Há algum tempo temos reforçado a importância da geração de postos de trabalho com carteira assinada para uma retomada consistente do mercado de saúde suplementar, especificamente no que tange à contratação de planos médico hospitalares. Em nossa Área Temática você pode encontrar várias referências ao tema.
Basicamente, contudo, a relação é simples: os planos de saúde são um dos três bens mais desejados pelos brasileiros, de acordo com a pesquisa IESS/Ibope. É um dos últimos bens que as pessoas abrem mão quando perdem renda e tem que cortar custos e um dos primeiros serviços que recontratam quando recuperam o emprego ou recompõem a renda de alguma forma.
Os trabalhos informais, no entanto, não costumam oferecer nem estabilidade para as pessoas investirem em um plano, nem o benefício de um plano de saúde, como já apontamos aqui.
Assim, a informação apontada no último levantamento do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de que a economia brasileira fechou fevereiro com saldo de 173,1 mil postos de trabalho formal é extremamente positiva para o setor.
O resultado foi a maior alta para o mês nos últimos cinco anos. E se analisamos os dados por setor da economia, é fácil notar que Serviços (+112,4 mil) e Indústria (+33,5 mil) foram os segmentos que mais contrataram. Esses são, também, os setores que historicamente mais oferecem o benefício de plano de saúde aos seus colaboradores, normalmente amparados nos acordos coletivos.
Resta, agora, ver como o total de beneficiários vai se comportar na próxima Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB). Não deixe de acompanhar.
O total de pessoas empregadas com carteira assinada na cadeia da saúde suplementar continua crescendo e atuando como um motor da economia. De acordo com a última edição do Relatório de Emprego na Cadeia da Saúde Suplementar, que acabamos de divulgar, o número de postos de trabalho formal no setor cresceu 3,4% na comparação entre novembro de 2018 e o mesmo mês do ano anterior. O que significa um aumento de 116,5 mil vagas. No mesmo período, o total de empregos formais no Brasil teve avanço de apenas 1%.
No total, a cadeia de saúde responde por 8,1% da força de trabalho no País ou 3,5 milhões de empregos. Destes, 2,5 milhões concentram-se no segmento de Prestadores de Serviço de Saúde. Uma alta de 3,7% nos 12 meses encerrados em novembro do ano passado. O segmento de Fornecedores, Distribuidores e Medicamentos responde por 842,5 mil postos de trabalho formal (alta de 2,7%) e o de Operadoras de Planos de Saúde (OPS), por 155,9 mil (alta de 2,9%).
Olhando para o saldo de empregados, a diferença entre o total de contratados e o de demitidos, a cadeia da saúde suplementar fechou novembro de 2018 com 12,1 mil novos postos de trabalho. O que corresponde a 20,6% do saldo de empregos registrado no Brasil (58,7 mil).
Regionalmente, a maior parte dos novos empregos (47,4%) se concentra no Sudeste do País. O setor registrou saldo positivo de 5,7 mil empregos no período analisado, ou 16,3% do total registrado pela Economia na Região. É importante notar que mesmo nas regiões Norte e Centro-Oeste, em que a economia registrou saldo negativo de empregos, a cadeia da saúde suplementar teve alta. No Norte, o total da economia fechou novembro de 2018 com saldo negativo de 932 empregos formais, já a cadeia de saúde suplementar teve saldo positivo de 234 novos postos de trabalho. No Centro-Oeste, o saldo foi de 1,5 mil novos empregos para a cadeia de saúde e 7,5 mil empregos fechados na economia como um todo.
Os dados da edição mais recente do boletim já estão presentes no IESSdata, plataforma que fornece os números mais atuais do setor de saúde suplementar e da economia brasileira.