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Hábitos alimentares e estilo de vida em beneficiários de planos de saúde médico-hospitalares – principais mudanças entre 2013 e 2019

Autora: Amanda Reis
Superintendente executivo: José Cechin

A produção de dados e monitoramento dos hábitos e estilos de vida da população é fundamental para o entendimento das necessidades e orientação da criação de programas, ações e políticas voltadas para a promoção da saúde e prevenção de doenças.

Pôster | Hábitos alimentares e práticas de exercício físico entre beneficiários e não beneficiários de planos de saúde no Brasil

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Pôster sobre hábitos alimentares e práticas de exercício físico entre beneficiários e não beneficiários de planos de saúde no Brasil, com base no TD 73 – Análise da Pesquisa Nacional de Saúde, apresentado no Congresso Internacional de Qualidade em Serviços e Sistemas de Saúde (Qualihosp) em 20 de marços de 2019.

Agosto 2020
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Não é de hoje que falamos sobre promoção de saúde. Sabemos da importância da alimentação e hábitos saudáveis para o correto funcionamento do organismo, equilíbrio mental e espiritual. Sabemos, também, que atual cenário de pandemia pelo novo Coronavírus gera ainda mais preocupações, angústias e incertezas.

Por isso, é muito bom perceber também a movimentação de importantes players do setor para ações desse tipo, ainda mais em função do momento em que atravessamos. E é sempre bom reforçar essas boas práticas.

Na última semana, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) fechou acordo de cooperação com o Serviço Social da Indústria (Sesi) para estimular ações de saúde da população atendida pelos planos coletivos empresariais. A boa notícia também visa assegurar a sustentabilidade do setor.

“A implementação de programas, ações e medidas de promoção da saúde e prevenção de riscos e doenças contribui para a diminuição da sinistralidade, do absenteísmo e, consequentemente, para o aumento da produtividade e qualidade de vida dos colaboradores”, divulgou a Agência.

Uma série de ações está prevista como debates, campanhas educacionais, programas de promoção à saúde no ambiente de trabalho, contribuição técnica na estruturação, divulgação e disseminação de metodologias, monitoramento e desenvolvimento de pesquisas relacionadas com integração assistencial, envelhecimento e fatores psicossociais.

Com vigência inicial de 36 meses, o acordo pode ser prorrogado por até dois períodos de 12 meses. A agência reforça que a intenção é obter melhores resultados em saúde e assegurar a sustentabilidade do setor.

 A importância de programas de promoção de saúde e prevenção de doenças é um dos temas mais tratados por aqui e em todo o nosso portal – confira na Área Temática. O estudo “Exames de saúde da população para a prevenção da progressão de doenças crônicas”, apresentado em recente edição do Boletim Científico, traz novas evidências dos resultados positivos que podem ser alcançados com esse tipo de iniciativa em empresas. Veja mais aqui.

O assunto também foi debatido no webinar “Promoção da saúde e qualidade de vida – A importância de hábitos saudáveis” que reuniu importantes especialistas no tema com diferentes experiências. Veja abaixo.

Julho 2020
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Sabemos da importância da alimentação e hábitos saudáveis para a saúde e o correto funcionamento do organismo, equilíbrio mental e espiritual. Sabemos, também, que atual cenário de pandemia pelo novo Coronavírus suscita uma série de preocupações, angústias e incertezas. 

É por isso que realizamos recentemente o webinar “Promoção da saúde e qualidade de vida – A importância de hábitos saudáveis” que reuniu importantes especialistas no tema com diferentes experiências. 

Claro que, como todo bom debate com visões amplas e embasadas, não conseguimos abordar todos os aspectos do tema – não que tínhamos essa ambição, já que há muito o que se falar. Cientes disso, reuníamos algumas perguntas enviadas pelo público e as respostas dos especialistas. 

Com mediação de José Cechin, nosso superintendente executivo, o encontro reuniu Alberto Gonzalez, médico autor dos livros “Lugar de Médico é na cozinha” e “Cirurgia Verde”; Almir Neto, presidente da Associação Brasileira para a Promoção da Alimentação Saudável e Sustentável (ABPASS); e Marcos Freire, médico do Centro de Referência em Práticas Integrativas de Saúde da Secretaria da Saúde do DF. 

Veja abaixo. Você também pode assistir ao webinar aqui ou no final desse post

Público – O que pode ser feito para diminuir os agrotóxicos no Brasil? 

Dr. Alberto Gonzalez – Fui ao meu próprio livro “Cirurgia Verde”. No capítulo “Terra” exponho detalhadamente todo o sistema de agricultura e agrotóxicos no Brasil e seu sistema de lobby, assim como todas as medidas que nós, como consumidores e população podemos tomar. 

Lendo este capítulo conclui-se entre tantas, duas coisas que respondem esta pergunta: 

1) Não há como reduzir o consumo de agrotóxicos dentro do atual sistema de gerenciamento, nas esferas federal, estadual e ambiente acadêmico. O uso de substâncias químicas na lavoura vai aumentar e capilarizar até entre pequenos produtores. 

2) A única forma de obter alimentos orgânicos e criar grande demanda por eles através de grupos organizados nas cidades e suas periferias, que por sua vez relacionem-se com outros grupos organizados entre os agricultores familiares e pequenas propriedades rurais, seja nas periferias seja em cinturões verdes já estabelecidos. 

Público – Como está a formação da nova geração de médicos sobre os temas de promoção de saúde e qualidade de vida? 

Marcos Freire – A proposta do Ministério da Saúde para a atenção primária à saúde do SUS é a Estratégia Saúde da Família na qual uma equipe composta por um médico de família e comunidade, um enfermeiro, também especializado em família e comunidade, técnicos em enfermagem e agentes comunitários de saúde ficam responsáveis pela população de um território com até 4 mil pessoas. 

Essa é a Medicina da Família e Comunidade, e os profissionais dentro dessa “nova” especialização estão sendo formados com uma visão bastante ampla e promissora para fazer a diferença na atenção à comunidade, não apenas do ponto de vista de tratar as principais doenças como também ter uma abordagem ampla na promoção da saúde e na coordenação do cuidado em toda a rede de assistência à saúde, bem como, nas reações de intersetorialidade com outras instituições públicas e comunitárias do território de atuação. 

Público – Considera que pós pandemia o tema Promoção de saúde e prevenção de DCNTs terá a devida atenção. Seja nas escolas, ambientes de trabalho, ou comunidades, com acesso, incentivo e empoderamento? 

Almir Neto – Tenho percebido que a pandemia serviu como um gatilho para acelerar tendências que estavam no horizonte. Ainda não vi uma maior ruptura com novas atitudes que surgiram após a pandemia. A tendência em dar mais importância para as doenças crônicas não transmissíveis já vinha acontecendo, mas o Coronavírus chamou a atenção para as repercussões desses problemas, principalmente quanto aos cardiovasculares e obesidade, e o quanto eles fragilizam o indivíduo. 

Vai ser, sem dúvida alguma, acelerada a atenção em prevenir doenças crônicas, um tema que vem sendo debatido no mundo todo há mais de uma década. A ênfase nesse tema em nosso país deve se acelerar ao patamar do que temos observado em outros países. 

 
Webinar IESS - Promoção da saúde e qualidade de vida: a importância de hábitos saudáveis 

Setembro 2019
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A dieta alimentar pode estar ligada à depressão? De acordo com uma nova pesquisa conduzida na Universidade do Alabama, sim. Mas antes de entrarmos no assunto, um lembrete muito importante: 

Você já se inscreveu no IX Prêmio IESS? Faltam menos de 60 horas para acabar o prazo, mas ainda há tempo! Confira o regulamento completo e ajude a aprimorar a saúde suplementar no Brasil.  

De volta para o nosso tema de hoje: como já apontamos aqui no blog, a incidência de doenças mentais está crescendo no mundo todo, ou talvez seja o nosso entendimento sobre essas doenças e nossa capacidade de detectá-las que esteja avançando. Talvez seja uma soma de todos os fatores. O fato é que a depressão e a ansiedade geram, atualmente, US$ 1 bilhão em perda de produtividade por ano à economia global e o montante tende a avançar. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a depressão deve se tornar a segunda doença mais incapacitante no mundo já em 2020, ficando atrás apenas de problemas cardiovasculares. 

Por isso, pesquisas como esta, da Universidade de Alabama, são fundamentais. De acordo com os pesquisadores responsáveis pelo estudo, altas concentrações de sódio no sangue, advindas do consumo de fast-food e alimentos ultraprocessados, podem levar a uma tendência maior à depressão. Em contrapartida, pessoas que ingerem mais potássio, normalmente encontrado em verduras e legumes, têm uma chance menor de desenvolver a doença. 

Os pesquisadores alertam, entretanto, que os resultados do estudo ainda não são conclusivos e indicam principalmente uma alta chance de o desenvolvimento ou não da doença estar relacionado ao nível de sódio, sem uma relação de causa e efeito estabelecida. Para avançar nesse sentido, ainda é necessário expandir a pesquisa que analisou apenas 84 pessoas. 

Há, contudo, outros estudos que indicam resultados semelhantes. O trabalho “Fast-food and commercial baked goods consumption and the risk of depression”, por exemplo, acompanhou quase 9 mil pessoas ao longo de seis anos e constatou que pessoas que consomem mais alimentos processados têm um risco 48% de apresentar depressão. 

Resultados que reforçam nossa percepção de que as Operadoras de Planos de Saúde, as empresas e a sociedade de modo geral precisam pensar em campanhas de Promoção de Saúde com foco em uma alimentação mais saudável. Um bom início seria dar mais atenção para o Guia Alimentar para a População Brasileira, que já comentamos aqui no Blog. 

Junho 2019
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Sempre falamos de como é importante ter indicadores de qualidade para apoiar decisões de pacientes e gestores do setor de saúde. Do mesmo modo, parece lógico que a medicina baseada em evidências oferece as melhores práticas assistenciais atualmente. Essas práticas são a racionalidade e o empirismo científico atuando a favor da qualidade de vida. 

Contudo, ainda perduram algumas “verdades absolutas” sem qualquer comprovação. É o caso, por exemplo, das críticas aos alimentos ultraprocessados relacionadas à obesidade. Ainda que pareça claro que esses alimentos devem ser evitados e tem um potencial nocivo para os indivíduos que os consomem com frequência ao invés de ingerir alimentos não processados, não havia qualquer estudo científico que comprovasse a teoria. Até agora. 

No primeiro estudo para comparar os efeitos de dietas baseadas exclusivamente nesses tipos de alimentos, pesquisadores do National Institutes of Health (NIH), dos Estados Unidos, detectaram que pessoas expostas a uma dieta exclusivamente composta de alimentos ultraprocessados têm tendência a engordar; por outro lado, aqueles sujeitos a uma dieta apenas de alimentos não processados tendem a emagrecer. 

Pode parecer óbvio, mas o fato ainda não havia sido comprovado cientificamente. O resultado é ainda mais importante pelas dietas terem sido balanceadas para oferecer os mesmos níveis de ingestão de calorias, fibras, gorduras, açúcares e sal em três refeições diárias. 

O grande diferencial, de acordo com os pesquisadores, parece ter sido a ingestão de calorias entre as refeições, liberada para todos os participantes do estudo. Em média, os participantes sujeitos a dieta exclusivamente composta de ultraprocessados consumiam 500 calorias a mais do que os do outro grupo. 

A pesquisa dá importantes subsídios para políticas de combate à obesidade e outras ações de promoção de saúde para mudar os hábitos alimentares e estilo de vida dos brasileiros, conforme apontamos no TD 73 – “Hábitos alimentares, estilo de vida, doenças crônicas não transmissíveis e fatores de risco entre beneficiários e não beneficiários de planos de saúde no Brasil: Análise da Pesquisa Nacional de Saúde, 2013” –, já analisado aqui no blog

Ah, se você estiver conduzindo um trabalho de pós-graduação sobre este e outros assunto, não deixe de conferir o regulamento do Prêmio IESS e inscrever-se! 

Abril 2019
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No início do mês apresentamos, aqui no Blog, um estudo realizado nos Estados Unidos indicando uma potencial economia de ao menos US$ 40 bilhões em gastos com saúde se o governo daquele país subsidiasse 30% dos gastos da população com frutas e verduras. 

Agora, um trabalho realizado pelo departamento de medicina preventiva da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), em parceria com Harvard (EUA), Cambridge (Inglaterra) e Queensland (Austrália) aponta que mais de 63 mil mortes por câncer poderiam ser evitadas anualmente no Brasil apenas com a adoção de cinco hábitos de vida mais saudáveis.  

As cinco mudanças de estilo de vida sugeridas na pesquisa já foram abordadas por aqui: passar a praticar atividades físicas; abandonar o hábito de fumarreduzir ou evitar o consumo de álcoolcombater o excesso de peso; e, ter uma alimentação mais saudável

estudo, publicado na Cancer Epidemiology, uma das revistas científicas mais respeitadas, indica que além das vidas salvas, seria possível prevenir 114 mil novos casos da doença. O que equivale a mais de um quarto dos casos registrados a cada ano no País. 

O assunto é especialmente importante frente à projeção da Organização Mundial de Saúde (OMS) de que a incidência de câncer deve crescer 50% no Brasil, até 2025, em decorrência do envelhecimento da população. O que reforça nossa percepção de que precisamos, urgentemente, focar em programas de promoção de saúde. Pesquisas como esta da USP nos dão ótimos subsídios para esse debate e para a estruturação dessas políticas. 

Vale lembrar, o papel das empresas na elaboração dessas ações é vital, tanto para a saúde de seus colaboradores como para o resultado financeiro da própria companhia, como já apontamos aqui

Para saber mais sobre a elaboração de programas de promoção da saúde nas empresas, vale rever a palestra de Alberto Ogata, diretor da Associação Brasileira de Qualidade de Vida (ABQV) e avaliador do Prêmio IESS na categoria Promoção da Saúde, Qualidade de vida e Gestão em Saúde, no 3º Seminário IESS de Promoção de Saúde nas Empresas

Abril 2019
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Já pensou se o governo pagasse para você ter uma alimentação melhor? A medida pode estar às vésperas de acontecer nos Estados Unidos. Isso porque incentivos financeiros para o consumo de frutas e verduras podem gerar uma economia de US$ 40 bilhões em gastos com saúde no Medicare e Medicaid naquele País.  

De acordo com o estudo “Cost-effectiveness of financial incentives for improving diet and health through Medicare and Medicaid: A microsimulation study” (Custo efetividade de incentivos financeiros para melhorar a dieta alimentar e saúde de usuários do Medicare e Medicade: uma microsimulação), em tradução livre, se o governo dos Estados Unidos subsidiasse 30% dos custos de alimentos com frutas e verduras para os beneficiários desses programas, poderia evitar 1,93 milhão de ocorrências de doenças cardiovasculares e 350 mil mortes pela mesma razão. Comparando o gasto com os alimentos frente aos recursos poupados na saúde, o estudo estima uma economia anual de US$ 40 bilhões. 

O trabalho também considerou um segundo cenário em que o benefício para compra de frutas e verduras seria estendido também para outros “alimentos saudáveis”, como grãos integrais, sementes e castanhas, frutos do mar e oleaginosas. O resultado foi ainda mais positivo. Além de evitar 620 mil mortes por doenças cardiovasculares e outros 3,3 milhões de ocorrências de doenças desse tipo, a iniciativa preveniria 120 mil casos de pessoas com diabetes e iria gerar uma economia de US$ 100 bilhões ao ano. 

Claro, além do impacto direto, a mudança também poderia trazer benefícios relevantes para o setor de saúde como um todo. Por exemplo, ao liberar “espaço” para atendimento médico e mesmo internação de outros pacientes. 

Os resultados reforçam a necessidade de adotar políticas de incentivo para uma alimentação mais saudável no Brasil e outros programas de promoção da saúde,  como temos apontado aqui no Blog desde a divulgação do TD 73 – “Hábitos alimentares, estilo de vida, doenças crônicas não transmissíveis e fatores de risco entre beneficiários e não beneficiários de planos de saúde no Brasil: Análise da Pesquisa Nacional de Saúde, 2013”

Na mesma linha, vale reler a reportagem “Programas de prevenção potencializam melhor uso dos planos de saúde e sua sustentabilidade”, feita pelo jornal O Estado de S. Paulo com base em nosso estudo – já analisada aqui. E também a análise da revista Saúde a partir do Estudo de Riscos Cardiovasculares em Adolescentes (Erica) do Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), mostrando a importância da alimentação na adolescência – que também já comentamos

Pôster sobre hábitos alimentares e práticas de exercício físico entre beneficiários e não beneficiários de planos de saúde no Brasil, com base no TD 73 – Análise da Pesquisa Nacional de Saúde, apresentado no Congresso Internacional de Qualidade em Serviços e Sistemas de Saúde (Qualihosp) em 20 de marços de 2019.

Fevereiro 2019
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Já falamos, aqui, dos hábitos alimentares dos brasileiros e como isso impacta na saúde da população de acordo com o  TD 73 – “Hábitos alimentares, estilo de vida, doenças crônicas não transmissíveis e fatores de risco entre beneficiários e não beneficiários de planos de saúde no Brasil: Análise da Pesquisa Nacional de Saúde, 2013”. 

Agora, um levantamento conduzido pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) como parte do Estudo de Riscos Cardiovasculares em Adolescentes (Erica) indica que os maus hábitos alimentares podem se desenvolver mais fortemente durante a adolescência, que o trabalho considera como o período dos 12 anos aos 17 anos. Os dados foram destacados também em reportagem da revista Saúde. 

Alguns resultados acendem uma luz de alerta. Por exemplo, menos de 40% dos jovens consomem verduras e hortaliças. Ao mesmo tempo em que 40% dos jovens comem doce todos os dias, não chega a 20% o grupo dos que consomem frutas com a mesma periodicidade. 

O estudo não se limitou a questões alimentares e também detectou que 70% dos adolescentes entrevistados estão sedentários, e não fazem nem mesmo uma hora de atividade física ao longo da semana. 

Os números preocupam, especialmente frente ao crescente número de pessoas obesas ou com sobrepeso no País. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), essa epidemia de sobrepeso e obesidade já afeta 39% da população adulta e 18% das crianças e adolescentes entre 5 e 18 anos. No Brasil, hoje, aproximadamente 20% da população é obesa e 50% apresenta excesso de peso, como mostra o nosso estudo especial “Evolução da obesidade no Brasil”. 

Está claro que a alimentação na adolescência precisa de mais atenção. felizmente, parece haver uma “luz no fim do túnel”, já que temas como a Atenção Primária à Saúde (APS) e promoção da saúde têm ganho cada vez mais espaço, assim como ações pela redução do consumo de açúcares, como a que destacamos aqui no Blog em 28 de novembro do ano passado, que devem ter resultados positivos importantes para a saúde geral da população ao longo dos próximos anos. 

Se você, assim como nós, se interessa por esse tema vital para futuro do País, recomendamos que acompanhe nossas áreas temáticas e fique sempre em dia com os estudos e análises que geramos sobre: Cirurgia bariátrica e Obesidade; e Promoção à saúde.