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Outubro 2018
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“Análise da assistência à saúde da mulher na saúde suplementar brasileira entre 2011 e 2017” que acabamos de divulgar mostra que, após sucessivos aumentos nos últimos anos, cai o número de mamografias entre beneficiárias de planos de saúde na faixa etária prioritária, de 50 a 69 anos.

De acordo com o estudo inédito, o número de mamografias realizadas pelos planos de saúde a cada grupo de 100 beneficiárias vinculadas a planos médico-hospitalares da faixa etária definida como prioritária pelo Ministério da Saúde registrou ligeira queda de 48,6, em 2016, para 47,9 em 2017. 

No mesmo período, no entanto, as internações relacionadas ao câncer de mama feminino aumentaram de 36,5 mil internações para 40,9 mil, ou seja, crescimento de 12,1%. O tratamento cirúrgico de câncer mama feminino na saúde suplementar atingiu 17,4 mil cirurgias em 2017, um aumento de 8,3% quando comparada com o ano anterior. Importante lembrar que o estudo que fizemos no último ano mostrou avanço considerável no número de exames para diagnóstico do câncer de mama entre 2011 e 2016, provavelmente em função de campanhas de conscientização, como o Outubro Rosa.

Segundo estimativas do Instituto Nacional de Câncer (Inca), 59,7 mil novos casos de câncer de mama serão registrados no biênio 2018/2019. O número é ainda mais preocupante porque a taxa de mortalidade é alta: no proporcional por câncer em mulheres, os óbitos por câncer de mama ocuparam o primeiro lugar no país, representando 15,7% do total de óbitos entre 2011 e 2015. 

Aumentar a conscientização, o autoexame e a detecção precoce é fundamental no combate à doença. Além de aumentar as chances de cura do paciente, o diagnóstico precoce diminui a necessidade de tratamentos mais agressivos, o tempo e os custos da recuperação. Para o sistema de saúde a vantagem é que o ganho de eficiência, não o sobrecarregando, gerando maior qualidade de atendimento e segurança ao paciente. Para a mulher que está enfrentando este momento, que é ainda mais importante, significa qualidade de vida.

“Análise da assistência à saúde da mulher na saúde suplementar brasileira entre 2011 e 2017” também apresenta outros dados sobre a assistência à mulher na saúde suplementar, como relativos ao câncer, partos e métodos contraceptivos. Seguiremos apresentando nos próximos dias!

Julho 2016
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Na última quinta-feira (14/7), comentamos, aqui no Blog, alguns dos resultados do Mapa Assistencial da ANS, que apontavam a superutilização de exames, entre outros dados. Hoje, trazemos uma nova análise sobre alguns dos números disponíveis no documento. Os resultados destacam a necessidade de se repensar o setor, aprimorando sua gestão e enfrentando desafios como a adoção de programas efetivos de promoção da saúde e o redimensionamento da rede de atendimento. Vamos a eles:

A despesa assistencial das operadoras de planos de saúde médico-hospitalares com internações cresceu 10% entre 2014 e 2015, saltando de R$ 47,25 bilhões para R$ 51,97 bilhões, mesmo com a redução de 1 milhão no total de beneficiários. 

Os números estão em linha com as projeções de crescimento de 30% nas despesas com internações até 2030, que apresentamos no TD 57 – Atualização das projeções para a saúde suplementar de gastos com saúde: envelhecimento populacional e os desafios para o sistema de saúde brasileiro. Também já comentado aqui no Blog.

Constatamos, também, que o aumento nas despesas assistenciais com internações se deve tanto ao incremento no custo de insumos hospitalares, quanto na frequência de utilização desse serviço. No total, o número de internações de beneficiários avançou 4,5%, saindo de 7,6 milhões, em 2014, para 7,9 milhões em 2015. Já o custo por internação subiu de R$ 6.229,96 para R$ 6.558,84, no mesmo período. Alta de 5,3%.

No total, em 2014, havia 0,15 beneficiário para cada internação. Já em 2015, com a diminuição de 1 milhão de vínculos principalmente em função da retração da economia, das perdas de emprego e da retração na renda das famílias – outro assunto que já debatemos no Blog –, foi registrada a razão de 0,16 beneficiário para cada internação. Caso o total de beneficiários de 2015 tivesse se mantido o mesmo do ano anterior, e a frequência de internações tivesse subido no mesmo ritmo, as despesas assistenciais de operadoras de planos de saúde com este serviço teriam chegado a ordem de R$ 53 bilhões. Nesse caso, as despesas com internações teriam avançado 12,2% entre 2014 e 2015.

O Mapa aponta, ainda, avanço de 17,7% nas despesas assistenciais com terapias, que totalizaram R$ 2,9 bilhões em 2015; e incremento de 11,6% nas despesas com exames, que totalizaram R$ 25,2 bilhões no mesmo ano.

Julho 2016
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De acordo com o novo mapa assistencial divulgado pela ANS, a taxa de exames de ressonância magnética realizados por brasileiros com planos de saúde superou países como a Turquia, Estados Unidos e França, que têm a maior taxa entre os países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Os dados são referentes aos anos de 2014 e 2015.

A cada 1.000 beneficiários, 132 fizeram o exame, contra 119 na Turquia e 107 nos EUA. Antes de dar motivos para comemorar a disseminação do exame, os números indicam a superutilização do procedimento; em linha com o que já apontamos no TD 51 – PIB estadual e saúde: riqueza regional relacionada à disponibilidade de equipamentos e serviços de saúde para o setor de saúde suplementar.

Os números reforçam a necessidade de se debater, conforme já temos feito aqui no Blog, o atual modelo de remuneração de "conta aberta" (fee for service) em que o hospital é incentivado a consumir o máximo de insumos possíveis para fazer a conta crescer e, assim, aplicar suas taxas sobre todo o consumo. Esse fator reflete na quantidade de exames, aumentando as despesas assistenciais, que têm crescido acima da inflação.

Outro ponto destacado pela ANS é a quantidade de cesarianas, que justificariam as políticas de incentivo de parto natural adotadas recentemente e também já debatidas aqui no Blog. De acordo com o Mapa, a taxa do procedimento na saúde suplementar é cerca de três vezes maior que a média da OCDE: o Brasil realiza cerca 84,6 cesarianas para cada 100 nascidos vivos. Na Turquia, que apresenta a segunda maior taxa, são realizadas 50 cesarianas para cada grupo de 100 nascidos vivos. A média da ODCE é de 27,6 cesarianas a cada 100 partos bem sucedidos. 

Quanto as internações, o Mapa aponta que entre 2014 e 2015, foram registradas 15,5 milhões de internações pelos planos de saúde, com custo informado de cerca de R$ 99 bilhões. Sendo 7,5 milhões de internações em 2014 (R$ 47,2 bilhões) e 7,9 milhões, em 2015 (R$ 51,9 bilhões). Desse total, 9,4% ou 1,4 milhão de internações aconteceram em decorrência de cirurgias cesarianas e de seu processo de recuperação.

O Mapa da ANS ainda traz outros números interessantes, que vamos apresentar nos próximos posts.

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magnética realizados por brasileiros com planos de saúde superou países como a Turquia, Estados Unidos e França, que têm a maior taxa entre os países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Os dados são referentes aos anos de 2014 e 2015.

A cada 1.000 beneficiários, 132 fizeram o exame, contra 119 na Turquia e 107 nos EUA. Antes de dar motivos para comemorar a disseminação do exame, os números indicam a superutilização do procedimento; em linha com o que já apontamos no TD 51 – PIB estadual e saúde: riqueza regional relacionada à disponibilidade de equipamentos e serviços de saúde para o setor de saúde suplementar.

Os números reforçam a necessidade de se debater, conforme já temos feito aqui no Blog, o atual modelo de remuneração de "conta aberta" (fee for service) em que o hospital é incentivado a consumir o máximo de insumos possíveis para fazer a conta crescer e, assim, aplicar suas taxas sobre todo o consumo. Esse fator reflete na quantidade de exames, aumentando as despesas assistenciais, que têm crescido acima da inflação.

Outro ponto destacado pela ANS é a quantidade de cesarianas, que justificariam as políticas de incentivo de parto natural adotadas recentemente e também já debatidas aqui no Blog. De acordo com o Mapa, a taxa do procedimento na saúde suplementar é cerca de três vezes maior que a média da OCDE: o Brasil realiza cerca 84,6 cesarianas para cada 100 nascidos vivos. Na Turquia, que apresenta a segunda maior taxa, são realizadas 50 cesarianas para cada grupo de 100 nascidos vivos. A média da ODCE é de 27,6 cesarianas a cada 100 partos bem sucedidos. 

Quanto as internações, o Mapa aponta que entre 2014 e 2015, foram registradas 15,5 milhões de internações pelos planos de saúde, com custo informado de cerca de R$ 99 bilhões. Sendo 7,5 milhões de internações em 2014 (R$ 47,2 bilhões) e 7,9 milhões, em 2015 (R$ 51,9 bilhões). Desse total, 9,4% ou 1,4 milhão de internações aconteceram em decorrência de cirurgias cesarianas e de seu processo de recuperação.

O Mapa da ANS ainda traz outros números interessantes, que vamos apresentar nos próximos posts.

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