O mercado de saúde suplementar no país segue apresentando estabilidade. O total de beneficiários de planos de saúde médico-hospitalares não apresentou variação no período de 12 meses encerrado em agosto de 2018. Os números integram a nova edição da Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB).
Segundo o boletim mensal, as modalidades de autogestão e seguradoras especializadas em saúde foram os que apresentaram maior queda no número de vínculos no período analisado, com queda de 3,4% e de 1,7%, respectivamente. Já as modalidades de medicina de grupo e filantropia tiveram alta de 2,6% e 0,9%, respectivamente.
Como já dissemos em outras oportunidades, esse é o movimento comum do mercado. Se nos últimos 4 anos houve uma queda de mais de 3 milhões no número de beneficiários de planos médico-hospitalares, é natural que o mercado apresente estabilidade antes de retomar o crescimento efetivo. Sendo assim, quando se analisa a variação trimestral, entre maio e agosto, o mercado apresentou ligeira variação positiva de 0,2%.
A estabilidade apresentada na análise da variação anual tem motivo: três das cinco regiões do País apresentaram avanço no número de beneficiários enquanto as demais tiveram queda. Por um lado, as regiões Nordeste, Sul e Centro-Oeste registraram aumento no número de vínculos de 0,8%, 0,5% e 0,2%, respectivamente. Já a região Norte teve a maior queda, de 0,7%, enquanto o Sudeste registrou 0,3% vínculos a menos no período entre agosto de 2017 e o mesmo mês desse ano.
No momento, precisamos nos manter atentos aos indicadores de emprego e desemprego. Especialmente aos trabalhos com carteira assinada nos setores de comércio, serviços e indústria dos grandes centros urbanos. Setores que, historicamente, costumam oferecer o benefício de plano de saúde aos seus colaboradores, especialmente como uma política de atração e retenção de talentos. Infelizmente, os dados de emprego e desemprego no Brasil têm apresentado melhora com base, principalmente, no total da população empregada em trabalhos informais, o que não costuma refletir positivamente no setor de saúde suplementar.
É importante ressaltar, contudo, que é necessário cautela, já que é comum que a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) revise os números de beneficiários periodicamente. Os dados de beneficiários de cada Estado e outras informações relacionadas à contratação de planos de saúde serão publicados na 27° edição da NAB. Continue acompanhando.
O estudo “The impact of private hospital insurance on the utilization of hospital care in Australia” (“O impacto do seguro hospitalar privado na utilização de serviços hospitalares na Austrália”), publicado no 18º Boletim Científico, discute o impacto entre a obtenção de seguro privado e a utilização de serviços hospitalares na Austrália.
No final da década de 1990, o governo australiano inseriu uma série de políticas para aumentar a demanda por seguro de saúde privado com o objetivo de reduzir a pressão sobre o sistema de saúde público e ofertar mais opções aos consumidores.
De acordo com o estudo que analisou dados populacionais da National Health Survey de 2004 e 2005, apesar de a maior procura por planos de saúde resultar em menos pressão para o setor público, houve um aumento no total de internações. Em relação a quem não conta com um plano de saúde, a propensão de um beneficiário ser internado é 13 pontos porcentuais maior.
O total de beneficiários de planos médico-hospitalares continua caindo. Entre setembro deste ano e o mesmo mês de 2015, houve recuou de 3,1%. O que significa a perda de 1,5 milhão de vínculos, de acordo com a última edição da NAB.
A maior parte dos vínculos rompidos se concentra no Sudeste do País: foram 1,1 milhão nos 12 meses encerrados em setembro. Retração de 3,4%. Apenas no Estado de São Paulo, 449 mil beneficiários deixaram de contar com o plano de saúde. O número é maior do que a soma de vínculos rompidos em todas as outras regiões do Brasil.
O Norte registrou o maior porcentual de pessoas que deixaram de contar com o benefício. Queda de 6,4% ou 120,5 mil vínculos desfeitos.
O Sul teve mais beneficiários deixando os planos do que o Norte. Foram 149,8 mil. O que representa recuo de 2,1%.
Já o Centro-Oeste teve o menor número absoluto de beneficiários tendo que deixar seus planos: 62,4 mil. Uma queda de 2% no período analisado.
Curiosamente, o Nordeste do País, que apresentou o maior crescimento de planos de saúde exclusivamente odontológicos (conforme mostramos aqui no Blog), também apresentou o menor recuo de beneficiários de planos de saúde médico-hospitalares. Entre setembro de 2015 e o mesmo mês desse ano, 76,5 mil vínculos foram desfeitos na região, o que significa retração de 1,1%.
Não é estranho, portanto, que dos 5 estados que apresentaram crescimento no total de beneficiários, 4 são do Nordeste. No Piauí, 8,6 mil pessoas passaram a contar com o benefício, um avanço de 3,1%; Em Sergipe, foram 3,2 mil novos vínculos, alta de 1%. Alagoas teve acréscimo de 0,7% no total de beneficiários, com a chegada de 2,7 mil novos vínculos; e, na Paraíba, o total de beneficiários cresceu 0,2%, o que representa 900 vínculos a mais do que que setembro de 2015.
O único estado fora do Nordeste que registrou aumento no total de beneficiários foi Tocantins, com 1,1 mil novos vínculos. Alta de 1,1%.
A nova edição da Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB) apresenta, em tabelas e gráficos, os principais e mais recentes números relacionados à saúde suplementar. Os dados são divididos por estados e regiões e por tipo de contratação e modalidade de operadoras.
O destaque da 3° edição do novo boletim é a queda de 3,3% no total de beneficiários de planos de saúde médico-hospitalares, que fechou agosto com 48,59 milhões de vínculos. O que representa 1,63 milhão a menos do que no mesmo mês do ano passado. Considerando o atual nível de endividamento das famílias brasileiras e o comportamento do mercado de trabalho, ainda há um potencial risco de agravamento do quadro de beneficiários nos próximos meses.
Os dados serão analisados nas próximas postagens aqui do blog.
O total de beneficiários de planos médico-hospitalares recuou 3,4% entre julho deste ano e o mesmo mês de 2015. O que significa a extinção de 1,7 milhões de vínculos, de acordo com a Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB). No total, o setor conta com 48,4 milhões de vínculos, o número mais baixo desde o fim do segundo semestre de 2013, quando havia 48,3 milhões de beneficiários.
Na contramão dos planos exclusivamente odontológicos, apresentados aqui no Blog na terça-feira (30/8), os vínculos com planos médico-hospitalares têm diminuído desde dezembro de 2014. A série histórica pode ser vista no IESSdata.
A região Norte do Brasil foi a que, proporcionalmente, mais perdeu beneficiários. Entre julho de 2016 e o mesmo mês de 2015, o total de vínculos com planos de saúde médico-hospitalares recuou de 1,9 milhão para 1,8 milhão. Queda de 6,6%. Em números absolutos, contudo, os 124.199 mil vínculos desfeitos na região Norte não representam 10% do total de beneficiários que deixaram de contar com um plano na região Sudeste, onde 1,3 milhão de vínculos foram extintos. O que representa recuo de 4,3%. A região ainda conta com 29,8 milhões de beneficiários ou 61,7% do total do País.
A região Centro-Oeste foi a única que apresentou relativa estabilidade nos 12 meses encerrados em julho. Com leve retração de 0,1%, 4.335 vínculos foram desfeitos na região que conta, agora, com 3,1 milhões de beneficiários. A região Nordeste tem 6,6 milhões de beneficiários, queda de 1,2% no período analisado; e a região Sul conta com 6,9 milhões de vínculos, 2,2% a menos do que em julho do ano passado.
A NAB ainda mostra que, no período analisado, o total de beneficiários desses planos recuou para todas as operadoras de planos de saúde, exceto as medicinas de grupo. Para essas operadoras, o total de vínculos apresentou leve alta de 0,7% na comparação entre julho de 2016 e o mesmo mês do ano anterior. Com isso, essas empresas passaram a atender 17,4 milhões de beneficiários, 128,1 mil a mais do que no período anterior.
A retração registrada foi fortemente puxada pelo resultado das cooperativas médicas, que perderam 1,3 milhão de beneficiários (1,1 milhão apenas na região Sudeste), representando uma queda de 6,6% entre julho de 2016 e o mesmo mês de 2015. Mesmo com a queda, as cooperativas ainda atendem a maior fatia dos beneficiários de planos médico-hospitalares: são 18,1 milhões de beneficiários ou 37,5% do total. Já as medicinas de grupo respondem por 17,4 milhões de vínculos ou 36% do total.
As seguradoras especializadas em saúde atendem 6,8 milhões de beneficiários (14,1%); as autogestões, 4,9 milhões (10,3%); e as filantrópicas, 1 milhão (2,2%).
A nova edição da Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB) apresenta, em tabelas e gráficos, os principais e mais recentes números relacionados à saúde suplementar. Os dados são divididos por estados e regiões e por tipo de contratação e modalidade de operadoras.
O destaque dessa edição do novo boletim é que as operadoras de planos exclusivamente odontológicos continuam a registrar aumento e superaram a marca de 22 milhões de beneficiários em julho. Por outro lado, o total de planos de saúde médico-hospitalares caiu para todas as operadoras do setor, exceto as de Medicina de Grupo, ao longo dos 12 meses encerrados em julho deste ano.
Os dados serão analisados nas próximas postagens aqui do blog.