O IESS lançou recentemente o Texto para Discussão 96, que apresenta dados de absenteísmo por motivos de saúde e fatores associados entre beneficiários de planos de saúde de assistência médico-hospitalar. Para quem não está familiarizado, o termo é o nome dado ao índice utilizado pelos departamentos de Recursos Humanos das empresas para medir as ausências dos profissionais durante o expediente, por razões diversas como saúde, férias, atrasos, problemas familiares, etc.
Um dos destaques do estudo é a análise das características comportamentais entre beneficiários de planos de saúde que faltaram ao serviço. Foi identificado que a principal causa são os problemas de sono: 63,5% das pessoas com planos de saúde se ausentaram do trabalho na última semana em relação à data do questionamento.
Além disso, o texto para discussão mostrou que cerca de 2,7% da amostra, equivalente a aproximadamente 376 mil beneficiários, se ausentaram do trabalho por motivos de saúde e que os homens apresentaram maiores taxas de absenteísmo em comparação às mulheres.
O estudo utilizou os microdados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) do ano de 2019, que teve seus resultados divulgados em 2021 e coletou dados de cerca de 108 mil domicílios espalhados por todo o País, entrevistando aproximadamente 197 mil participantes.
Clique aqui para baixar Texto para Discussão n° 96 – Absenteísmo por motivos de saúde e fatores associados entre beneficiários de planos de saúde médico hospitalar.
Poucas máximas são mais verdadeiras do que essa. Especialmente no setor de saúde. A importância de programas de promoção de saúde é um dos temas mais tratados por aqui e em todo o nosso portal – confira na Área Temática.
Agora, o estudo “Exames de saúde da população para a prevenção da progressão de doenças crônicas”, apresentado na última edição do Boletim Científico, traz novas evidências dos resultados positivos que podem ser alcançados com esse tipo de iniciativa em empresas.
O trabalho analisou mais de 35 mil funcionários de empresas norte-americanas e seus cônjuges para a detecção precoce de pré-diabetes, diabetes, doença renal crônica e hemoglobina nas fezes.
Os resultados apontam que a identificação precoce e a adoção de cuidados médicos adequados preveniram complicações relacionadas ao diabetes tipo 2 e retardaram 34 casos de doença renal em estágio terminal. Além disso, a cada grupo de 10 mil pessoas, foram identificados 1,2 mil casos de pré-diabetes antes desconhecidos, 287 casos de diabetes e 73 casos de doença renal crônica.
As informações detectadas podem ajudar a reduzir o absenteísmo nas empresas, mas têm a função mais importante de permitir que as pessoas mudem hábitos de vida e ajam ativamente para evitar o desenvolvimento de doenças crônicas ou, ao menos, mantê-las sobre controle e garantir qualidade de vida para os pacientes.