Conforme divulgamos na última semana, a publicação do Conjuntura Saúde Suplementar trouxe os dados consolidados do mercado de saúde em 2018 em comparação com os principais indicadores econômicos no mesmo período. O boletim apresentou, por exemplo, a alta de beneficiários de planos de saúde, especialmente nos planos coletivos, o que se relaciona com a geração de emprego no País. Em especial com os postos formais de trabalho.
Nossas análises recentes vão ao encontro de reportagem publicada na Folha de S. Paulo que traz uma análise sobre o mercado de trabalho desde 2012 e aponta queda na oferta de postos formais, especialmente entre os mais jovens.
O levantamento feito com base nos dados da Pnad, pesquisa por amostra de domicílios do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrou que o trabalhador mais jovem foi o que mais sentiu o efeito do período de instabilidade no País. Entre 2012 e 2018, o número de vagas formais de trabalho recuou mais de 25%.
O saldo de vagas formais no grupo de pessoas com idade entre 25 e 44 anos também foi negativo, mas em menor intensidade, registrando queda de 481,3 mil. Já acima dos 45 anos, o saldo de empregos com carteira assinada foi positivo em quase 1 milhão.
O responsável pela pesquisa dos dados aponta que ainda é cedo para afirmar se a possível recuperação econômica e retomada do emprego fará com que os mais jovens sejam contratados novamente no regime CLT ou esse movimento irá permanecer no mercado. "Ainda não dá para entender se os arranjos informais estabelecidos pelos mais jovens e seus empregadores no mercado de trabalho vieram para ficar", diz Cosmo Donato.
De acordo com o Boletim Conjuntura, a taxa de desocupação encerrou o ano passado em 11,6%, com tendência de queda. O que é positivo para o setor de saúde e para a economia como um todo. No entanto, o resultado foi impulsionado, principalmente, por empregos informais, não refletindo no mercado suplementar, diretamente relacionado com os empregos com carteira assinada e a oferta de planos de saúde por parte das empresas aos colaboradores.
Acabamos de publicar a última edição do boletim Conjuntura Saúde Suplementar. A publicação traz os dados consolidados do mercado de saúde em 2018 e os compara aos principais indicadores econômicos, traçando um paralelo para explicar, por exemplo, a alta de beneficiários de planos de saúde, especialmente nos planos coletivos. Um movimento que está intrinsicamente ligado à geração de empregos no País, especialmente aos postos de trabalho com carteira assinada. https://apps.facebook.com/candycrush/?fb_source=bookmark&ref=bookmarks&count=0&fb_bmpos=_0
De acordo com o Conjuntura a taxa de desocupação encerrou o ano passado em 11,6%, com tendência de queda. O que é positivo para o setor de saúde e para a economia como um todo.
Infelizmente, o resultado foi impulsionado, principalmente, por empregos informais e por isso teve sua influência do mercado de planos de saúde dissipada. Como o boletim explica, isso acontece porque esses trabalhos oferecem uma remuneração menor e sem benefícios, como plano médico-hospitalar, plano odontológico, ou mesmo outras contrapartidas ainda mais comuns, como vale transporte e alimentação.
Além de possuir esses benefícios, a remuneração média de uma pessoa com carteira assinada no setor privado no País é de R$ 2.129. Por outro lado, um colaborador no mercado informal recebe em média R$ 1.371 e os trabalhadores por conta própria, R$ 1.670. O que compromete a capacidade dos indivíduos e das famílias de contar com um plano de saúde, por mais que o desejem - como já mostramos aqui e em outras oportunidades que tivemos de comentar a pesquisa IESS/Ibope.