Até agora, em 2021, foram US$ 122,4 milhões aportados em 27 deals, além de 7 fusões e aquisições em startups da área da saúde no Brasil. Os números foram contabilizados pelo Inside Healthtech Report, relatório mensal realizado pelo Distrito Dataminer que mapeou 782 healthtechs em 14 categorias.
A mais recente edição mostra que as startups com soluções de Gestão e PEP tiveram um boom na última década e têm potencial para crescer, comparando-se o mercado nacional ao estrangeiro.
Segundo o relatório, as healthtechs de gestão e PEP são antigas e existem desde antes de 2000, mas nos últimos dez anos proliferam soluções para o setor: 193 novas empresas surgiram desde 2011, sendo que até então apenas 45 haviam sido criadas desde 1986.
As mais antigas pivotaram ou se modernizaram, estando hoje em pleno crescimento. Hoje as healthtechs de Gestão e PEP representam a maior fatia do setor (31,2%), seguidas pelas dedicadas ao acesso à saúde (15%) e telemedicina (12,28%). No Brasil, o setor ainda tem muito espaço para crescer, considerando que um terço das equipes da rede pública de saúde do país não tem acesso a prontuários eletrônicos.
Melhorar a segurança do paciente e a qualidade da assistência prestada é ordem do dia para garantir o futuro dos sistemas de saúde e, ao mesmo tempo, definir estratégias para a redução dos custos, desperdícios e práticas abusivas em toda a cadeia.
Nesse sentido, a utilização do PEP auxilia na precisão e confiabilidade da aferição dos serviços clínicos e os fatores de risco que podem desencadear ou explicar o uso de testes e exames de baixo valor. Como mostramos aqui, a maior proteção de dados em âmbito nacional deve auxiliar na disseminação no país do Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP), que já apresentamos os benefícios no TD “Prontuário Eletrônico do Paciente e os benefícios para o avanço da saúde”.
A ampliação do uso deve ser um passo primordial para garantir mais celeridade nas relações, otimizar o tempo dos profissionais e representar ganho de eficiência operacional e melhoria das diferentes formas de assistência ao paciente, com maior controle de agendamentos de consultas, estoques de medicamentos, disponibilidade de vagas, escalas médicas e outros.
Entre aqui para conferir a publicação Inside HealtTech na íntegra.
Como falamos frequentemente, todo o setor de saúde teve que se adaptar e reinventar em função das demandas específicas da pandemia do novo Coronavírus. Não só no Brasil. Ao mesmo tempo em que se lida com as demandas dos pacientes infectados, é necessário manter a assistência aos doentes crônicos e agudos, incluindo aqueles em isolamento social.
E esse processo todo também serviu de catalisador de uma série de práticas, como do avanço da Telessaúde e outros aspectos. Diante deste cenário, faz-se necessária uma reflexão sobre quais lições podem ser extraídas para o setor de saúde no Brasil e no mundo.
Para responder à Covid-19, instituições ao longo de toda a cadeia de valor de saúde foram forçadas a experimentar e colaborar entre os elos para trazer respostas rápidas no enfrentamento da crise. Portanto, o futuro do setor de saúde irá demandar profissionais altamente especializados e ao mesmo tempo muito flexíveis, capazes de lidar com as ambiguidades de um sistema de saúde cada vez mais complexo, integrado e tecnológico.
É com isso em mente que a Iniciativa FIS (Fórum Inovação Saúde) irá debater o “Impacto da Globalização no Futuro da Saúde Mundial”. O encontro promete abordar os efeitos ocasionados por esse processo em todo o mundo, o que esperar das transformações geradas pela pandemia nas cadeias de pesquisa, tecnologia e integração. Ou ainda se existirá, no futuro, a transnacionalização de doenças transmissíveis, como a Covid-19.
Para isso, estão confirmados os seguintes debatedores: Embaixador Eduardo Prisco, Chefe do Escritório de Representação do Itamaraty no Rio de Janeiro; Denise Garrett, Vice-Presidente do Sabin Vaccine Institute; Mansueto Almeida, Economista-chefe do BTG Pactual; e Jarbas Barbosa, Vice-diretor-geral da Organização Pan-Americana da Saúde – OPAS. A moderação é de Josier Vilar, Presidente da Iniciativa FIS.
O debate gratuito acontece nesta sexta-feira, 18 de junho, a partir das 15h. Acesse agora e veja como participar.
Todo mundo que já tentou, sabe: mudar hábitos é difícil. Mesmo que a mudança seja extremamente necessária e tenha grande impacto na nossa vida. Mudar o nosso comportamento é um desafio como poucos iguais. Falamos de mudanças que se sustentam a longo prazo.
Quer a mudança envolva a adoção de uma dieta saudável, prática de exercícios ou uma série de outras coisas. Não é fácil mudar velhos hábitos, mas novas tecnologias, como análise de big data e inteligência artificial (IA), ajudam a identificar esses padrões e a promover ações preventivas que salvam vidas.
Afinal, padrões de comportamento contribuem com até a metade dos riscos de mortes prematuras e incapacidades provocadas por doenças. A questão é objeto de estudo da gestão da saúde populacional, que busca entender quais fatores influenciam a saúde em segmentos específicos como Estados, municípios ou empresas.
Esse conhecimento auxilia a tomada de decisões que vão desde a caminhada de meia hora por dia ao desenho de políticas que afetam milhões de pessoas. E a saúde tem que se mudar e se adaptar ao novo momento sob o risco de não conseguir garantir a sua perenidade.
É por isso que o setor tem valorizado cada vez mais estratégias preventivas, como apontou reportagem publicado no jornal Valor Econômico que utiliza de dados de nossa pesquisa para ilustrar. A publicação lembra que, anualmente, R$ 28 bilhões são desperdiçados com fraudes e procedimentos desnecessários no Brasil.
Como 70% dos beneficiários de serviços privados estão entre os planos coletivos empresariais, isso coloca as empresas sob pressão de custos crescentes, que incluem a alta inflação médica e o aumento das doenças degenerativas. “Nesse cenário, a gestão da saúde populacional pode contribuir com os setores público e privado, beneficiando não somente pessoas saudáveis, como também pacientes agudos e crônicos”, reforça a reportagem.
“Há uma explosão de startups que nasceram com o olhar da atenção primária em saúde, para evitar o modelo hospitalocêntrico e empoderar o usuário”, comenta o médico-cirurgião Ricardo Ramos, presidente da Aliança para a Saúde Populacional (Asap), para a reportagem. “Grandes empresas e operadoras também estão se movendo nessa direção.” O especialista defende uma agenda de incentivo ao aumento da eficiência, com ações de combate às fraudes, coparticipação na gestão de risco populacional e análise de custo-efetividade.
Acesse aqui a reportagem do Jornal Valor Econômico na íntegra.
Com receio da pandemia do novo coronavírus, muitos pacientes de planos de saúde começaram a utilizar a teleconsulta, que tem se tornado cada vez mais popular. Segundo a Federação Nacional de Saúde Complementar (Fenasaúde), as operadoras associadas chegaram a fazer em média 250 mil teleconsultas por mês em 2020, e 88% dos atendimentos foram resolvidos dessa forma.
Desde o início da pandemia, o Conselho Federal de Medicina (CFM) reconhece a teleconsulta em três moldes: a teleorientação, que permite que os médicos encaminhem pacientes em isolamento; o telemonitoramento, possibilitando acompanha-lo à distância; e a teleinterconsulta, usada entre médicos para trocar informações e chegar a um diagnóstico
As consultas médicas a distância, foram autorizadas pelo Ministério da Saúde por causa da pandemia de Covid-19, e o medo de contaminação pelo vírus fez com que muitas pessoas optassem por essa modalidade.
Uma pesquisa da Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge) mostra que 90% dos pacientes conseguiram resolver os problemas de saúde dentro de casa, evitando uma possível contaminação pela Covid-19. Além disso, segundo o levantamento, mais de 2,5 milhões de teleconsultas foram realizadas entre abril do ano passado e março deste ano.
Na avaliação de especialistas, o método de consulta médica a distância também aproximou paciente e médico. “Começou a ser o amigo da pessoa dentro de casa. É aquele médico que em vez de falar a cada dois, três meses, você pode falar todo mês por teleconsulta porque a pessoa não precisa se deslocar”, explica a reumatologista Débora Egri em reportagem à CNN Brasil.
Como bem lembrou José Cechin, também ouvido pela reportagem, o modelo de atendimento deve ser ainda mais utilizado no pós pandemia, mas necessita de uma nova regulamentação. “Não se pode encerrar esse período de pandemia sem que essa questão esteja equacionada. Sem que esse instrumento, que foi comprovado ser bom para médicos e pacientes, possa continuar a ser utilizado. Espera-se, portanto, que terminado esse período, tenhamos regulamentação para que se continue sendo utilizada a Telessaúde”, reforçou o especialista.
A atual crise sanitária e econômica da Covid-19 tem colocado uma enorme pressão sobre a força de trabalho, infraestrutura e cadeia de abastecimento do setor da saúde, além de expor as desigualdades nesta indústria. A pandemia também está acelerando a mudança em todo o ecossistema e forçando os sistemas de saúde público e privado a se adaptarem e inovarem em um período curto.
Nós já falamos em outros momentos do relatório “Perspectivas globais do setor de saúde 2021”. Ele aponta que estamos atravessando um momento de todo o ecossistema entender como conseguir avançar nessa jornada de transformação e inovação, seja em função do número cada vez maior de novas tecnologias, ou ainda pelo aceleramento da mudança por conta da pandemia de Covid-19.
A COVID-19 impactou diversos setores e o da saúde viu a oportunidade de acelerar a inovação digital. A publicação mostra que na Europa, 65% dos provedores da área adotaram tecnologias para apoiar os médicos e suas rotinas de trabalho e 64% forneceram suporte virtual e novas interações com os pacientes.
Além disso, a crise sanitária ajudou a quebrar regulamentações, questões financeiras e barreiras comportamentais para permitir que o atendimento virtual fosse amplamente integrado aos sistemas de saúde. Com isso, a interoperabilidade de dados é uma capacidade essencial para permitir a entrega de programas voltados ao paciente e tecnologias associadas, reduzir os custos administrativos e dos cuidados, aumentar a eficiência da prestação de cuidados, aumentar a receita e o crescimento, entre outros pontos.
Um exemplo é a Inteligência Artificial (IA). Até então focada em automatizar processos manuais no setor da saúde, essa tecnologia passou a ser usada para ajudar a resolver problemas clínicos e não clínicos com a atual crise sanitária.
A própria computação em nuvem, que teve grande destaque em 2020, continuará exercendo papel fundamental neste ano e nos próximos. Os gastos com a tecnologia aumentaram 11% no segundo trimestre do ano passado, revelou a Deloitte.
Isso ocorreu em função da necessidade de migrar sistemas de TI para a nuvem e facilitar a adoção de ferramentas de dados e análises. Agora, a expectativa é que o setor consiga criar uma área de trabalho virtual escalonável e permitir atendimento remoto e trabalho a distância, segundo o relatório da Deloitte.
Como reforça o relatório, o modo como os stakeholders irão lidar, analisar, entender e responder a essas questões moldará sua capacidade de se recuperar e prosperar no pós-pandêmico "novo normal", avançando em sua jornada ao longo do caminho para o Futuro da Saúde.
Acesse o relatório na íntegra aqui.
Claro que já falamos bastante sobre Telessaúde aqui. E continuaremos. Até porque os dados de crescimento continuam expressivos. O número de teleconsultas médicas realizadas em abril de 2021 aumentou 14,4% quando comparado ao mês anterior, segundo levantamento da Abramge (Associação Brasileira de Planos de Saúde) com operadoras de planos de saúde associadas que, juntas, atendem 9 milhões de beneficiários em todo o Brasil. Em março foram realizadas mais de 315 mil teleconsultas, e no mês de abril foram 361 mil teleconsultas.
Como já apontamos, o crescimento exponencial do uso da teleconsulta coincide com o agravamento da pandemia e com o aumento no número de casos de Covid-19 no país. Desde a regulamentação em caráter excepcional e temporário, a telemedicina tornou-se uma importante ferramenta de acesso e manutenção do bem-estar das pessoas, evitando o deslocamento e a exposição a ambientes que implicam em risco maior à saúde.
Conforme dados da Abramge, desde abril de 2020, as associadas da entidade já realizaram 2,8 milhões de teleconsultas. Vale lembrar que há um ano foi sancionada a Lei 13.989/2020 que instituiu o uso da telemedicina durante a crise sanitária atual do coronavírus (SARS-CoV-2) no Brasil.
Como a regulamentação prevê a adoção em caráter emergencial enquanto durar a pandemia, ainda será necessária uma emenda com extensão do prazo ou criação de uma nova lei para ter continuidade.
Como mostramos aqui, para o aumento das iniciativas de enfrentamento à COVID-19, o Conselho Federal de Medicina (CFM) enviou nota ao Ministério da Saúde reconhecendo a utilização do recurso em três situações: Teleorientação, que permite que médicos realizem a distância a orientação e o encaminhamento de pacientes em isolamento; Telemonitoramento, que possibilita que, sob supervisão ou orientação médicas, sejam monitorados a distância parâmetros de saúde e/ou doença; e, Teleinterconsulta, que permite a troca de informações e opiniões exclusivamente entre médicos, para auxílio diagnóstico ou terapêutico.
O professor Chao Lung Wen, líder do grupo de pesquisa USP em Telemedicina, Tecnologias Educacionais e eHealth no CNPq/MCTI e um dos maiores especialistas do País no tema, publicou recentemente um artigo em que ele aborda o assunto desde sua criação até o uso atual no Brasil. Veja aqui.
Você também pode acessar nosso livro “Saúde Suplementar: 20 Anos de Transformações e Desafios em um Setor de Evolução Contínua”. Ou ainda assistir ao nosso webinar abaixo.
Conforme mostramos aqui, a pesquisa “Perspectivas globais do setor de saúde 2021” mostra que este é o momento de todo o ecossistema entender como conseguir avançar nessa jornada de transformação.
Para tanto, elencou uma série de questões que o setor deve ficar de olho ao longo deste ano, como a experiência do consumidor; inovação do modelo de assistência; transformação digital e dados interoperáveis; desigualdade (no acesso ao sistema de saúde); cooperação em todo ecossistema; futuro do trabalho e reserva de talentos etc.
Sobre essas questões setoriais, o relatório aponta que tem se observado uma aceleração no ritmo da transformação do setor da saúde. Isso porque não só esse segmento, mas diversos outros, passaram a usar mais a tecnologia para monitorar a saúde, assim como se habituaram a ter consultas virtuais, por exemplo.
De 2019 para o início de 2020, cresceu de 15% para 19% o número de pessoas que realizavam algum tipo de consulta on-line. Já em abril do ano passado, o uso dessa modalidade por pacientes saltou para 28%.
Como falamos aqui, no último ano, mais de 1,6 milhão de teleconsultas foram realizadas pelas 15 operadoras associadas à FenaSaúde. Em 90% delas, o paciente teve seu caso resolvido pelo atendimento virtual, evitando que muitas pessoas saíssem de suas casas à procura de cuidados médicos, lotando ainda mais as instituições de saúde.
Mas vai além disso. Vale reforçar que cada vez mais pessoas têm monitorado a saúde a partir de dispositivos (pulseiras inteligentes, smartwatches etc.). Entre as que fazem um acompanhamento da saúde, 75% disseram que essa atividade mudou o comportamento.
Levando o uso da tecnologia para outras esferas, há uma mudança da prestação de serviço à saúde com a maior adoção de novas ferramentas. Não só pacientes, mas profissionais da área, clínicas e hospitais passaram a se apoiar nessa inovação. Tanto que toda a cadeia acredita em novos modelos de negócio e que as tecnologias podem apoiar essa transformação.
Alguns números do relatório chamam a atenção:
- 72% dos consumidores têm a saúde e bem-estar como prioridades
- 60% dos médicos buscam priorizar a prevenção e bem-estar dos pacientes
- 75% dos pacientes esperam trabalhar em parceria com fornecedores de serviços de saúde (academias, profissionais de educação física, de nutrição, entre outras áreas).
Com isso, a pesquisa reforça que o modelo de assistência do futuro será mais orientado no paciente, com foco em prevenção e ênfase na saúde e bem-estar. Continuaremos apresentando outros dados da pesquisa ao longo dos próximos dias, mas você pode acessar por meio do link.
Por meio da telemedicina é possível levar a saúde mais longe, aumentar a qualidade e a eficiência para salvar vidas – ainda mais em tempos de pandemia. E isso fica claro pela quantidade de consultas realizadas ao longo do último ano. Desde o início da crise do novo coronavírus, diversas instituições públicas e privadas de saúde passaram a oferecer atendimento a distância para seus pacientes.
Se considerarmos o potencial deste recurso para levar atendimento assistencial de qualidade para brasileiros em regiões afastadas, como áreas rurais, por exemplo, a iniciativa se torna ainda mais importante não apenas para a Saúde Suplementar, mas também para o Sistema Único de Saúde (SUS).
No entanto, a força de trabalho, a infraestrutura e a cadeia de abastecimento do setor da saúde enfrentam os mesmos desafios de outros segmentos quando o assunto é inovação durante esse período.
Apesar do cenário ser desafiador, a pesquisa “Perspectivas globais do setor de saúde 2021” da Deloitte mostra que este é o momento de todo o ecossistema entender como conseguir avançar nessa jornada de transformação.A publicação destaca algumas questões setoriais urgentes que toda a cadeia deve ficar de olho para este ano como:
- Consumidores e experiências humanas;
- Inovação do modelo de assistência;
- Transformação digital e dados interoperáveis;
- Desigualdade (no acesso ao sistema de saúde)
- Cooperação em todo ecossistema;
- Futuro do trabalho e reserva de talentos.
São pontos que desafiam governos, profissionais, investidores e outros stakeholders para se adaptarem e inovarem rapidamente. Olhando para um período pós-pandêmico, alguns fatores vão impactar a retomada dos gastos no setor, como o envelhecimento da população, aumento da demanda por cuidado, recuperação econômica gradual dos países, avanços clínicos e tecnológicos, custos trabalhistas, expansão do público e dos sistemas de saúde para a população.
São fatores que, ao lado das questões setoriais mais específicas, irão comandar a transformação do setor — mais tecnológica, centrada no paciente e inclusiva.
Iremos apresentar mais detalhes da pesquisa ao longo dos próximos dias, mas você pode acessar por meio do link.
Como falamos há um tempo, por meio da telemedicina é possível levar a saúde mais longe, aumentar a qualidade e a eficiência para salvar vidas – ainda mais em tempos de pandemia. E temos buscado auxiliar nessa construção de conhecimento e bases por meio de diferentes iniciativas.
Se considerarmos o potencial deste recurso para levar atendimento assistencial de qualidade para brasileiros em regiões afastadas, como áreas rurais e a Amazônia, por exemplo, a iniciativa se torna ainda mais importante não apenas para a Saúde Suplementar, mas também para o Sistema Único de Saúde (SUS).
Há um ano foi sancionada a Lei 13.989/2020 que instituiu o uso da telemedicina durante a crise sanitária atual do coronavírus (SARS-CoV-2) no Brasil. Como a regulamentação prevê a adoção em caráter emergencial enquanto durar a pandemia, ainda será necessária uma emenda com extensão do prazo ou criação de uma nova lei para ter continuidade.
Segundo artigo publicado no Estadão, de autoria de Régis Corrêa, a pandemia de Covid-19 apenas acelerou uma transformação na medicina que já era necessária há algum tempo. “A população teve de se adaptar e entender esse novo momento e as organizações de saúde tiveram de se adequar de forma segura e robusta para poder dar essa resposta no que a legislação permitiu”, aponta.
A publicação ainda lembra o professor Chao Lung Wen, da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, sempre aponta que a telemedicina é um método de trabalho em que o médico tem autonomia para determinar se um procedimento é aplicável ou não. “Nesse aspecto, a teleconsulta tem muitos pontos positivos, principalmente pensando na problemática da pandemia, na dificuldade de deslocamento, no isolamento social, todas essas limitações que as pessoas passaram a conviver, além de introduzir protocolos desde o monitoramento, o acompanhamento de pacientes, diagnóstico, de modo que acredito que é uma modalidade que provavelmente veio para ficar”, reforça. Acesse aqui o artigo na íntegra.
E é exatamente em função da crise sanitária que muitos pacientes de planos de saúde começaram a utilizar o serviço. Segundo a Federação Nacional de Saúde Complementar (Fenasaúde), as operadoras associadas chegaram a fazer em média 250 mil teleconsultas por mês em 2020, e 88% dos atendimentos foram resolvidos dessa forma.
Como mostramos aqui, para o aumento das iniciativas de enfrentamento à COVID-19, o Conselho Federal de Medicina (CFM) enviou nota ao Ministério da Saúde reconhecendo a utilização do recurso em três situações: Teleorientação, que permite que médicos realizem a distância a orientação e o encaminhamento de pacientes em isolamento; Telemonitoramento, que possibilita que, sob supervisão ou orientação médicas, sejam monitorados a distância parâmetros de saúde e/ou doença; e, Teleinterconsulta, que permite a troca de informações e opiniões exclusivamente entre médicos, para auxílio diagnóstico ou terapêutico.
Seguindo a experiência internacional, o Brasil deve caminhar para uma regra mais geral e abrangente, que garanta segurança jurídica para as empresas e para a saúde dos pacientes. Esses são alguns dos cuidados que devem estar na pauta da futura regulamentação da telemedicina no país, além de assegura a proteção, preservação e sigilo dos dados de atendimentos, pessoais e de saúde dos indivíduos, e a confiança entre pacientes, prestadores e operadoras.
Falando do professor Chao Lung Wen, líder do grupo de pesquisa USP em Telemedicina, Tecnologias Educacionais e eHealth no CNPq/MCTI e um dos maiores especialistas do País no tema, publicamos recentemente um artigo em que ele aborda o assunto desde sua criação até o uso atual no Brasil. Veja aqui.
Além disso, também fizemos um Texto para Discussão que mostra a experiência internacional com o uso do recurso em sete países além do Brasil (Albânia, Austrália, Bangladesh, China, Estados Unidos, México e Noruega). Acesse.
Quer saber ainda mais sobre o tema. Assistia ao nosso webinar abaixo.
Cada vez mais o setor de saúde tem se movimentado no que diz respeito à Telessaúde. Além de entender que a solução está na vanguarda da Medicina, tornou-se cada vez mais importante a ampliação dessas práticas para manter a segurança dos pacientes ao mesmo tempo em que se mantêm o acompanhamento assistencial.
Por saber dessa necessidade, a Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde) lançou a campanha “Telessaúde: Mais Saúde para o Brasil”, iniciativa que conta com uma série de ações de, incluindo uma página própria. O projeto visa ampliar a discussão sobre a importância da telessaúde e garantir que essa modalidade tenha uma regulamentação definitiva, diminuindo a desigualdade no acesso à saúde.
Como já apontamos em outros momentos, também nos dedicamos em verificar as utilizações da telemedicina no Brasil e em outros países. E os resultados mostram a ampliação do acesso à saúde para pessoas que estão longe das instituições e tecnologia mais modernas. A telemedicina vem para levar a tecnologia à lugares afastados e os médicos decidem se querem se valer deste recurso de consulta à distância ou não. Mas para muitas pessoas isso é resolutivo.
Autorizada a partir de abril do ano passado como uma alternativa para garantir atendimento de saúde durante a pandemia, reduzindo o risco de contaminação, a modalidade permite que médicos, psicólogos, fisioterapeutas e outros profissionais de saúde realizem atendimento de pacientes a distância. No entanto, só está autorizada no Brasil enquanto durar o estado de emergência em função da pandemia do novo Coronavírus.
Como falamos aqui, no último ano, mais de 1,6 milhão de teleconsultas foram realizadas pelas 15 operadoras associadas à FenaSaúde. Em 90% delas, o paciente teve seu caso resolvido pelo atendimento virtual, evitando que muitas pessoas saíssem de suas casas à procura de cuidados médicos, lotando ainda mais as instituições de saúde.
O que falta, portanto é a regulamentação definitiva para a modalidade para garantir ainda mais acesso à população brasileira, o que levou inclusive à criação de uma Frente Parlamentar Mista no Congresso Nacional.
Abordar o potencial da tecnologia na medicina é um assunto urgente, que ganha ainda mais relevância em meio à maior crise sanitária da nossa geração. O recurso é de grande importância para ofertar atendimento assistencial aos brasileiros, especialmente considerando as proporções continentais do País e as diferenças estruturais entre suas diversas regiões
O recurso também foi tema de webinar IESS que você pode conferir abaixo. Além disso, publicamos o artigo “Telemedicina do presente para o Ecossistema de Saúde Conectada 5.0”, de Chao Lung Wen, professor líder do grupo de pesquisa USP em Telemedicina, Tecnologias Educacionais e eHealth no CNPq/MCTI e um dos maiores especialistas do País no tema. Acesse aqui.
Também fizemos um Texto para Discussão que mostra a experiência internacional com o uso do recurso em sete países além do Brasil (Albânia, Austrália, Bangladesh, China, Estados Unidos, México e Noruega). Veja agora.