O câncer de próstata é o segundo tipo de câncer mais frequente entre homens, atrás apenas do câncer de pele não melanoma. A idade é um importante fator de risco para o surgimento da doença, uma vez que 9 em cada 10 homens diagnosticados com a doença têm mais de 55 anos, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA). Esse dado é um marcador relevante para a saúde suplementar porque o número de beneficiários acima dessa faixa etária somava 3,8 milhões em 2020, de acordo com o estudo especial do IESS: “Novembro Azul e o câncer de próstata em beneficiários de planos privados de saúde”.
Desde 2000, a quantidade de vínculos nessa faixa etária mais que dobrou: 1,9 milhão de beneficiários no primeiro ano e cresceu ininterruptamente desde então. O dado é um ponto que merece atenção dos gestores do setor, pois além do amplo número de beneficiários nesse grupo, a pandemia também impactou o número de internações e procedimentos para tratar a doença, conforme o IESS mostrou recentemente – relembre.
Outro fator de risco para o desenvolvimento de câncer de próstata é o sobrepeso e a obesidade. Entre 2008 e 2018, o percentual de beneficiários de planos de saúde adultos, residentes das capitais brasileiras, com excesso de peso subiu de 56,3% para 63,2%; já a taxa de obesidade aumentou de 14,2% para 20,5%, segundo dados da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
Os números chamam atenção porque, nessa população, cerca de 3 em cada 5 beneficiários do sexo masculino tinham sobrepeso e faziam parte do grupo de atenção para o câncer de próstata em 2020. Além disso, a proporção vem aumentando a cada ano desde que os dados passaram a ser computados. Para acessar a íntegra do estudo especial do IESS, clique aqui.
Novembro é o mês mundial de prevenção do combate ao câncer de próstata. Devido à importância do tema para a população, em especial aos homens, o IESS apoia anualmente a iniciativa. O diagnóstico precoce é essencial para o controle e tratamento da doença. Contudo, a pandemia de Covid-19 impactou os cuidados com a saúde masculina.
Dados da ANS e apurados pelo IESS demonstraram que na saúde suplementar (entre os planos privados de assistência à saúde), entre 2019 e 2020, a quantidade de internações para realização de diagnóstico, tratamento e acompanhamento do câncer de próstata teve retração de 16%. A quantidade de internações para realização de um dos procedimentos selecionados – prostatavesiculectomia radical e prostatectomia a céu aberto – empregados no controle da doença, também foi afetado pelas medidas de restrições contra o coronavírus: houve redução de 24,3% entre 2019 e 2020. Os dados são um sinal de alerta para a saúde suplementar, sobretudo pelos impactos que o controle da doença pode acarretar na saúde da população masculina nos próximos anos.
No Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens, atrás apenas do câncer de pele não-melanoma, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA). A entidade estimou o surgimento de 65.840 novos casos em 2020. Vale destacar também que esse é um tipo de neoplasia predominantemente da terceira idade, sendo que cerca de 75% dos casos no mundo ocorrem a partir dos 65 anos.
Além da idade, entre os principais fatores de risco da doença estão histórico familiar, excesso de gordura corporal e a exposição a agentes químicos prejudiciais à saúde. Nas fases iniciais, geralmente, a evolução da doença é silenciosa. Entretanto, é importante buscar avaliação médica caso apresente sinais como: dificuldade de urinar; diminuição do jato de urina; necessidade de ir ao banheiro mais vezes durante o dia ou noite; e, a presença de sangue na urina.