“Mães em foco: Boas práticas do pré-natal ao parto” foi tema do webinar IESS realizado de forma gratuita e on-line, em maio, no mês das mães. Para assistir, clique aqui.
O webinar reuniu especialistas que debateram sobre a importância do acompanhamento médico durante a jornada da gestante. Participaram da discussão Ana Paula Cavalcante, gerente de Estímulo à Inovação e Avaliação da Qualidade Setorial da ANS, dra. Teresa Uras, coordenadora da UTI Neonatal Hospital Samaritano Higienópolis, e dra. Lenira Gaede Senesi, professora de Medicina da Tocoginecologia da UFPR.
Além disso, durante o evento, o IESS apresentou dados relevantes sobre o tema, apurados e disponibilizados na Cartilha de Boas Práticas do Pré-Natal ao Parto, disponível para download aqui.
A publicação foi lançada pelo instituto na ocasião, com o objetivo de apontar os cuidados adequados durante a gestação e o pós-parto. A gestação é um momento especial para a mulher, mas que inspira atenção e cuidado adequado para cuidar da saúde do bebê e da mãe.
Na semana do Carnaval, de 27 de fevereiro a 3 de março, estaremos promovendo uma série de melhorias na nossa infraestrutura digital, especialmente com a migração para um novo banco de dados. Em virtude da demanda crescente aos conteúdos do IESS, nosso objetivo é tornar o acesso às informações ainda mais rápido e estável.
Durante esse processo, contudo, o portal do IESS e seus canais (como o Blog e o IESSdata) não serão atualizados e poderão apresentar instabilidade para quem tentar acessá-los.
Na segunda-feira (6/3), voltaremos a atualizar nossos conteúdos regularmente.
Agradecemos a compreensão de todos.
A Willis Towers Watson divulgou estimativa na qual os planos de saúde coletivos empresarias deverão sofrer reajuste em torno de 18% no Brasil este ano, o dobro da média mundial. O dado foi apresentado em reportagem publicada na edição de hoje do Valor Econômico. Isso decorrerá da pressão de custos. Temos, ao longo do tempo, destacado nesse espaço que os problemas de custos da saúde no mercado brasileiro se devem essencialmente por questões estruturais.
O relatório da consultoria destaca que, excluídos os países que sofrem de problemas cambiais e de hiperinflação (por exemplo, a Venezuela), o Brasil está entre as nações que registraram os maiores índices de reajuste dos planos. Vale analisar que as correções das mensalidades dos planos acima dos índices gerais de inflação são um problema mundial, conforme demostramos no Texto de Discussão nº 52. Em resumo, o fenômeno global decorre do processo de envelhecimento populacional dos países e da adoção de novas tecnologias na saúde, quase sempre adicionais às já existentes anteriormente, não substitutivas.
No caso brasileiro, a situação se agrava porque além de sofrer o mesmo impacto do fenômeno global, o País adota como padrão de pagamento de serviços prestados em saúde o modelo de "conta aberta", ou "fee for service”. Esse sistema não inibe desperdícios e tende a absorver, na precificação, as falhas de mercado provocadas por assimetria de informações. São essas falhas que permitem que um determinado insumo de saúde, de uma mesma marca, tenha dois preços totalmente diferentes dependendo de quem o compra e da sua localização.
No estudo "A cadeia da saúde suplementar", produzido pelo Insper, a nosso pedido, foi demonstrado que as falhas de mercado, combinadas ao atual modelo de remuneração dos prestadores, criam as condições perfeitas para potencializar os custos de saúde no País. Portanto, ou o mercado muda o modelo de pagamento, premiando a eficiência e punindo o desperdício, ou o sistema continuará registrando recordes de custos (por extensão, também de reajustes).
E, considerando o segmento de planos empresarias, a situação se agrava por conta de as empresas praticamente arcarem sozinhas com a contratação dos benefícios e, nem sempre, os funcionários usarem os serviços de saúde com parcimônia e conforme a necessidade, impactando, com isso, fortemente na sinistralidade do plano. A reportagem do Valor expressa bem essa questão. A solução passa também, nesse caso, por ampliar a oferta de planos de saúde que adotem o sistema de contas de poupanças e franquias anuais. Aqui no Blog publicamos uma série especial sobre esses produtos, que pode ser encontrada no sistema de busca.
Diferente do que ocorre em diversos países, a retração da economia, no Brasil, não está resultando em diminuição dos gastos assistenciais do setor de saúde. Pelo contrário: as despesas continuam expandindo o que, em termos práticos, pode significar um risco à sustentabilidade da saúde suplementar do País.
A seção especial do Boletim Conjuntura Saúde Suplementar, que produzimos, aponta que a inflação médica no Brasil, uma das maiores do mundo, é o principal fator para esse descasamento. Para se ter uma ideia, no Reino Unido, a taxa de crescimento do gasto per capita com saúde recuou 3,4 pontos porcentuais (p.p.) entre 1995 e 2013, enquanto a taxa de crescimento do PIB per capita caiu 1,4p.p. Já no Brasil, entre 2001 e 2013, enquanto a taxa de crescimento do PIB per capita recuou 0,8 p.p., a dos gastos assistenciais por beneficiário avançou 2,5 p.p.
Com esse cenário, as operadoras de planos de saúde estão desafiadas a ter ganhos de eficiência para garantir sua sustentabilidade. Atualmente, os custos médico-hospitalares subiram 8,2 pontos a mais do que a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) entre junho de 2015 e o mesmo mês do ano anterior. O que representa uma alta de 17,1% no período. É necessário que o País repense critérios de incorporação de tecnologia, como tratamos no TD 56 (sobre ATS) e também na modernização dos modelos de pagamento de prestadores de serviços, valendo-se, por exemplo, da experiência do DRG, que apresentamos no TD 54 (Diagnosis Related Groups e seus efeitos sobre os custos e a qualidade dos serviços hospitalares).
Temos procurado ampliar nossos canais de contato com as pessoas e instituições que se interessam pela saúde suplementar. É nossa missão “ser agente promotor da sustentabilidade da saúde suplementar pela produção de conhecimento do setor e melhoria da informação sobre a qual se tomam decisões”.
Desde junho de 2014, quando estreamos o atual portal, continuamente buscamos melhorar e expandir nossos canais de comunicação. As mudanças foram muitas e não se restringiram ao portal, caso da nossa presença nas mídias sociais.
Sentíamos falta, contudo, de um espaço mais dinâmico para apresentar nossos conteúdos. Um local onde pudéssemos pontuar, com total liberdade, nossa visão sobre temas relevantes ao setor e que poderia complementar todo o acervo técnico, de estudos e demais produções, disponibilizados no portal do IESS. Daí o nascimento desse blog.
Queremos, com este novo espaço, estimular e subsidiar mais debates em prol do aperfeiçoamento da saúde suplementar no País e continuar ajudando na divulgação do conhecimento desse setor. Esperamos que essa iniciativa agrade.
Luiz Augusto Carneiro,
Superintendente executivo do IESS