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Outubro 2018
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Como já falamos em diferentes momentos aqui, a obesidade é um dos grandes perigos modernos e já é considerada uma epidemia pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Ao mesmo tempo em que se avançam os tratamentos para doenças desafiadoras em todo o mundo, como o câncer, e se aumenta a longevidade da população em âmbito global, outros problemas tem aparecido em decorrência dos hábitos ruins de saúde em todo o mundo. É pela preocupação com o tema que hoje, 11 de outubro, foi escolhido como o Dia Nacional de Prevenção à Obesidade. 

Dados da OMS mostram que epidemia de sobrepeso e obesidade já afeta 39% da população adulta e 18% das crianças e adolescentes entre 5 e 18 anos. No Brasil, desde 2006, o índice de brasileiros obesos cresceu em 60%. Hoje aproximadamente 20% da população é obesa e 50% apresenta excesso de peso. O país já é o quinto em população obesa no mundo.

Se antigamente a obesidade era mais comum em países ricos, esse cenário mudou hoje em dia com o maior acesso da população aos diversos produtos industrializados, carboidratos refinados e demais alimentos como refrigerantes e doces. Isso fez com que o índice de obesidade atingisse níveis alarmantes.   

Não é de hoje que alertamos sobre o aumento da incidência do problema. Já mostramos por meio do estudo especial “Evolução da obesidade no Brasil” e o alerta acerca dos “Impactos da cirurgia bariátrica” no TD 59.  

A urgência do tema também já refletiu em trabalhos vencedores do Prêmio IESS de Produção Científica em Saúde Suplementar, como o trabalho “Impacto da Cirurgia Bariátrica, em médio prazo, na utilização de serviços de saúde, morbimortalidade e custo com atenção médica”, de Silvana Bruschi Kelles, 1° lugar na edição 2014.

Mais do que epidemia global que afeta pessoas de diferentes locais, é urgente também alertar sobre a relação do excesso de peso com outras morbidades. Cerca de 15 mil casos de câncer por ano são atribuíveis ao excesso de peso e obesidade no Brasil de acordo com pesquisa inédita realizada pelo Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da USP em parceria com a Universidade de Harvard e a Agência Internacional de Pesquisa em Câncer da OMS. Já falamos sobre a pesquisa aqui.

A relação entre câncer e o excesso de peso é, aliás, temas de estudos globais já mostramos em nosso Boletim Científico. Já falamos sobre a Mortalidade e anos de vida perdidos pelo câncer colorretal atribuível à inatividade física no Brasil“A crescente carga de câncer atribuível ao alto índice de massa corporal no Brasil”; ou ainda sobre a relação da condição com a utilização do pronto-socorro

Achamos importante reforçar esses dados periodicamente e lembrar que a cada 6 beneficiários de planos de saúde, 1 é obeso, segundo a última pesquisa Vigitel Saúde Suplementar 2016. No total da pesquisa, 18,7% dos homens beneficiários de planos de saúde estão obesos enquanto, entre as mulheres, a proporção é de 17%.

Mesmo que os beneficiários de planos de saúde sigam um pouco mais as recomendações do médico quanto aos hábitos de vida saudável, ainda é necessária uma mudança de postura entre todos os brasileiros. Pequenas mudanças na rotina, como, por exemplo, a prática de atividade física regular e melhores hábitos alimentares, impactam diretamente na luta contra a obesidade. 

Vale ressaltar que hábitos mais saudáveis impactam diretamente não só na saúde de cada indivíduo, mas também para a sustentabilidade do setor de saúde. Prevenção e promoção de saúde são pilares fundamentais para a redução de procedimentos mais complexos e emergenciais, muito mais caros e de maior risco para o paciente.

Setembro 2018
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Ao mesmo tempo em que se avançam os tratamentos para doenças desafiadoras em todo o mundo, como o câncer, e se aumenta a longevidade da população em âmbito global, aumenta-se também os problemas em decorrência de hábitos ruins de saúde. Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) mostram que epidemia de sobrepeso e obesidade já afeta 39% da população adulta e 18% das crianças e adolescentes entre 5 e 18 anos.

Ainda segundo a OMS, a obesidade e o sobrepeso estão associados ao aumento do risco de 14 tipos de câncer, como o câncer de mama (pós-menopausa), cólon, reto, útero, vesícula biliar, rim, fígado, mieloma múltiplo, esôfago, ovário, pâncreas, próstata, estômago e tireoide.

Exatamente pela preocupação com relação ao tema que o trabalho “A crescente carga de câncer atribuível ao alto índice de massa corporal no Brasil” publicado na 22º edição do Boletim Científico buscou verificar se a redução do IMC elevado poderia reduzir a incidência de câncer no País, além de apresentar projeções da incidência de cânceres potencialmente evitáveis devido ao alto IMC para o ano de 2025. As estimativas de incidência de câncer tiveram como base os dados do GLOBOCAN - da OMS – e do Instituto Nacional do Câncer (Inca).

A pesquisa mostrou que aproximadamente 15 mil casos de câncer por ano no Brasil (ou 3,8% do total) poderiam ser evitados com a redução do excesso de peso e da obesidade. Para 2025, a publicação projeta mais de 29 mil novos casos (ou 4,6% do total de novos casos) atribuíveis ao IMC elevado. Descobriu-se que 15.465 (3,8%) de todos os novos casos de câncer diagnosticados no Brasil em 2012 foram atribuíveis ao IMC elevado, com uma carga maior em mulheres, com 5,2%, do que em homens, com 2,6%. 

Já os tipos de câncer mais comuns atribuíveis ao sobrepeso foram mama, colo de útero e cólon para mulheres e cólon, próstata e fígado entre os homens. As maiores frações atribuíveis populacionais (PAFs) para todos os cânceres estão mais concentradas nos Estados mais ricos do país, como da região Sul, que apresentou 1,5% entre os homens e 3,4% para as mulheres e no Sudeste, com 1,5% entre eles e 3,3% para elas. Estimou-se, ainda, que os casos de câncer atribuíveis ao alto índice de massa corporal irão chegar aos 29.490 em 2025, o que representará 4,6% de todos os cânceres no país. A estimativa ainda aponta maior incidência entre mulheres, com 18.837 do total, ou 6,2%, do que nos homens, com 3,2%, atingindo os 10.653.

Má alimentação, pouca atividade física e sedentarismo são fatores determinantes para excesso de peso e obesidade, em conjunto com outros hábitos de vida e consumo. Portanto, é cada vez mais clara a necessidade de políticas e ações voltadas para maior conscientização da população sobre as consequências do estilo de vida. Logo, o trabalho fornece informações cruciais para a criação de ferramentas para apoiar a criação de programas e políticas para prevenção do câncer no Brasil.

Não deixe de conferir a 22º edição do Boletim Científico na íntegra.

Setembro 2017
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Como já apontamos aqui no Blog, a obesidade é considerada uma epidemia pela Organização Mundial da Saúde. Levantamento divulgado recentemente pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e pela Organização Pan-americana de Saúde (Opas) aponta que 58% da população latino-americana e caribenha apresentam sobrepeso, o que resulta um total de 360 milhões de pessoas. Já a obesidade afeta 140 milhões, ou 23% da população regional. 

No Brasil, uma em cada cinco pessoas está acima do peso e a prevalência da obesidade saltou de 11,8%, em 2006, para 18,9%, em 2016, segundo dados do Ministério da Saúde.

Exatamente por conta destes números, cada vez mais estudos e iniciativas são importantes para uma mudança de postura do brasileiro. É por isso que a categoria “Promoção de saúde, Qualidade de Vida e Gestão em Saúde” do Prêmio IESS de Produção Científica em Saúde Suplementar incentiva estudos como o “Impacto da Cirurgia Bariátrica, em médio prazo, na utilização de serviços de saúde, morbimortalidade e custo com atenção médica”, de Silvana Bruschi Kelles, 1° lugar na edição 2014.

Também se preocupa com esse assunto? Se você também tem um trabalho de conclusão de curso de pós-graduação (especialização, MBA, mestrado ou doutorado), com foco em saúde suplementar, nas áreas de Economia, Direito e Promoção de Saúde e Qualidade de Vida e Gestão em Saúde capaz de ajudar no aperfeiçoamento do setor, inscreva-se, gratuitamente, até 15 de setembro. Veja o regulamento completo

Os dois melhores trabalhos de cada categoria receberão prêmios de R$ 10 mil e R$ 5 mil, respectivamente, além de certificados, que serão entregues em cerimônia de premiação.

Agosto 2017
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O “Dia do Nutricionista”, celebrado nesta quinta-feira (31/8), é uma ótima oportunidade para lembrarmos a importância desse profissional e a necessidade de programas de promoção da saúde que foquem na redução da obesidade no Brasil.

Dados do último Vigitel apontam que o brasileiro está cada vez mais obeso: a prevalência da obesidade saltou de 11,8%, em 2006, para 18,9% em 2016. O que significa que uma a cada cinco pessoas no país está obesa. Números que reforçam o sinal de alerta que já acendemos, aqui, quando publicamos o estudo especial “Evolução da obesidade no Brasil”, que analisou a obesidade em beneficiários de plano de saúde entre 2006 e 2014.

Além da mudança no estilo de vida, mais sedentário, o brasileiro também mudou seus hábitos alimentares. Segundo o Vigitel 2016, nos últimos dez anos, houve diminuição no consumo de alimentos básicos e tradicionais como o feijão, e somente um em cada três adultos consome frutas e hortaliças em cinco dias da semana.

Além dos problemas de saúde relacionados ao sobrepeso, como maior incidência de diabetes e hipertensão, a maior prevalência da obesidade também está relacionada ao aumento do número de cirurgias bariátricas. Uma medida que realmente é efetiva, mas que deve ser adotada como um tratamento apenas em último caso e não por questões estéticas, como já apontamos aqui no Blog.

Agosto 2017
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O estudo “Cost-effectiveness of bariatric surgery in adolescents with obesity”, publicado no 18º Boletim Científico com o título “Custo efetividade da cirurgia bariátrica em adolescentes com obesidade”, avaliou o custo-efetividade do tratamento cirúrgico em adolescentes em relação aos que passaram pelo procedimento com os que realizaram um tratamento alternativo. Foram avaliados adolescentes com um IMC acima de 30 nos Estados Unidos.

De acordo com a pesquisa, os autores concluíram que o tratamento dos pacientes que passaram pela cirurgia bariátrica custou US$ 30.747 dólares a mais do que o tratamento daqueles que não passaram pela cirurgia e seguiram outros tratamentos. Considerando o custo e os resultados dos tratamentos, os autores encontraram que a cirurgia não foi custo-efetiva.

Conforme já alertamos aqui no Blog, ao longo da última década a quantidade de cirurgias desse tipo aumentou significativamente e já ultrapassa a marca de 88 mil cirurgias por ano apenas no Brasil. Sendo que o único país a superar o total de procedimentos realizados por aqui é o Estados Unidos. 

Maio 2017
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Um estudo da Escola Bloomberg de Saúde Pública, da Universidade Johns Hopkins, publicado em uma reportagem do jornal O Globo, revela que poderiam ser poupados R$ 70 bilhões se 50% das crianças entre 8 e 11 anos de idade praticassem ao menos 25 minutos de atividade física três vezes por semana. 

Os números levam em conta a sociedade dos estados unidos, em que apenas 32% dos jovens nessa faixa etária praticam essa quantidade de exercícios. Mas poderiam, facilmente, retratar a sociedade brasileira. Aqui, o índice de obesos aumentou 60% nos últimos dez anos e já alcança mais de 18% da população adulta, como já alertamos aqui

A obesidade é considerada uma epidemia pela Organização Mundial da Saúde (OMS), não só no Brasil, mas no mundo, e junto com a doença ainda há o crescimento da realização de cirurgias bariátricas, procedimento médico que não pode ser realizado apenas por fins estéticos, como já defendemos aqui no Blog, especialmente porque há uma série de riscos sérios relacionados a intervenção cirúrgica.

Como é de extrema importância falarmos sobre esse assunto, também produzimos o estudo especial “Evolução da obesidade no Brasil” e o TD 59 – “Impactos da cirurgia bariátrica” sobre o tema. Leitura obrigatória para quem se interessa pelo assunto. 

Junho 2016
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O total de brasileiros considerados obesos, subiu de 11,8%, em 2006, para 17,9%, em 2014. E junto com a prevalência da doença, aumentou também frequência com que são realizadas cirurgias bariátricas, apesar das complicações graves (que podem inclusive levar a óbito) associadas ao procedimento. Hoje, o Brasil já é o segundo País com o maior número dessas intervenções realizadas por ano, atrás apenas dos Estados Unidos. Em 2015, foram realizadas 93,5 mil cirurgias aqui, contra 140 mil, lá.

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Os números fazem parte de dois trabalhos que publicamos hoje: o Estudo Especial “Evolução da obesidade no Brasil” e o TD 59 – “Impactos da cirurgia bariátrica”.

A alta procura pelas cirurgias bariátricas preocupa, principalmente, porque não se tem respeitado todos os critérios para determinar quem pode ou não realizar o procedimento. Outro ponto importante é que, apesar de o procedimento deter pontos positivos, como toda operação cirúrgica, há riscos envolvidos que precisam ser melhor avaliados e comunicados aos pacientes e suas famílias. O mais sério deles é que 4,6% das pessoas submetidas à cirurgia bariátrica morrem em até um ano após a operação por decorrência de problemas relacionados a intervenção.

 Os estudos, claro, serão mais analisados nas próximas postagens.