Entre fevereiro deste ano e o mesmo mês de 2018, 1,5 milhão de novos vínculos foram firmados com planos exclusivamente odontológicos. Com o avanço de 6,4%, o segmento já conta com 24,4 milhões de beneficiários de acordo com dados da última Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB).
O resultado foi especialmente alavancado pela contratação de planos na região Sudeste do País, que registrou 1,1 milhão de novos vínculos. Ou seja, concentra 76,8% dos novos beneficiários de planos exclusivamente odontológicos. No total, registrou crescimento de 8,4%, chegando à marca de 14,5 milhões de vínculos.
O Estado de São Paulo foi o que contou com maior incremento absoluto de beneficiários. Foram 529,1 mil novos vínculos firmados no período de 12 meses encerrado em fevereiro de 2019. Alta de 6,6%.
O resultado do Rio de Janeiro não ficou muito atrás. Com 422,1 mil novos beneficiários no período, o Estado teve avanço de 14,6%. Proporcionalmente, a segunda maior alta do País.
A Unidade da Federação (UF) que teve o maior avanço proporcional foi Tocantins, com incremento de 15% na base de beneficiários de planos exclusivamente odontológicos. O resultado, contudo, precisa ser observado com cautela. Não por não ser positivo, mas porque a base de beneficiários no Estado é comparativamente muito baixa. O avanço de 15% representa apenas 6,5 mil novos vínculos, o que eleva o total vínculos em Tocantins para 49,6 mil.
Para deixar ainda mais clara a comparação, o Rio de Janeiro conta com 3,3 milhões de beneficiários e São Paulo, com 8,6 milhões.
O único Estado a registrar recuo no total de vínculos com planos dessa modalidade no período analisado foi a Bahia. Foram rompidos 60,5 mil vínculos, uma queda de 3,9%. Com o resultado, a região passa a atender 1,5 milhão de beneficiários com este tipo de cobertura.
Assim como acontece com os planos médico-hospitalares, que comentamos ontem, o avanço do segmento está intimamente ligado ao crescimento do mercado de trabalho. Tanto pelo fato de que o benefício é oferecido para atrair e reter talentos quanto pelo aumento na renda, que possibilitas às famílias contratarem os planos.
O total de beneficiários de planos de saúde exclusivamente odontológicos avançou 6,9% nos 12 meses encerrados em novembro de 2018, com 1,6 milhão de novos vínculos. Com isso, de acordo com a última edição da Nota de Acompanhamento dos Beneficiários (NAB), o segmento já conta com 24,2 milhões de beneficiários.
O setor tem se beneficiado de custos mais acessíveis em relação aos planos médico-hospitalares e tem crescido constantemente. Um movimento que deve se manter ao longo de 2019. Além dos custos mais atraentes, o setor ainda assiste apenas pouco mais da metade das vidas dos planos médico-hospitalares, o que demonstra que o mercado está longe de alcançar seu potencial. Para entender melhor, vale dar uma olhada em nossa Área Temática.
Em números absolutos, a região Sudeste foi a que registrou o maior número de novos vínculos: 1 milhão ou 65,6% dos contratos firmados entre novembro de 2018 e o mesmo mês do ano anterior. Com alta de 7,7%, a região já conta com 14,2 milhões de beneficiários de planos exclusivamente odontológicos. Apenas em São Paulo foram registrados 423,8 mil novos vínculos e, no Rio de Janeiro, mais 405,7mil.
Proporcionalmente, contudo, as Regiões Centro-Oeste e Sul tiveram resultados ainda mais expressivos. Ambas cresceram 8,6% no período analisado. No Centro-Oeste foram firmados 120,7 mil novos vínculos, o que elevou o total de beneficiários desse tipo de plano para 1,5 milhão na região. Já no Sul, há 2,5 milhões de beneficiários de planos exclusivamente odontológicos, 199,8 mil a mais do que em novembro de 2017.
Nos próximos dias traremos outros dados da NAB, inclusive sobre os planos médico-hospitalares.
Já dissemos em diferentes oportunidades como o avanço da tecnologia impacta diretamente nos serviços de saúde em todo o mundo. Mais do que tendência, as diferentes tecnologias empregadas na assistência já são uma realidade em diversos países para diferentes finalidades. Já falamos, por exemplo, da frequência, eficiência e economia no uso do Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP) nos Estados Unidos aqui ou ainda sobre como o recebimento de exames por meios digitais facilita a vida de pacientes, médicos e clínicas em outra publicação.
O artigo “Cost savings from a teledentistry model for school dental screening: an Australian health system perspective” (Modelo de teleodontologia na triagem escolar como forma de redução dos gastos: uma perspectiva do Sistema de saúde na Austrália) publicado na 19º edição do Boletim Científico, busca avaliar os custos deste serviço nas escolas do país em relação ao modelo tradicional de assistência bucal oferecido hoje em dia.
Para contextualizar, o Serviço Odontológico Escolar australiano fornece o atendimento odontológico gratuito ou de baixo custo para crianças em idade escolar. Entre 2013 e 2014, a despesa nacional total em cuidados dentários na Austrália aumentou de US$ 6 para US$ 9 bilhões, sendo 60% desses gastos estimados como despesa out-of-pocket (desembolso direto pelos indivíduos).
O trabalho analisou os custos fixos e variáveis do tratamento num período de 12 meses dos dois modelos de triagem dentária para todas as crianças em escolas (2,7 milhões de crianças) de 5 a 14 anos. A análise de custo envolveu remuneração da equipe, o custo de deslocamento, custo de hospedagem, além do material utilizado.
Como esperado, o estudo apontou uma redução significativa nos gastos com a aplicação de teleodontologia. O custo estimado foi de US$ 50 milhões, compreendendo custo fixo da educação em teleodontologia de US$ 1 milhão e os salários de pessoal (tele-técnicos, supervisores, bem como o suporte à tecnologia da informação), que somam os outros US$ 49 milhões. A redução de custos com salários nesse novo modelo foi de US$ 56 milhões e em relação às despesas com a viagem e material foram de US$ 16 milhões e US$ 14 milhões, respectivamente, uma redução anual de US$ 85 milhões no total.
Esta é uma solução que pode ser aplicada não só no país do estudo, mas em âmbito global e também em outras áreas da saúde. A redução dos custos com viagem e hospedagem, além da melhora e do aprimoramento na verificação de exames e rapidez no encaminhamento para outros profissionais especializados, pode ser usada, por exemplo, em áreas rurais ou de difícil acesso. Essa redução de custos garante a possibilidade de investimento em outras áreas da saúde.
Temos divulgado periodicamente sobre o crescimento do número de beneficiários de planos exclusivamente odontológicos no Brasil. Este aumento mostra que o brasileiro tem se preocupado cada vez mais com sua saúde bucal, mas ainda há muito o que melhorar neste aspecto, como já dissemos aqui. Apenas 11% da população brasileira tem acesso aos planos exclusivamente odontológicos, ou seja, ainda há um grande campo para expansão.
Neste mesmo tema, o artigo “Dental insurance, service use and health outcomes in Australia: a systematic review” (Plano de saúde odontológico, uso dos serviços e seus desfechos de saúde na Austrália: revisão sistemática da literatura), publicado na 19º edição do Boletim Científico verificou a qualidade da saúde bucal dos beneficiários por meio de revisão de 36 publicações. A análise do caso australiano pode auxiliar nas tomadas de decisão no âmbito brasileiro por se tratar de sistemas semelhantes.
Naquele país, o Seguro de Saúde Privado (Private Health Insurance - PHI) desempenha um papel fundamental no financiamento do atendimento odontológico no sistema de saúde. Entre 2012 e 2013, 12% de todos os gastos com serviços odontológicos foram de indivíduos com seguro privado. Bem como no caso nacional, a cobertura odontológica normalmente é fornecida em conjunto com a cobertura médico-hospitalar, porém, também é ofertado planos exclusivamente odontológicos. O seguro odontológico privado tem sido associado a níveis mais elevados de acesso aos cuidados dentários, com maior periodicidade no check-up e padrão dos serviços.
Como já esperado, a evidência consolidada mostrou que adultos que possuem planos odontológicos também tem mais acesso ao dentista. Segundo o estudo, os beneficiários destes planos possuem melhor gerenciamento no tratamento das doenças bucais e de resultados eficazes. No entanto, os autores não chegaram a resultados sólidos quando relacionados a saúde bucal dos pacientes. Fica, deste modo, o questionamento sobre a saúde bucal no caso brasileiro. Nosso TD 66 aponta que a população que não adere a um plano odontológico está mais propensa a descuidar da higiene bucal. O trabalho aponta que 4,2% das pessoas sem plano odontológico afirmaram escovar os dentes só uma vez ao dia, quase o dobro do grupo beneficiário de plano, representando 2,4%. Ainda nesta comparação da saúde bucal entre os dois grupos, a pesquisa aponta que 3,9% dos beneficiários apresentam perda total dos dentes, já para aqueles sem planos odontológicos o número é quase 10 pontos porcentuais maior: 13,4%
Os desafios para a saúde bucal ainda são vários no nosso caso. O debate e adesão aos planos tem aumentado, mas ainda há muito o que se avançar na conscientização e a adesão aos diferentes programas e serviços para a promoção de saúde bucal.
Na última semana, divulgamos a mais recente edição da NAB, que mostra os números de beneficiários de planos de saúde entre os meses de setembro de 2016 e o mesmo mês deste ano. Como uma tendência das últimas edições da Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB), o mercado de planos exclusivamente odontológicos segue como destaque positivo na saúde suplementar brasileira.
Os dados apontam que entre setembro deste ano e o mesmo mês do ano passado houve crescimento de 7,8% no total de beneficiários exclusivamente odontológicos, correspondendo a mais de 1,6 milhão de novos vínculos. Já na variação de três meses, entre junho e setembro de 2017, o aumento foi de 2,4%. Ou seja, mais de 500 mil novos beneficiários neste tipo de plano.
Repetindo a performance da última edição da NAB, a região Nordeste segue como destaque positivo entre os planos exclusivamente odontológicos. No período de 12 meses encerrados em setembro de 2017, a região foi a que apresentou maior crescimento proporcional, com a entrada de mais de 500 mil novos beneficiários, representando alta de 12,5%.
Já em números absolutos, o Estado de São Paulo apresentou aumento de736.986 beneficiários no mesmo período, alta de 10% entre setembro de 2016 e setembro de 2017. Neste período, a única queda aconteceu no Distrito Federal, com perda de 2.808 beneficiários.
Traremos mais números da NAB nos próximos dias aqui no Blog. Não perca
Não é de hoje que sabemos que a saúde bucal do brasileiro não vai muito bem. O índice de dentes cariados, perdidos ou obturados na população nacional é de 2,1, enquanto a recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) é de um índice máximo de 1,1.
É exatamente com isto em mente que acabamos de divulgar o TD 66 – “Comparação de qualidade de saúde bucal de beneficiários com planos exclusivamente odontológico e não beneficiários no Brasil”. O estudo, elaborado com base no banco de dados da Pesquisa Nacional de Saúde realizada entre junho e agosto de 2013 pelo IBGE, apresenta um raio-x dos hábitos em saúde bucal no Brasil e traz dados alarmantes. Para se ter uma ideia, ainda há uma parcela da população nacional que nunca escovou os dentes ou não o faz todos os dias.
Traremos novos dados sobre o TD 66 nos próximos dias. Não perca.
Semana passada, aqui no Blog, mostramos que São Paulo foi o Estado com o maior número de novos vínculos com planos exclusivamente odontológicos firmados nos 12 meses encerrados em julho deste ano: foram 728,3 mil, uma alta de 10%. De acordo com a última edição da NAB, contudo, há outros estados que tiveram um crescimento proporcionalmente superior ao de São Paulo.
O Estado com o maior crescimento proporcional de beneficiários destes planos deste tipo de plano foi Roraima, com alta de 24,5% no período analisado. O aumento de quase um quarto no total de beneficiários, entretanto, representa apenas 1,8 mil novos vínculos.
Entre os 12 estados que apresentaram resultado proporcionalmente superior ao de São Paulo, dois merecem destaque por terem registrado mais de 100 mil novos vínculos: Pernambuco e Ceará.
Em Pernambuco, que registrou alta de 14,1%, foram firmados 110,9 mil novos vínculos. Já o Ceará, com aumento de 17,22%, passou a atender 131,2 mil novos beneficiários.
Quer saber porque os planos exclusivamente odontológicos estão conseguindo resultados tão expressivos? Nós fizemos um especial nos dias 7, 8 e 9 de fevereiro explicando as particularidades do setor. Vale a leitura!
Enquanto os planos médico-hospitalares continuam a enfrentar dificuldades, como apresentamos na última sexta-feira (18/8) aqui no Blog, os planos exclusivamente odontológicos prosseguem crescendo.
Nos 12 meses encerrados em julho deste ano, o setor avançou 7,6%. O que significa 1,6 milhão de novos vínculos. Com isso, o total de beneficiários de planos exclusivamente odontológicos chegou a 22,6 milhões, de acordo com a última edição da NAB.
Considerando esses planos, São Paulo é o Estado com o maior número de novos vínculos: 728,3 mil. Alta de 10%. Proporcionalmente, contudo, há estados que apresentaram resultados ainda melhores, como Pernambuco, que registrou alta de 14,1% no total de vínculos com planos exclusivamente odontológicos. O que representa 110,9 mil novos beneficiários.
Mas esses e outros números regionais são assunto para os posts dos próximos dias.