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Setembro 2020
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Como atravessar esse momento de crise sanitária? Como lidar com as questões relacionadas à economia do segmento de saúde neste momento e após a pandemia pelo novo Coronavírus? Como a regulação pode ajudar no desenvolvimento do setor? O Prêmio IESS de Produção Científica em Saúde Suplementar converge a produção acadêmica com o conhecimento do mercado para aprimorar o segmento e criar ferramentas para seu desenvolvimento.

Para falar dos diferentes aspectos da economia e sustentabilidade deste setor, reunimos especialistas renomados e premiados em nosso próximo webinar “Propostas do Prêmio IESS para assegurar a sustentabilidade do setor em tempos de crise” que acontece em 10 de setembro, às 16h.

Com medição de José Cechin, superintendente executivo do IESS, contaremos com a participação de Antonio Carlos Campino, professor da FEA-USP e avaliador da categoria Economia do Prêmio IESS; Marília Raulino Jácome, vencedora em 2018, Head da G-Sin (Startup de Gestão de Riscos na Saúde) e doutoranda em Ciências Contábeis (UFPB); e Luís Carlos Moriconi, vencedor em 2017, gerente atuarial na Unimed Fesp, atuário e mestre em economia (UFRGS).

Veja agora como participar - www.iess.org.br/eventos

Você também já pode acessar o link da transmissão abaixo e adicionar o lembrete para não correr o risco de perder. Acesse!

Ah, se você tem interesse em figurar nesta seleta lista de laureados na premiação, não perca tempo, veja agora como participar do X Prêmio IESS. Podem ser inscritos trabalhos de conclusão de curso de pós-graduação (especialização, MBA, mestrado ou doutorado), ou artigo científico com foco em saúde suplementar, nas áreas de Economia, Direito e Promoção de Saúde e Qualidade de Vida, inscreva-se gratuitamente até 15 de setembro. Veja o regulamento completo

A premiação também conta com espaço para a exibição de pôsteres de trabalhos, importante painel para apresentar a sua pesquisa. Veja os resumos dos trabalhos apresentados aqui.

Setembro 2020
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Falar de economia e sustentabilidade do setor de saúde suplementar nunca foi tão fundamental com nesse momento da maior crise sanitária do século. Esse é um dos aspectos que mais abordamos em nossas publicações e conta com papel de destaque no Prêmio IESS de Produção Científica em Saúde Suplementar. 

E os temas da categoria Economia abordam desde questões como o envelhecimento populacional até propostas para avanço na regulação do setor, passando por novos produtos e modalidades no segmento ou ainda estudos de casos operadoras de planos de saúde. 

Olhando o histórico de trabalhos vencedores nessa categoria é possível acompanhar como o setor tem avançado no aprofundamento do debate sobre o tema e das soluções para garantir sua perenidade. 

 E é exatamente esse o tema do nosso próximo webinar “Propostas do Prêmio IESS para assegurar a sustentabilidade do setor em tempos de crise” que acontece em 10 de setembro, às 16h. 

Veja aqui como participar.

 Apresentação e mediação

  • José Cechin, superintendente executivo do IESS

Convidados

  • Antonio Campino, professor titular da FEA-USP e avaliador da Categoria Economia do Prêmio IESS
  • Marília Augusta Raulino Jácome, vencedora em 2018, Head da G-Sin (Startup de Gestão de Riscos na Saúde) e Doutoranda em Ciências Contábeis (UFPB)
  • Luís Carlos Moriconi de Melo, vencedor em 2017, gerente atuarial na Unimed Fesp, atuário e mestre em economia (UFRGS)
Setembro 2019
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“Estamos envelhecendo, mas não estamos envelhecendo bem.” Foi com essa frase que nosso superintendente executivo, José Cechin, abriu sua participação no debate “Saúde suplementar: consumo e sustentabilidade”, realizado pelo jornal Correio Braziliense ontem (25/09). O evento reuniu especialistas de mercado, da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), dos Ministérios da Saúde e da Justiça, da FenaSaúde e da Confederação Nacional da Indústria (CNI) para analisar o sistema de saúde no Brasil e os desafios que se impõem, especialmente frente ao aumento da longevidade no País. 

Sobre essa questão, Cechin foi muito claro. “Até hoje, não temos sentido claramente o impacto do envelhecimento da população nas despesas do setor, mas, daqui para frente, essa conta será cada vez mais nítida”, alerta. “Estamos vivendo o fim do bônus demográfico no País e, na saúde suplementar, esse processo se dá de forma mais acelerada. Com o aumento proporcional de idosos frente ao total de jovens nos planos, teremos um aumento de despesas per capita de um ponto percentual ao ano nos próximos 40 anos. Pode até não parecer muito, mas representa em torno de 10% a mais no reajuste autorizado pela ANS para os planos individuais. Isso somado aos demais fatores que impulsionam a VCMH (Variação dos Custos Médico-Hospitalares), acende um sinal de alerta”, completa. 

Qual a solução? Para o coordenador do Núcleo de Geriatria e Gerontologia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Edgar Nunes Moraes, é necessário mudar o modelo da atenção. “O problema que precisamos resolver não é o idoso, mas o modelo de atendimento. Hoje, com o plano, o idoso tem um cheque em branco para escolher ir ao médico e fazer exames todos os dias, mas isso faz mal a saúde”, adverte. “Precisamos deixar o modelo hospitalocêntrico e focar na atenção primária. Tratar pessoas e não doenças”, completa. 

Essa também é a avaliação do ministro interino da Saúde, João Gabbardo dos Reis. “A atenção primária é a saída para a recuperação financeira do setor, tanto público quanto privado”, afirma. “Claro que também estamos tomando outras medidas para o SUS (Sistema Único de Saúde) que podem ter efeitos positivos se implementadas na saúde suplementar, como pagamento por pacotes e incorporação de medicamentos com cláusulas de risco compartilhado, em que só pagamos pelo resultado, mas o foco principal precisa ser a mudança do modelo de atenção com foco em promoção da saúde ao longo da vida do indivíduo e cuidados integrados, como os proporcionados pelas equipes de saúde da família”, pondera. 

De acordo com dados apresentados por Emmanuel Lacerda, gerente executivo da CNI, a mudança seria bem-vinda para alterar uma triste realidade: a cada grupo de 100 pessoas, o País perde 28,5 anos de produtividade em função de afastamento do trabalho por questões de saúde, absenteísmo e mesmo morte precoce.  

Contudo, além de alterações no atendimento assistencial, é preciso que cada indivíduo repense seus hábitos de vida. “Seu estado de saúde depende, majoritariamente, de você. De acordo com a literatura, entre os problemas de saúde que teremos ao longo da vida, 20% vêm da herança genética, 20% do ambiente onde você vive e 10% da tecnologia médica. O resto está relacionado aos hábitos de vida que cada pessoa escolhe manter, como praticar atividades físicas regularmente, alimentar-se adequadamente, abstendo-se de consumir produtos altamente industrializados, drogas e tabaco, fazer uso moderado de álcool etc.”, revela Cechin. O lado positivo, de acordo com o executivo, é que “nunca é tarde para começar a se cuidar”. 

O evento ainda tratou de questões importantes para o setor, como a agenda regulatória da ANS, a satisfação dos beneficiários com os planos e as perspectivas de crescimento do setor. Para saber mais, recomendamos a leitura do caderno especial do Correio Braziliense: 

  

Custo da saúde: hospitalização excessiva e falta de gestão aumentam valores 

Serviço de saúde público e privado não conversam entre si como deveriam 

Valor da saúde deve ser mensurado pelos resultados dos pacientes 

Planos de saúde não precisam cometer os erros do SUS, diz Gabbardo 

Identificação de tratamento ao idoso pela faixa etária é inadequada 

Deficiência na gestão em saúde gera prejuízo para governo e empresas 

Tecnologias e usuário desafiam sustentabilidade da saúde complementar 

 

Maio 2018
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O setor de saúde e a sua cadeia de valor são extremamente complexos. Na teoria, pautam-se pelo princípio elementar de cuidar do ser humano e atuar baseado na ética. Entretanto, na prática, desenvolvem-se a partir das dinâmicas e dos interesses particulares de cada um dos agentes envolvidos nesse setor. 

Essa complexidade potencializa-se quando consideramos o acúmulo de dados já disponíveis e a explosão da quantidade de informação gerada, captada e disponibilizada em velocidade exponencialmente maior. 

Estamos falando de um volume de informações gerado por pesquisa e investigação científica, acervos técnicos, estruturas operacionais e administrativas, métodos cada vez mais sofisticados de intervenção clínica e todo um aparato regulatório local e global que tenta reger esse ecossistema. Há um vasto volume de informações que não necessariamente se materializa em conhecimento. 

Nesse cenário, o Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) atua como um think tank com o objetivo de gerar e divulgar conhecimento a respeito da cadeia de valor da saúde suplementar, perpassando por todos os atores envolvidos. 

Nossa missão é promover o conhecimento a respeito da saúde suplementar e, assim, subsidiar a tomada de decisão nesse setor. Para tanto, seguimos uma abordagem técnica/acadêmica baseada em princípios éticos e autonomia de pesquisa científica, dentro dos preceitos democráticos e universais: todo conhecimento produzido pelo IESS é tornado público e de acesso gratuito pela sociedade. 

Vivemos diariamente uma missão desafiadora. O mercado brasileiro de saúde suplementar se originou nos anos 1950, quando as empresas passavam a assumir a gestão de saúde de seus funcionários e os primeiros grupos de médicos se uniram para operar hospitais particulares e comercializar carnês aos moradores das proximidades das instalações, ofertando acesso aos serviços de saúde. 

Ao longo das décadas, assim como todo o conjunto da saúde, esse segmento cresceu de forma gigantesca e ganhou contornos superlativos. 

Quase um quarto da população brasileira é beneficiária da saúde suplementar. Para termos uma ordem de grandeza, em 2016, foram realizados 272,9 milhões de consultas médicas e 141,1 milhões de atendimentos ambulatoriais, segundo a publicação Mapa Assistencial da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). 

Até atingir essa escala, o mercado passou por uma série de ajustes e tem vivenciado muitas mudanças regulatórias. Informação e conhecimento são, portanto, essenciais. Nessa jornada de promoção do conhecimento, no IESS, temos gerado informações de grande apoio ao mercado, como a parametrização da qualidade assistencial e a justa remuneração a partir da adoção de modelos modernos de pagamentos.

Nosso acervo apresenta também contribuições significativas: a apuração de indicadores, como o de Variação de Custo Médico-Hospitalar (VCMH), principal referência a balizar o comportamento de custos da saúde suplementar; o de nível de emprego da saúde e outras tantas iniciativas. 

Se hoje é de conhecimento público que o plano de saúde é o terceiro principal desejo do brasileiro, depois de educação e casa própria, é porque, ao longo dos anos, o IESS requisitou esses levantamentos a institutos de pesquisas renomados, caso do Datafolha e do Ibope. 

Outra frente de atenção está no incentivo à produção acadêmica. Em 2018, ingressaremos na 8ª edição do Prêmio IESS de Produção Científica em Saúde Suplementar, que laureia os principais trabalhos de pós-graduação ligados ao tema da saúde suplementar nas áreas de Direito, Economia e Promoção da Saúde, Qualidade de Vida e Gestão em Saúde. 

Concedemos, ainda, bolsas para pesquisa em parceria com a Fapesp para obter propostas inovadoras para garantir a sustentabilidade econômico-financeira e assistencial desse setor. 

O acervo produzido está disponível no portal. Há livros, vídeos, palestras, pesquisas e uma série de conteúdos de livre acesso. Também disponibilizamos um portal, o IESSdata no qual reunimos, de forma dinâmica e interativa, toda a nossa base de dados da saúde suplementar combinada com outros dados econômicos. 

Como dito, a complexidade desse setor, todo seu normativo e, principalmente, a relação intrínseca de cuidado com a vida humana exigem um esforço gigantesco para promover esse conhecimento em favor da sustentabilidade. Mais recentemente, temos dado mais ênfase em iniciativas para encorajar todos os agentes dessa cadeia de valor em prol da transparência. 

Só assim conseguiremos aferir, com precisão, a qualidade assistencial, como estamos em relação a outras nações e até onde poderemos chegar. Sem referências e transparência, será impossível termos bases concretas de comparação e esse é o caminho certo para premiar a qualidade e combater o desperdício. 

Nessa agenda, não temos pretensões totalitárias ou de querer impor uma visão. Muito pelo contrário. O IESS tem promovido uma série de fóruns e articulações para que médicos, operadoras, prestadores de serviços, poder público, academia e beneficiários avancem na construção de referências de técnicas que promovam a qualidade assistencial. 

Só com informação e conhecimento será possível promover o avanço e a continuidade da saúde suplementar no Brasil.

 

Luiz Augusto Carneiro

Superintendente executivo do IESS

Maio 2018
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O setor de saúde e a sua cadeia de valor são extremamente complexos. Na teoria, pautam-se pelo princípio elementar de cuidar do ser humano e atuar baseado na ética. Entretanto, na prática, desenvolvem-se a partir das dinâmicas e dos interesses particulares de cada um dos agentes envolvidos nesse setor. 

Essa complexidade potencializa-se quando consideramos o acúmulo de dados já disponíveis e a explosão da quantidade de informação gerada, captada e disponibilizada em velocidade exponencialmente maior. 

Estamos falando de um volume de informações gerado por pesquisa e investigação científica, acervos técnicos, estruturas operacionais e administrativas, métodos cada vez mais sofisticados de intervenção clínica e todo um aparato regulatório local e global que tenta reger esse ecossistema. Há um vasto volume de informações que não necessariamente se materializa em conhecimento. 

Nesse cenário, o Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) atua como um think tank com o objetivo de gerar e divulgar conhecimento a respeito da cadeia de valor da saúde suplementar, perpassando por todos os atores envolvidos. 

Nossa missão é promover o conhecimento a respeito da saúde suplementar e, assim, subsidiar a tomada de decisão nesse setor. Para tanto, seguimos uma abordagem técnica/acadêmica baseada em princípios éticos e autonomia de pesquisa científica, dentro dos preceitos democráticos e universais: todo conhecimento produzido pelo IESS é tornado público e de acesso gratuito pela sociedade. 

Vivemos diariamente uma missão desafiadora. O mercado brasileiro de saúde suplementar se originou nos anos 1950, quando as empresas passavam a assumir a gestão de saúde de seus funcionários e os primeiros grupos de médicos se uniram para operar hospitais particulares e comercializar carnês aos moradores das proximidades das instalações, ofertando acesso aos serviços de saúde. 

Ao longo das décadas, assim como todo o conjunto da saúde, esse segmento cresceu de forma gigantesca e ganhou contornos superlativos. 

Quase um quarto da população brasileira é beneficiária da saúde suplementar. Para termos uma ordem de grandeza, em 2016, foram realizados 272,9 milhões de consultas médicas e 141,1 milhões de atendimentos ambulatoriais, segundo a publicação Mapa Assistencial da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). 

Até atingir essa escala, o mercado passou por uma série de ajustes e tem vivenciado muitas mudanças regulatórias. Informação e conhecimento são, portanto, essenciais. Nessa jornada de promoção do conhecimento, no IESS, temos gerado informações de grande apoio ao mercado, como a parametrização da qualidade assistencial e a justa remuneração a partir da adoção de modelos modernos de pagamentos.

Nosso acervo apresenta também contribuições significativas: a apuração de indicadores, como o de Variação de Custo Médico-Hospitalar (VCMH), principal referência a balizar o comportamento de custos da saúde suplementar; o de nível de emprego da saúde e outras tantas iniciativas. 

Se hoje é de conhecimento público que o plano de saúde é o terceiro principal desejo do brasileiro, depois de educação e casa própria, é porque, ao longo dos anos, o IESS requisitou esses levantamentos a institutos de pesquisas renomados, caso do Datafolha e do Ibope. 

Outra frente de atenção está no incentivo à produção acadêmica. Em 2018, ingressaremos na 8ª edição do Prêmio IESS de Produção Científica em Saúde Suplementar, que laureia os principais trabalhos de pós-graduação ligados ao tema da saúde suplementar nas áreas de Direito, Economia e Promoção da Saúde, Qualidade de Vida e Gestão em Saúde. 

Concedemos, ainda, bolsas para pesquisa em parceria com a Fapesp para obter propostas inovadoras para garantir a sustentabilidade econômico-financeira e assistencial desse setor. 

O acervo produzido está disponível no portal. Há livros, vídeos, palestras, pesquisas e uma série de conteúdos de livre acesso. Também disponibilizamos um portal, o IESSdata no qual reunimos, de forma dinâmica e interativa, toda a nossa base de dados da saúde suplementar combinada com outros dados econômicos. 

Como dito, a complexidade desse setor, todo seu normativo e, principalmente, a relação intrínseca de cuidado com a vida humana exigem um esforço gigantesco para promover esse conhecimento em favor da sustentabilidade. Mais recentemente, temos dado mais ênfase em iniciativas para encorajar todos os agentes dessa cadeia de valor em prol da transparência. 

Só assim conseguiremos aferir, com precisão, a qualidade assistencial, como estamos em relação a outras nações e até onde poderemos chegar. Sem referências e transparência, será impossível termos bases concretas de comparação e esse é o caminho certo para premiar a qualidade e combater o desperdício. 

Nessa agenda, não temos pretensões totalitárias ou de querer impor uma visão. Muito pelo contrário. O IESS tem promovido uma série de fóruns e articulações para que médicos, operadoras, prestadores de serviços, poder público, academia e beneficiários avancem na construção de referências de técnicas que promovam a qualidade assistencial. 

Só com informação e conhecimento será possível promover o avanço e a continuidade da saúde suplementar no Brasil.

 

Luiz Augusto Carneiro

Superintendente executivo do IESS

Agosto 2017
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Já apresentamos, aqui no Blog, diversas alternativas para garantir a sustentabilidade da saúde suplementar. Com isso em mente, na última semana, publicamos o TD 65 - "Seguro de Saúde Baseado em Valor: conceitos e evidências no sistema de saúde norteamericano", que apresenta o Seguro de Saúde Baseado em Valor (SSBV) e os resultados que este tipo de produto está obtendo no sistema de saúde dos Estados Unidos.

Assim como os planos de saúde com conta poupança e franquia anual, o SSBV funciona no modelo de coparticipação, em que o beneficiário paga por um percentual do custo gerado por um procedimento para o seu tratamento em saúde. O diferencial do SSBV, contudo, é empregar medicina baseada em evidências para determinar quais procedimentos têm coparticipação e quais não. Além disso, ao  incentivar que o paciente realize exames e consultas preventivas com mais frequência, tende a diminuir significativamente as visitas aos serviços de emergência e as hospitalizações. 

Essas características podem fazer com que os gastos com consultas e exames preventivos cresçam no primeiro momento, mas os gastos com internações e procedimentos cirúrgicos emergenciais, de custo mais elevado, tendem a diminuir.

O TD 65 ainda destaca que para o SSBV funcionar é necessário um sistema de dados sofisticado, capaz de assegurar a segurança dos dados dos pacientes e determinar com precisão o valor dos serviços prestados.

“Importar” esse produto para o mercado de saúde brasileiro exigiria mudanças e envolveria custos que podem fazê-lo parecer menos atrativo no curto prazo, mas uma rápida olhada para o crescimento dos custos de saúde no Brasil, que giram próximo dos 20% ao ano, mostra que não podemos continuar como estamos. 

Agosto 2017
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O aumento da inflação médica continua sendo uma preocupação tanto para os governos quanto para as empresas no mundo todo, conforme mostramos recentemente no TD 64 – Fatores associados ao nível de gasto com saúde: a importância do modelo de pagamento hospitalar

Para lidar com esse aumento, uma das alternativas é a mudança do modelo de pagamento de conta aberta, adotado hoje no Brasil, para outro que puna os desperdicios e recompense a performance e o desfecho clínico. Como mostramos aqui no blog nos dias 31/71/82/83/8 E 4/8.

Outra solução é pensar em novos produtos para a saúde suplementar, como os que apresentamos ano passado, nos dias 22/823/824/825/8 e 26/8, ou Seguro de Saúde Baseado em Valor (SSBV), que vem apresentando bons resultados nos Estados Unidos, como mostramos no TD 65 - Seguro de Saúde Baseado em Valor: conceitos e evidências no sistema de saúde norteamericano.

Nos próximos dias vamos explicar melhor como funciona o SSBV. Não perca. Fique ligado! 

Maio 2017
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O IESS realiza, no próximo dia 31, um debate fundamental para analisar os impactos positivos e negativos das novas tecnologias sobre a saúde suplementar. Será uma grande jornada para analisar o uso de ferramentas de Avaliação de Tecnologias em Saúde (ATS), avaliar a situação do mercado brasileiro e conhecer algumas práticas internacionais que geraram ganhos e eficiência ao setor. Buscaremos respostas para os enormes desafios de sustentabilidade da saúde suplementar do Brasil e você é parte fundamental desse debate. 

Serão debatidos assuntos como:

- Rol de cobertura da ANS e suas limitações;

- Processos de incorporação e desincorporação no Brasil e em outros países;

- Inflação médica;

-A sustentabilidade do Sistema de Saúde e o papel da tecnologia neste contexto;

- Passos para um processo de Incorporação de tecnologia inteligente;

- Modelo de decisão em Ambiente Multicritério;

- Como é o processo de ATS;

- Principais desenhos de estudo usados em ATS;

- Como um processo formal de ATS pode ajudar o mercado privado brasileiro

Confira a programação completa do “Seminário Incorporação de Tecnologias na Saúde Suplementar”, que iremos realizar no dia 31 de maio, a partir das 8h, no Hotel Hilton Rio de Janeiro (Av. Atlântica, 1020). Inscreva-se gratuitamente, mas atenção, as vagas estão acabando! 

Junho 2016
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A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) propôs, recentemente, novos modelos assistenciais que consideram critérios de qualidade para estabelecer ajustes na remuneração por serviços de prestadores pagos pelas operadoras de saúde. Acreditamos que o debate precisa ser mais amplo e os modelos de remuneração de toda a cadeia produtiva da saúde precisam ser reavaliados e debatidos em profundidade.

 

No TD 54, mostramos que o DRG (sigla em inglês para Grupo de Diagnósticos Relacionados) pode contribuir para conter a escalada de custos da saúde no Brasil. Este modelo de remuneração já é aplicado com sucesso há décadas em países como Estados Unidos e Alemanha e também tem alcançado bons resultados em países que começam a implementá-lo agora. O caso da África do Sul, por exemplo, foi contado com detalhes pelo Dr. Sam Rossolimos, médico e membro do American College of Healthcare Executives, e por Etienne Dreyer, da PwC, no Seminário Internacional "A Sustentabilidade da Saúde Suplementar".

 

Cabe enfatizar que o DRG contempla a qualidade como um dos princípios de sua estrutura. Assim, é possível aferir a qualidade assistencial e buscar o melhor desfecho clínico, pois o modelo pune o desperdiço, não remunera reinternações e premia o prestador mais eficiente.

 

Já bastante debatido no setor, o DRG é um método de classificação dos pacientes hospitalares que leva em consideração os tipos de diagnóstico e o consumo de recursos, reunindo os pacientes clinicamente homogêneos em um mesmo grupo. A partir dessa classificação, os pagamentos dos serviços hospitalares são realizados. O DRG também é usado como padronização para criar referências (benchmarks) assistências. 

 

Iniciativas que busquem a melhoria da qualidade dos serviços são sempre bem-vindas. Mas, reforçamos, os modelos de remuneração da cadeia precisam ser revistos como um todo se quisermos conter o continuo aumento dos custos médico-hospitalares, que vem crescendo em ritmo quase duas vezes superior ao da inflação geral, medida pelo IPCA, como tem apontado o VCMH. Adotar critérios de qualidade, a partir da definição e divulgação de indicadores de performance, significa um profundo avanço da cadeia de saúde. E, nesse sentido, a iniciativa da ANS pode criar uma ótima oportunidade para esse tema ser debatido.c

Maio 2016
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O atual modelo de gerenciamento de custos e de qualidade de serviços de saúde no País não é sustentável e precisa ser revisto com urgência. As fragilidades do sistema, que no período acumulado de março do ano passado a março de 2016 perdeu cerca de 1,3 milhão de beneficiários, não se limitam a um específico elo da cadeia, aliás, numerosa e complexa, o que torna mais difícil o seu equilíbrio. Médicos, administradores, fornecedores de insumos e equipamentos médicos, operadoras, governo e até o beneficiário precisam se acertar para corrigir as distorções do setor. O fato de ser atividade fortemente regulamentada e de sofrer crescente judicialização torna o enfrentamento do problema mais complexo.

Mas quais as saídas para esse cenário desfavorável ao setor? O Insper, com o apoio do IESS, promoveu hoje o Seminário “A cadeia de Saúde Suplementar: avaliação de falhas de mercado e propostas políticas”, em São Paulo, a fim de fomentar o debate sobre esse desafio.

Paulo Furquim de Azevedo, professor Sênior Fellow do Insper, apresentou estudo inédito, produzido a pedido do IESS, sobre a temática do encontro. Aperfeiçoar o arcabouço regulatório, prover empoderamento aos compradores de serviços de saúde, modernizar os modelos de remuneração na prestação de serviços e prover transparência nas relações de mercado e na qualidade assistencial são algumas das sugestões apresentadas no documento.

Exposta como contribuição à reflexão de toda a cadeia, o estudo pontua, por exemplo, que a adoção criteriosa do DRG (Diagnoses Related Groups), metodologia para gerenciamento de custo e de qualidade assistencial-hospitalar, deve ser examinada como um dos instrumentos para reverter os autos custos do sistema e ainda suas falhas de qualidade. Furquim exemplificou que em alguns mercados internacionais a reinternação pela mesma doença não é paga, estimulando a eficácia do tratamento.

Outro exemplo apresentado é o estímulo à coparticipação. Utilizado em larga escala no mercado internacional, o sistema induz, segundo Furquim, o beneficiário a ser mais criterioso no uso do plano de saúde e na escolha de prestadores, evitando procedimentos ou exames desnecessários. Evidentemente, foi destacado que esse modelo precisa ser estruturado com muito cuidado técnico, para não subtrair o direito do beneficiário à um serviço de qualidade e segurança.

A Chefe de Gabinete da Presidência da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Lenise Barcellos de Mello Secchin, complementando esse ponto, revelou que entre 30% e 40% dos exames médicos realizados não são retirados dos laboratórios. Em 2015, de acordo com ela, foram feitos cerca de 750 milhões de exames, “isso dimensiona o quanto a cadeia perdeu com a não retirada de exames”, destacou. Lenise, na sua apresentação, defendeu ser necessária a disseminação de informações do setor, bem como a promoção de debates entre os elos da cadeia, como o realizado pelo Insper e apoiado pelo IESS, para que o País chegue mais rapidamente a um modelo de gestão sustentável, segura e de qualidade.

Bastante crítico aos desequilíbrios atuais do sistema nacional de saúde suplementar, o Dr. Cláudio Lottenberg, presidente do Hospital Israelita Albert Einstein, destacou que a classe médica, as operadoras e todos os envolvidos na cadeia devem “recobrar a consciência que o objeto central de todos é o cidadão”. “O seu bem-estar é que deve ser o foco”, pontuou. 

Participaram ainda do seminário como convidados a Diretora Corporativa de Qualidade e Segurança da ACSC-Hospital Santa Catarina, Camila Sardenberg, o presidente do CADE, Vinicius Marques de Carvalho, e Luiz Augusto Carneiro, superintendente executivo do IESS, coordenador  do debate entre os palestrantes. Carneiro destacou a oportunidade do encontro e a qualidade da pesquisa do Insper, que deverá ser matriz para outros estudos e discussões setoriais. Ele alertou também que a rápida mobilização do setor é importante, uma vez que é preciso planejamento para atender a rápida transição demográfica em curso no País.

Você vai poder assistir a uma aos vídeos do evento em breve, aqui no portal do IESS.