O mercado de planos exclusivamente odontológicos cresceu 895,5% entre 2000 e 2018. De acordo com o “Painel da odontologia suplementar”, que acabamos de publicar, o setor saltou de 2,3 milhões de beneficiários para 23,6 milhões no período analisado.
O estudo examina os dados consolidados de 2014 a 2018 e dá importantes indícios que justificam o crescimento expressivo que o segmento tem registrado. Um comportamento, aliás, que deve se manter nos próximos anos. Isso porque, além de o custo deste tipo de plano ser mais acessível, o “Painel da odontologia suplementar” revela que o brasileiro está, de modo geral, cada vez mais preocupado com sua saúde bucal.
Apenas em 2018, o setor de saúde suplementar contabilizou 176,2 milhões de procedimentos odontológicos. Um aumento de 23% em relação aos 143,2 milhões computados em 2014. Mais importante do que o incremento absoluto no total de procedimentos, o que revela o interesse do brasileiro por este serviço, é o incremento no total de ações com foco em prevenção.
A quantidade de procedimentos preventivos aumentou 52,3% entre 2014 e 2018. Houve um salto de 47,2 milhões para 71,8 milhões. No mesmo período, o total de atividades educativas individuais avançou 49,4% e, a aplicação tópica de flúor por hemi-arcada, em 40,7%.
Outro indicador importante é o de consultas odontológicas iniciais, que tem crescido ano a ano até chegar a 15,3 milhões em 2018. O que revela, por si só, o interesse crescente pelos cuidados odontológicos.
Enquanto o total de beneficiários ampliou 19,3% entre 2014 e 2018, subindo de 19,8 milhões para 23,6 milhões. As despesas assistenciais pagas pelas Operadoras de Planos de Saúde (OPS) exclusivamente odontológicas para custear os serviços utilizados pelos beneficiários em suas carteiras avançou 20,1%. De R$ 2,6 bilhões para R$ 3,1 bilhões.
A publicação é baseada nos dados de beneficiários residentes das capitais dos estados brasileiros entre o período assinalado com base no Vigitel Saúde Suplementar 2018 e traz informações sobre a saúde dos brasileiros como obesidade, diabetes, nível de atividade física, consumo de produtos industrializados e outros.
Reflexões sobre a política de ressarcimento ao SUS
Hoje, há desperdício de recursos financeiros e humanos para determinar os valores que devem ser repassados ao SUS pelas Operadoras de Planos de Saúde (OPS) em função do uso do sistema público por beneficiários. Recursos que deveriam ser aplicados em melhoria da qualidade assistencial. Confira nossa análise sobre o que precisa ser ajustado para tornar o ressarcimento ao SUS mais eficiente.
Análise da assistência à saúde da mulher na Saúde Suplementar Brasileira de 2013 a 2018
Autor: Bruno Minami
Superintendente executivo: José Cechin
A procura por mamografia teve um aumento relevante entre as beneficiárias de planos de saúde médico-hospitalares de 2013 a 2018. O total de exames desse tipo avançou de 4,8 milhões para 5 milhões entre 2013 e 2018, alta de 5,1%. Confira outros números.
Análise especial do mapa assistencial da Saúde Suplementar no Brasil entre 2013 e 2018
Autor: Bruno Minami
Superintendente executivo: José Cechin
Entre 2013 e 2018, o setor de saúde suplementar perdeu 1,5 milhão de vínculos, mas o total de serviços de saúde per capita passou de 22,8 para 29,7. No total, em 2018, foram realizados 1,40 bilhão de procedimentos de assistência médico-hospitalar, 5,4% a mais do que em 2013; o que elevou as despesas assistenciais (os gastos das operadoras de planos de saúde com os pacientes em suas carteiras) de R$ 92 bilhões, em 2013, para R$ 160 bilhões no ano passado. Alta de 74%. Confira a análise completa.