Novembro é o mês mundial de prevenção do combate ao câncer de próstata. Devido à importância do tema para a população, em especial aos homens, o IESS apoia anualmente a iniciativa. O diagnóstico precoce é essencial para o controle e tratamento da doença. Contudo, a pandemia de Covid-19 impactou os cuidados com a saúde masculina.
Dados da ANS e apurados pelo IESS demonstraram que na saúde suplementar (entre os planos privados de assistência à saúde), entre 2019 e 2020, a quantidade de internações para realização de diagnóstico, tratamento e acompanhamento do câncer de próstata teve retração de 16%. A quantidade de internações para realização de um dos procedimentos selecionados – prostatavesiculectomia radical e prostatectomia a céu aberto – empregados no controle da doença, também foi afetado pelas medidas de restrições contra o coronavírus: houve redução de 24,3% entre 2019 e 2020. Os dados são um sinal de alerta para a saúde suplementar, sobretudo pelos impactos que o controle da doença pode acarretar na saúde da população masculina nos próximos anos.
No Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens, atrás apenas do câncer de pele não-melanoma, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA). A entidade estimou o surgimento de 65.840 novos casos em 2020. Vale destacar também que esse é um tipo de neoplasia predominantemente da terceira idade, sendo que cerca de 75% dos casos no mundo ocorrem a partir dos 65 anos.
Além da idade, entre os principais fatores de risco da doença estão histórico familiar, excesso de gordura corporal e a exposição a agentes químicos prejudiciais à saúde. Nas fases iniciais, geralmente, a evolução da doença é silenciosa. Entretanto, é importante buscar avaliação médica caso apresente sinais como: dificuldade de urinar; diminuição do jato de urina; necessidade de ir ao banheiro mais vezes durante o dia ou noite; e, a presença de sangue na urina.
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Falando sobre: Novembro Azul e o câncer de próstata em beneficiários de planos privados de saúde
No Brasil, o mês de novembro foi instituído simbol...Novembro Azul: Internação por câncer de próstata cai 16% durante a pandemia
https://www.segs.com.br/saude/317427-novembro-azul...No Brasil, o mês de novembro foi instituído simbolicamente para a campanha do “Novembro Azul” a fim de tornar os homens mais conscientes, alertá-los dos cuidados que devem ter com a saúde e sensibilizar a sociedade sobre os sinais e sintomas do câncer de próstata.
Autor: Bruno Minami
Superintendente Executivo: José Cechin
Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), no Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens, atrás apenas do câncer de pele. O problema é que quando o assunto é cuidar da saúde, os homens ainda enfrentam dificuldades em procurar atendimento médico, buscando apenas quando já possui algum sintoma, sendo diagnosticado algum tipo de doença.
Para tornar os homens mais conscientes e alertá-los com o cuidado com a saúde, durante o mês de novembro é que foi instituída a campanha do Novembro Azul, com ações voltadas para sensibilizar a sociedade sobre a importância da prevenção do câncer de próstata. Isso é ainda mais importante tendo em vista que com o diagnóstico precoce, as chances de cura são de 80% a 90%; porém, se detectado em estágio avançado, essas chances diminuem para 10% a 20%.
Sobre esta questão, um dos dados mais surpreendentes da pesquisa de “Avaliação dos Planos de Saúde” IESS/Ibope apontou que entre os beneficiários de planos de saúde, o percentual de homens que realizaram exames de próstata se manteve praticamente estável – 61% na pesquisa anterior (2015) e 62% na pesquisa atual, de 2017. O que chama a atenção, no entanto, é a diminuição da porcentagem de entrevistados não beneficiários que dizem realizar exames de próstata: enquanto a pesquisa de 2015 apontou que 51% dos homens realizaram esses exames, os números da última pesquisa mostraram 38% dos respondentes, uma queda de 13 pontos percentuais.
A pesquisa IESS/Ibope aponta que cerca de 42% dos beneficiários afirmaram usar o serviço de saúde para acompanhamento, por rotina ou prevenção, enquanto que essa frequência entre os não beneficiários foi de 25% em 2017. Pelos beneficiários terem uma frequência maior de exames de rotina ou prevenção, eles consequentemente apresentarão maior prevalência de exames de próstata.
Embora a doença tenha alto grau de incidência, ainda existe certo tabu por parte da população masculina. O Ministério da Saúde aponta uma estimativa de ocorrência de 68.220 novos casos em 2018. Segundo levantamento realizado pela SBU (Sociedade Brasileira de Urologia), 51% dos homens com mais de 45 anos não foram ao médico recentemente. Já dados do Ministério da Saúde mostram que as consultas ao urologista são de 3 milhões anualmente, enquanto ao ginecologista chegam a 20 milhões.
O câncer ocorre devido ao crescimento desordenado de células, o que causa a formação de tumores. Na maioria dos casos, a doença aparece de forma lenta e sem dar sinais durante a vida, porém em alguns casos o tumor pode crescer rapidamente ou ainda se espalhar para outros órgãos, o que se denomina de metástase. Existem alguns fatores que podem aumentar as chances de um homem desenvolver câncer de próstata, como idade avançada, histórico na família, sobrepeso, obesidade e outros.
É importante lembrar que a realização de exames e consultas é fundamental para a prevenção de doenças e, ao mesmo tempo, contribui para a sustentabilidade do setor. Ações de prevenção e promoção da saúde ajudam a identificar enfermidades no seu estágio inicial e reduzem a necessidade de procedimentos mais complexos e emergenciais, muito mais caros e de maior risco para o paciente.