Na última semana, comentamos que 1,7 milhão de brasileiros passaram a contar com planos exclusivamente odontológicos nos 12 meses encerrados em fevereiro de 2020, conforme aponta a edição mais recente da NAB. Na ocasião, comentamos a contratação por idade, tipo de plano (coletivo ou individual) e destacamos os números do Sudeste, que impulsionaram o crescimento. Mas como se comportou a adesão aos planos no restante do País?
O Nordeste foi a região com o maior número de novos vínculos (após o Sudeste): 197,6 mil. Proporcionalmente, contudo, foi a região com avanço mais modesto, de 4,1%. Além disso, foi a única em que um Estado registrou recuo no total de beneficiários. No Alagoas, 2,2 mil pessoas deixaram de contar com planos exclusivamente odontológicos. Recuo de 0,8%. Por outro lado, Pernambuco teve o segundo maior aumento de vínculos fora do Sudeste, foram 77,5 mil novos contratos firmados no período analisado. Alta de 8,5%.
Proporcionalmente, a região que teve o maior crescimento de beneficiários foi a Norte. O incremento de 14,7% registrado pela NAB significa que 154,3 mil pessoas passaram a contar com estes planos. Mais da metade deles concentram-se no Tocantins. O Estado teve 78,5 mil novas contratações. Avanço de 160,6%. Como é possível notar pela variação porcentual, a base de beneficiários na Unidade Federativa era muito pequena, saltando de 48,9 mil, em fevereiro de 2019, para 127,4 mil em fevereiro deste ano. O comportamento, aparentemente, foi impulsionado pela abertura de empresas e aumento do turismo que movimentaram a economia estadual ao longo do período analisado.
No Sul, o total de beneficiários de planos exclusivamente odontológicos aumentou 6,8%. O que representa 169,8 mil novos vínculos. Nesta região, o Paraná continua sendo o Estado com o maior número de beneficiários, 1,3 milhão, sendo 62,3 mil novos. Santa Catarina tem o menor número: 557,3 mil. Contudo, o total de contratações está crescendo em ritmo superior ao do Rio Grande do Sul, que conta com 799,7 mil vínculos. No período analisado, Santa Catarina teve 67,8 mil novas contratações (+13,9%) enquanto o Rio Grande do Sul teve 39,6 mil (+5,2%).
No Centro-Oeste, 115,6 mil pessoas passaram a contar com este tipo de plano. Alta de 7,6%. Sendo que mais da metade dos novos vínculos, 59,5 mil, foram firmados no Distrito Federal.
Divulgada nesta semana, a última edição da Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB) mostrou que o total de beneficiários de planos de saúde médico-hospitalares subiu 0,3% nos 12 meses encerrados em março deste ano. Esse valor representa 128,5 mil novos vínculos no período. Apesar de tímido, o leve avanço representa um grande passo para o processo de recuperação do setor.
Acompanhando o desempenho dos últimos meses, o mercado de planos exclusivamente odontológicos continua registrando bom crescimento. No período analisado – entre março de 2017 e o mesmo mês desse ano – esta modalidade de assistência ganhou mais de um 1,3 milhão de novos beneficiários com crescimento em todos os Estados brasileiros. Essa variação representa avanço de 6,2% no total.
O bom desempenho em todo o país é puxado pelo avanço acima dos 5% em todas as regiões. Se em números absolutos o Sudeste continua apresentando os melhores números, com 715,3 mil novos vínculos entre março de 2017 e março de 2018, o Nordeste segue como o destaque na variação proporcional. O aumento de 8,4% corresponde a 346,6 mil beneficiários a mais nesse tipo de plano.
Esse resultado das duas regiões é explicado pelo crescimento em dois Estados especificamente. Em números absolutos, São Paulo mostrou incremento de 503,7 mil beneficiários enquanto o Ceará alavancou o desempenho da região Nordeste com alta de 108 mil. Minas Gerais também merece destaque, com crescimento de 119,6 de beneficiários de planos odontológicos.
Importante lembrar que mesmo Estados com menor crescimento em números absolutos, mostram grandes variações proporcionais, como o caso do Mato Grosso em que 30,6 mil novos vínculos significa um avanço de 19,3%. Ou seja, a NAB mostra que, embora já venha apresentando taxas relevantes de crescimento já há algum tempo, o mercado de planos exclusivamente odontológicos ainda tem muito o que se desenvolver no país.
Mesmo com custos mais “atraentes” e maior facilidade de acesso por parte da população quando comparado com os planos de saúde médico-hospitalares, os desafios para a garantia da boa saúde bucal no país ainda são grandes.
Os planos exclusivamente odontológicos aumentaram sua carteira de clientes em 2,4% entre agosto deste ano e o mesmo mês de 2015, chegando a 22,3 milhões de vínculos. O incremento de 520,9 mil beneficiários, registrado na NAB no mesmo período em que o total de vínculos de planos médico-hospitalares recuou 1,6 milhão, contraria as expectativas do setor (que esperava resultados mais modesto após a retração registrada no começo de 2016). Mas não sem motivo.
O segmento acabou de ultrapassar a marca de 22 milhões de beneficiários, pouco menos de metade do total de vínculos médico-hospitalares, mais ainda está longe de ser maduro. Portanto, tem mais margem para expansão. Outra “vantagem” é o custo de contar com um plano exclusivamente odontológico, bastante inferior ao de planos comuns. O que permite as empresas oferecer o benefício com menos custos e também que as famílias mantenham o benefício mesmo com a redução na renda média, também registrada pela NAB.
A região Norte foi a que registrou o maior crescimento porcentual nos planos exclusivamente odontológicos: 5,4%. Um acréscimo de 54,9 mil beneficiários nos 12 meses encerrados em agosto. Já a região Nordeste teve o maior avanço no número absoluto de beneficiários: 131,1 mil. Alta de 3,2%. No Centro-Oeste, foram registrados 16 mil novos vínculos (impulso de 1%); e no Sul, 10,2 mil (leve alta de 0,5%).
O Sudeste do País foi a única região que apresentou retração no total de beneficiários de planos exclusivamente odontológicos. No período analisado, houve leve recuo de 0,4%. O que representa 54,6 mil vínculos a menos. O número, contudo, foi puxado apenas pelo resultado no Estado do Rio de Janeiro, que viu 266,2 mil vínculos serem encerrados no período. Queda de 8,2%. Se os números do Rio de Janeiro não fossem computados, o sudeste teria registrado acréscimo de 211,6 mil beneficiários entre agosto deste ano e o mesmo mês de 2015.
As medicinas de grupo foram as operadoras a apresentar o melhor resultado: Alta de 34,9%. No período, passaram a atender 1,3 milhão de novos beneficiários. No total, as medicinas de grupo atendem 4,9 milhões de beneficiários de planos exclusivamente odontológicos.
As seguradoras especializadas em saúde passaram a atender mais 27,6 mil beneficiários de planos exclusivamente odontológicos (elevação de 3,3%); e as cooperativas médicas, 14,2 mil (alta de 3,6%). Por outro lado, as operadoras de odontologia de grupo perderam 799,6 mil vínculos (queda de 5,9%); as filantrópicas, 3,4 mil beneficiários (recuo de 3,1%); as autogestões, 1,4 mil (redução de 1,6%); e as cooperativas médicas, 8,1 mil (leve retração de 0,3%).
A NAB também apresentou a variação de beneficiários médico-hospitalares, mas isso é assunto para outro post.