Sorry, you need to enable JavaScript to visit this website.

Dezembro 2018
Salvar aos favoritos Compartilhar

Divulgamos, hoje (12/12), os vencedores do VIII Prêmio IESS de Produção Científica em Saúde Suplementar. A premiação destacou os melhores trabalhos acadêmicos com foco em saúde suplementar no Brasil durante o seminário “Decisões na Saúde - Cuidados Paliativos e Nat-Jus: Iniciativas da Medicina e do Direito que geram segurança ao paciente e sustentabilidade ao sistema”, em São Paulo.

O evento desse ano também marcou a mudança de formato com a apresentação de pôsteres de trabalho, inclusive de graduação. A iniciativa possibilita o contato de especialistas com novos pesquisadores da área, auxiliando na melhoria e aprofundamento dos trabalhos e, consequentemente, no aperfeiçoamento da saúde suplementar no País.

O Prêmio IESS de Produção Científica em Saúde Suplementar tem como objetivo incentivar a pesquisa e valorizar estudos com qualidade técnica e que contribuem para a melhoria do setor. São premiados os dois melhores trabalhos de conclusão de cursos de pós-graduação (especialização, MBA, mestrado ou doutorado) nas três categorias que compõem o prêmio: Economia; Direito; e, Promoção de Saúde, Qualidade de Vida e Gestão em Saúde.

Na categoria Promoção de Saúde, Qualidade de Vida e Gestão em Saúde, o grande vencedor foi Jorge Aguiar De Andrade Neto com o trabalho “Os desafios da interoperabilidade em operadoras de medicina de grupo, nas percepções dos médicos assistentes, gestores de unidade de atendimento assistencial e gestores de TI”, apresentado no mestrado da Escola de Administração de Empresas da Fundação Getulio Vargas (FGV). O segundo lugar ficou com Gabriela Herrmann Cibeira, que desenvolveu o “Estudo epidemiológico de estilo de vida e fatores de risco cardiovascular de trabalhadores da indústria brasileira” para o Programa de Pós-Graduação em Medicina Cardiologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

A pesquisa vencedora na categoria Economia foi “A regulação como propulsora de práticas de controle interno na saúde suplementar”, de Marília Augusta Raulino Jácome, do Mestrado no Programa de Pós-graduação em Ciências Contábeis, da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Já a segunda colocação foi conquistada por Lucas Manoel Marques Clemente, do Mestrado na Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP) com o trabalho “Práticas administrativas para a sustentabilidade financeira de operadoras de planos de saúde médico-hospitalares: um estudo de múltiplos casos”.

Na categoria Direito, José Maria dos Santos Junior conquistou a primeira colocação com “O debate da qualidade regulatória em saúde suplementar a partir da implementação da metodologia de análise de impacto regulatório”, dissertação de Mestrado apresentada na Faculdade de Direito da Universidade Federal Fluminense (UFF). O segundo lugar ficou com Antonio José Accetta Vianna, do MBA da Universidade Católica de Petrópolis, com a pesquisa “A saúde suplementar e a cobertura de medicamentos sem registro na Anvisa”.

A programação do seminário “Decisões na Saúde” também contou com as palestras especiais “O papel do Núcleo de Apoio Técnico na tomada de decisões do Poder Judiciário em controvérsias do setor de saúde”, da Dra. Luciana da Veiga Oliveira, coordenadora do Comitê Executivo da Saúde do NAT-JUS do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná (TJPR), e “Cuidados paliativos e dignidade humana na era da máxima tecnologia na saúde”, apresentada pelo Dr. Daniel Neves Forte, presidente da Academia Nacional de Cuidados Paliativos.

Julho 2018
Salvar aos favoritos Compartilhar

VIII Prêmio IESS de Produção Científica em Saúde Suplementar acontece em um ano bastante importante para o setor de saúde suplementar. Primeiro, porque a Lei 9656 (dos Planos de Saúde) está completando 20 anos. O que torna o momento propício para uma análise retrospectiva do que o setor alcançou até aqui, dos avanços e conquistas, mas principalmente dos desafios que teremos que encarar para assegurar a sustentabilidade econômico-financeira e, mais importante, a qualidade assistencial pelos próximos 20 anos e além.

Depois, porque apesar de a Lei dos Planos estar completando 20 anos e termos algumas certezas sobre suas virtudes, também conhecemos os seus problemas e temos visto o setor trabalhando para aperfeiçoar mecanismos e suprir lacunas que foram deixadas no passado. Como aconteceu, por exemplo, com a regulação de planos com franquia e coparticipação (assunto que já tratamos aqui no Blog e vamos continuar abordando até termos a certeza que não restam dúvidas sobre a nova regulação).

Não há como não esperar abordagens econômicas e jurídicas sobre esses pontos nesta edição do Prêmio IESS. Contudo, uma análise focada em programas de promoção de saúde, qualidade de vida e gestão de saúde a partir de planos com franquia e coparticipação não é impossível. Na realidade, a relevância dessas ações, especialmente para esse tipo de plano (em que o beneficiário está mais próximo da operadora no processo decisório), é uma das questões que mais temos abordado por aqui.

O envelhecimento da população que, somado à variação dos custos médico-hospitalares (VCMH), deve elevar em mais de 157% as despesas assistenciais até 2030 – ultrapassando R$ 383 bilhões; os eventos adversos, que somam 1,4 milhões de vítimas e consomem mais de R$ 10 bilhões por ano; a falta de transparência, que deveria ser criminalizada; e, o nosso modelo (falido) de remuneração de prestadores de serviços de saúde, claro, são outros dos temas mais prementes para a saúde do setor no momento.

Com tanto a ser debatido e o histórico de trabalhos de excelente nível técnico, que efetivamente se mostraram capazes de colaborar para o aperfeiçoamento da saúde suplementar, não há como não ficar animado e ansioso para ver o que o Prêmio IESS nos reserva este ano. E os caminhos que serão indicados para os próximos 20 anos.

 

Luiz Augusto Carneiro

Superintendente executivo do IESS

 

As inscrições para o Prêmio IESS e para exibição do pôster são gratuitas e vão até 15 de setembro. Mas atenção, só é possível inscrever um trabalho por candidato. Veja o regulamento completo.