanha “Outubro Rosa”, que visa conscientizar sobre a prevenção e tratamento do câncer de mama. Ainda neste mês, o IESS lança a Análise da Assistência à Saúde da Mulher na Saúde Suplementar Brasileira entre 2015 e 2020, que traça um panorama da assistência prestada a essa parcela da população nos últimos anos. O relatório apresenta dados sobre procedimentos, como a mamografia – exame fundamental para identificar o câncer de mama em estágios iniciais.
Dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA) estimam que 66.280 novos casos da doença devem surgir este ano. O câncer de mama ocupa a primeira posição em mortalidade por câncer entre as mulheres no Brasil, com taxa de 14,23 óbitos a cada 100 mil habitantes. Ainda de acordo com o INCA, as maiores incidências de fatalidade da doença estão concentradas nas regiões Sul e Sudeste do país.
Cabe destacar que a doença não tem somente uma causa, contudo a idade é um dos fatores que mais elevam o risco do surgimento do problema. Cerca de quatro em cada cinco casos ocorrem em pacientes com mais de 50 anos. Razões genéticas e hormonais podem contribuir para a incidência da doença, mas também é preciso ficar atento aos fatores ambientais e comportamentais, como o consumo de bebida alcóolica em excesso, tabagismo, falta de atividade física e obesidade.
Segundo o INCA, cerca de 30% dos casos de câncer de mama podem ser evitados com a adoção de hábitos mais saudáveis. Além disso, no dia a dia, é importante realizar o autoexame nas mamas e perceber alterações como pequenos nódulos na região, alterações na pele da mama ou saída de líquido anormal pelo mamilo. Esses sinais devem sempre ser investigados por um médico especialista.
Confira a edição mais recente da Análise da assistência à saúde da mulher na Saúde Suplementar Brasileira entre 2014 e 2019 – clique aqui.